Sétimo Capítulo

N/A: Heeey amores! Eu sei que vocês devem estar querendo ler o capítulo e tal, mas quero anunciar: esse é o último capítulo da Voo 472! Tenho uma ideia de fazer um epílogo, o que acham? Ok, agora podem ler...

 

Sétimo Capítulo

 

Samantha Russell suspirou de cansaço. Naquele dia, o Departamento de Acidentes e Catástrofes Mágicas estava um verdadeiro caos, chegando de cinco em cinco minutos mais pergaminhos para assinar e casos para resolver, e nem tinha dado meio dia. Enquanto lia um pergaminho gigante sobre algum feitiço que deu errado e destruiu metade do Hospital St. Mungus, ouviu um BIP vindo de sua bolsa. Com certeza era seu celular, uma mania trouxa que mesmo depois de descobrir que era bruxa, não conseguiu largar. Pegou rapidamente o aparelho e leu a mensagem de texto que tinha recebido. Pelo visto, sua velha amiga Rose também tinha a mania.

“ Sam, me ajuda! Você acha que minha calça jeans é apertada demais? É aquela que eu fui no bar semana passada. Me responde urgentemente! Beijos, Rose.”

Ela soltou uma alta gargalhada, que fez vários colegas de trabalho a olharem irritados. Somente Rose para mandar uma mensagem sobre uma suposta calça jeans apertada, no meio de um dia corrido de trabalho. Tratou logo de responder, dizendo que não, ela estava perfeita no corpo, como sempre. Suspirando, continuou a ler o pergaminho praticamente infinito, tentando acabar logo o trabalho para ir almoçar.

BIP

“Sam, sobretudo preto está na moda? Beijos, Rose.”

BIP

“Acho que está sim. Eu vi em uma revista trouxa um dia. Beijos, Rose.”

BIP

“Sam, se eu elogiar um homem dizendo que ele está na moda ele vai me achar muito ridícula? Me responde rápido, por favor!”

BIP

“Elogiei. Ele deu um sorriso. Isso é bom, né? Me responde, Sam!”

BIP

“Ai. Meu. Merlin. Ele me disse que eu continuo incrível! O que eu digo a ele? E por que você não me responde?!”

BIP

“Desculpe, Sam. Você deve estar no trabalho, não quero te atrapalhar.”

BIP

“Saaaaaaam! Por isso que ele sumiu! Ele está morando em Roma! Acredita nisso? Roma!”

BIP

“Só pra te lembrar. Eu sempre amei Roma, viu?”

BIP

“Ele disse que mora perto do Coliseu. Eu amo o Coliseu!”

BIP

“Sam, eu vou ter um ataque cardíaco nesse avião! Ele me convidou para visitá-lo enquanto eu estiver trabalhando em Roma! O que eu respondo?”

BIP

“Educação em primeiro lugar. Convite a gente não recusa, não é, Sam?”

BIP

“Será que o meu chefe vai ficar muito irritado se eu tirar umas férias aqui em Roma? Estamos sobrevoando a cidade e ela é linda.”

BIP

“Acabamos de pousar! E meu Merlin, como aqui está frio! Eu não trouxe nem uma jaqueta, acredita?”

BIP

“Sam, preciso ir, tenho algumas coisinhas pra fazer... Ah, e sobre o frio, não se preocupe. Um amigo vai me emprestar o sobretudo dele. Beijos e desculpe mais uma vez por te atrapalhar no trabalho, mesmo você não me respondendo, hahaha. Até mais! Rose.”

 

 

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Um dia depois

 

— Ron! O que você ainda está fazendo deitado nesse sofá? Eu já te pedi para ir se arrumar! Ou você quer perder a festa do Ministério? — exclamou uma Hermione zangada e perfeitamente arrumada.

— Mione, que tal esquecermos essa festa? Podemos jantar aqui mesmo!

Ela já ia brigar mais uma vez com o marido e fazê-lo subir imediatamente para tomar um bom e caprichoso banho, mas mudou de ideia ao ver uma coruja do lado de fora da janela de sua sala de estar. O animal, grande e acastanhado, segurava um rolo de pergaminho enrolado em um laço de cor champanhe, um detalhe muito usado por sua filha, não deixando dúvidas a Hermione que o pergaminho se tratava de uma carta de Rose.

Depois de tirar cuidadosamente o rolo do bico do pássaro, ela o desenrolou enquanto se sentava em uma poltrona, sendo observada por um Ronald visivelmente confuso. Aparentemente, o marido não fora tão observador a ponto de perceber o laço champanhe, uma marca de sua filha. O pergaminho, branquíssimo e com uma letra bem caprichada, trazia algumas notícias de sua remetente.

 

Mamãe,

Estou escrevendo essa breve carta para contar que a viagem até Roma foi um tanto tumultuada, mas muito acomodada e... interessante, posso assim dizer. A cidade é exatamente como vemos nos guias turísticos que temos em casa: fascinante! Todos são muito acolhedores, da recepcionista do hotel em que estou hospedada ao garçom do maravilhoso restaurante que jantei ontem á noite.

Depois que o sol se põe, Roma fica ainda mais charmosa e romântica! É bastante comum vermos casais de mãos dadas passeando em volta das fontes e nas margens de rios, e é com muita felicidade que digo que não fiquei de fora dessa maravilhosa sensação...

A arquitetura de toda cidade é incrível, principalmente o Coliseu, que visitei ontem á noite com um verdadeiro guia turístico, que me contou várias histórias dessa bela cidade! É triste pensar que depois de amanhã já estou voltando para Londres, pois realmente estou me apaixonando... Pela cidade, é claro! Sabe mãe, acabo de ter uma ótima ideia. Estarei de férias depois que terminar minha entrevista aqui, e se eu, em vez de voltar para Londres, continuar em Roma por mais alguns dias, aproveitando minhas férias? Não é nada certo, mas tem uma grande chance de ampliar minha hospedagem...

E, antes que a senhora me mande uma carta apenas para dizer que estou me esquecendo do meu trabalho, já estou avisando que hoje mesmo vou entrevistar o chefe do Departamento de Mistérios, do Ministério de Roma. Ainda não tenho certeza, mas penso em entrevistar também alguns inomináveis, o que não vai ser tão difícil, porque além de ampliar ainda mais minha matéria, eu até já conheço um inominável aqui de Roma.

Mamãe, é com grande tristeza que encerro essa carta. Já estou atrasada para jantar, e meu acompanhante nunca perde a hora! Mande um grande beijo para o papai e para o Hugo, além de avisar que estou morrendo de saudades!  

Rose Weasley.

 

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Um dia depois

 

Caro Sr. Marshall,

Estou mandando essa carta para avisá-lo que a entrevista exclusiva com Charles Sullivan, o chefe do Departamento de Mistérios do Ministério de Roma, na qual fui encarregada de fazer, está devidamente pronta. Tomei a liberdade de expandi-la, colocando algumas participações de demais inomináveis do Departamento, como Scorpius Malfoy, que talvez o senhor conheça, para ampliar as informações contidas na manchete desse assunto. Estarei te mandando, ainda na data de hoje, o pergaminho da entrevista, chegando a Londres á tempo para o próximo exemplar do Profeta Diário.

Muito obrigada por sua atenção,

Rose J. Granger Weasley – Jornalista do Profeta Diário.

 

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Rose olhou no relógio da cabeceira da cama do hotel. Estava atrasada, de novo. Se não tivesse passado tanto tempo no banho, experimentando os novos produtos italianos que tinha comprado hoje mesmo especialmente para a ocasião que estava atrasada, não teria que correr para se aprontar. E encontrá-lo mal arrumada seria uma hipótese terrível.

Procurou apressadamente, nas sacolas de compras, o novo perfume de uma marca trouxa, mas incrível. A seção de compras de tarde talvez tenha custado caro, mas realmente renovou o seu estoque de sabonetes, hidratantes, xampus, perfumes e até algumas maquiagens, todos comprados pensando especialmente no jantar de hoje à noite.

O qual estava terrivelmente atrasada.

Depois de borrifar o perfume três vezes, pois era o seu número da sorte, fez uma leve maquiagem, realçando apenas a boca, com um batom de cor vinho. Foi até o guarda-roupa e tirou de lá um vestido, também comprado á tarde, de tecido cinza claro curto, que ao mesmo tempo era elegante e simples. Nunca tinha gostado do exagero.

O toque do telefone do quarto a tirou de seus pensamentos, alarmando-a. Vestiu logo o vestido e foi atender a recepcionista.

— Srta. Weasley? Boa noite. O Sr. Malfoy está esperando-a na recepção.

Amaldiçoou-se por ser tão lenta e, depois de calçar os lindos saltos altos, saiu do seu quarto, entrou no elevador e esperava-o descer, enquanto pensava nos acontecimentos dos últimos dias. Realmente a viagem no avião mudou tudo, e Áugust foi um verdadeiro amigo por ter cedido sua poltrona á Scorpius, história que ela só descobriu ontem, pelo próprio Scorpius. A relação existente entre eles ainda não era a mesma de antes, mas percebiam claramente que estavam reconciliando-se lentamente, deixando, finalmente, o passado para trás e concentrando-se no presente e quem sabe, no futuro.

Depois da viagem de dois dias atrás, onde coversaram bastante, estavam passando praticamente o dia inteiro juntos, sendo Scorpius um perfeito guia turístico da cidade, já que morava em Roma há cinco anos, e explicava tudo para Rose, que colocava na matéria do Profeta Diário. Aqueles dias, para os dois, estavam sendo realmente incríveis, tendo um papel especial na relação dos dois. Aquela noite estava marcada para ser a última de Rose em Roma, mas por uma pequena insistência de Scorpius e uma pequena vontade de Rose, ela havia prolongado mais uma semana de sua hospedagem.

A porta do elevador se abriu, e ela caminhou um tanto ansiosa para a recepção, onde sabia que ele a aguardava. Scorpius estava sentado em uma refinada poltrona da ampla recepção do hotel, lendo uma revista e sem perceber sua presença ali. Depois de respirar fundo duas vezes, ritual que precisava fazer toda vez que ia se encontrar com ele, aproximou-se devagar.

Percebeu claramente o momento em que ele tinha levantado, finalmente, os olhos da revista e olhava diretamente para ela. Com aqueles olhos azuis acinzentados. Os mesmos de seis anos antes.

— Como você está linda, Rose. — ele disse antes de beijar delicadamente sua mão direita. — Então, pronta para jantar?

 

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N/A: E aí gente, o que acharam? Queria me desculpar caso tenha desapontado vocês, por causa de não mostrar exatamente a conversa dos dois no avião, mas achei melhor, e menos chato, relatar de um modo um pouco indireto, como as mensagens no celular da Samantha. E quero avisar que vou fazer um epílogo, então espero todo mundo na despedida do Voo 472. Mais uma vez, agradeço quem está comentando e lendo!

Dani.

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