Sexto Capítulo
N/A: Eu sei que falei que iria ficar duas semanas sem postar, mas eu simplesmente não consegui, hahaha. Então, só posso dizer que aproveitem o capítulo que irá esclarecer algumas coisinhas...
Sexto Capítulo
Seis anos antes
Alguns dias depois da formatura do sétimo ano:
— Talvez tenha sido melhor assim, Rose — disse Samantha, melhor amiga da garota, enquanto consolava-a.
As duas se encontravam na sacada do quarto de Rose, onde Samantha estava hospedada para tentar distrair a amiga e fazê-la esquecer do triste acontecimento de alguns dias atrás.
A casa dos Weasley era uma mistura perfeita do mundo bruxo com o trouxa. Por fora, uma construção simples com dois andares e um quintal, em um bairro totalmente trouxa de Londres. Por dentro, apesar de existirem alguns objetos trouxas, como televisão e máquina de lavar roupa, tinham uma lareira ligada á Rede de Flú, um relógio que mostrava a onde cada morador estava ou deveria estar, e etc. É verdade que ás vezes acontecia alguns acidentes com os artefatos trouxas por parte de Ronald, mas nada que a brilhante Hermione não conseguisse reparar, gerando constantemente pequenas discussões do casal, sempre muito cômicas.
Toda a casa tinha decorações simples e aconchegantes, e o quarto da primogênita não era diferente. Um cômodo um pouco espaçoso, com paredes listradas de rosa e bege, estantes de madeira clara lotadas de livros trouxas e bruxos, e uma cama de solteiro que repousava, além de várias almofadas em formato de rosas, um pequeno gato branco. A sacada, apesar de pequena, era bem charmosa, com alguns vasos de plantas e duas cadeiras confortáveis, onde estavam as duas garotas.
— Se foi melhor assim, por que eu não consigo parar de chorar? — ela soluçou enquanto perguntava.
— Porque ainda está muito recente, Rose. Você vai ver, o tempo vai passar, tirando a dor que você está sentindo agora. E o melhor a fazer é ir... — ela foi interrompida de repente.
— Agora é que não vou conseguir mesmo viajar, Sam! Sabendo que a causa de tudo ter acontecido foi essa estúpida viagem á Dinamarca! — exclamou Rose em um misto de tristeza e raiva.
— Tem certeza que você não quer mesmo ir? Pense bem, Rô. Você vai ter o emprego que sempre quis, vai ganhar bem, morar em um país lindo, além de não ter mais nada que te impeça de permanecer aqui em Londres!
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— E então, ela escutou você? — perguntou Hermione.
Ela e o marido estavam sentados na sala de estar da casa, enquanto esperavam Samantha, uma das amigas de Rose, descer para contar como a filha estava reagindo com o fim do namoro, e principalmente, convencê-la de que aceitar o emprego na Dinamarca era uma ótima ideia. É verdade que os dois eram bastante apegados a filha, mas entendiam, ou melhor, Hermione entendia enquanto tentava explicar a Ronald, que morar em outro país seria um grande passo que expandiria ainda mais a responsabilidade e maturidade de Rose.
— Não totalmente, Sra. Weasley, mas estou começando a convencê-la. — respondeu Samantha enquanto se sentava em um sofá.
— Não entendo porque você quer tanto que Rose more sozinha, Mione. — disse Ronald confuso olhando para a esposa — Ela está muito melhor aqui, com a família dela, a onde posso protegê-la de tudo! Além do mais, por que ela não continua a morar aqui e aparata todo dia pra lá?
— Francamente, Ronald! Eu quero que Rose se mude para a Dinamarca porque sei que vai ser um ótimo aprendizado para a nossa filha! Ela vai se tornar independente, matura e responsável! E você sabe muito bem que ela odiaria ter que aparatar todos os dias para outro país! — exclamou Hermione visivelmente irritada com a pergunta do marido.
— Mas Mione, ela já é tudo isso! Nossa Rosie puxou todas essas incríveis características da linda e inteligente mãe dela! — falou ele enquanto tentava se aproximar de uma Hermione um tanto emburrada.
— Eu sei que essa bajulação toda é para eu não tentar mais abrir os olhos da nossa filha, Ron! Mas não está dando certo!
— Mãe, pai, vocês podem parar de discutir um pouco, por favor? — a voz um pouco trêmula de Rose descendo as escadas chamou a atenção de todos — Tenho um comunicado a fazer.
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— Bem vinda ao Copenhagen Admiral Hotel, Srta. Weasley! — exclamou um atendente formalmente uniformizado — Um dos melhores hotéis da cidade. Está pensando em ficar por quantos dias?
— Tempo suficiente para eu conseguir um local para morar. — respondeu ela com um pequeno sorriso.
— Então se mudou para a linda cidade Copenhague? Tenho certeza que a senhorita irá adorar! Acompanhe-me que irei levá-la até sua suíte!
Enquanto Rose seguia o atendente bem-humorado, começou a pensar no tanto que sua vida tinha mudado. A formatura de Hogwarts, que foi a onde tudo aconteceu, tinha ficado para trás. É claro que as lembranças ainda eram doloridas e que ela tentava ao máximo evitá-las, mas estar em um novo país realmente estava ajudando-a a superar. A Dinamarca era tão charmosa e aconchegante que conseguia diminuir qualquer tristeza, além de não lembrá-la muito de uma certa pessoa.
— Aqui estamos, Suíte 3002. — ele disse enquanto abria a porta de madeira escura — Tenha uma boa hospedagem, Srta. Weasley!
Depois de agradecer, ela entrou no quarto. Bem espaçoso, decorado com um azul forte e branco nas paredes, móveis elegantes e delicados, as pequenas iluminarias modernas pendiam do teto, dando um ar charmoso ao cômodo, além de uma grande cama de casal lotada de almofadas. Mas o que mais chamava a atenção naquele local, era a banheira de hidromassagem azul turquesa, espaçosa e luxuosa, no canto da suíte, e não no banheiro, onde deveria ser o seu lugar. Ela observou mais o local. Romântico e luxuoso, perfeito para uma lua de mel. E imediatamente lembrou-se de uma pessoa, a qual gostaria que estivesse ali.
Sacudiu a cabeça, tentando apagar o pensamento da mente, enquanto caminhava até o banheiro, a fim de tomar um longo e relaxante banho, o primeiro na Dinamarca. Enfiou a cabeça na água morna que caia do chuveiro, pensando no quanto o próximo dia seria corrido.
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— Preciso dizer que você tem realmente um ótimo currículo, Srta. Weasley. — um senhor de sessenta anos exclamou para Rose. — Nós do jornal Dr. Hekse (N/A: Hekse – bruxo, em dinamarquês) estamos muito contentes em tê-la em nossa equipe.
Rose suspirou aliviada. Sabia que o emprego já era dela, mas mesmo assim não tinha deixado de ficar nervosa, pois poderia haver algum engano e não ser ela a recém-formada que gostariam que trabalhasse no famoso jornal dinamarquês Dr. Hekse.
Sorriu interiormente. Seu sonho de ser uma jornalista havia finalmente se realizado. É claro que, quando criança, imaginava que fosse trabalhar no Profeta Diário ou em algum outro jornal de Londres, mas nunca pensou que aos dezessete anos receberia um convite de trabalho em outro país. Também nunca tinha imaginado que a pequena carta geraria tamanha confusão e, consequentemente, tristeza. O sorriso que até agora estava grande e brilhante foi se desmanchando aos poucos, conforme ela se lembrava do dia em que tudo começou.
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Duas semanas antes da formatura:
“— Rose Granger Weasley, você aceita Scorpius Hyperion Malfoy como seu legítimo esposo, prometendo amá-lo e respeitá-lo na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?
— Eu aceito. — respondeu ela visivelmente exultante.
— Então eu os declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva”.
— Rose! Ei, Rose! Por que você está beijando o seu travesseiro? — ela ouviu Samantha gritar em algum lugar longe daquele paraíso que ela estava — Vamos, acorde!
Sentiu alguma coisa macia bater contra seu rosto, e aos poucos o rosto de Scorpius e dos demais foi esvaindo-se do lindo local onde se encontrava. Demorou um pouco para perceber que foi apenas mais um sonho de seu casamento, e frustrada, abriu os olhos. Se localizava mais uma vez em seu dormitório, mais precisamente em sua cama, sendo fitada por uma Samantha irritada.
— Ah, finalmente a senhorita acordou! Então, como foi a cerimônia dessa vez? — a amiga perguntou ironicamente — Ele estava com um terno verde-limão de novo? Ai Rose, sua imaginação me faz rir... Mas enfim, chegou uma carta pra você!
Depois de espreguiçar e passar a mão no rosto preguiçosamente, a garota levantou para pegar a carta tão misteriosa. Afinal, a correspondência sempre chegava no café da manhã, e não nos dormitórios de cada um. Mas parecia que aquela era diferente, apenas observando o pergaminho um tanto “luxuoso”. Abriu-o de vagar, e começou a passar os olhos pelas letras escuras e bem desenhadas, com um vocabulário extremamente formal. No final, assinava-se: “Jornal Dinamarquês Dr. Hekse”.
Surpresa, deixou cair a carta sobre a cama. Um jornal que ela nunca tinha ouvido falar estava convidando-a a ser uma jornalista deles, mencionando seu cargo e o salário? Pensou um pouco. Para trabalhar lá e permanecer morando na casa dos pais, teria que todos os dias de manhã e a noite aparatar na Dinamarca. Seu estômago embrulhou. Odiava aparatar, sentindo enjoo quase sempre que tentava, impossibilitando assim a opção de morar em sua casa e trabalhar em outro país. A outra opção, e a pior em sua opinião, era se mudar para a Dinamarca, facilitando seu trabalho e poupando-a de aparatar milhões de vezes. Mas essa definitivamente ela não iria seguir. Não conseguiria deixar seus pais, seu irmão, seus primos, seus avós, muito menos seu namorado, logo agora que o namoro estava tão bom.
Ignoraria a carta. Isso, ela não se mudaria para a Dinamarca, não teria o emprego de seus sonhos, não teria um ótimo salário, não teria nada. Permaneceria em Londres, a onde poderia desfrutar da maravilhosa companhia de sua família e de seu namorado, e depois conseguiria um emprego em qualquer outro lugar. Guardou a carta no fundo de seu malão, a fim de esquecer que ela existia.
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Na formatura:
— Rose, eu preciso falar com você. — Scorpius falou sério.
— Você fala mais tarde, Scorpius. Vem, vamos dançar! — exclamou ela exultante enquanto puxava o namorado para a pista de dança.
— Rose, isso é sério! Eu vi aquela carta no seu malão quando você me pediu para pegar meu presente de aniversário. Aquela proposta é muito boa, Rose! Você vai trabalhar em um jornal, como sempre quis! — exclamou Scorpius com um lindo sorriso na face.
Ah não. Ela tinha se esquecido daquela maldita carta. Tinha se esquecido que ela estava enfiada no fundo de seu malão, exatamente onde o presente de aniversário de Scorpius estava escondido. A onde ela o pediu para pegar. Agora ele estava pensando que ela provavelmente se mudaria para outro país e trabalharia em um novo emprego. Ele estaria pensando tudo que ela não quisesse que ele pensasse.
— Scorpius, eu não vou. — disse ela com uma voz séria.
— Como assim não vai? — ele alterou levemente o tom da voz.
— Não conseguiria te deixar, Scorpius. Você não entende? Eu precisaria me mudar para a Dinamarca! Nos veríamos apenas nas férias, porque você não poderia aparatar todo dia, você também terá seu emprego!
— Rose, você não percebe que está perdendo a oportunidade da sua vida? E por minha causa!
— Scorpius... — ela sussurrou triste, mas ele não a deixou terminar.
— Me dói muito dizer isso, Rose, mas não posso continuar com você, sabendo que estraguei uma ótima chance de você realizar seu sonho. — ele disse tristemente enquanto se afastava.
— Então é assim, Scorpius? Está tudo terminado? — ela gritou pra ele que já estava longe.
Deixou as lágrimas rolarem pelo rosto enquanto o via no fim do corredor. Lágrimas de tristeza e de raiva.
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N/A: Fim de mais um capítulo, gente! Capítulo bem revelador, não? Pois é, decidi parar de ser “maléfica”, como a Lana diz, e cortar a curiosidade de vocês logo! Hahahaha! Bem gente, antes de dar meus agradecimentos especiais, queria dizer que a fic está acabando... Eu sei, é triste, mas até que ela está rendendo mais do que o esperado, viu? Então, sem mais, gostaria de agradecer MUITO a todos os leitores, especialmente a Luhna, a Nina, a Liza e a Lana, que estão comentando e, mesmo que indiretamente, me incentivando. Beijos!
Dani.
Comentários (3)
Ah... revelador? Bota revelador nisso hauhauhau amando a fic!
2013-07-22Ah, estamos descobrindo que reclamar FAZ efeito: desde as fanfics até o Congresso Nacional... MHUAHUAHUAHUAHUAHAU Finalmente, Dani, você resolseu deixar de ser maléfica! :) Você matou a curiosidade aqui... e eu até entendo o Scorpius; ele foi superlegal e tals, nada egoísta, mas a Rose não queria que ele fizesse isso e sofreu, coitada. Tenho certeza de que o loiro sofreu também, mas ele achou que devia estar fazendo aquilo para o bem dela. E ela morrendo do outro lado, certeza. Sei lá, sabe? É tão difícil isso. Até já me perdi aqui, pensando. Parece um problema simples. Só que não. E o Scorpius é o quê? "Um homem ou um saco de batatas"? - perguntas que minha avó fazia, por favor, releve. Todo esse escarcéu com medo de enfrentar uma viagem com a Rose? Enfim. Eles precisam é CONVERSAR. Ainda bem que já estão sentados um ao lado do outro; já é meio caminho andado. *_*
2013-07-02kkkkkkkkkkkkkkkkk era um maléfica bom ok ?! E nossa...Scorpius fez isso pro bem dela. Rose que foi cabeça dura, se até ele queria que ela fosse pra lá e tivesse um futuro incrivel e tal... Eu gostei desse capitulo todo no passado, mas quero saber o que vai acontecer agora com esses dois...Porque eles tem é que se resolver. E quando acabar essa a senhorita escrever outra :)Beijoos!
2013-07-02