O Retorno Para Hogwarts



Capítulo VI – O Retorno Para Hogwarts


   Harry estava esperando do lado de fora do quarto de Gina. Ela saiu com uma expressão de derrota e balançou a cabeça negativamente.


   – Não adianta Harry. Tentei de tudo, xadrez, quadribol... mas ela não quer sair dali. Tá desanimada de dar pena, tentando ler um livro para se distrair.


   – O Rony está com ela?


   – Está. Aliás, não que eu queira parecer insensível como aquele cara que se diz meu irmão, mas só assim para ele relaxar a vigilância em cima da gente né? Ela disse passando os braços pelo pescoço do namorado.


   – Não fala assim dele Gina. Eu sei que ele pega muito no nosso pé, mas tem que dar um desconto, não? – Harry disse pensativo, abraçando-a também – Acho que chegou a hora de eu ter uma conversa com ela.


   – Como assim? – perguntou Gina.


   – Ela não pode levar a vida assim, vai acabar ficando doente. Falo por experiência própria. Mais tarde converso com ela. Acho que agora a gente deveria aproveitar que ele está ocupado agora não é?


   Gina concordou, sorrindo, e saíram para o jardim.


                                            *         *         *


   – Hermione?


   Ela ergueu os olhos do livro que estava lendo e vislumbrou Harry na porta.


   – Oi Harry. Tudo bem? – disse tentando sorrir, mas os olhos a desmentiam.


   – Era exatamente isso que ia te perguntar. – disse entrando no quarto.


   – Na medida do possível.


   Do lado de fora do quarto, Gina começava uma briga com certo ruivo, que estava escutando atrás da porta. Briga sussurrada, claro.


    – Você é retardado ou o quê? – vociferou ela empurrando Rony para longe. – Isso é falta de educação sabia?


    – Não me empurra, Gina! – brigou ele já com as orelhas vermelhas.


    – Eu faço o que eu quiser! Vou te empurrar quantas vezes quiser! – devolveu ela empurrando-o novamente. – E sabe por que Roniquinho? Porque você está escutando escondido atrás da porta do MEU quarto a conversa do Harry e da Mione! Ainda não aprendeu a confiar nela?


   – Não é isso, maluca! É que eu quero saber o que ele vai falar e se vai surtir efeito!


   – Você não acha que a gente iria descobrir depois? – perguntou a ruiva ironicamente.


   – Quer ficar quieta pra gente poder ouvir? E não se faz de santa que você, o Fred e o Jorge sempre escutavam a conversa dos outros escondidos, que eu bem sei!


   Ela parou e eles olharam um para o outro com a cara bem séria. Então, simultaneamente se jogaram e colaram os ouvidos na porta.


   – Vai por mim, eu sei o que você está sentindo. – começou Harry.


   – Eu não duvido disso, Harry, mas você não viu o que eu vi. – Hermione fechou o livro, parecendo cansada.


   – Posso não ter visto, mas vi os meus pais também. E o Sirius, o Lupin...


   – Harry, você era um bebê. Como pode ter visto ou se lembrar?


   – A memória do Snape. Antes de Hagrid me apanhar, ele esteve na casa. E através dele, eu vi.


   O queixo de Hermione caiu, e dos Weasley do lado de fora também.


   – E ainda teve a perda do Sirius. Eu não queria fazer coisa alguma, ficava trancado no quarto o dia inteiro, sem fazer nada, olhando para o teto e sofrendo. Eu entendo, Mione. Mas você não pode, simplesmente não pode, deixar isso dominar você. Faz mal, meio que envenena a gente por dentro, sabe, ficar triste pensando nisso o dia inteiro. Temos que seguir em frente, por mais que doa, por mais que não tenhamos vontade da fazer mais nada, por mais que tenha sido traumático, precisamos deixar tudo isso para trás. Ficar se consumindo assim não resolve nada e ainda é capaz de te deixar doente.


   Ele sorriu.


   – Posso dar uma sugestão? Tenta se distrair de verdade, porque esses livros empoeirados não vão te trazer nada de bom, só alergia. Tá um dia lindo lá fora! Sai um pouco, conversa com o pessoal, joga alguma coisa, sei lá! – ela ainda parecia pouco receptiva à ideia. – Vamos lá, Hermione. Garanto que os seus pais não iriam gostar que você ficasse se isolando do mundo por causa deles. – ele ficou sério novamente. – Tentar se distrair ou se divertir não significa que você sente menos a falta deles. Só quer dizer que você está tentando continuar a vida.


   Lá fora, Gina sussurrou cheia de si para Rony:


   – Meu namorado não é o máximo?


   Rony revirou os olhos e a mandou ficar quieta.


   – Pensa nisso, tá? Ele ia se retirando do quarto quando Hermione chamou:


   – Harry? – ele se virou – Obrigada.


   Ela se adiantou e abraçou o amigo, que cada vez mais se parecia com o irmão que ela nunca teve. Rony e Gina tiveram apenas alguns segundos para se afastarem da porta e fingirem que estavam apenas de passagem por ali. Quando a porta se abriu e Harry foi saindo, passou pelos dois e comentou, rindo e deixando os dois corados:


   – E então, gostaram da conversa?


                                            *         *         *


   Quando as cartas de Hogwarts finalmente chegaram, faltava apenas uma semana para o embarque. Hermione ainda estava bastante frágil, claro, mas depois de um tempo recuperou o bom humor e até topava jogar quadribol ou xadrez de bruxo. Todos estavam fazendo o melhor que podiam para ampará-la, e até certo ponto conseguiam.


   Então, naquela manhã em que as cartas chegaram, Harry e Rony estavam conversando no quarto do sótão.


   – Deve estar sendo horrível para ela. Quero dizer, eu perdi um irmão e me sinto tão... vazio. Imagina... são os pais dela.


   – Rony, disse Harry girando os olhos, eu não preciso imaginar, lembra?


   Uns minutos de silêncio confuso.


   – Ah é. Harry revirou os olhos de novo e suspirou.


   – Alguma notícia dos assassinos?


   – Comensais da Morte, na certa. A Marca é inconfundível.


   – Mas como? Todos estavam a serviço em Hogwarts na Batalha, e os que fugiram não foram muito longe. – ponderou Harry – Não teriam como ir até a Austrália e achá-los primeiro. Seriam pegos antes.


   – E pelo que a Mione falou tinha sido bem recente. No máximo um dia.


   Harry olhou para os lados e conferiu a porta fechada.


   – Acho... que talvez não fosse a Marca Negra.


   – Como assim, Harry?


   – A Hermione estava sob pressão, e em choque. Talvez fosse só uma mancha e ela achou que era a Marca Negra.


   – Nem pensar. Por mais nervosa que ela estivesse, tenho certeza que ela não se enganaria desse jeito. – Rony franziu a testa.


   – Então... eu acho... talvez não tenham sido comensais.


   – Mas então quem...


   A pergunta morreu, nenhum deles sabia a resposta. Um barulho chamou a atenção de ambos, eram duas corujas com cartas de Hogwarts. Harry se lembrou de Edwiges com um aperto no peito. Elas entraram, deixaram as cartas e saíram voando de novo. Os garotos abriram as cartas e estudaram as listas de material. Harry ainda era o capitão da Grifinória.


   – Nada de muito novo... vamos ter que repor os livros que jogamos fora antes de partir.


   Eles ouviram um tropel de passos na escada e Hermione irrompeu no quarto, tão pálida quanto o pergaminho da carta que ela segurava. Os dois a olhavam como se ela tivesse acabado de cair de Júpiter.


   – FUI NOMEADA MONITORA CHEFE!


   Os dois gritaram também e praticamente pularam em cima dela ao abraçá-la, parabenizando a amiga.


   – HA, parabéns!


   – Tava na cara né – ria Rony.


   Depois ela saiu para contar a novidade para o resto da casa.


   – Ela merece, comentou Harry com admiração.


   Rony estava muito quieto, com um sorriso abobalhado na cara.


   – Hm, Rony? Você tá bem? Harry caminhou a te ele e agitou energicamente a mão em frente ao amigo. O outro apenas olhou Harry e deu uma risadinha. Harry se lembrou vividamente de quando ficara desse mesmo jeito abobalhado no Ministério da Magia há dois anos.


   – Você sabia que só podem existir quatro monitores por casa, Harry?


   – Aah... não – disse Harry aturdido.


   – É... e se eu não fui nomeado monitor chefe... não preciso ser mais monitor! – disse se largando na cama, com um sorrisão na cara. Harry se largou na outra cama, também rindo.


   – Achei que você gostasse de ser monitor – perguntou intrigado.


   – Ah, eu até gostava no começo, mas depois a Hermione ficava pegando no meu pé para não abusar que nem o Draco e cumprir as funções...


   Eles ouviram Molly chamando na cozinha.


   – Vem, vamos descer.


                                            *         *         *


   A maria-fumaça vermelha soltava rolos de fumaça na plataforma, impedindo que as pessoas se reconhecessem à longa distância. A excitação estava no ar, pois seria a primeira vez que teriam um ano “normal” em Hogwarts, sem a ameaça dos comensais. Os três eram quase celebridades.


   Hermione se despediu dos outros dois e foi em direção ao carro dos monitores, enquanto Harry e Rony foram procurar um compartimento vazio.


   – Bem, aqui estamos nós de novo.


   Encontraram vários colegas que ofereceram vagas em seus vagões, mas eles não aceitaram. Rony comentou:


   – Caramba Harry, parece que você ficou mais famoso do que já é.


   – Tudo o que eu queria. – Harry não parecia muito feliz com isso. Mas depois afirmou – Não sou só eu que ficou famoso, ou você não viu a reação daquelas corvinas, olhando para você?


   Rony corou.


   – Não, nem reparei. – Harry deu uma risadinha.


   – Sei.


   – Você sabe que eu só tenho olhos para a Hermione. – justificou.


   – Depois de vocês ficarem o mês inteiro se pegando escondidos pela Toca, eu não esperava outra coisa – brincou Harry. As orelhas de Rony ficaram escarlates e ele gaguejou parando de andar:


   – Co-como...? Harry parou também.


   – Bem, eu e a Gina também somos namorados... eu nunca falei nada porque vocês sempre pareciam muito ocupados.


   Harry tinha um sorriso maroto e sugestivo na cara, apesar do tom de voz inocente. Por um instante pareceu que Rony fosse partir para cima de Harry, mas uma voz conhecida os fez parar.


   – Ora, ora... brigando no corredor, será que vou ser obrigado a lhes dar uma detenção? – havia malícia na voz arrastada.


   Ambos se viraram e encararam o loiro alto com um distintivo reluzente.


   – Surpreso com a nomeação, Weasley? Achou que seria escolhido monitor chefe? – Malfoy estava cheio de si, estufando o peito para atrair os olhares.


   – Ai, não enche Malfoy – retrucou Harry.


   – Aposto que você achou que esse daí seria monitor chefe como a namoradinha sangue-ruim dele não é?


   Harry segurou as costas da roupa de Rony, que queria descontar tudo o que iria bater em Harry no sonserino. “Ele vai querer matar esse cretino com as próprias mãos” Pensou.


   – Dobre a língua para falar dela – Harry vociferou.


   – Pensou que teria dois criados poderosos, monitores, não é? Mas eu continuo mandando nessa escola, e se você não andar direitinho na linha, posso fazer da sua vida um inferno. – ele fez uma pausa para dar efeito na ameaça e depois disse: Com licença, eu sou o monitor chefe, tenho mais o que fazer do que bater papo com perdedores. Ele passou fazendo gestos largos e nariz empinado.


   Rony espumava de raiva e Harry contava até dez para não esmurrar Draco.


   – Só lembre-se que salvamos essa sua vidinha miserável duas vezes.


   Draco olhou com puro ódio para os grifinórios. Harry alcançou a varinha, para o caso de um ataque, quando o rosto redondo de Neville apareceu no compartimento à frente.


   – O que está acontecendo? Harry? Rony?


   A tensão se dissipou. Draco seguiu seu caminho e Harry e Rony foram para a cabine de Neville. Lá estavam Simas, Dino, Neville, Luna e Gina. Ambos se largaram no banco, um de cada lado de Gina, e cumprimentaram de má vontade os outros.


   – O que foi aquilo?


   – Malfoy, como sempre.


  Ninguém fez mais nenhuma pergunta, não carecia. O trem partiu.


                                              *         *         *


   Entrementes, no vagão dos monitores Hermione estava impaciente. Onde estava o monitor chefe? E quem era ele?


   Os novos monitores a olhavam esperando instruções. “Bom, vou ter que começar sozinha.”


   – Bem, monitores novos, tenho algumas instruções. O trabalho dos monitores é fiscalizar e manter a ordem em Hogwarts. Devemos...


   Subitamente a porta se escancarou, interrompendo-a. Malfoy entrou de nariz empinado e gingando, retirou-se para uma cadeira afastada e largou-se nela, sem uma palavra. Hermione observou aquilo completamente aturdida.


   – Quié? – perguntou Malfoy com maus modos.


   – Você é o novo monitor chefe? Você?!


   – Eu.


   – Então onde estava até agora?


   – Não te interessa, Granger. Cuide de sua vida.


   Ela o encarou por alguns instantes.


   – Hum, como eu ia dizendo... devemos ajudar os alunos mais novos, patrulhar os corredores...


   – E fazer os outros de capacho na moral – acrescentou Draco, interrompendo-a.


   Hermione fitou-o incrédula e pediu aos céus paciência, porque ela iria precisar, com certeza.


                                              *         *         *


   No vagão de Harry estava um calor desgraçado do capeta. Além de jogarem Snap Explosivo, Simas se meteu a jogar xadrez em dupla com Harry contra Rony e Neville, enquanto Gina conversava animadamente com Luna, que estava ao lado de Dino. Neville lançava-lhes olhares furtivos. O resultado da partida foi o tabuleiro explodir em chamas quando Simas estava perdendo. A cabine ficou quase insuportável depois disso.


   No meio da tarde, eles conversaram animadamente quando a porta se escancarou tão violentamente que ela bateu e quase voltou. Todos se assustaram e Neville deu um pulo. Hermione entrou como um furacão na cabine.


   – VOCÊS NÃO VÃO ACREDITAR EM QUEM É O NOVO MONITOR CHEFE!


   Ela se atirou no último lugar vazio ao lado de Rony, furiosa.


   – Malfoy. É, nós sabemos, ele já fez questão de esfregar na nossa cara. – disse Rony amargurado.


   – Foi... foi absurdo! Absurdo! Ele está pior do que nunca, abusando como se... aargh!


   – Calma Mione, não é o fim do mundo – consolou Gina.


   – Ah, é sim! Você não estava lá. Ele disse que ser monitor era abusar e fazer os outros de escravo, acreditam? Como eu tive que me controlar para não meter a mão na cara dele...


   – Mas vamos ter que aprender a lidar com isso. – resmungou Dino.


   – ONDE É QUE A MCGONAGALL ESTAVA COM A CABEÇA?! – ela desabafou.


   – Ah Hermione, seria legal se você pegasse leve com o Malfoy, ele deve melhorar. Ele pode estar sendo atacado constantemente por zonzóbulos, por isso está agindo assim, sabia? – Luna disse sonhadoramente.


   Ninguém respondeu.


                                            *         *         *


   O Expresso de Hogwarts foi reduzindo gradualmente a velocidade. A noite do lado de fora era úmida, chovia. Eles colocaram as capas e saíram para a garoa.


   – Caramba, parece que está cheio de dementadores aqui, tá muito frio! – Neville comentou. Uma voz conhecidíssima dos garotos os saudou:


   – Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui!


   Eles voltaram-se para a voz, sorrindo:


   – HAGRID!


   Hagrid sorriu para eles, os olhinhos de besouro se envolvendo em rugas.


   – Como vão?


   – Bem – eles gritaram de volta, pois eram arrastados pela multidão.


   – Chá na minha cabana no fim de semana!


   – OK! – berrou Harry.


   Eles correram para pegar as carruagens. Agora todos podiam ver os testrálios. Neville, Luna, Dino, Simas e Gina tinham embarcado na última, que já tinha Ana Abott, então eles esperaram a próxima. Na carruagem seguinte estava Ernesto MacMillan e duas outras garotas que nenhum deles conhecia. Quando Ernesto os viu, pulou da carruagem e fez questão de cumprimentar os três.


   – Ora, como estão? – perguntou pomposamente entusiasmado.


   – Bem – sorriu Hermione.


   – Subam, subam...


   Um silêncio incômodo restou. As duas garotas davam risadinhas e guinchos e olhavam intensamente para os dois. Hermione, sentada em frente a Ernesto, não deixou de notar esse detalhe e não gostou nem um pouco. Uma delas era loira, de olhos verdes e cabelos cacheados. A outra tinha cabelos brancos e longos. Ela não era albina, mas tinha olhos azuis gélidos, como cristais de gelo. Era oriental e apesar de não estar sorrindo bobamente como a loira, tinha certo encanto. Parecia uma Princesa de Neve. Alguma coisa nela desagradava profundamente Hermione. Uma energia negativa, sabe-se lá, e ambas eram sonserinas. Ernesto pigarreou para quebrar a tensão.


   – Parabéns pelo distintivo, Hermione.


   – Ah, obrigada Ernesto.


   – Não estou nem um pouco surpreso, para dizer a verdade. Surpresa mesmo foi o monitor chefe.


   – Nem me fale. Malfoy está um verdadeiro pesadelo. – A garota loira virou a cabeça.


   – Malfoy, foi o que disse?


   – É, por quê?


   – Nada. – ela deu outra risadinha para sua amiga, mas depois murchou. – Eu o chamei para sair, mas ele não quis. Foi bem mal-educado, para ser sincera...


   Hermione tentou lembrar-se dessa garota. Retornou vagamente a lembrança de uma irmã mais nova de Dafne Greengrass, também do sétimo ano. Astoria, ou algo assim.


   –... e ele me mandou largar do...


   Hermione parou de prestar atenção na tagarelice de Astoria. A garota pálida tinha acabado de cruzar as pernas, e ao fazer isso roçou intencionalmente na perna de Rony. O gesto não passou despercebido, e achando que aquilo já era demais, ela tascou o maior beijo no namorado, que foi pego totalmente de surpresa mas gostou mesmo assim. Depois, segurando a mão dele, encarou a outra com a maior naturalidade. Ela desencostou rapidamente a perna e encarou Hermione. As lascas de gelo encontraram os olhos castanhos por um momento, e a morena sentiu um arrepio na espinha.


   A branquela azeda e desmilinguida (na visão de Hermione) anunciou em voz alta:


   – Acho que ainda não me apresentei. Kyonne Westwind – disse estendendo a mão aos três. Ela também era fria como o gelo.


   – Prazer – murmuraram Harry e Rony. Hermione nada disse. Harry parecia levemente hipnotizado, como Rony costumava ficar com Fleur. O resto da viagem de carruagem transcorreu silenciosamente.


   Mais tarde, entrando no saguão, Hermione comentou:


   – Estranha aquela Westwind. Nunca a vi antes.


   – Eu a achei bem simpática, para a casa dela. Elas eram sonserinas, não? – disse Harry.


   – Simpática? Simpática? Será possível que vocês homens só olhem para a beleza? – ela reclamou.


   – Não... ah, deixa pra lá. Esquece. – e apressou o passo para ir falar com Gina, que o esperava um pouco na frente.


   Rony perguntou baixinho:


   – O que foi aquilo lá atrás?


   – Quê?


   – Aquele beijo.


   Mione corou.


   – Só estava defendendo o que é meu. Rony riu.


   – É por isso que você não gostou da Kyonne?


   – Kyonne? Quanta intimidade Ronald! Ele olhou seriamente para ela. Ela pareceu um tantinho envergonhada da insinuação, mas completou, se sentando na mesa da Grifinória com ele, na frente de Harry e Gina:


   – Garota mais cara-de-pau – disse, fulminando-a com o olhar na mesa sonserina.


   Nesse momento a diretora McGonagall levantou-se, e Rony se absteve de responder.


   – Muito boa noite! Sejam bem vindos em mais um ano letivo. Tenho alguns recados para dar antes de começarmos... – seguiram-se os avisos de sempre sobre as proibições, a Floresta Proibida e as equipes de quadribol –... e devo esclarecer as nomeações para o corpo docente.


   “A meu pedido, e em caráter provisório, o fantasma de Remo Lupin concordou em assumir o cargo de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas e diretor da Casa Grifinória.” Houve uma estrondosa enxurrada de palmas para  Lupin.


   – E ministrando as aulas de Estudo dos Trouxas, Professor Cadbury – Harry olhou intrigado para Hermione, que sacudiu os ombros e indicou um homenzinho na ponta da mesa dos prodessores.


   Depois disso, saborearam um jantar delicioso e se retiraram para os dormitórios (a nova senha era Ursa Minor). Eles se largaram nas camas, com sono até dizer chega. “Esse ano promete” pensou Rony antes de adormecer.
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 Ai, adorei escrever esse cap. Ele bem que poderia se chamar "Malfoy, O Retorno" muahahaha é o bom e velho Draco que a gente gosta né? A briguinha de irmãos entre o Rony e a Gina, o que acharam? E a nossa Mione mereceu a nomeação, não é?
 Agora falando sobre a parte séria, so tenho uma dica: cuidado com a Kyonne Westwind. E não so porque ela odeia a Mione e é uma completa bitch oferecida, mas... por outras razões, que vcs vão descobrir mais tarde.
Marcella: valeu mesmo pelo elogio! Deu um trabalhão escrever essa profecia. Eu olhava para o rascunho e pensava: "não da pra colocar isso. Qual é a profecia que não tem rima?!" mas deu tudo certo no final. Ufa! E o Harry e a Gina ainda estão aqui sim!!kkkkk bjão linda
Bjs Roxanne Prince
  

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Comentários (2)

  • BiaWeasley

    AAAH, TO AMANDO ! Não vejo a hoja dos semi deuses encontrarem os bruxos , vai ser incrivel ! posta logo !

    2012-01-10
  • Gemeas Potter

    AMEI esse cap! Hermione com ciúmes do Rony! Tãoo fofo >< E o meu casal preferido dando uma fugidinha haha por isso eu amo a Gina. Ta, agora só falta o Percy com a Annabeth, que são tão fofos quanto H/G ><. Ansiosa para ver quando eles se encontrarem! Beijão =*  

    2012-01-09
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