Capítulo Três



- Você sabia que a Dorcas tinha dado pro Remus? – perguntou arqueando uma das sobrancelhas.


- Não me olhe desse jeito, Sirius. O que eu poderia fazer?


- Contar pra Emme, ou sei lá. Ela não é sua amiga?


- As duas são – Marlene respondeu soltando o ar de maneira pesada e se jogando na poltrona de couro de Sirius – Eu quis deixar que elas resolvessem isso sozinha. Não é como se eu tivesse tomado um partido. Não me interessa as atitudes delas umas contra as outras, eu gosto de cada uma.


- Entendo – ele se aproximou. – Você sabe que está sentada sobre a minha segunda mulher, não sabe? – perguntou com o sorriso maroto nos lábios, mudando de assunto.


Por que perder tempo discutindo algo desgastante com a mulher que ele mais desejava, sendo que o assunto nem era realmente de seu interesse? Concordava com Marlene: as pessoas precisam resolver seus próprios problemas.


- Sua segunda mulher é sua poltrona, sua primeira é sua moto, sua terceira é sua jaqueta... Às vezes eu me pergunto em qual posição eu me encontro – sorriu do mesmo jeito que ele.


- Você não é minha mulher, não por falta de tentativas de minha parte – deu de ombros e sentou no braço da poltrona.


- Não sou? – ela riu.


- Você é? – ele pareceu surpreso com sua reação.


- Não. Mas sempre imaginei que você achasse que sim.


- Eu não sou idiota. Sei quando alguém não me quer.


- Eu não te quero? – dessa vez sua risada era histérica.


- O que foi? Não estou te entendendo.


- Ah Sirius, você é tão bobo. Como pode dizer que eu não te quero? Eu acordo pensando em você, me arrepio só de te ver, sinto uma vontade louca de te atacar com um simples ato seu de mexer nos cabelos. O seu nome saiu da minha boca milhões de vezes, misturado a suspiros e gemidos, e você ainda me diz que eu não te quero? Você é um idiota.


Ela ainda ria. Não parecia que havia dito aquilo tudo. Como? Como, por Deus, como aquela mulher conseguia fazer aquelas coisas? Tinha que haver um segredo... Ela tinha alguma fórmula, não era possível!


- Cara – ele falou ainda atônito – Você é a mulher mais imprevisível que eu já conheci.


- Oh. Isso é bom – seu sorriso se perverteu.


Inexplicavelmente. Assim. Ela se levantou e obrigou Sirius a se sentar, ficando em seu colo em seguida. Passou a mão em seus cabelos, beijou seu pescoço e depois lhe beijou os lábios delicadamente, já puxando sua camisa pra cima.


 - Você me deixa louco. Absurdamente louco.


- Isso é melhor ainda – mordeu o lábio de Sirius e começou a desabotoar os botões da própria camisa.


Logo, as roupas dos dois estavam no chão, e ela fazia o que realmente já havia feito milhões de vezes: deixava o nome de Sirius escapar-lhe dos lábios sem perceber, em meio a suspiros e gemidos. Mas sabe? Se eu fosse a “segunda mulher” de Sirius, me sentiria bastante traída de ter toda aquela confraternização entre amigos acontecendo em cima de mim.


 


___________________________________________________________________________________


 


- Emme?


- Bom dia, Lily – pela voz parecia estar alegre – A que devo a honra de ouvir sua linda voz tão cedo?


- Posso saber que bicho mordeu você? – a ruiva riu.


- Um bem bonitinho. Acho que você conhece. Trabalha com você.


- Me lembra de zoar o Remus hoje, por favor.


- Eu não disse que era o Remus! Você está jogando verde, querida.


- Não preciso, querida – imitou a amiga – Seu humor só fica assim quando tem o dedo dele, eu te conheço.


- Ok, mas não zoa o coitadinho. Então, me ligou pra...?


- Ah, é mesmo! Eu meio que... Só senti uma vontade maluca de te ligar e dizer que você pode contar comigo pro que quer que seja. Tá? Eu sempre quero te ouvir, saber dos seus problemas. Eu sinto que você se afastou muito de mim desde que você e o Remus terminaram, eu não queria isso. Eu te amo muito!


- Você é a pessoa mais linda do mundo, Lily! Queria poder te apertar quando te visse... Vamos fazer o seguinte: quer dormir aqui em casa hoje? Alugamos um filme, fazemos brigadeiro e fofocamos. Como nos velhos tempos!


- Eu adoraria! Posso ir pra sua casa lá pras sete?


- Pode sim. E boa aula hoje, já que não vamos nos falar no colégio.


- Boa aula também. E boa sorte com o plano. Sei que deve ser difícil pra você, mas vai acabar logo.


- Assim espero. Beijos e até noite. E Lily, eu também te amo muito, ok? Não se esquece disso. Você é a pessoa mais amada do mundo.


Tendo dito isso, Emmeline desligou o telefone. Lily abriu o maior sorriso da terra. Sentia-se amada. Tinha os melhores amigos que podiam existir! E era tão feliz por tê-los. Só faltava o James e tudo estaria perfeito. Sem o James... As coisas eram completamente diferentes. Por mais que amasse todos seus amigos e amasse a companhia deles, era impossível não sentir falta do sorriso de James, de seu perfume, seu jeito de bagunçar mais os cabelos bagunçados, sua falta de coordenação; tudo nele lhe fazia tremenda falta.


Ainda se perguntava por que as coisas tinham acontecido daquela forma. Foi tudo tão repentino. Não falava em voz alta, mas se arrependia de tê-lo assustado dizendo todas as coisas que disse. Eram ótimos amigos, ela que estragou tudo. Talvez – foi o que pensou pela primeira vez – a culpa tivesse sido sua! E se James não quis magoar seus sentimentos e apenas se afastou?


Lily se conteve pra não chorar. Não era hora pra isso. Se tivesse realmente sido sua culpa, resolveria o problema e lhe diria que não tinha por que se preocupar: ela nunca lhe cobraria nada. Amá-lo era algo que sempre fez sem pedir por coisa alguma em troca.


 


___________________________________________________________________________________


 


Você falou sério aquelas coisas ontem à noite?”. Foi a mensagem que Marlene recebeu pouco depois de sair do banho. Ponderou sobre o que responder. Poderia dizer que sim, e então Sirius tomaria como resposta que ela estava perdidamente apaixonada por ele – e essa era a verdade - e daí seu discurso sobre o outro homem com quem teria o futuro brilhante estaria no ralo. Ou poderia dizer que não, e então Sirius saberia que ela estava, talvez, apaixonada por ele, mas sem a mínima vontade de abrir mão de nada por ele. E como assim devia ser, foi o que aconteceu:


Não”. Foi a mensagem que Sirius recebeu pouco antes de sair de casa pra ir buscar as meninas. Ele apenas sorriu, pois já sabia qual seria a resposta pra pergunta que fez. Obviamente, não lhe interessava muito isso; ele nunca duvidaria das palavras que saíram da boca de Marlene na noite passada, pois nunca lhe pareceram tão sinceras. Só queria entender o coração dela. E queria poder entender em qual ponto do passado ela perdeu a confiança em dizer “eu te amo” e começou a procurar futuros brilhantes por aí.


Mas isso não era coisa pra se pensar agora. Conversaria com ela depois, talvez no final de semana, ou quando tudo aquilo acabasse. Por hora, precisavam chegar ao colégio e continuar todo o plano. Sabia que James há essa hora tinha percebido que eles estavam aprontando alguma coisa, só esperava que o amigo fosse idiota o suficiente pra ainda cair nela.


- Você demorou hoje, qual o problema? – Emmeline perguntou entrando no carro – E cadê a Lene?


- Passei aqui primeiro.


E não disse mais nada. Emmeline tão pouco; nunca se sentiu capaz de criar grandes diálogos com Sirius. Isso sempre lhe pareceu algo incrível pra se fazer, pois ele não era o tipo que dava corda: sempre cortou os embalos de Emmeline de primeira. Então, após um tempo, aprendeu a lidar com ele assim. Por mais que não conversassem, tinham aquele sentimento de “caso ele esteja em perigo, eu estarei lá pra ajudar” e vice-versa. Eram cúmplices, talvez. Passaram vários momentos juntos, sabiam coisas um do outro e gostavam da companhia um do outro, só não mantinham grandes diálogos.


- Atrasado – foi a primeira coisa que saiu da boca de Marlene quando ela entrou no carro.


Sua cara estava fechada e Sirius esperava um sorriso. Ela era realmente imprevisível.


- Tive alguns problemas hoje.


- Tente não ter problemas todos os dias – foi o que ela lhe respondeu.


Era isso: criar grandes diálogos com Marlene era ainda mais impossível que criar grandes diálogos com Sirius. Talvez ele fosse o Rei das conversas perto dela. Ela sempre foi a pessoa mais fechada do grupo, e Emmeline duvidava que até mesmo Lily – que sempre foi sua melhor amiga – soubesse grandes coisas de sua vida. Por que ela era fechada assim? Mistério. Antes não era assim, se Emmeline se lembrava bem, pois Lily havia comentado isso alguma vez: “Marlene? Ah, eu não sei o que a fez ficar desse jeito, mas ela nunca foi tão inatingível”. Coisas da vida.


- Muito bem, vamos acelerar o processo. Temos até o final dessa semana pra conseguir deixar tudo pronto pra que outras duas pessoas entrem em ação, uma delas, o Peter.


- Você não vai mesmo dizer o que pretende fazer? – Emmeline perguntou.


- Não.


A loira olhou pra Sirius, pra ver se pelo menos ele sabia do que se tratava, mas ele apenas deu de ombros, deixando a entender que sabia tanto quanto todo mundo.


E honestamente, de Marlene, Emmeline esperava qualquer coisa que fosse crucial. Além de cruel.


 


___________________________________________________________________________________


 


- Eu estava pensando.. Como nós vamos fazer amanhã? Eu vou me arrumar aqui e daí vou pro colégio a pé, certo? Porque eu não posso chegar lá com vocês.


- É verdade, não tinha pensado nisso. Desculpa, Lily. Devia ter combinado com você na sexta.


- Não! Sem problemas. Só queria saber se podia me arrumar aqui pra agilizar. Eu estou muito feliz de ter vindo, muito mesmo, Emme.


- Você é uma fofa, eu já disse isso, não disse? – apertou as bochechas da amiga e pegou a panela com o brigadeiro pra que pudessem comer no quarto.


Subiram, colocaram os pijamas e se sentaram no tapete. A conversa começou meio boba, sobre as coisas do plano, será que dariam certo, o que Marlene tanto planejava e etc. Mas ficou séria a partir do momento que Lily fez a seguinte pergunta:


- Emme... Desculpa perguntar, mas por que você e o Remus terminaram? Vocês eram tão felizes.


E daí Emmeline pensou bastante sobre se abrir ou não com Lily. Era o que ela queria, não era? Uma amiga que a ouvisse, entendesse e a ajudasse. Esperava que Dorcas, assim que voltasse, fosse ser essa amiga, mas agora sabia que esta jamais a escutaria novamente. Pensou bem nos motivos pra não fazer aquilo, e apesar de saber que havia milhões, na hora não pensou em nenhum.


- É uma história meio longa, mas dá pra resumir. Começa naquela festa que o primo da Bella tinha dado e que todo mundo foi. Eu e o Remus brigamos lá, e eu disse algumas coisas horríveis pra ele, sobre como ele era um péssimo namorado, sempre fazia isso ou aquilo e sobre como me fazia sofrer. E eu acho que também disse que ele não era bom o suficiente pra mim.


- Coitadinho – Lily deixou escapar sem querer.


- Sim. Eu admito que não queria falar nada daquilo. Eu estava nervosa, óbvio, e um pouco bêbada também, acho que foi por isso. Mandei ele pro inferno e fui dançar com o primo da Bella. Ele foi embora. Lembro que Dorcas me olhou meio brava e foi atrás dele. Na hora eu pensei “ah, isso passa” e continuei dançando. No dia seguinte ele se encontrou comigo e disse “acho melhor a gente terminar”, e eu falei “não, por quê?”. E então ele veio com o discurso de que não era bom o suficiente pra mim, etc. Eu pedi perdão, falei que não queria ter dito aquelas coisas, que ele era muito bom pra mim. Aí veio a bomba: “eu não sou, eu não posso continuar com você”. Perguntei por que. “Porque eu dormi com outra pessoa ontem”.


- Não!


- Eu também nunca imaginei isso do Remus. Fiquei muito, muito chateada com ele, mesmo. Sai dali pisando fundo e acabei naquele bar aonde o povo popular sempre vai. Não sei por que justo ali, mas foi. E quem estava lá? O primo da Bella. Conversa vai, bebida vem, eu acabei acordando no quarto dele no dia seguinte sem me lembrar de muita coisa.


- Isso é péssimo. Mas pelo menos você já tinha terminado com o Remus e...


- Não, eu tinha terminado há menos de 24 horas! Foi horrível! Eu sabia o quanto o Remus detestava aquele cara, eu fiz isso por vingança – Emmeline colocou as mãos na frente do rosto; já chorava.


- Emme – Lily puxou as mãos da amiga e limpou seu rosto – Não chora.


- Sabe o que foi pior? Eu tive que ouvir isso da boca da minha melhor amiga. A pessoa com quem o Remus dormiu foi ela, Lily! A Dorcas! E agora? Como eu vou lidar com o peso de ter machucado o cara que ela mais amou e ter feito ele me amar, sendo que hoje eles poderiam estar juntos?


- Ah, vou ser obrigada discordar de você. O Remus e a Dorcas nunca dariam certo e isso tá longe de ser culpa sua. Muito antes de você notar a presença dele, Emme, ele já era louco com você. A primeira vez que eu ouvi sobre você, foi antes mesmo de você entrar no colégio. Ele me disse “vi uma menina ontem na porta do colégio tal, uma loira muito linda, Lily, a menina mais linda do mundo”. E a partir daí ele ia todos os dias pro seu colégio só pra te ver. Tentou criar coragem pra falar alguma coisa, mas não deu. Você parecia ser bastante popular, estava sempre rodeada de amigos.


Os olhos de Emmeline brilharam de esperança; Lily continuou:


- Ele nunca teria olhado pra Dorcas, nem que você não existisse na vida dele. E você não tem culpa dela ter se apaixonado pelo cara que você também se apaixonou. E deixa eu te contar, se eu também fosse apaixonada pelo Sirius, por exemplo, como eu sei que a Lene é, eu nunca entraria no caminho deles, mesmo que ela fosse muito cruel com ele – como eu já sei que ela é. Sabe por quê? Porque é muito óbvio que ele só tem olhos pra ela. Se eu não pudesse ser feliz com ele, a primeira coisa que eu ia querer é que ela, então, fosse feliz com ele por mim.


- Ah Lily... Você é tão linda! – abraçou a amiga.


Ficaram abraçadas até Emmeline se acalmar pra que pudesse falar de novo:


- Mas e o que eu fiz com o Remus?


- Tem perdão, oras. Assim como você pode perdoar ele por ter dormido com outra enquanto ainda estava com você.


- Eu já perdoei. As coisas que eu ouvi da Dorcas, eu... Eu o perdoei automaticamente.


- Então! Além do mais, as coisas não estavam bem de novo? Eu me lembro dele ter te mordido hoje de manhã, e me lembro dele estar sorrindo igual um bobo no colégio, mesmo sem motivo aparente.


- Ontem eu tive uma conversa com a Dorcas, onde ela me contou tudo e me pediu pra nunca mais falar com ela. Foi horrível, sabe? Eu me senti muito mal. Pensei que ia morrer chorando na chuva sem ninguém do meu lado, mas ele surgiu ali e ficou comigo até eu me acalmar. Depois, me trouxe pra casa, me ajudou a tomar um banho quente, me colocou num pijama e dormiu do meu lado. Quando eu acordei, tinha um bilhete dele, tava escrito “eu tive que voltar pra casa pra poder me arrumar, mas muito obrigado por ontem à noite, não existe nada no mundo melhor que você”.


- OWN! – Lily berrou e voou em cima de Emmeline – Ele é a coisa mais fofa do mundo!


Emmeline riu: - Eu concordo – seus olhinhos brilhantes pareciam como os de desenho.


E assim a conversa seguiu alegre, sobre como ela faria pra se desculpar com ele, afinal eles precisavam conversar sobre tudo que aconteceu; quando conversariam e etc. E mais adiante, o futuro que os aguardava, os três filhos que poderiam ter, essas coisas...


Emmeline sentia-se muito feliz, como há tempos não vinha sentindo. Era bom que algo começasse a dar certo, pra variar. E Lily estava dando realmente certo. A conversa das duas era muito divertida; agora, sentiam-se mais próximas, preparadas pra confessar alguns segredos. E assim como Emmeline confessou o seu, em algum momento da noite, Lily confessou o seu:


- Eu parei pra pensar hoje, talvez a culpa do James ter se afastado seja minha. Eu falei algumas coisas pra ele um pouco antes, acho que ele ficou com medo de me magoar, entende?


Emmeline olhou para a amiga: esta olhava para cima, os pensamentos bem longes dali. Segurou sua mão e lhe perguntou o que havia acontecido. Quando Lily virou seu rosto pra que pudesse lhe olhar nos olhos, Emmeline percebeu que estes estavam cheios d’água.


- Eu amo o James. Muito. É maior do que eu. Já tentei, mas não consigo controlar o que eu sinto por ele. Eu tinha jurado que depois da morte da minha mãe ninguém seria tão importante pra mim quanto ela, mas ele já tinha mudado absolutamente tudo. Eu tive que dizer, sabe? Eu não podia guardar isso pra mim. O James precisava saber, mesmo que ele não me amasse de volta, eu precisava dizer.


- Sabe qual a minha teoria sobre o James? – abriu um sorriso – Que ele sempre foi completamente apaixonado por você.


 


___________________________________________________________________________________



Estou de volta aqui também, hehe! E bom, vou explicar aqui e de novo o motivo deu ter estado fora: meu computador estragou. Desde então, estou sem um pra entrar aqui e sem meus documentos (incluindo as fics). Ainda estou sem meu computador, que deve chegar em uma ou duas semanas (mamãe disse maio), mas estou com meus documentos, que a mamis copiou pra um hd externo (e a pasta de fics eu passei pro meu pen drive). Logo, vou tentar postar bastante enquanto meu computador não chega, mas não vou poder ler nada atrasado ainda, ou colocar imagens e etc nos capítulos. Quando meu computador chegar, arrumo tudo. PROMESSA. Espero que ainda leiam isso, eu gosto dessa fic.. Beijos e queijos pra vocês, meus queridos :) 

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.