A ruiva entra na história

A ruiva entra na história



Depois de tomar fôlego, Hermione separou as três cartas que já tinha lido e guardou-as no fundo de uma gaveta para que ninguém as achasse. Pegou as que faltavam e desceu com elas para o salão comunal. Já era bem tarde e ler perto da lareira parecia uma boa idéia, já que talvez o fogo a confortasse de qual fosse a notícia.


 Abriu a carta com certo receio. Sua delicadeza ao descolar o envelope poderia ser interpretada por outros como um carinho extremo para c0m a carta e talvez vontade da garota de manter o envelope em boas condições. Mas na verdade, o medo da revelação fazia com que os movimentos da castanha se tornassem lentos e pouco precisos, necessitando de sua total atenção para manter a carta inteira ao absorver seu conteúdo.


            “Hermione,


Percebo que minhas esperanças foram em vão. Mas não me perdoaria se não a deixasse a par de todos os fatos. Vou então dividir a história em três partes – as três últimas cartas que vai receber de mim.


Como você já sabe, sou filho de um comensal que segue cegamente às ordens de Voldemort. Não por admiração, mas por medo. Graças a meu pai, fui recebido pelo Lord das Trevas e mantido como um espião em potencial. Confesso que eu tinha o poder que o Lord me concedeu como suficiente: nem mesmo meu pai tinha autoridade perante mim.


Mas nos planos de Voldemort, eu tinha missões. Todas elas eu cumpri com perfeição. Matei vários trouxas sem piedade, descobri inúmeras maneiras de ajudar os comensais a invadirem a escola no momento certo (que ainda virá). Mas minha última missão era descobrir as fraquezas do Santo Potter e enfraquecê-lo a partir delas. Eu admito que sou muito bom em descobrir fraquezas. A de Voldemort, por exemplo, é aquela maldita cobra. Sei que a informação talvez não seja muito útil agora, mas guarde-a bem.


Então a tarefa me parecia fácil demais. Comecei a observar o seu tão precioso Harry, descobri a extrema necessidade que ele tem daquela ruiva traidora do sangue – não que eu possa falar muito sobre isso no momento – e do irmão dela. Mas reparei também que não era a eles que Potter recorria para desabafar e contar seus medos e aflições. Era a você. Você é a maior fraqueza de Harry Potter e isso me dava nojo. Eu odiava que você pudesse ser tão próxima a alguém que não fosse eu. Ao mesmo tempo, tinha asco por eu querer algo mais de você do que seu ódio e sabia que tinha que me livrar disso. Então contei ao Lord. Contei que você é a fraqueza do menino-que-sobreviveu. E ele me disse apenas uma palavra: mate-a.


A narrativa dessa carta para por aqui. A repulsa que sinto por ter feito uma coisa tão baixa me tomou de novo. Na próxima carta eu continuo.


            Draco”


 


AGORA...


Hermione só parou de arrastar a ruiva quando chegaram à sala precisa. Lá dentro, um cenário reconfortante para a troca de confidências: apenas uma lareira e um sofá que acomodava confortavelmente as duas amigas.


Antes de a castanha começar a falar, deixou-se vagar pela forma exigente que o fogo alaranjado lambia a madeira enquanto aquecia o local de forma acolhedora. Hermione sabia como a madeira se sentia, sendo consumida pelo calor do fogo de todos os lados em uma dor lancinante. Mas havia uma diferença entre elas: a dor que a madeira sentia não era culpa dela.


Gina, impaciente, resolveu começar.


- Sabe Mione, quando a gente está sofrendo é bom conversar. Soltar um pouco o que está sentindo para poder aliviar o coração.


- Você tem razão. – a voz de Hermione ainda estava rouca pelo choro – É melhor mesmo soltar. Porque talvez você consiga me ajudar a consertar o que eu fiz.


- E o que você fez?


- Eu matei o Draco.


...silêncio...


- VOCÊ O QUE?


- Ah, eu realmente espero que ele ainda esteja vivo.


- Mione, você ta com febre?


- Não Gina... Eu não o matei com as minhas mãos, eu o fiz desistir da vida. Ele provavelmente está lá agora, esperando pelo Avada. – a ruiva estava cada vez mais confusa – Acho que você só vai entender quando vir isso.


Hermione então tirou três cartas dos bolsos. As três últimas cartas que recebera de Draco Malfoy.

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N/A: Ahhh, eu realmente me empolguei *-*
Eu acho que tudo já deve ter ficado bem na cara, mas eu até que estou gostando da história :D
Pooooor favor, comentem. Eu preciso saber o que vocês estão achando *eu tendo um ataque de pânico*  / parei.
Ah, é isso... em breve o 4º cap.  (:

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Comentários (1)

  • Caren F

    Sim sim, eu já havia começado a ler essa sua fic UAHSUAHSAUSH no começo, não me pareceu estranha e agora, indo no menu da fic, vi que já havia mesmo começado a ler ç.ç enfim, está bom. Beeijos, partindooo >>>>

    2012-05-22
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