Um problema sem solução
DUAS SEMANAS ATRÁS...
Após ler aquela carta, Hermione sentiu seu mundo desmoronar. Draco deveria matá-la. Ele teve tantas chances de fazer isso. As cenas da monitoria pairavam por sua cabeça. Teria sido tão fácil, mas ele não o fez.
Jogou a carta no chão. A história ainda tinha mais duas partes para serem devoradas por seus olhos necessitados de explicações.
A penúltima carta começava de modo bem mais seco, mas a castanha não se deteve nisso por mais de meio segundo. Só parou de ler ao chegar no final.
“Granger,
Creio que parei na parte em que o Lord exigia sua morte... Pois bem, continuemos a navegar pelos fatos.
No momento em que recebi a ordem, senti uma enorme alegria interna: acabaria com a fraqueza do Potter e de quebra com a minha. Mas ao voltar para Hogwarts, a realidade me atingiu como uma onda no mar revolto: eu não conseguiria te matar.
Me senti caindo em desespero, afinal eu nunca desobedecera uma ordem antes. Eu gostava de obedecê-las. Naquela noite, resolvi sair dos meus locais de ronda habitual e vagar pelo castelo sem notar que meus passos me levavam até o SEU local de ronda. Quando percebi onde estava, corri para longe parando apenas no corujal. Me achei um covarde completo, mas meu ato de coragem seria para com outra pessoa. Escolhi uma coruja qualquer e transfigurei um pedaço de pergaminho e tinta. Escrevi nele apenas ‘tenho um plano, amanhã nos encontraremos D.M.’ e enviei. O Lord ficou bem irritado quando me encontrou no outro dia.
Minha explicação foi simples. Eu te tiraria do Potter sem precisar matá-la e o mestre pareceu gostar disso. Tudo um blefe, uma mentira sem tamanho. Eu jamais conseguiria tirá-la do lado de seu melhor amigo – mesmo ele sendo o Potter – pois que via como você era feliz ao lado dele. Mas pelo menos eu tinha conseguido te dar mais tempo. Eu tinha certeza de que conseguiria fazer com que você confiasse o suficiente em mim para bolarmos juntos uma maneira de fazer o Lord pensar que você não era uma fraqueza assim tão grande para o Cicatriz e te deixasse viver. Naquela noite eu fui novamente até seu local de monitoria e te encontrei ali, tão linda, a olhar para a lua. No momento em que olhei nos seus olhos, percebi que tinha feito a coisa certa, apesar de me manter uma semana afastado apenas para ter certeza. E na outra noite, quando te beijei... Não tenho palavras para definir o que senti, mas sei que antes daquele momento, eu nunca havia sido realmente feliz.
Com aquilo, tomei finalmente coragem de te contar o que estava acontecendo, mas, bem... Você fugiu de mim. Agora lamento dizer que Voldemort descobriu minha estranha obsessão por você e exige seu corpo sem vida até o fim da semana. Ele diz que se eu não o fizer, ele achará quem o faça e não será apenas você a morrer. Mas também todos os seus amigos. Há uma maneira de pará-lo, mas se eu te contar agora, você vai tentar me impedir. Não posso permitir tal coisa, já que te quero viva. Afinal é bem capaz de você abrir as cartas um dia antes. Se não, melhor. Não terá mais volta.
Draco”
Hermione, que já estava pálida, agora podia ser classificada como transparente. De seus olhos, lágrimas desobedientes escapavam pela certeza do que viria a seguir.
Pegou a última carta, o movimento fazendo com que uma lágrima que se equilibrava nos contornos de seu rosto caísse e manchasse o papel de forma que Hermione achou agourenta. Rasgou o envelope sem paciência para ser delicada e tirou de dentro o pedaço de pergaminho com certa violência. Ao ler o que dizia, mais lágrimas rolaram bloqueando-a a vista. Desta forma não percebeu a sombra escondida debaixo das escadas e que a vigiava atentamente.
AGORA...
Gina estendia as mãos impaciente para ler a última carta. Não fizera qualquer pergunta à amiga, mas sua cabeça estava cheia delas. Ela precisava saber o que Mione queria dizer com ‘ele está esperando o Avada’. Ao receber a carta, a última delas, Hermione pediu:
- Gina, leia essa em voz alta.
A ruiva acenou positivamente com a cabeça e começou:
- “Querida Mione,
Essa é a última carta que lhe escrevo, então quero deixar bem claro nela tudo o que sinto. Não é fácil dizer – e aparentemente nem de escrever – mas eu preciso que você saiba que eu te amo. Com todas as minhas forças. Sei que você provavelmente me odeia por tudo o que fiz e te contei nas outras cartas, mas ainda assim é melhor seu ódio do que sua morte.
Como prometi, revelo a outra maneira de acabar com tudo: eu me entregando. Voldemort me fez uma promessa perpétua que não machucaria nenhum dos amigos do Potter antes de estarem todos no campo de batalha e quanto a você, nem mesmo que estivesse nele. Você está a salvo das garras do Lord para sempre. Desde que eu abdicasse de todo o poder que eu tenho sobre os comensais e me entregasse para morrer.
Apesar disso, ainda tenho uma chance. Voldemort me autorizou lutar para tentar sobreviver. Não sei com quantos bruxos terei que duelar nem por quanto tempo. Mas ainda assim é uma maneira de conservar esperança.
Por favor, não se culpe. Saiba que você sempre estará nos meus sonhos. Eu te amo.
Draco”
Quando terminou de ler, a ruiva tinha os olhos marejados.
- Mione, por que não me contou antes? Já faz duas semanas agora.
- Eu sei, mas não consegui. De certa forma eu sinto que ele ainda está vivo, Gina. É como se Voldemort quisesse que eu tentasse algo antes de tirá-lo de mim para sempre. Tenho certeza que é isso, e eu vou fazer o que estiver ao meu alcance para tirá-lo das mãos desse verme. Mas eu preciso de ajuda. O que eu faço Gina?
Hermione agora chorava de forma que cortava o coração da ruiva. Como ela queria saber milhões de formas de ajudar a amiga. Se pelo menos elas soubessem onde Draco está...
Então os olhos da ruiva brilharam de forma realmente sapeca. Ah, Draco realmente estava vivo. E mais perto do que Hermione poderia imaginar. Eles talvez ainda tivessem uma chance.
- Mi, eu acho que sei como ajudar. Mas tem uma coisa.
- O que Gina? Qualquer coisa...
- A gente precisa da Pansy.
- COMO É QUE É?
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N/A: RÁ, duvido que alguém tenha pensado nela. (H)
Tá, parei :X
Qualéee gente, comenta aí vai. Poooooooor favoooooor x.x
beijinhos.
Comentários (1)
kkkkkkkkkkk', o final veio mesmo a calhar. Já estava com os olhos marejados aqui u.u beeijos, partindo >>>
2012-05-22