Sinal Três



Sinal Três: He’ll feel shy whenever he’s with her...


                -Então eu acho que podemos encerrar essa reunião por hoje. Obrigada por comparecerem. – Lílian terminou a reunião com um sorriso profissional, ajeitando os relatórios da mesa com as mãos enquanto os outros monitores deixavam a sala de reuniões.


-Potter? – O rapaz fitava continuamente um papel com alguns rabiscos e levantou a cabeça ao ouvir seu nome. – Tudo bem com você? – O Maroto murmurou um ‘sim’ e começou a arrumar suas coisas para ir embora dali. Acabara ficando sozinho com Lílian novamente, preso em seus devaneios sobre a garota. Quando deixaria de ser tão estúpido?


Levantou-se da cadeira rápido demais, batendo com a mão na pilha de relatórios que a ruiva empilhara em cima da mesa. Tudo espalhou-se pelo chão e, se não fosse parecer idiota, ele daria um grande tapa na própria testa naquele momento mesmo.


-Desculpe – Abaixou-se para pegar os relatórios e notou aleatoriamente que Lílian ainda não havia brigado com ele por nada. Aquilo era realmente estranho.


-Tudo bem – A resposta foi apenas um sussurro, mas fez o garoto paralisar. Observou-a abaixar-se para ajudá-lo a coletar os relatórios caídos com uma expressão serena na face, contrapondo-se à imagem da expressão furiosa que ele visualizara. O que estava acontecendo ali?


-Tem alguma coisa errada? – Lily perguntou voltando a olhar o rosto do Maroto, vendo-o fixar seus olhos nela novamente. O rapaz corou levemente, lutando imensamente contra isso enquanto pegava todos os papéis de qualquer jeito e colocava sobre a mesa de reuniões de uma vez por todas.


-Eu estou atrasado. Até mais Evans – Falou baixo, praticamente correndo para fora da sala. Lílian sentou-se em sua cadeira, espantada.


Pegara o manuscrito para descobrir mais sobre o Potter e sobre como poderia livrar-se daquele sentimento de culpa e daquela frieza que ele lhe dirigia. Mas agora estava descobrindo algo muito maior que aquilo. As atitudes dele naqueles dias, para com ela, tinham condito perfeitamente com as atitudes de “Maroto Apaixonado” que o manuscrito falava.


Obviamente que aquilo fora escrito há algum tempo pelos Marotos, isso poderia ser descoberto até mesmo pela caligrafia deles. Porém, se bem se lembrava, não vira a letra de Potter ali, somente as de Remus e Sirius. E os dois pareciam falar de alguém, pareciam ter analisado esse comportamento em alguém para poderem escrever aquilo tudo. Era como um “diagnóstico” de apaixonamento escrito por eles.


 Mas qual deles será que tinha sido observado para que escrevessem aquilo? Porque estava perfeitamente ajustado às ações de Potter ultimamen...


-Lily, vamos? – Alice chamou-a, batendo na porta da sala de reuniões da monitoria e tirando a monitora ruiva de seus devaneios. Lílian piscou.


-Já estou indo – Colocou os papéis em uma gaveta de qualquer jeito, saindo com a amiga para o jantar, mas sem conseguir esquecer-se completamente da relação daquele manuscrito que parecia gerenciar as atitudes de James Potter para consigo mesma.


Ao menos quando ele estava com a guarda baixa.


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