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Como Fazer Uma Garota Sorrir: Modo Quinze, Dezesseis e Dezessete ”Bring her flowers Just because & Tell her how you admire her & Let her fall asleep in your arms.”


 


James não compareceu as aulas naquela segunda feira. A nenhuma delas. Lílian estava prestes a comentar o fato anormal com Marlene quando o professor Filtchk cutucou-lhe os ombros.


 


- Professor? – O tom dela foi profissional apesar da surpresa.


 


- Senhorita Evans, a professora McGonagal a espera em sua sala – O pequeno senhor a avisou e Lílian levantou-se da cadeira rapidamente, ainda mais surpresa – E leve suas coisas. Pelo jeito de Minerva, sua visita à sala dela irá demorar, senhorita – A ruiva ficou alguns segundos paralisada, mas logo obedeceu, pegando suas coisas e se dirigindo à sala da subdiretora.


 


- Senhorita Evans, pode entrar – A mulher disse-lhe quando bateu a porta, e então entrou rapidamente, sentando-se onde ela lhe indicara para fazê-lo.


 


Lílian observou a diretora apreensiva. Minerva aparentava estar aflita, aflita demais para uma diretora habituada a mascarar suas emoções, dando a entender que sempre tinha tudo sob controle e que, se não tinha, logo colocaria as coisas em ordem.


 


Mas desta vez a professora não se dera ao trabalho de acobertar a aflição que a acometia. E o motivo de toda aquela aflição era o que a ruiva começava a temer. Afinal, o que deixaria uma bruxa respeitável como Minerva McGonagal daquele jeito, á flor da pele?


 


- Professora? – Chamou-lhe a atenção após algum tempo pensativa, e McGonagal voltou a olhá-la, parecendo avoada.


 


- Ah, sim, claro, senhorita Evans, chamei-a aqui por um motivo sério – Ela ajeitou os óculos arredondados no nariz e apoiou os cotovelos na mesa de madeira escura – A senhorita acompanhou o senhor Potter ao passeio de Hogsmeade, não é verdade? – A ruiva assentiu com a cabeça – Certo. Percebeu algo anormal nele? Digo, no senhor Potter? – Lílian ficou pensativa durante algum tempo, avaliando se o fato de ele conseguir fazê-la abalar-se por ele era um fator importante. Logo se decidiu que não.


 


- Não professora, eu nada percebi acerca de Potter – Respondeu decidida, observando a diretora voltar a ficar pensativa.


 


- Então tudo bem, senhorita Evans. Pode retornar a sua sala agora – A garota levantou-se da cadeira para fazer justamente isso quando a curiosidade assolou sua mente. Hesitou em perguntar.


 


- Professora, isso tem algo a ver com a ausência dele nas aulas? – Lílian perguntou, obtendo novamente a atenção de Minerva. A mulher titubeou.


 


-Sim, senhorita Evans, de fato tem. O senhor Potter foi procurado por todos os quadros, fantasmas, e até mesmo por professores e pelo zelador do colégio, e temos toda certeza de que ele não se encontra em nenhuma dependência dessa instituição. Estou investigando o fato de seu sumiço, já que nem mesmo seus amigos sabem dele – A menina sentiu um calafrio, a adrenalina começando a dar o ar da graça em suas veias.


 


“Onde será que ele foi?” sua mente indagou em neon, e todo seu foco encontrou-se em tal indagação. Afinal, onde Potter poderia ter ido?


 


-Professora, eu posso fazer-lhe um pedido? – A senhora olhou para a moça como se lhe incentivasse a pedir – Dois, na realidade. A aula do professor Filchk está quase acabando, e eu imagino se a senhora não poderia, bem... – A ruiva corou levemente.


 


-Liberá-la da aula? Tudo bem, a classe já estaria fora da sala quando a senhorita voltasse para lá – Minerva declarou, causando repentino alívio da aluna.


 


-E, bem... ao receberem notícias do Potter, será que a senhora poderia me avisar? – A professora anuiu com a cabeça e Lílian sorriu para ela, dirigindo-se ao corredor.


 


Foi diretamente para a torre da grifinória, sentindo-se exausta demais até para almoçar. Ao entrar no dormitório, porém, uma figura grande entrava juntamente a ela. Entretanto, tal aparição adentrava o dormitório feminino da grifinória pela janela.


 


- Potter! – Exclamou – O que faz aqui? – Questinou-o avançando a passos largos na direção do rapaz, que fechava a janela e ajeitava a vassoura contra a parede.


 


- Eu percebi que fomos á Hogsmeade, mas que eu não lhe dei nada -  James iniciou sua explicação calmamente, como se não tivesse sido flagrado pela ruiva adentrando em território regularmente proibido – Então voltei lá e trouxe-lhe isso – Ele tirou de uma sacola escura um buquê pequeno das flores mais lindas que a moça jamais havia visto.


 


Lílian ficou sem palavras por alguns instantes.


 


- Bem... obrigada. – A ruiva pegou as flores que ele lhe oferecia, observando-as – São lindas. Mas ao mesmo tempo infringiu várias regras do colégio, saindo sem permissão, faltando aulas e entrando no dormitório feminino – Enumerou sem conseguir se conter, tentando esconder-se por trás da postura rígida e responsável.


 


Calou-se quando ele pegou as flores de suas mãos e jogou-as sobre sua cama, deslizando as mãos por sua cintura.


 


- Sabe, eu admiro essa sua força toda. Admiro-a mesmo. Muito. É decidida, determinada, alcança objetivos facilmente em comparação às outras pessoas. – James declarou colocando os cabelos dela para trás da orelha – Mas, ao mesmo tempo, Lily meu amor, você fala demais – Ela estava prestes a protestar quando os lábios do rapaz roçaram os seus, roubando-lhe fôlego e atiçando-lhe ainda mais o desejo de agarrá-lo.


 


Seu lado rebelde estava tomando conta, ela percebeu, assim que ele colou os corpos dos dois, ainda sem beijá-la. Suas mãos estavam coçando para deslizar os dedos pelo tórax dele, e seus hormônios adolescentes ordenavam para que a garota beijasse-o logo.


 


Para a surpresa de ambos, assim ela fez. Os lábios avermelhados alcançaram os cheios dele, pedindo passagem suavemente, a qual James imediatamente concedeu. Ela o beijou por alguns instantes e então recuou, balançando a cabeça aturdida.


 


- Você me faz mal – Lílian disse olhando para o chão, e James pôs-se assustado. – Você vem chegando assim, entrando, bagunçando tudo, expulsando a minha sanidade. Isso não é certo, Potter, não é – James riu rapidamente. 


 


- Lily, você está cansada e não se encontra em seu juízo perfeito, então creio que seja mais apropriado que tire um cochilo – Ele jogou-se na cama dela, cruzando as pernas e apoiando-se na cabeceira da cama. Então estendeu os braços, convidando-a.


 


- Venha, Lily – Convidou-a, contente. Ela quase protestou pelo uso indevido de seu apelido pelo rapaz, mas não pôde dizer nada, pois no segundo seguinte ele a puxava e a aconchegava por entre os seus braços.


 


Lílian cogitou a possibilidade de chutá-lo, literalmente falando, e então as imagens das flores, logo ao lado dela, invadiram sua mente. Estava confusa.


 


Ele deixara o colégio e matara aulas somente para comprar um buquê de flores? Agora, pensando bem, aquela era uma possibilidade absurdamente improvável.


 


- Potter, o que realmente estava fazendo em Hogsmeade? – Perguntou-lhe e ele sorriu.


 


- Por que se preocupa, Lily? Quem perdeu conteúdo para as provas e será punido realmente sou eu. – Lílian não conseguiu achar nenhuma resposta em sua mente atualmente perturbada pelo cheiro e pelo calor dele.


 


- Não estou preocupada. Como monitora, devo cuidar para que sigam as regras corretamente – Murmurou languidamente, sentindo-se repentinamente sonolenta com o aconchego ao peito morno e seguro do rapaz.


 


- Como se você não estivesse cometendo alguns atos ilícitos neste exato momento, deitando-se aqui comigo e não me entregando imediatamente à McGonagal. – O tom dele foi irônico, mas o beijo nos cabelos dela suavizou seu ímpeto de fúria imediatamente.


 


- Nenhum professor em sã consciência colocaria Lílian Evans em uma detenção – Ela riu-se, sonolenta.


 


- Você é osso duro de roer, hein? Durma, Lily meu amor, durma – James embalou-a por alguns instantes, fazendo-a adormecer e caindo nos braços de Morpheus ele mesmo.


 


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