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Como Fazer Uma Garota Sorrir: Modo Três, Quatro e Cinco – Tell her she looks beautiful & Get her mad with you. Then Kiss her & Hold her hand and run. Better, just hold her hand.
- Lily – James alcançou-a após o jantar em um corredor bem perto do salão comunal. – Posso te acompanhar até o salão? – Perguntou gentilmente e, embora ela não tenha-lhe oferecido sinal algum de aceitação, tomou seu silêncio Inabalável como uma aceitação.
- Queria que você soubesse que eu te acho linda – Declarou repentinamente, capturando derradeiramente a atenção da bela ruiva. Lílian olhou-o estranhamente, ainda sem articular nenhuma sílaba sequer. – Mesmo agora com o cabelo todo arrepiado da chuva e a roupa amassada. E o seu rosto, Lily, pois sua expressão está sonolenta. Quase com olheiras – Continuou enumerando, olhando-a seriamente. Lílian ficou furiosa, ele viu isso pelos olhos dela, pelo jeito que ela contorceu sua boca, pelo modo com que ela foi ficando vermelha como os cabelos.
- Potter, o que você est... – Ela começou a protestar, mas ele abriu um sorriso lindo, daqueles que fazem o sol irromper por entre as nuvens e derrotar a escuridão, empurrando-a para a parede e prensando-a contra a mesma com o seu corpo, roubando-lhe o fôlego. E o sorriso dele era tão sincero que esqueceu-se de respirar também.
- Estava brincando – Disse e beijou-a, pressionando-a ainda mais contra a pedra fria, suas mãos na cintura alva. A ruiva deu um longo suspiro, ficando imensamente grata ao fazê-lo, suas mãos indo parar nos ombros dele. Ela tinha a idéia de empurrá-lo até que a língua do rapaz pediu passagem por seus lábios, fazendo-a perder suas forças para afastá-lo. Então suas unhas se enterraram na pele morena por cima da camisa branca. Lílian pensou em si mesma como uma louca, algum tipo de sensitiva que periodicamente era possuída por alguma entidade terrivelmente irônica e levemente depravada, que talvez teria alguma fantasia envolvendo ela e James. Não podia acreditar que estava correspondendo ao segundo beijo dele em dois dia.
Deveria estar enlouquecida. Sua sanidade dera-lhe boa-noite, vestira seu pijama e adormecera, dizendo que só estaria disponível na manhã seguinte. Lílian gemeu levemente em reclamação á liberdade de seus lábios, já que estava ligeiramente sem ar. James respondeu deixando com que os lábios avermelhados e inchados escapassem por entre os seus, deixando-a livre para voltar a respirar. Lílian inspirou com força e olhou nos olhos de avelã, observando seu brilho de perto. Encantador, inebriante, perturbador. Desejou poder fugir ao encanto que naquele momento o rapaz exalava, mas era impossível. Estava indiscutível e evidentemente rendida á ele, que agora acariciava seus cabelos com uma docilidade que arrebatou-lhe os sentidos.
James então beijou sua bochecha e arrastou os lábios até sua mandíbula, depositando também ali um pequeno beijo. Então afastou-se dela sorrindo e começou a caminhar. Lílian sentiu-se puxada e descobriu-se com os dedos entrelaçados aos dele, sentindo pequenos choques percorrerem seu braço e aquecerem o resto de seu corpo. Sentiu-se boba, quase pueril por seus sentimentos encontrarem-se tão abalados por causa de apenas um beijo que ele lhe dera. Apesar de que, pensou divertindo-se com a liberdade repentina que a malícia empregou em seus pensamentos, fora um beijo e tanto. Respirou fundo o mais silenciosamente que pôde, seguindo com James até o salão comunal. Ele então lhe desejou boa-noite e guiou-a até onde podia nas escadas enfeitiçadas sem dizer mais nada.
Lílian tomou banho, escovou os dentes, vestiu seu pijama e foi dormir absolutamente perplexa, totalmente abismada. Correspondera ao beijo do Potter, gostara e ainda por cima sentia vontade de repetir a dose. Era loucura. Uma tremenda e inconseqüente loucura. Mas gostara. Gostara de ser surpreendida por aquele beijo cálido, que a convidava sutilmente para algo mais. Desejaria aquele algo mais interna e secretamente até que esquecesse aquele episódio. Iria querer o que ele lhe oferecia, aquele sentimento puro e malicioso, terno e audaz para si, mas obviamente vindo de outra pessoa. Não queria James Potter de modo algum. Não podia querer, era terminantemente proibida. E assim seria.
Iria controlar-se e conter-se custasse o que custasse. Só esperava que não tivesse que pagar os juros por sua decisão depois que tudo acabasse. Realmente esperara.
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