Six



I mate for chocolate


Chocolate; a melhor coisa do mundo.


Chocolate, o doce delicioso que derrete na sua boca, inundando seu paladar com seu delicioso sabor.


Chocolate, a maravilha da natureza, que você deseja a todo momento em sua boca.


Chocolate, o alimento com o qual James Potter está me torturando nesse exato momento.


-Potter, por favor... – Contra os meus princípios eu sussurrei, implorando.


-Nada disso, Lil. Eu não vou te beijar assim fácil – Ele respondeu sorrindo maliciosamente. Eu vi mais uma gota do creme de chocolate deslizar dos lábios dele para o queixo, torturada e impotente.


Lutei contra as cordas, sem chance. Ele jogava creme de chocolate na boca e deixava deslizar pelo peito nu na minha frente.  Ele lambeu a boca e eu gemi alto, fazendo-o rir. Amarrada à cadeira não era como se eu pudesse fazer muita coisa.


Teria que apelar.


-Potter, eu estou apaixonada por você – Soltei desesperada, olhando para ele. O desespero era grande, acredite.


-Isso eu já sei – Disse levantando da cadeira onde estava, rindo – Quero saber até onde o seu desejo por mim pode ir – Concluiu e ficou de pé na minha frente, perto o suficiente para eu tocá-lo.


Olhei para cima vendo que ele sorria, colocando as duas mãos nos meus cabelos. Eu sabia o que eu queria fazer, e coincidentemente era o que ele queria que eu fizesse. Não pensei duas vezes e deslizei a língua pelo peito dele, absorvendo o chocolate com vontade. Ele estremeceu e se arrepiou. Eu parecia um vampiro novo e sedento, enquanto ele, mais velho, me cedia sangue.


Estava obcecada.


Quando o chocolate de onde eu alcançava acabou, eu quis continuar lambendo, mas ele saiu de perto. Eu grunhi e puxei as cordas com força.


-Vai se machucar, Lily – Me avisou sério, observando-me.


-Eu não ligo, preciso de você – Repliquei com toda ênfase que conseguia.


-É assim que eu me senti todo esse tempo, Lily – Ele retrucou mais uma vez, um ar grave em seu semblante que me fez paralisar – Só que não foi fisicamente. – Sentou-se na cadeira dele e suspirou, com ar cansado, passando as mãos nos cabelos e apoiando os cotovelos nos joelhos – Ter você perto o tempo todo me tortura, porque não posso dizer o quanto eu amo você de um jeito que acredite nisso. Não podia fazer nada.


Eu fiquei em silencio por algum tempo, refletindo. Céus, nunca tinha me dado conta disso. Era bem ruim.


-Mas agora vamos voltar para a sua tortura, amor. Você me torturou durante vários anos, mais algumas horas para você não vai ser nada – Comentou e pegou o pote de chocolate novamente.


Eu dei um suspiro e mordi o lábio inferior, gemendo de novo.


-O que você quer de mim, Potter? Já me tem, o que quer mais? – Indaguei-o, mas ele somente sorriu.


-Eu sei que te tenho, já disse, Lil. Só quero saber o quanto – Potter deu a volta na minha cadeira, sussurrando no meu ouvido – E quero que me diga.


Os lábios e a língua dele encostaram no meu pescoço, me fazendo gemer, arfar e contrair inteira. Ele sugou a minha pele e eu tremi, vendo estrelas.


-Me diz, Lil – Sussurrou novamente, o desejo deslizando e melecando essas palavras. – Me diz o quanto é minha – Segurou o meu cabelo firmemente, me fazendo inclinar a cabeça para o lado, dando-lhe mais acesso. Eu quase gritei o nome dele.


-Toda. Toda sua... – Murmurei fora de mim, só depois percebendo o quanto aquilo era verdade.


Potter sorriu, eu senti que sorriu pela boca no meu pescoço, e deu a volta na cadeira. Se ajoelhando na minha frente, passou os braços em volta de mim e desamarrou a corda dos meus punhos. Depois disso só sorriu para mim.


Eu o abracei com toda a vontade que eu tinha, já consciente do que sentia por ele. Agora eu queria que ele soubesse. James me abraçou de volta com força e logo se afastou, segurando o meu rosto com a mão. E então o que se seguiu foi o primeiro dos mais penetrantes olhares que ele me lançou na vida.


-Isso é um clichê terrível – Assumi rindo, a testa colada na dele. – O relacionamento começar com um doce e tudo mais.


Foi a vez dele rir.


-Minha mão sempre me disse que mulher se conquista pela barriga – E sorriu par Amim de um modo que fez o meu peito esquentar.


-Só não pode cebola – Disse e ele gargalhou – Assim nem eu te beijaria.


-Com a vontade que você está? Duvido – Ele disse desafiante, conjurando um pacotinho de salgadinhos de cebola, comendo um punhado deles de uma vez só e se aproximando de mim com os lábios salgados.


Eu arqueei uma sobrancelha, peguei a tigela de creme de chocolate e me dirigi até a saída da porta, começando a comer.


-E o meu beijo? – James questionou, perplexo.


Sorri.


-Agora eu não quero mais. – Fechei a porta e deixei o lugar.


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