Capítulo 3



Capítulo 3
ou “Nerd nem tão mais nerd”




17 anos, 8 dias, 7 horas, 16 minutos e 46 segundos 


Eu só fui me dar conta do quanto as coisas realmente mudaram na segunda feira, quando eu cheguei na escola e as pessoas começaram a falar comigo, me cumprimentarem, como se eu fosse um brahmana. Lily e James agora se esquivavam de Rebecca para ficarem agarrados nos corredores do prédio C, claro, não no corredor da sala de Yoga.


Rebecca estava a ponto de pegar alguém pelo pescoço e apertar até essa pessoa ficar roxa, e vivia olhando para Lily e James como se eles fossem os maiores pecadores da face da Terra, como se a traindo, o que, tecnicamente, era impossível, já que ele tinha terminado com ela antes de ficar com Lily. Ok, pouco antes... Mesmo ela tendo espalhado o boato de que terminou com ele porque ele, supostamente, teria uma doença sexualmente transmissível. James ficou bem pê da vida quando descobriu, mas Lily disse que não importava porque era dor de cotovelo, (?) e que Rebecca só fez isso porque tinha ciúmes. Doentio, mas ainda assim, ciúmes...


Marlene e Sirius não admitiam que estavam juntos na escola, onde praticamente um ignorava a presença do outro, exceto nas horas do treino de futebol, e nos ensaios das cheers, e nos horários das optativas na sala de projeção, e no laboratório e... Bom, retiro o que eu disse. Eles não ignoravam a presença um do outro.


Eu e Dorcas éramos os mais tranqüilos na escola. Na verdade, nossa mesa mudou de lugar no almoço. Passamos a sentar no meio do salão, onde eu, Dorcas, Marlene, Sirius, Lily, James, Peter e Emmeline sentávamos. Peter e Emmeline aderiram ao nosso grupo, quando os Sirius e James deixaram de ficar com os caras do time e Marlene e Emmeline com as cheers.


Desde semana passada eu não uso o meu dom. Prometi que não iria usá-lo e tentaria me encaixar no mundo normal, sem utilizar meu dom, a não ser que fosse realmente preciso, se é que você me entende.


- Ei, Remus! – uma garota me cumprimentou e eu não faço ideia de como ou quando isso começou.


- Olá. – falei, desconfiado. Certamente, ela quer cola na prova.


- Como foi seu fim de semana? – ela me perguntou. Certo, algo está muito errado aqui.


- Foi bom. – eu falei, apertando os olhos, quando ela sorriu, se oferecendo, então eu vi Dorcas entrando no refeitório.


- Bom dia, amor. – ela cumprimentou, me dando um selinho. – Bom dia, Carmen. – Dorcas falou com desdém na voz.


Carmen saiu, nos deixando a sós e Dorcas sorriu safadamente para mim.


- O que foi? – perguntei tomando meu suco de uva. É, eu sou viciado em suco de uva.


- Nada, o que ela queria? – Dorcas indagou e eu apertei os olhos mais uma vez.


- Saber como foi o meu fim de semana. – dei de ombros.


- Ela queria bem mais que isso, Remus, não seja inocente! Eu vi como ela oferecia os peitos para você. – foi a vez dela de apertar os olhos.


- Dorcas, por favor... – eu falei envergonhado.


- Own, meu amor, não estou insinuando que você tenha pegado a dica. Sei que você não faria isso.


- Que bom, porque eu não sou nem louco de te trair. – falei recebendo um selinho.


- Eu te adoro sabia? – ela indagou e eu pensei brincalhão.


- Huum... Ah é? Eu ainda tinha minhas dúvidas. – provoquei, fazendo biquinho.


- Bom, então eu terei que provar a você isso? – ela sussurrou no meu ouvido. Ela, sim, sabia o que era provocar.


- Então você me faz uma proposta dessas, e eu tenho de recusar porque dentro de... – chequei o relógio - 2 minutos o sinal vai bater, e eu preciso chegar ao prédio C agora, já que faltar a aula de robótica seria suicídio, pois se não ganharmos esse campeonato Lily cortará meu pescoço. – ela hesitou.


- Não quero um namorado sem pescoço. – ela falou fazendo biquinho, segurando o sorriso.


- Então se contenha, e pare de me provocar. – falei falsamente mandão, quando o sinal tocou. – Boa aula, amor. – e dei um selinho nela. Temos que tomar mais cuidado ao dar selinhos em publico, já que se o Filch nos pegar é detenção na certa.


Andei para a sala de robótica apressadamente, tomando cuidado para não esbarrar em ninguém. Ao chegar na sala, que ainda estava vazia, Lily me olhou com o maior sorriso que eu já vi na vida, no maior estilo “eu-tenho-32-dentes-quer-ver?”. Eu sorri e fui me sentar ao seu lado.


- Conta! – eu falei, percebendo que, obviamente, ela tinha algo muito bom para contar.


- O James! Ele falou para a Rebecca que estamos namorando. É! Com essas palavras! – ela falou tão empolgada.


- Lily, você não acha que, para um cara que mal sabia quem você era até semana passada, ele está indo muito rápido? – perguntei, sendo realista, e ela fechou a cara.


- Você não acha que também está indo muito rápido com a Dorcas?


- É diferente.


- Não é não. E por que você é tão cético? – ela me perguntou, aparentemente ultrajada.


- Lily, não e isso, só, por favor, toma cuidado. Você sabe que se a Rebecca quiser, ela te destrói em dois segundos. – falei, dando de ombros.


- Não, a Babacca não vai fazer isso, porque EU estou com o homem dela, e ela não é nem louca de fazer algo comigo. Na verdade, agora ele é MEU homem. – uau, ela está levando isso muito a sério.


- Está certo, não vamos discutir por isso. – falei sorrindo.


- E você? Como está com ela? – ela perguntou e eu pensei.


- Muito bem. Ela é perfeita, Lily.


- Awn, todo babão com a namorada nova. – Lily falou, quando o professor chegou e começou a falar, que hoje começaríamos a fase de construção do robô oficial. Sim, porque o que tínhamos era só um o projeto do robô, hoje começaríamos a montar o de fato.


Lily parecia bem empolgada com o negócio o estadual, tanto que ela tinha concordado com a ideia de ele ser como o R2D2, mas ele ainda teria que se chamar Harry, e eu concordei, afinal o robô era nosso.


Em pouco tempo, Lily começou a tagarelar sobre James e como ele era fofo, e que ele se desculpava a todo momento por não tê-la conhecido antes, e que já a adorava e blábláblá. Sabe, não que eu não ficasse feliz por ela ter conseguido o cara com quem ela sonhou por, sei lá... A vida toda? Ok, enfim, assim como estou feliz por mim. Claro que são situações completamente diferentes, né, principalmente porque Dorcas acabou de chegar... Na cidade, quero dizer.


Vocês vão me achar um idiota, e que eu estou sendo desviado do caminho que foi traçado para mim, mas eu acho que é o destino que a trouxe para cá. Certo, estou há uma semana ou pouco mais sem usar os meus preciosos, ou nem tão preciosos assim, dons. Não é como se eles fossem realmente necessários, digo, se eles fossem de verdade, eu estaria, no mínino, tendo uma crise de abstinência, o que aconteceria se eu estivesse a pouco mais de uma semana sem ver Dorcas.


Meio exagerado, mas eu sou assim. Apaixonado demais? Quero dizer, eu a conheço há duas semanas, seria de se estranhar me ver falando assim, já que há duas semanas eu diria que meu coração era de pedra, o que de fato era.




Duas semanas desde que coisas totalmente anormais começaram a acontecer. Quero dizer, de anormal nessa história já basta eu, agora a situação em si é a coisa mais estranha que já aconteceu comigo nesses últimos 15 anos. Sério, por que todo mundo começou a falar comigo assim, do nada, como se eu fosse o James ou o Sirius? Só por que eu estou me sentando com eles no refeitório? Essa é, definitivamente, a coisa mais estranha que eu já passei. Digo, passei a ser notado e eu meio que não sei lidar com isso.


Ei, qual é a da Amélia Bones, irmão do Edgar Bones, dando em cima de mim? Ah meu Deus, ela está quase sentando no meu colo. A DORCAS NO CORREDOR! Por que eu tenho que ter esse cérebro de mula asmática e ao invés de expulsar a garota daqui eu estou paralisado feito uma árvore fazendo fotossíntese?


DEUS! A Dorcas vai matar a Amélia... E CORTAR MEU PESCOÇO! MORRI!




Tinha passado algumas semanas desde que a Amélia Bones veio dar em cima de mim (é, depois da Carmen), e Dorcas quase matou ela. Sabe, essa é uma das coisas das quais eu não sei administrar muito bem, levando-se em consideração que ninguém, não estando bêbada, pelo menos, nunca deu em cima de mim. Não é como se eu tivesse passado por isso várias vezes, e melhor, soubesse lidar com isso.


Já no quesito namorado, eu estava me dando bem, acredite ou não. Dorcas passava todos os dias lá em casa para me buscar para ir ao Johnny Rockets. Claro que meu orçamento aumentou significativamente desde que nós começamos a namorar. Passar o tempo perto dela era muito mais fácil do que eu jamais pensei. Ela era linda, fofa, e inteligente, o que era o melhor, assim era impossível que eu me sentisse superior a ela. Ela tinha uma facilidade incrível com física, o que não acontecia em química, mas nós formávamos um belo casal estudantil (?).


Minha mãe vivia insistindo para que eu a convidasse para entrar, mas eu não sabia ainda se era a hora. Claro que eu já conhecia o pai dela, da TV e pessoalmente, já que ela fez questão de nos apresentar.


E então fazia quase dois meses que eu não me sentia mais tão dancing with myself, e que eu tinha encontrado a minha alma gêmea. Ok, ignore a ultima parte, Dorcas está me embriagando com o perfume de jasmim dela. Ela estava abraçada a mim. Estávamos na lateral do Johnny Rockets, assim como Sirius e Marlene, que não procuravam ter o mínimo de pudor aqui ao lado. Eram quase 11 horas da noite... eu disse que era fácil passar o tempo ao lado dela.


- O que você está pensando? – ela me perguntou de repente.


- Nada demais. Só em como é fácil passar o tempo ao seu lado, e como você é perfeita. – eu falei dando um selinho nela.


- Você é perfeito, meu amor. Eu te amo. – e essa foi a primeira vez que ela disse que me amava.


- Eu também te amo. – e falei e nos próximos minutos seguiu-se um beijo demorado.


- Ok, o que você vai fazer no feriado da semana que vem? – UAU! Eu tinha esquecido que o melhor feriado do ano, depois do Natal, claro, estava chegando. Ação de graças!


- Ficar em casa, passar com a família... E você?


- Eu não sei, acho que vou passar com meu pai.


- E sua mãe? – perguntei.


- Acho que eu vou passar o Natal com ela. É um jeito de eu agradar a ambos os lados. Sorte sua que seus pais são casados ainda. Não sabe o quanto é difícil agradar o papai e a mamãe, principalmente quando eles parecem duas crianças disputando a minha atenção. É como se eles me fizessem escolher entre ambos o tempo todo. É um pé no saco. – ela falou virando de costas para mim, e eu a abracei pela cintura.


Ficamos algum tempo em silêncio, e então eu falei.


- Dorcas, quer ir almoçar lá em casa domingo? Aposto que minha mãe vai ficar muito feliz. Quero dizer, ela quer muito de conhecer. – eu falei pensativo.


- Sério? Quero dizer, almoçar com os seus pais?


- E ser apresentada oficialmente. Que tal? – eu falei e ela virou de volta para mim.


- Aham! Certo, domingo? Remus, eu não vou te envergonhar?


- Dorcas, pelo amor de Deus, né. Meus pais vão te adorar, de verdade, fica tranqüila. – eu falei dando selinhos nela. – Mas eu preciso ir agora. Tenho que estudar nosso projeto do robô, já que amanhã o meu dia está totalmente reservado para uma tal de Dorcas, sabe quem é?


- Hum... Vagamente. – ela disse sorrindo e me beijando em despedida. – Eu te amo, amor.


- Eu também. – eu falei acenando e atravessando a rua.


Eu comecei a divagar sobre o dia seguinte e a minha vontade de prever o futuro era incrivelmente grande, mas eu precisava aprender a manter minha curiosidade controlada, antes que eu estragasse alguma coisa. Agora, tudo o que eu pensava e fazia era para e por ela. Dorcas era, decididamente, o amor da minha vida. E no dia seguinte daríamos um passo no nosso relacionamento. Ela conheceria os meus pais.


E eu mal podia esperar pelo dia seguinte.




N/A: D: NÃO ME MATEM, eu sei que o capitulo ficou 1) uma bosta 2) MINI!!! ): mas esse é um capítulo de transição, é um capítulo paradinho mesmo, sem muito informação. Só falta mais 3 capítulos para a fic e provavelmente eu vou terminar esses dias do feriado de Natal, já que vou passar na vóvis. Ah, meu bebê. Mas estou ansiosa para terminar para me dedicar à She & Him que pelo planejamento vai ficar maravilhosa! Melhor que Like a Princess, meu xodó, que está manjadinha já. Droga. Ah, são 23:33 e eu ainda estou ouvindo Don’t rain on my parade :/ o quão doente um pessoa pode ser. Eu assisti Gossip Girl hoje e como o Chuck e o Nate podem ser tão fofos, perfeitos, maravilhosos? Que crime. Ok. Transformei em blog.


xoxo,
Gih Meadowes.


N/B: Tá mini, mas está longe de ser uma bosta, oká? Eu adoro esse Remus super cute, e achei mara a reação dele perante ao que a Amélia estava fazendo, hihi. Sem criatividade para N/B, sorry Gih :/


Miss Laura Padfoot

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