Capítulo 1



Capítulo 1
ou “Nerd de Física Quântica”




17 anos, 0 dias, 8 horas, 2 minutos e 18 segundos


Sabe quando sua vida resolve dar cinco mortais twistes carpados de uma vez só, e você acaba percebendo que você não é quem pensava que era? Então, bem vindo ao mais novo clube, o “ANV”. Afundados na vida. Sério, minha vida está acabada, qual é? Eu sou um paranormal! Sempre achei isso um bando de baboseiras, mas olha só como é o destino! Eu sou paranormal. Tudo bem, não sou paranormal, porque paranormal é quem vê espíritos do além túmulo (?); eu sou anormal. É.


Então de repente eu saquei: era só eu que podia fazer isso. Eu era um mutante! Eu era um X-MEN! Então eu poderia ingressar no Instituto Xavier e estudar junto com o Wolverine!


Não.


Grande porcaria. Ver o futuro. Não é como se eu pudesse me regenerar, criar uma tempestade ou soltar lasers pelos olhos, afinal, eu não sou Remus with lasers.


É, além de Star Wars eu leio X-Men, o HQ da Marvel. Eu tinha uma colação inteira de HQs que iam desde Star Wars até Transformers, que eu só lia para não perder o costume, mesmo, afinal, não acho a história de robôs muito avançada. Legal, isso não deve ser considerado, levando-se em conta de quem está narrando essa porcaria é um nerd que constróis robôs E prevê o futuro.


Quem me vê falando que eu prevejo o futuro deve pensar que eu jogo búzios ou tarô, então vamos começar a utilizar a expressão eu vejo o que acontecerá no futuro próximo e ponto. Se bem que eu me sentia mais cartomante com essa expressão do que com a outra. Certo, eu vejo o futuro. Simples e fácil de guardar.


- Remus? Você ainda está vivo? – minha mãe perguntou me cutucando, enquanto eu estava no meio de uma tentativa frustrada de me sufocar com o edredom.


- Me deixa um pouco, mãe? – pedi. Eu precisava ficar um pouco com os meus pensamentos (e minhas visões).


Então o meu telefone tocou. Eu tinha duas opções: ignorar, me afundar na cama e nunca mais sair de lá, ou então eu poderia atender e... Ver quem era. Optei pela segunda opção.


Já ouviu falar que a curiosidade matou um gato? Então, agora matou um Remus.


- PARABÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉNS! – ouvi Lily gritar do outro lado.


- Sei que a noite foi boa, Lily – me referi a você-sabe-o-quê entre Lily e você-sabe-quem (me senti uma garota falando em códigos) -, mas eu não estou bom.


- O que houve?


- Descobri que não é só você não tem o dom. – falei com pesar.


- Jura? Achei que você soubesse que era o único estranho da cidade. – valeu mesmo. Você sabe como me animar Lily.


- Pois é, eu não sabia. Por que você não me falou que eu era o único?


- Porque achei que você soubesse. Mas esquece isso, Remie! Vamos ao fast food aí do lado hoje mais tarde? Sem desculpa, até nerds saem de sábados à noite.


- Tudo bem. Às 8?


- Às 8. James disse que ia aparecer.


- Entendi porque você quer ir. – falei e dei uma risada. Como eu podia rir num momento desses? Minha vida está dando cambalhotas e eu rindo.


- Tanto faz. Tchau. – e desligou.




Eram 2:15 quando eu decidi almoçar. Almocei e pedi dinheiro para os meus pais para ir comprar um joystick novo para o meu Atari 2600. Eu acabei pisando em cima um dia desses quando meu quarto estava um caos... Nas férias.


Saí de casa super expondo a minha cor branca sexy naquele sol de fim de verão - LA no verão é terrível. O ar é praticamente irrespirável -, e fui andando até o centro. Na verdade eu ia andar até o ponto de ônibus... Estava andando completamente no mundo do Darth Sidious quando eu me virei para ver o fast food ao lado de casa, que finalmente aparecia, já que haviam tirado os tapumes. Foi aí que eu vi a garota mais linda que eu já vi em toda a minha vida.


Ela não era como Rebecca Wilson que tinha peitos desproporcionais e cabelos lisos até o meio das costas. Pelo contrário. O cabelo dela era moreno e tinha cachos nas pontas, a pele tão branca quanto a minha e os olhos mais azuis que o céu da Califórnia, que brilhavam tanto que eu podia vê-los de fora do restaurante. Mas o que ela fazia lá dentro? E como eu nunca a tinha visto por aqui? Não que eu saia muito de casa, já que eu prefiro ficar jogando meu super Atari ou lendo minhas HQs ou então fazendo algum resumo de alguma matéria no meu TRS-80 (computador), mas enfim.


Eu precisava entrar lá, mas com que desculpa? Que eu caí e quebrei uma costela? Era uma boa. Eu poderia me jogar na rua e falar que um carro tinha me atropelado e fugido... Não, não seria funcional. Eu podia dar uma de pedinte. Também não.


Eu poderia entrar e falar que estou esperando minha amiga! É! Mas não são nem três horas. Como é que eu vou ficar aqui até as oito? Eu poderia pegar o dinheiro do joystick e comprar um... Suco?


É, isso aí.


- Oi? Está... Está aberto? – perguntei, fazendo com que ela olhasse para mim. E ela apenas de limitou a sorrir e assentir.


Estranho, se está aberto, para um fast food, está meio vazio. Bom, talvez as pessoas ainda prefiram o McDonnalds... Hambúrgueres de minhoca, eca.


Sentei-me e fiquei ali, batucando na mesa, e encarando o cardápio de trás do balcão. Ela olhou para mim e andou na minha direção.


- Você vai querer alguma coisa? – seu telefone. Haha, não eu não disse isso. Para um nerd que vê o futuro estou bem saidinho, não?


- Acho que só um... Suco de uva por enquanto. – repondi. Não me importava que ela fosse garçonete.


- TANYA! SUCO DE UVA! – ela gritou para Tanya (?) lá dentro e foi se encostar no balcão, dessa vez mais próxima a mim. Ela parecia entretida ao lixar as unhas.


- Então, você... É nova na cidade? – perguntei tentando desviar sua atenção das unhas.


- É, sou sim. Cheguei hoje mais cedo. Vim morar com o meu pai.


- Pais separados?


- Infelizmente. Mamãe decidiu se casar em Connecticut e como eu não gostava do “noivo” decidi vir morar com papai em LA. – ela falou dessa vez olhando para mim. – Você tem quantos anos?


- 16... 17, digo.


- 16 ou 17?


- Não sei ao certo. – comecei, quando ela fez uma careta. – Digo, faço aniversário hoje, então não sei se tenho 16 ou 17.


- Então, parabéns.


- E você, tem quantos anos?


- 16. Faço 17 primaveras em Maio. – e riu. – Eu vou estudar em Tog... Dog... Mog...


- Hogwarts?


- É, você conhece? – NÃO BRINCA! EU ESTUDO LÁ! Calma, ela tem 16 anos, vai fazer 17 no fim do ano letivo, o que significa que ela está no ultimo ano, assim como eu. O que significa que provavelmente ela fará alguma matéria comigo! É o destino.


- Sim. Eu estudo lá. – respondi bem menos empolgado do que nos meus pensamentos.


- E como é? Posso me sentar? – ela perguntou.


- Claro, à vontade. – eu disse. Óbvio que eu ia dizer que não podia sentar, não? – Não é nada demais. Quero dizer, a não ser pelo fato de que é a perfeita High School americana. A mesma caixa de idiotas de sempre.


- Sério? Castas? – COMO ELA SABE?


- Sim. Mas como você sabe?


- Eu e meu namorado costumávamos a classificar as pessoas. – ótimo, ela tem uma namorado. – Mas então a gente brigou, então terminamos e a nossa classificação se perdeu.


Retiro o que disse. Ela não tem um namorado (6).


- Eu e minha... – devo dizer namorada? - ...Amiga também classificamos assim. É bem estranho. Digo, nós achamos engraçado, e mais ninguém sabe, principalmente porque ninguém está nem aí para a Índia e tal.


- Entendo. – ela sorriu. Novamente.


Após um silêncio, enquanto eu tomava o meu suco, eu resolvi perguntar:


- Então, o que o seu pai faz?


- Ele é o dono.


- Dono do que? – eeer, lerdão mode off.


- Do Johnny Rockets. – ela falou como se fosse óbvio, e bem, era.


- Ah. O nome dele é Johnny Rockets? – talvez o nome dela fosse Marissa Rockets, ou quem sabe, Hillary Rockets... Annie Rockets...


- Não! – e começou a rir... De mim. – Johnny Rockets é o nome do meu antigo ursinho de pelúcia. Eu não largava dele, então papai decidiu por o nome de Johnny Rockets. O nome de papai é Mark Meadowes.


CARAMBA! O PAI DELA É MARK MEADOWES! Ele está sempre na TV! Ele que desenvolveu o hambúrguer do McDonnalds.


- Então você é a filha do Mark Meadowes? – perguntei. Certo, outra pergunta cretina.


- Ahm... Sim. Sou Dorcas Meadowes – disse e estende a mão.


- Remus Lupin, a sua disposição. – eu acho que deveria ter ido comprar meu joystick.


Fechei os olhos e pude ver que James e o time de futebol chegaria dentro de alguns minutos, não que eles fossem me notar, mas a simples possibilidade de ser notado dando em cima de uma garotas absolutamente linda os faria rir de mim, o que eu não iria gostar nem um pouco. Decidi então comprar meu joystick e ir para casa, tomar um banho para depois voltar.


- Ei! Preciso ir. Vou até o centro comprar um joystick para o meu vídeo game.


- Vocês, garotos... – e riu – Só pensam em vídeo game. Meu irmão é assim.


- Uau, você tem uma irmão?


- Mais novo. Ficou com a minha mãe e o Mrs. Pacman.


- Eu adoro esse jogo. Tenho o Mrs. Pacman e o Pacman Jr. – falei. Por que eu disse isso?


Eu devo ter algum distúrbio, além de ver o futuro, claro. Sério, qual é o cara que fala de jogos de vídeo game com uma garota?!!


- ADORO Pacman Jr! – ok então. – Mas ele nunca me deixava jogar, porque ele ama o Mrs. Pacman.


- Preciso mesmo ir. – os caras estavam dobrando a esquina. – Volto depois, vou me encontrar com a minha amiga aqui.


- Certo. Obrigada pela companhia de qualquer forma. – ela disse, quando eu lhe dei o dinheiro e sorri.




Sério, estou me sentindo muito gay com o fato de estar pensando nela desde o maldito momento em que eu deixei o Johnny Pockets, o que tem interrompido a minha concentração para com o estudo de Física Quântica. Não que seja necessário estudar física quântica 10 minutos antes de sair de casa


Marlene McKinnon entrou no salão e Sirius Black lhe lançando os olhares mais sórdidos que eu já vi.


- Marlene McKinnon?


- Dorcas Meadowes? – ela disse surpresa, para depois abrir um sorriso.


- CARACA! Desde quando você mora aqui?!


Então ela conhecia Marlene McKinnon... Bom, Marlene McKinnon era da família amiga dos meus pais. Ela estudava em DC – Durmsrrang College, e havia sido minha amiga antes de ir para Connecticut, e depois de voltar há 6 anos atrás e descobrir que eu me tornei o nerd rejeitado da HHS. Ela é a líder das cheerleaders de Durmstrang College, e sempre que há o clássico de futebol americano DC x HHS, Sirius lança olhares sórdidos para ela, mas James nunca o deixa se aproximar dele porque isso significa “confraternizar com o inimigo”. Sei disso porque Lily tem o relatório interino da vida da escola toda. Ela é colmo se fosse a gossip nerd. Isso daria um bom drama.


Desci as escadas 10 minutos depois da visão, já que o “restaurante” era aqui ao lado.


Johnny Rockets estava começando a ficar movimentado quando eu cheguei, mas felizmente ou infelizmente, cheguei cedo o suficiente para ver que Lily não estava lá, mas ainda havia lugares disponíveis para nos sentarmos.


Me sentei e esperei que Dorcas, que estava atrás do balcão, ajudando, me notasse, quando eu tive a visão mais infeliz da minha vida:


- Ei, cara, podemos nos sentar com vocês? – James me perguntou e Lily ficou excitada o suficiente para cuspir a Coca-cola dela em mim, enquanto eu afirmava com a cabeça.


Talvez eu pudesse dizer que não, mas Lily jamais me perdoaria, como eu poderia impedir a minha vida de mudar assim tão bruscamente? Quero dizer, tinha algo errado comigo. Como se os astros estivessem se alinhando e fazendo uma conspiração mortal para com a minha pessoa com relação a mudar a minha vida. Digo, primeiro eu descubro que sou o único anormal da cidade, quiçá do mundo, depois me interesso por uma garota, isso não é normal. Geralmente eu prefiro ficar em casa lendo Star Wars e/ou Transformers, do que ficar em casa pensando numa GAROTA! E depois de tudo isso, os brahmanas da escola estão querendo se confraternizar com os DALITS!!!


Olhei para o lado e vi Lily entrando no restaurante, linda. Certo, isso não faz parte de mim, desde quando eu noto o que a Lily está vestindo? Desde que eu descobri que vejo o futuro? Isso está mexendo com o meu subconsciente, fato.


- Remus! – ela exclamou me abraçando. Realmente, estou no meio de uma conspiração com a minha atual posição de melhor nerd da escola, modéstia a parte, claro. – Seu presente! – ela disse me entregando uma embalagem com um formato de cd.


Do REM, por favor! REM!


Abri e me deparei com o cd do... REM!!!!!!!!! Eu amo REM, sério!


- Cara, como você sabia que eu queria esse cd?


- Tirando o fato de você falar disso todos os dias, eu não sei. – ela riu e se sentou na minha frente.


Estávamos numa mesa que comportava 6 pessoas, apertando caberiam 8, sendo que era um sofá, e não havia muito lugar para se escolher.


- Lily, preciso te falar uma coisa... – comecei, enquanto ela tomava um gole da coca que havia pego no balcão antes de se juntar a mim, mas logo percebi que não haveria tempo. James e seus “capangas” haviam acabado de entrar.


- Fala. – ela disse e eu indiquei com a cabeça. – OMG! Você tinha visto isso?


- Sim. E vi mais uma coisa...


- Ei, cara, podemos nos sentar com vocês? – James me perguntou e Lily ficou excitada o suficiente para cuspir a Coca-cola dela em mim, enquanto eu afirmava com a cabeça. – Tudo bem com você?


Ela fez que sim com a cabeça, apesar das lágrimas saindo dos olhos dela, devido ao gás da coca.


- Então, comemorando o que? – James perguntou interessado, enquanto Sirius conversava qualquer coisa com Peter, que estava abraçado com Emmeline Vance, sua namorada chifrada até a alma, desde 1985, isso é, um ano.


- Meu aniversário. – eu disse tomando meu suco de uva.


- Sério? Parabéns então... Ahm... Como é mesmo o seu nome? Desculpa, sou ruim em lembrar dessas coisas. – claro, como não. Lembrar do nome do cara que estuda com você faz tipo... 6 anos é coisa demais para a sua cabeça, não?


- Remus Lupin, prazer. – pela vigésima terceira vez eu me apresentei, enquanto Lily estava tenta limpar alguns pingos de Coca que haviam caído em sua blusa branca.


Eu olhei de relance a porta e vi que Marlene McKinnon entrou no salão e eu vi Sirius Black lançando os olhares mais sórdidos que eu já vi.


- Marlene McKinnon?


- Dorcas Meadowes? – ela disse surpresa, para depois abrir um sorriso.


- CARACA! Desde quando você mora aqui?! – Dorcas exclamou saindo de trás do balcão, onde fazia a contabilidade do dia.


Eu olhava de Marlene para Sirius e de Sirius para Marlene. É sério, se ele não parar ela vai voltar só ossos para casa, mesmo que eu não acredite nessas coisas, ainda que esteja sendo forçado a acreditar nesse tipo de sobrenaturalidade.


- Desde que voltei de Connecticut. – ela disse e olhou para mim. – REMUS! – uau, quanta falsidade. Não estou dizendo que ela seja uma vadia falsa, principalmente porque esse tipo de vocabulário não se encaixa no meu dicionário, mas francamente, porque a líder das cheerleaders de DC estaria me saudando tão calorosamente? Digo, o nerd desajeitado... Que por uma armação do destino (que ridículo) está sendo obrigado a se sentar com os caras do time de futebol, o que não me torna uma brahmana, de nenhuma forma.


Então ela veio me abraçar e Sirius resolveu falar.


- Você não é Marlene McKinnon, cheerleader de Durmstrang College? – é claro que ele sabia que era, mas ele queria puxar assunto.


- Está certo com relação a ser Marlene McKinnon, não mais cheerleader de Durmstrang College. – ela disse se sentando entre mim e Sirius. – Senta aqui, Dorcas. Precisa mesmo trabalhar?


- O movimento parou um pouco, posso ficar aqui por enquanto. – ela disse. Dorcas, quero dizer.


- Ah é? Mudou de escola? – Sirius perguntou, mas é claro que ele já sabia a resposta. Ele queria saber para onde ela havia ido. Estou ficando bom nesse negócio de adivinhação/previsão do futuro.


- Sim. Hogwarts. DC não estava mais atendendo às minhas expectativas – outra forma de dizer que Durmstrang não era boa o suficiente para uma pessoa de QI ao elevado quanto ela. Sim, ela era tão inteligente quanto eu sem fazer nenhum esforço.


Hogwarts era quem formava os candidatos que se saiam melhor nas faculdades como Harvard, Yale, Brown entre outras. – então decidi ir para Hogwarts, onde sei que me daria tão bem quando DC.


- Entendi. Talvez você possa se candidatar a cheerleader lá. – James falou.


- Não, estou pensando em dar um tempo nessa história. – ela disse e eu vi um brilho no olhar de Lily. Oh Deus, faça com que ela não chame Marlene para participar do grupo de robótica!


- Sério? Quer participar do grupo de robótica? – é, eu sabia. Então eles olharam para Lily com uma cara tipo “WHAT?”.


- Vou pensar na proposta. – Marlene disse dando uma piscadela.


O resto da noite passou agradavelmente, ao contrário do que eu poderia pensar. Ao contrário do que eu podia pensar os brahmanas não são tão ruins assim. Digo, pelo menos aqueles, eu não tinha tanta certeza com relação à Rebecca Wilson.


Era quase meia noite e eu ainda estava no Johnny Rockets, apesar de todos terem ido embora, com a desculpa de irem à casa de James jogar o mais novo game dele. Sério, eu não tinha segundas intenções, em estar ali, pelo menos não tinha até Dorcas sentar na minha mesa, exausta.


- Noite difícil? – perguntei. Eu acho que deveria aprender a calar a minha boca.


- Um pouco. Mas logo depois de hoje não terei mais de fazer isso. Só estou dando uma mãozinha, mas meu pai prometeu que depois que começasse as aulas, eu não teria mais de ajudar aqui. – ela falou passando a mão nos cabelos, que emanavam um cheiro de jasmim.


- Entendi. Acho que está na hora de fechar, não? – é sério. Esqueci de tomar gardenal hoje. Não.


- Ahm, mais ou menos.


- Certo, acho que me vou. Obrigado pela companhia. – falei me levantando um pouco desajeitado, e procurando por espaço para poder sair da mesa.


- Me desculpe. – ela disse percebendo que estava na minha frente. – Bom, eu te acompanho.


- Sério, não precisa, eu moro aqui do lado. – inversão de papéis? – Literalmente aqui do lado. – falei apontando para a minha casa.


- Uau, então ta, a gente se vê... Amanhã?


- Pode ser.




O domingo passou normalmente, sem nenhum fato especial, a não ser eu ter encontrado Lily passando na minha rua com o pretexto de levar o peixe para passear, mas eu sei que ela queria passar na frente da casa dos Potter, que era há 3 quadras daqui, e que tinha um campo de futebol DENTRO DA CASA!


Sério, quem leva o peixe para passear?


Encontrei com Dorcas passando aqui em frente, enquanto eu conversava com Lily, que estava com seu aquário com um peixinho dourado no colo, e mal nos falamos. Mas eu espero hoje poder fazer alguma aula com ela.


Olhei para a tabela de horários colada na capa do meu caderno e vi escrito: Física Quântica. Legal, chances de ela fazer essa aula = 0.


Abri a porta, e joguei o papel do chiclete fora e só levantei os olhos quando vi que alguém me encarava. Era Dorcas.


- Você faz Física Quântica? – acho que deveria usar mais o meu dom maldito.


 




 


N/A.: Demorei, ehehehe. Mas eu acho que tenho quase tudo planejado, com a ajuda da madrinha do júnior (a fic – alguém já percebeu que a sigla é JR, ou seja, júnior?), a Lau, então creio que vai ser tudo mais ágil, se bem que eu tenho Like A Princess para terminar, mas que está um pitelzinho (?). Enfim, eu gostei desse capítulo até, se bem que está pura enrolação. Para a Lúuh que perguntou: Sim, a fic de passa em 1986, quando a primeira Johnny Rockets foi inaugurada em Los Angeles. É isso, praticamente. A partir daqui melhora, prometo (yn).


Gih Meadowes.


N/B.: Morram humildes mortais, eu sou a madrinha do JúnioR! :D Como de costume, qualquer coisa que venha da mente brilhante da mãe (a Gih) do meu afilhado é tão boa que chega a estourar os miolos de quem ler! Não me importo que o capítulo seja pura enrolação, pois ele está MARAVILINDO, como diria a Lil dos Rugrats. Sabiam que jasmin pode significar: beleza, ternura, volúpia entre outras coisas? O que será que a Dorcas reserva ao nosso anormal mais lindo de todos?


 


Miss Laura Padfoot

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