CAPÍTULOS 34 E 35



CAPÍTULO 34: EPM
Merlin! Socorro! Eu não sei que roupa colocar! Meu quarto está começando a virar uma eterna bagunça toda a vez que alguém me chama para sair. Mas agora não é simplesmente um alguém, é o Draco! Meu namorado (ai, amei falar que ele é meu namorado!). Tudo bem, tudo bem. Calma, Mione. Você vai achar alguma coisa. É só ficar calma. Além do mais, não é o nosso primeiro encontro.
Muito bem, agora tenho só que achar a roupa certa. Acabei optando por uma calça jeans escura, uma camiseta rosa e um colete curtinho verde militar. Nos pés, uma sapatilha preta. Cabelos soltos e maquiagem leve. Ok, acho que está bom. Passei um perfuminho e sai.
Draco, como sempre, já me esperava ansiosamente. É, ele está sempre me esperando todo nervoso. Como se eu fosse faltar a algum encontro com o meu gatinho... Ele estava com uma camisa branca com uma gravata da Sonserina, jeans e All-Star preto. Segurava um moletom cinza descolado em uma das mãos e, na outra, rosas vermelhas. Fui recebida com um beijo e tanto. Ouvi as plantas suspirarem. Sério. Isso foi extremamente bizarro.
— Pensei que não viesse mais. — sussurrou ele em meu ouvido, fazendo-me arrepiar-me toda.
— 3 minutos atrasada. — sussurrei de volta e percebi que ele teve a mesma reação que eu. Sorri.
— Eu já estava até pensando que teria que colocar essas rosas fora... Mas, já que você chegou, posso ter o prazer de dá-las à garota mais bonita, a dona do meu coração. — mais um suspiro (das rosas, não meu. Se bem que, se eu suspirasse agora não cairia mal. Não quero dar ao Draco o gostinho de me ver completamente caidinha por ele).
— Hmm, e quem seria essa sortuda?
Peguei as rosas e ele já me abraçava pela cintura. Estávamos olhando um dentro dos olhos do outro. Eu era capaz de enxergar sua alma. Pode ter se tornado mais maduro, mas dentro dele sempre viverá um garotinho, que fora sempre criado para se tornar um homem. Sei que ele esconde segredos de mim, posso ver isso em seus olhos. Algumas partes estão obscuras. Nem sei o que ele deve ver em mim, mas queria realmente saber.
— Uma garota que quer desesperadamente mostrar que não precisa mais de proteção, que, apesar de ter vivido momentos de extrema alegria, presenciou partes de puro sofrimento em sua vida e aprendeu com tudo isso. Também sei que escondes segredos de mim, Mione. Não vou te obrigar a me contar, pois não contarei os meus. Não é porque não confio em ti, mas sim, porque é melhor você não saber. — o quê? Como assim? Alô! O que deu nele para falar isso?
— Ai, Hermione. Com toda a sua inteligência não saber essa resposta? Eu sou legílimen. É o EPM mesmo.
— EPM?
— Efeito Perto do Malfoy. — comecei a rir muito. Só podia ser o Draco mesmo... Ele sorriu. Quase me derreti ali mesmo. Ainda bem que ele estava me abraçando pela cintura, senão estaria estatelada no chão agora. — Vem cá. — e me puxou para a saída da estufa. Ainda bem, porque qual é a graça de namorar escondido com uma platéia de plantas? Ele riu quando já havíamos saído da estufa. — Tem razão. Quando a gente se beijou, elas começaram a suspirar. Foi hilário!
— Eu nunca beijei ninguém com platéia e isso foi bizarro...
— Nem eu... — “Draco seu burro! É claro que você nunca beijou ninguém na frente dos outros! A única pessoa que você já beijou foi a Hermione! Ainda não sei como Crabbe, Goyle e Blaise acreditam que eu sou expert em beijos... Epa! Meus pensamentos estão dando eco. Isso é realmente estranho. Hermione! Você está lendo a minha mente?”, eu juro que não queria, mas não resisti. Então quer dizer que toda aquela fama de pegador do Draco é uma farsa? Bom saber disso. Eu tenho a exclusividade (ae, da lhe eu!). Então, de onde veio aquele beijo maravilhoso? Ele estava todo vermelhinho.
— Talvez... O quê? Draco Malfoy todo vermelhinho e encabulado?
— Mas que gatinha mais safada essa minha...
— Você fica lindo envergonhado, sabia? E, além do mais, você leu a minha mente primeiro!
— Ok, Hermione, ok. Eu não leio a sua e você não lê a minha, ok?
— É o que eu fazia até você me dizer que era legílimen! A propósito, há quanto tempo você lê a minha mente?
— Desde que me declarei para você.
— O QUÊ? — corei violentamente. Eu estava estupefata. Engasguei com minha própria saliva. Acho que ele sabe até demais. Ele sabe que eu o acho lindo, gostoso e perfeito, que eu sou uma pop star (? Talvez...) e que eu simplesmente acho a Parkninson a maior oferecida por ficar se jogando pra cima dele.
— Calma. Eu não sei nada de mais. Só que você detesta a Pansy por ela ficar se oferecendo para mim o tempo todo porque você morre de ciúmes e o que eu já sabia há muito tempo: que eu sou lindo, gostoso e perfeito.
— Convencido! Mas afinal, para onde estamos indo?
— Na verdade, nem eu sei...
Já estávamos andando pelos corredores do castelo. Vez que outra, parávamos nos corredores mais escuros para darmos uns amassos. Estávamos no meio de um beijo muito perfeito até ouvirmos um miado.
— É a gata do Filch! — sussurrei.
Quando me dei conta, Draco já havia me puxado para dentro do armário de vassouras. Nem lá ele me dava sossego. Eu ficava parada, prendia a respiração até Filch ir embora, mas parecia que ele tinha perdido algo. Talvez fosse o seu senso de privacidade. Dá licença aí, Filch! Deixe-nos namorar! O pior era agüentar os beijos provocantes do loiro em me pescoço. Ele foi me empurrando delicadamente até eu encontrar o fundo do armário no cantinho mais escuro. Escondidos pelas vassouras, ele me prensou na parede do local e começamos a nos beijar.
Que se danasse Filch, que o mundo esperasse mais alguns minutos, porque agora eu estava beijando o meu namorado. Paramos ofegantes. Draco não saiu de perto de mim, do contrário. Até parecia que queria que conseguíssemos nos enfiar dentro da parede. A porta do armário foi aberta. Merlin, socorro. Agora mesmo que eu estava frita.

CAPÍTULO 35: A NOITE FORA BOA
Se antes meu coração batia forte por causa de Draco, agora batia o dobro por ser descoberta. Filch fitava o armário todo com seus olhos atentos e sentidos aguçados. Depois de muito tempo (para mim, pelo menos), ele fechou a porta e saiu pelo corredor falando com aquela gata infeliz.
Soltamos todo o ar que antes havíamos prendido. Sorrimos.
— Conseguimos. Enganamos o Filch.
— Só você mesmo, Hermione, para me fazer uma loucura dessas.
— Digo o mesmo de você. — ele sorriu. Eu sentia seus batimentos ainda acelerados em mim, já que ele continuava me prensando. Daqui a pouco eu vou ficar toda achatada, mas não estou nem aí! Peguei em sua gravata, olhei-o de forma sedutora, enquanto ele sorria maliciosamente, e o puxei para perto devagarzinho, torturando-o um pouco. Era uma questão de 2 cm de distância e ele não se agüentou. Assim começou mais uma sessão de beijos.
As mãos ágeis passeavam por minha cintura e quadris. Eu jurava que era capaz de voar com aqueles beijos. Draco era o único ser humano na face da Terra que, em um beijo só me fazia sentir-me segura, amada, desejada, feliz, sem limites. Ele me fazia esquecer o que não queria lembrar. O passado não se pode mudar, o futuro é medido pelas ações do presente, e o presente é o “aqui e agora”. Ele me ensinou a viver intensamente, aproveitando cada segundo. Antes eu ficava pensando no futuro ao invés de viver o presente. Agora, para recuperar o tempo perdido, era necessário correr, por isso, me entrego a cada beijo como se fosse o último.
— Eu te amo... — sussurrei enquanto ele beijava meu pescoço e mordiscava minha orelha. Meus dedos bagunçando totalmente as madeixas loiras. Aquele cabelo macio cheirando a limão. O perfume de limão, misturado ao seu hálito frio e refrescante de menta, mais o cheiro único da camisa dele, adicionado com o perfume cítrico dele resultava num cheiro incomparavelmente bom. Ele era perfeito e aquele perfume invadia minhas narinas, deixando-me enlouquecida.
Draco nada me respondeu. Ele não era muito de falar, era mais de fazer. Desde que aquelas três pequenas palavras que significavam tanto saíram da minha boca, ele aumentou a intensidade dos beijinhos e me deu um chupão no pescoço. Sua mão estava em minha coxa e agora seus lábios selavam minhas palavras. Pude ver que ele transmitiu todo o amor que sentia no beijo. Foi o melhor da noite.
— É melhor sairmos daqui antes que Filch volte por causa do barulho ou para conferir o número de vassouras aqui ou sei lá o que se passa na mente daquele velho. — disse quando comecei a achar que as carícias estavam indo um pouco longe demais.
— Tem razão. Além de que está quente aqui, não?
— É... Vamos.
Resolvemos que já havíamos passado muito tempo e que já estava na hora de voltarmos para o dormitório. Isso aconteceria se não fosse por Filch quase nos encontrar e nós sempre acharmos uma sala vazia ou uma brecha para a qual escapulíamos. Agora estávamos na sala de Transfiguração, que era próxima ao dormitório da Grifinória. Desta vez foi por uma questão de dois segundos para ele não nos ver.
— Sinceramente, acho que Merlin já me amou um dia, só que só percebeu isso hoje e resolveu me dar essa sorte toda, ou Morgana já sofreu aos seus encantos...
— Então ela deve estar morrendo de dor-de-cotovelo, porque eu não a amo.
Ele não me deu tempo nem de respirar. Tomou meus lábios possessivamente, abraçando-me e tirando meus pés do chão. Ele me levou até a mesa de Minerva, e lá fiquei sentada enquanto ele ficava em pé. Minhas pernas entrelaçavam sua cintura, minhas mãos percorriam suas costas por baixo da camisa. Já ele mantinha uma mão em minhas costas, empurrando-me cada vez mais para ele (se é que era possível), e a outra na curva do meu pescoço.
Sinceramente? Não quero mais sair daqui. A minha sensação é que o meu lugar é aqui, nos braços de Draco, em meio a beijos apaixonados e me sentindo completamente segura.
— Morena, é melhor nós irmos. Filch ainda está por aí. — ele murmurava, e eu podia ver, contra sua vontade. Na verdade, ele não queria que eu parasse de beijar seu queixo, orelha e pescoço.
— Então vamos. — disse o empurrando de leve, descendo da mesa, colocando minhas sapatilhas e meu colete. É, meu pés estavam descalços e meu colete estava no chão. Draco estava arrumando seus cabelos. Às vezes eu não o entendo. Ele arruma a melena para ficar desarrumada.
Na frente da Mulher Gorda, dei um selinho nele e disse em voz fraca e baixinha:
— Tome cuidado.
— E você tenha bons sonhos e sonhe comigo.
— Sempre. — respondi mais para mim mesma do que para ele, adentrando o Salão Comunal da Grifinória.
A primeira coisa que fiz ao adentrar meu quarto foi ir ao banheiro checar como eu sei boa noite para Draco. Merlin! Eu estava com os lábios vermelhos como um tomate e inchados como uma bola. Meus cabelos estavam desarrumados, mas de um jeito legal. Minha roupa... Bem, minha roupa estava completamente amassada. Sorri. A noite havia sido boa. As rosas vermelhas continuavam em minha mão. As guardei na caixa de lembranças minhas e de Draco, vesti o pijama e mergulhei em um mundo onde nada nem ninguém poderia sequer pensar em me separar de Draco.

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