CAPÍTULOS 20 E 21
CAPÍTULO 20: VACA PANSY
Depois de ter feito aquilo (que eu prefiro nem comentar), eu me senti tão mal. Eu precisava de um “banho de salão”. Aproveitaria e veria se John já havia terminado meu vestido, Katye me daria dicas de maquiagem... Enfim. Eu precisava vê-los novamente. Com aquela roupa mesmo, aparatei na Torre do Relógio e, de lá, fui para o estúdio.
Charlie se surpreendeu a me ver, e, pelo jeito, a masculinidade dele estava em falta hoje. Até o jeito de caminhar estava diferente.
— Oi, linda! Tudo bom? — ele me cumprimentou com “beijinho-beijinho”.
— Oi Charlie. Tudo bem... Quer dizer, mais ou menos, na medida do possível.
— Por que, gata?
— Acho que você já sabe do que ocorreu no jogo de Quadribol...
— Ah, sim. É por isso que eu digo que Quadribol não é esporte para estrelas como você. Além do mais, é um esporte para homens, não mulheres. Por essa e outras razões que eu nunca vou me render à essa paixão bruxa... Mas, você veio aqui para o que exatamente?
— Eu estava me sentindo meio sozinha, já que não posso assistir às aulas. Aproveitei que, já que eu queria tomar um “banho de salão” e visitar todos vocês, posso ver se o meu vestido já está pronto.
— Hm... Alice, Alessandra, John e Katye estão aí. Vou chamá-los.
Enquanto eu estava fazendo banho de creme nos cabelos, John me mostrou o vestido. Eu fiquei simplesmente sem palavras. Ele era absolutamente lindo! Era roxo avermelhado, comprido. Da cintura para cima era justo e possuía um decote meio grande em V. Da cintura para baixo, era solto em camadas. Não era armado nem nada. Tinha mangas curtas bem diferentes de um tecido fino da mesma cor do vestido, meio transparente. John disse para eu experimentar e eu amei a idéia. Ficou bem em mim, mas acho que ficaria melhor em Gina, já que ela não é uma elefanta gorda que nem eu. John teve tanto trabalho para fazer esse vestido que eu acho que seria um despeito não usá-lo.
Eu já estava de unhas feitas, pintadas de branco. Já estava com a minha roupa normal vestida e meus cabelos já estavam secos. Katye disse para eu ir até lá amanhã para ela me maquiar e para Dylan arrumar meus cabelos. John disse para deixar meu vestido lá para ele fazer uns ajustes finais. Charlie perguntou-me que nome deveria por no CD e me mostrou uns esboços da capa.
A capa que eu mais gostei foi a que estávamos eu e meu irmão de costas com os braços cruzados bem na frente, o fundo era azul claro, com estrelas e notas musicais saindo em 3D de trás da gente. No canto direito havia uma nuvenzinha roxa para o nome de CD. Eu havia pensado em um nome do tipo “All you need is love” (Tudo o que você precisa é amor). Charlie adorou, mas não sei se Cedrico vai gostar... Ficamos de decidir isso depois.
Voltei para minha segunda casa. Só Merlin sabia o quanto eu amava aquela escola. Mas que droga! Eu não conseguia mais aparatar para o dormitório! Legal, eu teria que descer as escadas. Fiz então, um feitiço que eu nunca tinha ouvido falar, mas eu só me concentrei em curar meus ossos e eles ficaram ótimos, como se nunca tivessem sido quebrados.
Desci as escadas. No 7º andar, encontro Harry e Rony.
— Onde você estava, Mione?
— Ah, eu estava... Estava dando uma voltinha por aí. — respondi e dei uma risadinha nervosa.
— Você não pode ir às aulas porque não pode subir e descer escadas devido aos seus ossos quebrados, e agora está aqui?
— Ah, Rony. Poupe-me. Eu não agüentava mais ficar trancada naquele quarto sem nada par fazer. Mas, falando em aulas, como foram seus belos sonhos na aula de História da Magia?
— Digamos que não foi tão bom assim... O sonho estava demais, mas o Harry ficou babando pela Chang e acabou que o professor me pegou dormindo, tirou pontos da Grifinória e me deu uns trabalhos extras.
— Isso quer dizer detenção?
— É. Para mim e Harry.
— Harry sua anta. Como me deixa uma coisa dessas acontecer. — o moreno estava focado em um grupo de corvinais, onde se encontrava a minha amiga. Engraçado ela ter ido à aula. Provavelmente deu uma desculpa qualquer ao paspalho do professor. — Harry? Volte a Terra, seu retardado! — dei um “pedala - Robinho” nele.
— O quê? Como? Quando? Onde? Por quê? — disse ele mais perdido do que cego em tiroteio.
— Bem, o quê: sua anta, como: como deixou que pegassem Rony dormindo?, quando: na aula de História da Magia, onde: na sala, por quê: eu gostaria mesmo de saber por que você tem que ficar secando a Cho. — eu e Rony rimos e ele ficou da cor dos cabelos do meu amigo ruivo.
— Não tem graça... E você? O que está fazendo aqui?
— Caramba! Experimente ficar o dia todo dentro de um quarto!
— É Mione. Você está certa. — “como sempre”, fingi que não ouvi isso da mente de Rony enquanto Harry falava — É que nós nos preocupamos com você.
— Muito. — completou o ruivo. Ele colocou as mãos no peito e fez uma cara de pobre-coitado-vítima-prestes-a-chorar — Nós sentimos a sua falta, sabia? Temos sentimentos. Não vivemos sem você e...
— Ok, ok. Chega desse blá, blá, blá meloso. — Harry Tiago Potter: custa deixá-lo falar assim? Poxa, eu estava gostando... — Fale logo o que você quer para ela antes que a sua masculinidade suma de fez e você vire gay. — não nos agüentamos e começamos a rir. Era óbvio que Rony não podia falar assim para mim sem ter um propósito...
— Tudo bem. O que você quer?
— É que eu queria que você...que você... — uma risada feminina fria e assustadora cortou o nosso papo. Rony envolveu minha cintura de imediato instintivamente. Era só a Parkninson e o bando da Sonserina.
— Weasley, convide logo a sangue-ruim da Granger para o baile. — Rony ficou um pimentão de tão vermelho. — Ah, eu já sabia... É fraco demais para isso.
— Eu não ia convidá-la para o baile. — murmurou ele.
— Ah não? E o que você ia pedir, hein?! — provocou Malfoy que parecia bem irritado olhando para o braço de Rony em volta da minha cintura. O ruivo percebeu isso e me puxou mais para perto dele. Malfoy trincou os dentes. Eu me sentia uma bonequinha sendo manipulada.
— Nada que te interesse, Malfoy. — respondeu meu amigo, enquanto eu me livrava do mesmo.
— Nossa, que grosseria... — comentou Parkninson.
— Vamos embora meninos. — disse puxando um Rony raivoso e um Harry meio irritado meio abobado. Metade da mente dele (a que presta) queria esbofetear Malfoy até a morte e a outra (a inútil) girava em torno da Cho. A mente de Rony nem era preciso ler, já que estava estampado na cara dele em vermelho e laranja que ele estava doido para lançar um Avada em Malfoy e o bando das serpentes. Ainda bem que eles não são legílimens porque (eles não sabem, mas) eu não faço idéia de como se faz oclumência.
— Ora sua... — depois disso a Parkninson conjurou um feitiço não-verbal e imediatamente as minhas costelas me causaram uma enorme dor. Dei um gritinho e acabei deitada no chão. Algumas lágrimas caíam de meus olhos. Eu ouvia alguns “Mione”s de muito longe. Perdi a noção de meus sentidos.
Quando eles retornaram, uma voz de veludo falava comigo.
— Hermione. Hermione, pelo amor de Deus fala comigo.
— Cedrico?
— Ah que bom. Você está bem?
— Não. — respondi como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
— Vocês dois: levem-na para a Ala Hospitalar. — Harry e Rony obedeceram imediatamente. A diferença da voz de veludo que falava comigo para a voz assustadora que falava com os garotos agora era inacreditável. Muitos diriam que não é a mesma pessoa. — E você, Parkinson...
— Há quanto tempo Ced... — interrompeu ela dando ênfase no “Ced”. Como assim Ced? — Veio recuperar o tempo perdido?
— Nunca. Só porque eu te dei um fora não significa que tem que atingir os que amo e me amam. Aliás, você nem sabe o que é o amor...
— Coitadinha da Mionezinha... — ela fez beiçinho e me encarou querendo me meter medo. Encarei-a de forma superior. Isso eu devo admitir que aquele loiro idiota da Sonserina me serviu de modelo.
— Lave essa boca suja antes de falar de mim. — e estalei os dedos, fazendo com que uma fita isolante cobrisse a boca dela. Sorri.
— O diretor vai gostar de levar um papinho com a Srta.
Cedrico levou a Parkninson para a diretoria e os meus amigos me levaram para a Ala Hospitalar com um pouco de dificuldade, já que eu gritava de dor.
Madame Pomfrey ajeitou meus ossos e disse que eu não precisava mais nem de gesso e me disse para me divertir no Baile. Agradeci e fui direto para o dormitório. Cheguei podre ao meu quarto. Literalmente. Encontrei rosas e bombons em cima da cama. Uma cartão acompanhava os presentes. Estava escrito:
“Hermione,
“Fiquei preocupado ao saber o que houve. Toda a escola já está sabendo do que aquela garota fez com você. Espero que esteja melhor.
“Com amor,
“Viktor.”
Lágrimas brotaram em meus olhos. O cara gosta de mim, mas será que eu gosto dele? Aquele beijo do Malfoy mexeu muito comigo...
Ai credo! Hermione Jane Granger, é o MALFOY! Fala sério. Até parece que ele mudou assim e agora está loucamente apaixonado por mim. Dá até vontade de perguntar onde a “sangue-ruim”,o resto dos xingamentos e o ar de superioridade foram parar. Foi pensando nisso que adormeci.
CAPÍTULO 21: HOGSMEAT
Levantei cedo e fui com Gina até Hogsmeat. Ela trajava uma saia jeans e uma blusa branca com detalhes de flores delicadas em preto de manga comprida, rasteirinha prata. Eu estava com um jeans básico, sapatilha preta, bata azul escura, braceletes prateados e um colar de corrente comprida, levando o pingente de borboleta parar em cima do meu diafragma. Ela com os cabelos ruivos ao vento e eu com um coque frouxo e meus cabelos indomáveis. Ela precisava se arrumar para o Baile e precisávamos comprar, como diz ela, itens básicos de sobrevivência feminina. Eu comprei, além disso, algumas capas pretas compridas. Quando nos demos conta, já era meio dia e meia.
Almoçamos no Três Vassouras e depois fomos até o Donna Hair Dresser, O melhor salão de beleza daquele povoado. A melhor parte ainda está por vir: Charlie conseguiu que John, Dylan, Alice e Alessandra, Katye e ele mesmo fossem para lá para nos aprontar para o baile. Eu só precisava de Dylan, Katye e John. Deixei Alice e Alessandra cuidarem de Gina por enquanto. Dylan arrumou meus cabelos em um coque bem trabalhado e diferente e deixou uma mecha na nuca para ficar em cachinhos. Ficou lindo! Katye me maquiou de um monte de coisa que eu nem sei por onde começar. Só sei que ficou demais. Um look bem clean e fashion. Gina ficou muito linda também. Ela fez questão de deixar os cabelos soltos e só fez uma chapinha. A maquiagem dela também era leve.
Voltamos para Hogwarts por um caminho subterrâneo e entramos pelos fundos. Fomos para o dormitório nos vestirmos, já que faltava uns 45min para o Baile começar. Após nos vestirmos, demos uns toques pessoais e terminamos às 20h55min e o baile começava às 21h. Descemos, mas eu parei no meio do caminho para falar com Cedrico e Gina continuou.
— O que foi? — perguntei impaciente
— Antes de qualquer coisa, você está linda. Vou ter que manter um olho em você a noite toda. — isso bastou para me fazer sorrir e corar. — Mas o que eu quero dizer é que o Krum não é boa companhia.
— Ah não. Não começa com esse papo de novo. Eu escolho as minhas companhias, lembra?
— Eu só estou avisando... Ele não é flor que se cheire. — e saiu sem dizer mais nada, me deixando completamente confusa.
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