CAPÍTULOS 22 E 23



CAPÍTULO 22: O BAILE DE INVERNO - PARTE I
Todos já estavam no Salão Principal, menos Cedrico, Cho, Harry, Parvati, Padma e Rony. Rony falava coisas para Harry:
— Coitadinha, deve estar no dormitório chorando rios de lágrimas.
— Quem?
— Hermione, é claro. Qual é, Harry. Por que você acha que ela não nos disse com quem iria ao Baile?
— Porque a gente ia curtir com a cara dela.
— Ninguém a convidou. Eu mesmo a teria convidado se não fosse tão orgulhosa... — prefiro ser orgulhosa do que pateta e burra!


Flashback
Estávamos escrevendo uma redação sobre Veritasserium, líquidos venenosos e como distingui-los na aula de Poções. Rony murmurava:
— Mas que droga! Desse jeito seremos os únicos sem um par! — Snape passou e empurrou sua cabeça para frente, de forma que ele ficasse com a cabeça curvada sobre o caderno — Bem, nó e o Neville. — Harry e Rony sorriram. Que maldade. Harry disse:
— É, mas ele pode levar a si mesmo. — só porque o coitado dança até dormindo?
— Talvez vocês não saibam, mas Neville já tem um par. — se Rony soubesse que é a irmã dele... Ele ficou mesmo desapontado com isso.
— Agora eu estou mesmo deprimido.
Fred escreveu um bilhete e mandou para o irmão caçula. Ele dizia:
“É bom irem logo ou todas as garotas legais já terão um par”
Rony devolveu o papel com raiva:
— Com quem você vai?
Fred amassou o papel e jogou em Angelina. Ele começou a fazer sinais para convidá-la para o Baile e ela aceitou. Fred deu uma piscadela para Rony, se achando o garanhão. Rony ficou meio se jeito, mas veirou para mim, que já estava escrevendo de novo.
— Hermione, você é uma garota.
— Bem observado.
— Vai com um de nós dois... — não sei se ele disse isso, porque o Professor Snape deu uma livrada na cabeça dele e outra na de Harry, o que nos fez voltar a atenção para a redação imediatamente.
Depois que ele saiu, o ruivo virou para mim e disse:
— Um garoto ir sozinho ao Baile não tem nada de mais, mas uma garota é triste...
— Eu não vou sozinha porque, acredite ou não, alguém me convidou — disse raivosa. Levantei e entreguei minha redação para Snape. Voltei para pegar minhas coisas e prossegui: — e eu aceitei! — e saí pisando duro. Como ele podia pensar que eu iria sozinha ao Baile? Só porque eu não sou tão bonita quanto às outras meninas na escola ou porque sou considerada a CDF Sabe-tudo de Hogwarts não tenho condições de arranjar um par decente para o Baile?
Fim do Flashback

McGonnagle estava de um lado para o outro dando mil e uma ordens e avisos.
— Potter, você e a Srta. Patil estão prontos?
— Prontos para o que, Professora?
— Para dançar, é claro. É uma tradição os três campeões, no caso os quatro, sejam os primeiros a dançar. É claro que eu lhe disse isso.
— Não. — nossa. Como eles são ignorantes... É claro que eu pesquisei o máximo que pude na biblioteca sobre esse maldito torneio.
— Não? Bem, agora já sabe. E o Senhor, Sr. Weasley — ela deu uma olhada demorada nas vestes ridículas do meu amigo ridículo. Devo admitir que aquilo não era nada bonito. Tinha uma cor feia, era velho e de péssimo gosto. —, pode ir para o Salão Principal com a Srta. Patil. — ela avistou alguém passar por trás. — Ah, aí estão vocês!
Rony já havia levado Padma para o Salão, então eu dei uma espiada para ver onde Viktor estava. Ele me olhava atentamente. Comecei a descer as escadas lentamente, sorrindo de lado. “Sexy”, era isso que diziam os pensamento de Viktor. Achei uma interferência em sua privacidade, então parei de ler as mentes das pessoas. Parvati me olhava boquiaberta.
— Como ela está bonita...
— É está mesmo... — respondeu Harry. A diferença é que ele estava de costas para mim, olhando o par de meu irmão: Cho. Ele notou que Parvati não estava olhando para a mesma pessoa que ele e virou-se para me ver. Ele também ficou chocado. Viktor beijou minha mão e saímos para a fila. Dei uma pequena acenada para Harry.
As portas se abriram e nós caminhamos em um corredor no meio do resto do corpo estudantil. Todos aplaudiam e comentavam sobre eu ser o par de Viktor.
— Aquela não é a Hermione Granger? Com Viktor Krum? — Padma estava mas do que chocada. Mas Rony estava mais. Ele ficou sem fala e depois gaguejou:
— N-não. É-é cla-claro que não.
No começo uma música para os Campeões e seus pares dançarem. Muitos casais começaram a entrar na dança. Do nada, a música se transformou em um rock. Estava tudo muito bem. Viktor só tinha olhos para mim, apesar de Crabbe e Goyle estarem ali do lado dele enchendo o saco.
Estava bem quente. Ele me puxou pela mão. Passamos por uma mesa onde estavam Harry, Rony, Padma e Parvati. Um aluno da Durmstrang veio e pediu para Parvati:
— Pode me dar seu braço?
— Braço, perna... Sou sua. — respondeu ela.
Viktor beijou minha mão e saiu para pegar um refresco para nós. Ele saiu e eu coloquei as mãos na cabeça e me voltei sorrindo para a mesa onde meus amigos estavam. Padma havia acabado de ir embora após perguntar para Rony se ele iria convidá-la para dançar ou não e ele respondeu que não. Sentei-me ao lado de Harry.
— Está quente, não? Viktor foi pegar uma bebida para a gente. Querem se juntar a nós?
Harry iria responder (que sim provavelmente), mas Rony simplesmente o cortou:
— Não. Não queremos nos juntar a você e o Viktor.
— Nossa, mas que mau humor... O que foi?
— Vou te dizer por que estou assim: você está confraternizando com o inimigo.
— Inimigo? Quem queria um autógrafo do Viktor? — ele fechou a cara. — Além do mais, o objetivo central do torneio é confraternização internacional em magia: Fazer amigos.
— Acho que ele quer ser bem mais que um amigo.
Achei melhor sair dali. Levantei-me e dei um passo. Voltei-me para ele e pensei em dizer algo, mas desisti. Não vale a pena discutir no meio de uma festa. Fui em direção ao Viktor. Senti olhos em mim, mas não eram só os olhos azuis de Rony. Eram outros olhos frios. Não sei de quem era; só sei que me deu arrepios e eu nem olhei para o dono ou dona.
Estávamos bebendo um ponche e conversando quando Rony chega. Pressenti que lá vinha problema...


CAPÍTULO 23: O BAILE DE INVERNO - PARTE II
— Ele está usando você. — ele estava caminhando rapidamente para o hall de entrada antes do Salão Principal onde estava ocorrendo o baile. Eu estava atrás dele. Eu estava furiosíssima com aquele, não acredito que vou concordar com aquela doninha, CENOURA AMBULANTE!
— O quê? Como se atreve? Além do mais, eu sei me cuidar muito bem! — eu estava me segurando para não dar um chute nos fundilhos daquele idiota.
— Duvido. Ele é muito velho para você.
— O quê? É isso que você acha? — indignada. Essa é uma das milhões de palavras que em descreviam no momento.
— É, é o que eu acho.
— Então sabe a solução, não sabe?
— Qual?
— No próximo baile, arrume coragem e me convide antes que outra pessoa me chame, e não como última opção! — ele foi pego de surpresa. Mas eu disse a verdade.
— Bem... I-isso não tem nada a ver com o assunto... Harry. — limitei-me a me virar e fuzilar Harry com os olhos. Com certeza ele tinha culpa no cartório. E se na tivesse, ia pagar por não ter ensinado Rony a ser um pouco menos imbecil... Subi as escadas pisando duro rapidamente. Eu não tinha mais nada para fazer ali.
— O que você fez? — perguntou Harry. Antes mesmo de escutar a resposta de Rony, e gritei:
— Rony você estragou tudo! — meu olhar era tão profundo e congelante que ele estremeceu quando nossos olhares se cruzaram. Virei-me e mal dei um passo (certo, certo, eu ia sair correndo...:$) e um idiota bateu em mim (é impressionante como as pessoas vivem esbarrando em mim...).
— Elas ficam assustadoras quando crescem... — foi só isso que ouvi Ronald dizer.
— Não olha por onde anda, não? — respondi com uma lágrima rolando pelo meu rosto.
— Hermione... — vi que era meu irmão. Ele colocou as mãos em meus ombros. — Calma... Respira... Um, dois... Conte até dez...
— O que aconteceu? — Harry insistia em saber o que havia ocorrido.
— Você a conhece... — foi a resposta que obteve.
É impressão minha ou ele estava tirando com a minha cara? Só podia... Saí de debaixo das suas mãos e fui embora mais raivosa ainda.
Fui para o meu quarto e tomei um longo banho para ver se a raiva de Rony passava, mas ela só aumentava.


Flashback


Lá estávamos nós, eu e Viktor, bebendo ponche e conversando animadamente. Eu disse animadamente? O papo estava um porre, tenho que admitir. Ele não tem senso de humor... De repente, uma cabeleira ruiva raivosa vem até nós.
— Hermione Jane Granger, vamos embora.
— E quem você pensa que é para mandar em mim?
— Seu melhor amigo. Não quero que ande com esse cara nem mais um minuto. — dei uma gargalhada.
— Ronald Billus Weasley, não se meta onde não é chamado. Vá você embora.
— Já chega. Esse cara é um sujeitinho da pior espécie e você vai andar com ele mesmo assim? Grudada nele como uma...
— Como uma... — eu já estava tão vermelha quanto um tomate. Meu sangue corria rápido por minhas veias e eu estava com muita ira desse paspalho.
— Como uma mal-amada, porque é isso que você é. Ninguém nunca te chama para sair porque você é considerada a estranha de Hogwarts.
— Isso é verdade, Hermioni-ni?
Minha paciência chegou ao fim. Comecei a brigar com Rony e Krum tentou se intrometer e acabou sendo expulso da conversa por nós dois.


Fim do Flashback


A essa altura eu já estava tremendo de raiva enquanto penteava os cabelos. Achei que devia pedir desculpas ao Viktor, por isso coloquei uma roupa qualquer e fui atrás dele. No caminho, encontrei um casal aos beijos e amassos no corredor. Tudo bem, nada de mais... Até eu ver quem era o casal... Viktor e Cho! Como assim? Minha melhor amiga e meu “namorado” (acho que descrever Krum fica melhor assim: o cafajeste que tem um rolo comigo).
— O que está acontecendo aqui? — eles se separaram ofegantes.
— N-não é o que você está pensando, Hermioni-ni...
— A não, é? E o que é então?
— É que...que eu estava andando e...
— Não precisa explicar nada. — disse me aproximando dele, sorrindo sedutoramente. Ele praticamente babou. Aproveitei isso e dei o maior tapão na cara dele... (huahuahua – risada maléfica- eu sou malvada... hehehehehe). Ele chegou a cair no chão. Ficou intacto. — Olha, nem sei como você foi escolhido para o Torneio Tribruxo, se, só com um tapa você cai no chão e fica chocado... E quanto a você, Chang, fique bem longe de Cedrico. — acho que ela nunca me viu tão brava na vida, pois ficou sem ação e pálida.
— Hermione. Finalmente te achei! — a voz do irmão ecoou pelo corredor. — O que está havendo? — perguntou ele ao meu lado.
— Perguntei para a Chang... — respondi cruzando os braços. Ele esperou uma resposta daquela vadi*, mas nada veio. — Vamos embora Ced. Não temos nada para fazer aqui... — disse pegando sua mão e guiando-o para fora. Parei e voltei-me o cachorro do Krum: — Ah, Krum: está tudo acabado. Não se esqueça disso. — após isso, fui com Cedrico até a beira do lago da Lula Gigante. Estávamos sentados na grama. Eu abraçava minhas pernas e ele fitava o céu estrelado.
— Então, não vai me dizer o que aconteceu?
— Não está meio na cara, não? Eu encontrei o cafajeste e aquela vagabunda no maior amasso, dei um tapa nele e falei pra ela ficar de você e daí você chegou.
— Conclusão?
— Somos dois cornos — quer dizer, só você, já tem aquele beijo do Malfoy que eu fico pensando 24h por dia — e eu me livrei de um cara idiota e uma amiga falsa.
— É isso aí! Não abalada?
— Eu? Não. O Krum foi só um passatempo. Mas e você?
— Um pouquinho... — o envolvi em um abraço reconfortante. — Obrigado... — uma música começou a tocar lá dentro do castelo. Ele se levantou e me ofereceu a mão: — Me concede essa dança, cara irmã?
— Óbvio, meu irmão... — disse aceitando a sua mão. Divertimos-nos às pampas. A música chegou ao final e outra mais animada começou a tocar. Ele não sabe dançar música sem ser lenta. Cheguei à essa conclusão. — Vamos lá, Cedrico. É só se mover no ritmo da música...
— Não adianta. Eu não sinto a música...
— Seu cabeça-dura!
Rimos muito. Ele me empurrou no lago da Lula Gigante, mas eu o puxei junto. Resultado: nós dois caímos na água. Quando saímos, uma garota muito bonita passou pela gente. Não sei quem era ela, mas sei que estava chorando. Cedrico soltou um suspiro.
— Vai lá garanhão. Ajude a donzela indefesa.
— Obrigada. — ele disse me abraçando.
— Vai logo antes que alguém vá antes de você... — ele saiu atrás da garota. Senti alguém me abraçar por trás e sussurrar aquela voz que eu tanto sonhava em meu ouvido, causando-me arrepios:
— Pensei que não iria mais desgrudar do Diggory...
— Ah, oi Malfoy.
— Draco. Para você é Draco, Hermione. — e depositou um beijinho em meu pescoço. Virei-me para ele e o beijei com fervor. Obviamente ele me correspondeu. Aquele beijo era bom demais. Jesus me abana!
— Para aí. Isso não está certo... — disse ofegante quando nos separamos. Ele colou sua testa na minha e fechou os olhos. Fiz o mesmo.
— Hermione... — amei quando ele disse meu nome. É tão fofo! — Eu já me disse isso milhões de vez, mas minha mente diz uma coisa e meu coração diz outra. Eu resolvi seguir meu coração... — e me beijou de novo. Pensar que ele está apaixonado assim por mim me fez sorrir no meio do beijo.

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