Fogão




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Marlene cantarolava na cozinha, seus ouvidos sendo acariciados por seu melhor CD de Mozart. Sirius odiaria aquilo, por isso agradeceu á Merlin que ele não estava em casa.

Pincelou a gema de ovo em seus pãezinhos na forma sobre a pia da cozinha e inalou o delicioso aroma que saía dali. Então verificou seu peru no forno, vendo que ainda estava muito cru. Colocou a colher de pau num pires na pia e levantou a tampa da panela no fogo com a ajuda da luva. Estava tudo perfeito para quando ele chegasse. Era aniversário de casamento deles de um ano, e ela estava estreando o fogão, já que Sirius achava besteira que ela o tivesse comprado, ela comprara ela mesma.

Adorava cozinhar. Adorava Mozart. Adorava Sirius. E adorava mais ainda o seu peru com ervas.

Muito mais

-Boa noite senhor – Ela disse sentindo mãos em sua cintura. Não precisava virar para trás pra saber que era ele. Sentia o perfume embriagante, e arrepiou-se quando ele beijou-a no pescoço.

-Lene, eu disse que ia trazer comida tailandesa! – Ele disse largando algumas sacolas sobre a bancada. Ela sorriu.

-E eu disse que iria cozinhar. Você sabe que eu adoro! – Ela retorquiu fazendo bico, então ele riu, passando as mãos pelos cabelos.

-Certo então. Quer ajuda? – Ele se ofereceu e ela beijou-o rapidamente.

-Não precisa. Mas se você quiser ir trocando de roupa, lavando as mãos e colocando os pratos, já seria de grande ajuda. A mesa está pronta na sala de jantar – Informou-lhe. Então Sirius olhou bem para ela. Marlene estava com os cabelos amarrados em um coque desleixado, mas que ainda assim a deixava linda. As bochechas ruborizadas por causa do calor do forno, ela vestia um conjunto de lingerie azul que ele lhe dera no mês anterior, cheio de rendas e sedas, e uma camisa branca dele meio transparente por cima.

Não entendia bem o por que dela gostar tanto de usar aquilo em casa. Talvez fosse mais confortável. Talvez fosse o calor daquelas noites de verão. E talvez fosse só para enlouquecê-lo.

Aliás, se fosse para aquela última finalidade, ela estava obtendo um sucesso tremendo. Sirius lavou o rosto três vezes antes de poder voltar para a cozinha para apanhar os pratos.

Marlene estava com o tronco abaixado para ver o peru novamente, e Sirius pôde ter uma magnânima vista de sua...

-Sirius, eu comprei pratos novos, estão na prateleira do canto – Ela avisou-o levantando-se.

-Certo.A revolta dos duendes ocorreu no século XVIII, e seu líder maior foi o...”. Okay, história da magia era realmente broxante. Ele precisava permanecer sob controle. Aquele era um dia especial para Marlene e não podia estragá-lo só porque ela estava absolutamente fantástica vestindo apenas lingerie e uma blusa sua, que mal cobria suas coxas. Sorriu.

Pegou os pratos e foi até a sala de jantar, vendo tudo preparado. Uma toalha branca de linho havia sido posta na mesa retangular, e sobre ela uma outra de renda. As taças já estavam nos seus lugares e os talheres também. Sirius viu os candelabros no meio da mesa, mas ainda estavam sem vela. Foi para a cozinha providenciá-las.

Marlene agora estava dançando. Rebolando, para sua tortura. Ela era sádica, só podia. Pegou as velas na segunda gaveta, logo abaixo da dos talheres, e levou a varinha junto para acendê-las. Pôs tudo no lugar e voltou para a cozinha. Quis tampar os olhos.

Marlene tinha tirado a sua camisa, e agora olhava para ele de um jeito que o fazia estremecer. Como se ele fosse o prato do meio-dia, e ela estivesse morrendo de fome. Engoliu em seco.

Marlene foi até Sirius e beijou-o.

-E o jantar? – Perguntou, batendo-se mentalmente depois de fazê-lo. Oras, queria aquilo ainda mais do que ela!

-Vai demorar mais vinte e cinco minutos para aquele peru ficar pronto. Acha que consegue nesse tempo? – Ela perguntou maliciosa, as mãos na lapela de sua camisa. Sirius prontamente retirou-a.

-Tenho certeza – E então deitou-a sobre a bancada da cozinha, fazendo uma trilha de beijos do pescoço, passando pelo vale entre os seios e descendo até abaixo do umbigo dela. Rindo, ela tirou o sutiã e ajudou-o a retirar a calça e a cueca. Sirius beijou-a novamente, pressionando-a contra o granito e levando os lábios até o pescoço dela.

Rapidamente retirou a calcinha dela e, fazendo-a olhar em seus olhos com uma mão no rosto dela, penetrou-a. Ela gemeu e jogou a cabeça para trás. Logo ela retirou as mãos dele de seu rosto e beijou-lhe as palmas, colocando-as no granito ao lado de sua cintura. Sirius começou a se movimentar enquanto Marlene envolvia a sua cintura com as pernas, facilitando os movimentos.

Vários minutos depois ele chegou lá junto com ela, os espasmos pontuados por gemidos altos. Sirius deixou o peso de seu tronco sobre ela por apenas alguns segundos, e então levantou-se, levando-a até o sofá branco que tinha insistido em pôr na cozinha, para poder observá-la cozinhando.

Deitou-se lá com ela e deixou-a começar a mexer em seus cabelos, ficando com a cabeça na barriga dela, próximo aos seios. Beijou a barriga dela enquanto ela ria. Logo percebeu que tinha algo errado.

-Que cheiro de queimado é esse? – Perguntou, e ela rapidamente levantou-se, arregalando os olhos.

-Meu peru! – Ela foi correndo até o forno, colocando a luva e tirando um peru já preto, quase carvão. Ela colocou a fôrma sobre a pia, bufando. Sirius chegou por trás dela observando a ave torrada, acariciando os braços dela, tentando confortá-la.

-Era nosso jantar de aniversário – Ela bufou mais uma vez, tirando a luva térmica e jogando-a sobre o balcão da cozinha. Sirius suspirou e virou-a para si, dando um sorriso.

-E aí, quer comida tailandesa? – Ofereceu, mas ela ainda estava chateada. Marlene largou tudo e foi tomar um banho, vestindo um pijama qualquer e indo dormir. Sirius observou aquela cozinha, infestada pelo cheiro de queimado, e então teve uma idéia. Limpou tudo com um aceno da varinha e apagou as velas da mesa e foi dormir junto com Marlene.

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|Nesse momento, prezado leitor, vs tem que ir lá em cima e clicar no >> do player de música. Tem que escutar Uma música da Beyonce começando. Começou? ótimo. Enjoy a leitura!|

Marlene acordou com o sol no rosto e um aroma absolutamente formidável no ar. Abriu os olhos lentamente, meio confusa, e espreguiçou-se. Então levantou-se da cama e vestiu um roupão de toalha branco, colocando os chinelos brancos e dirigindo-se até a cozinha. No meio do caminho o cheiro delicioso ficou mais forte, e ela pôde ouvir uma voz desafinada cantando juntamente com a Beyonce, além do barulho de algo sento frito.

Adentrou o aposento silenciosamente, sorrindo ao ver a cena. Sirius estava somente com a calça do pijama azul listrado que ela lhe dera, e cantava distraidamente o refrão de “Me, Myself &I”. Marlene sentou-se no banco de madeira perto da bancada de granito da cozinha e viu que ele girava panquecas no ar, colocando-as em um montinho num prato ao lado dele.

Ele continuou cantando e ela riu quando ele pegou o prato das panquecas, se dirigindo á sala de jantar. No caminho ele beijou-a rapidamente, e Marlene não se conteve, deslizando uma mão até as nádegas dele e apertando-as. Ele imediatamente alargou o sorriso, os olhos brilhando diferente, mas não mudou seu curso. Marlene seguiu-o e ficou maravilhada.

-Sirius, isso é... Lindo – Ela disse ao ver a mesa de café da manhã, aonde tinha pãezinhos, geléias, manteiga, um bolo, biscoitos e agora panquecas, junto com as torradas e os waffles. Sirius foi á cozinha buscar o mel e a calda de chocolate, e quando estava fechando a geladeira deparou-se com Marlene olhando-o, os olhos molhados de lágrimas.

-Lene, o que houve? O que foi que eu fiz de errado agora, Merlin? – Ele largou tudo na bancada e foi abraçar a mulher, que soltou um soluço.

-Eu rejeitei você ontem a noite por uma coisa que nem foi culpa sua e você ainda faz tudo isso pra mim? Sirius, na real, eu te odeio – Ela disse e riu, e Sirius riu junto, acariciando os cabelos dela.

-Bom, se agente não pôde ter o jantar ontem, eu que não saí perdendo – Ela olhou-o interrogativa e ele sorriu maroto – Ué, eu fiquei com a sobremesa – Ela riu mais uma vez e secou as lágrimas, batendo de leve no braço dele. Os dois foram para a sala de jantar e se fartaram com o café da manhã, indo então de volta para a cama. Afinal, era domingo.

-Sabe, eu não acho mais que aquele fogão seja tão inútil – Sirius disse acariciando os cabelos de Marlene, que estava apoiada sobre seu peito. Ela suspirou.

-Por que? – Perguntou e ele sorriu.

-Bom... Na primeira vez que você o usa eu ganho uma das melhores noites de sexo da minha vida – Ele riu quando ela bateu no peito dele, voltando a deitar a cabeça ali – E na segunda vez eu faço você chorar, e não porque eu fiz alguma coisa de errado, mas sim porque fiz algo certo. Isso é absolutamente incomum. E fantástico – Ele disse e ela subiu em cima dele, sentando-se sobre o quadril dele. Marlene então desatou o roupão e despiu-o, relevando sua nudez.

-Que tal a sobremesa do café da manhã agora? Depois daquele café caprichado, acho que você merece, não é? – Ela perguntou marota e ele riu, invertendo as posições.

-Merlin abençoe o fogão.

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