Medidas Imediatas



Dumbledore transmitiu seus novos e alternativos planos a todos e a cada um dos amigos que se encontravam com ele em sua sala, clara, decidida e nitidamente. E não foi preciso argumentar muito. Mesmo que não tivessem entendido totalmente as pretensões do Velho biruta, aprenderam muito cedo que vale a pena confiar em sua mente nem sempre compreensível aos seus interlocutores. Apenas o obedeceram.



Todos já sabiam o que precisavam fazer e como deviam agir. Assim a operação teve seu início com os próprios garotos, que agora convocavam suas capas de invisibilidade.

Eles compreenderam o que deviam fazer antes mesmo que Dumbledore os dissesse qualquer coisa, o que o poupou, e também poupou tempo. Podiam agir sem muita demora. Invocaram também uma chave. Pequena, mas de vital importância naquele momento.



Petigrew acordara de seu desmaio e muito a contragosto, depois de ser convencido pelos outros que seria mais perigoso ficar ali, sozinho, na sala da diretoria, que poderia ser invadida a qualquer momento, até mesmo por aquele-que-não-se-deve-nomear, acabou por concordar em participar da operação, com a pequena tropa que daria cobertura aos seis amigos corajosos, tão diferentes dele próprio, desde que o próprio Alastor Moody ficasse o tempo todo do lado dele. Este, com ares de tédio, apenas concordou em aceitar essa condição, para que a operação não tardasse mais e ser posta em prática.



O que todos sabiam não era muito. Apenas que os seis jovens iriam até a sala precisa buscar uma arma secreta, que poderia dar a eles a vitória.



Isso bastou a todos.



Em poucos minutos todos estavam evacuando o escritório de Dumbledore. Ele à frente, os outros em grupos de mais ou menos três bruxos. Os Weasley à frente, as irmãs Hooch e Minerva na retaguarda, ao meio ia Moody e Petigrew à direita e Hagrid sozinho à esquerda, não apenas por ele valer por dois, mas principalmente porque Petigrew assim exigiu.



Os grupos iam caminhando pelo corredor, como se o espaço interior do grupo estivesse vazio. Na verdade haviam seis bruxos muito bem camuflados sob capas de invisibilidade caminhando ao centro, formando realmente um bloco concreto de pessoas caminhando ao longo dos corredores rumo ao seu destino.



Um grupo de comensais vinha na direção oposta, com certeza para fazerem aquilo que os membros da ordem tinham previsto: Tomarem a diretoria. Entre eles estava Lucio Malfoi. Ele havia se formado há pouco em Hogwarts e conseguira, graças a influencia do nome que carregava, um emprego no ministério, onde tinha a promessa de uma carreira meteórica. Ainda assim estava no meio daqueles homens, quase todos rudes e ignorantes, Parecia liderar.



_Ora, ora, professor Dumbledore. Pensei que havia fugido, como um garotinho, quando viu que a derrota era iminente.

_Ora Lucio, percebo que encontrou amigos com quem... andar...



E sem manter o diálogo, com um olhar cego de triunfo contagiando todo o seu rosto, Lucio simplesmente ergue a varinha: - Avad... – mas Moody é mais rápido. Mas os comensais eram em maior número mais uma vez e todos irromperam ataque ofensivo contra os bruxos diante deles, o que fazia quase impossível que os guerreiros seguissem até seu objetivo.

Mais uma avada kedavra é desferido contra Dumbledore, que se encontrava sozinho afastado do grupo, tentando furar o bloqueio, adiante no corredor. Todos os outros ocupados demais em bloquear outras tantas maldições que voavam em suas direções. Apenas um bruxo entre os aliados de Dumbledore viu o ataque contra o líder: um atarracado, baixinho e gorducho bruxo adolescente. Trêmulo de medo e covardia, viu que o comensal desferia a maldição contra Dumbledore, e que ele não teria tempo para se proteger sozinho. Sem pensar, vencendo todo o temor, talvez tenha sido o único momento de coragem honesta desse pequeno Pedro Petigrew, ergue acelerada marcha em direção ao diretor e invoca o mais surpreendente ‘Protego’ que ele jamais conseguira antes, salvando o velho diretor da morte. A todo esse movimento, apenas outros dois bruxos tiveram as atenções voltadas: Sirius Black e Lily Evans.



Ainda com a mesma agilidade, talvez aproveitando o momento de heróica coragem que, no íntimo, Pedro sabia que jamais se repetiria, ainda com a varinha suspensa no ar, ele desferiu o ‘Rictusempra’ em cinco comensais que foram pegos desprevenidos, e assim, todos os outros puderam reagir e contra-atacar seus oponentes, liberando o caminho pelos corredores, e seguir rumo a um determinado ponto do corredor do sétimo andar, diante de uma ridícula tela que ilustrava trasgos trajando roupas e frufrus de bailarinas.



Naquele momento o inesperado, o inusitado, i impressionante aconteceu. Petigrew salvou a missão. Isso talvez jamais se repetiria.



Alcançaram enfim o ponto exato do castelo que desejavam alcançar, e uma vez diante dele, Tiago, como sempre, tomando competentemente a liderança, perambula por três vezes diante da parede nua do corredor e, em pouco tempo, uma porta se materializa por magia diante dos estupefatos espectadores.



_Pronto, professor. Aqui dentro todos estaremos seguros. – sentencia prudentemente Tiago - Vocês também precisam procurar um lugar seguro para se protegerem até que...



_A minha sala. Os comensais não se importarão de invadi-la por hora. – anuncia Minerva.



_Está bem, marotos, faremos isso, mas não se demorem, por favor. – diz Dumbledore, pela primeira vez deixando transparecer um sutil ar de preocupação na entonação.

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