Dura Batalha e Muitas Baixas n
Muitos alunos, os mais novos, choravam assustados, brancos como ceras. Enquanto isso, a maioria dos alunos de sexto e sétimo anos simplesmente não permitiram que ninguém os tirasse do combate, até mesmo alguns alunos de Sonserina fizeram questão de permanecer e lutar, em defesa da escola que tanto amavam até a morte se necessário fosse.
Alguns alunos do quinto ano, apesar de terem sido obrigados a seguirem com os outros alunos aos dormitórios, não conseguiram se manter quietos e alheios, e de diversas formas burlaram, como puderam, as ordens dos monitores (que após cumprirem suas funções e levarem os alunos para o local seguro, voltaram e se incluíram entre aqueles que desejavam lutar pela defesa de Hogwarts), através dos mais engenhosos feitiços, alguns aprendidos clandestinamente na sessão reservada da biblioteca, outros que tiveram seu foco de contágio a partir das ações engenhosas dos Marotos, outros até mesmo criados pelos mais espertos, para espionar a batalha e vasculhar o território de Hogwarts. Foram eles que descobriram que os comensais da morte estavam invadindo Hogwarts por cima, como se tivessem conseguido abrir uma espécie de rachadura nos sistemas de defesa de Hogwarts pelo extremo topo. Foram também eles que viram, e se aterrorizaram com a cena, que o Lord das trevas estava flutuando, voando sem vassoura ou qualquer outro instrumento para tal, bem acima dos telhados do castelo, e um deles, enviou a Dumbledore um bilhete de fogo branco dando todas essas informações, o que lhe foi muito útil.
Do salão principal ecoavam estridentemente sons de explosões, gritos, outros ruídos incompreensíveis, todos os sons da batalha.
Lá, os guerreiros da Ordem da Fênix estavam se esforçando para tentar transferir os duelos para as áreas externas dos territórios de Hogwarts. Vários deles já haviam conseguido levar os comensais com os quais duelavam para fora. Até então não havia ainda feridos graves. Apenas alguns arranhões, Um chumaço de cabelos de Rolanda Hooch havia sido arrancado de sua cabeça, como um escalpelo, bem no coco, por um avada kedavra que errou o alvo por pouco.
A batalha ia se acirrando e à medida que conseguiam empurrar os comensais para fora do castelo, em direção aos pátios externos, percebiam que ali haviam outros tantos comensais a postos, dispostos a lutar também. Com a adesão de última hora dos alunos de sexto e sétimo ano, as tropas de Dumbledore haviam crescido consideravelmente, e à medida que o Diretor de Hogwarts via os alunos batalhando, ia tendo cada vez mais certeza da qualidade do ensino na escola que dirigia. Todos mostravam preparo excepcional em feitiços, defesa, duelo, vôo, transfiguração (o que deixou McGonaghal muito orgulhosa), e não deixavam a desejar. Mas orgulhosos mesmo ficaram Dumbledore, McGonaghal, Hagrid, Moody e Corblocket ficaram de ver os resultados do treinamento que ofereceram aos novos recrutados. Tiago, Sirius, Frank e Remo lutavam em equipe contra nove comensais e estavam levando a melhor. Do outro lado, Lily, Alice e Pedro haviam conjurado em torno de si uma pequena barricada e de lá desferia feitiços poderosos que ia derrubando ou no mínimo desarmando inúmeros comensais. Todos já duelavam nos pátios. Dumbledore já sabia por onde os comensais estavam invadindo, e quando pensou que tudo corria bem e que poderia se dedicar a reparar os sistemas de proteção de Hogwarts, de repente uma nova tropa de comensais, empunhando varinhas, voando em vassouras, desce dos céus, como em uma chuva negra desferindo um inumerável de maldições e atingindo vários guerreiros da Ordem ao mesmo tempo. Aquele desfalque fora decisivo. Dumbledore percebeu, estariam derrotados se os áurores do ministério não chegasse nos próximos segundos. Mas isso aconteceu, e junto deles uma delegação de St Mungus também fora deslocada até ali, para darem, suporte ao trabalho admirável da jovem Mme Pomfrey, que vinha atuando brilhantemente na ala hospitalar da escola. Os que apresentavam feridas leves receberam cuidados imediatos e alguns inclusive se viram aptos a retomarem a luta, mas outros foram levitados até as enfermarias de Hogwarts, onde receberiam cuidados imediatos.
Os comensais eram muitos. Como Voldemort pudera recrutar tantos bruxos em tão pouco tempo?
Dumbledore duelava com quatorze bruxos brutais e agressivos, mas se mantinha firme, atento a toda a batalha, atento a todo o derredor, tão atento que pode encontrar a resposta a essa pergunta: Impérius. Pode perceber isso porque notou que vários dos comensais que já haviam perdido suas máscaras, traziam os olhos a fitarem o ausente, distantes e fixos, sem piscar, sintoma clássico que apresenta todo aquele que está sob o efeito da condenável maldição.
_Professor, eles são muitos, nos pegou de surpresa, não tivemos tempo de nos posicionarmos corretamente – dizia desesperado Julivan a Dumbledore - receio por nossos amigos, não sei se suportaremos. Os áurores também são muito poucos perto da quantidade de comensais... – e nesse instante é atingido por uma ofuscante luz verde que paralisa todo o seu corpo, todos os músculos, todas as células, paralisa a corrente sanguínea, e assim o leva a uma dramática morte, uma perda irreparável, a primeira morte dessa cruel batalha.
Uma sala de aula do primeiro andar, a certa altura da grande batalha, precisou ser transformada em mais uma ala da enfermaria, porque os membros da Ordem iam sendo abatidos, feridos, alguns poucos haviam sofrido a irreversível maldição da morte. E a tropa de Dumbledore já se resumia a alguns poucos, muito poucos, já desgastados e feridos.
Dumbledore, agora sem seu estrategista, tem de tomar uma decisão e ordena que todos recuem, e sigam para sua sala. Todos já muito feridos e desgastados para permanecer batalhando contra aquela multidão de comensais, que estavam em muito maior número do que Dumbledore jamais imaginara.
Em sua sala, quando o diretor entrou, assustou-se com o numero extremamente reduzido de bruxos e bruxas que haviam conseguido chegar até ali. Olhou pela sua janela e constatou que nenhum havia permanecido no combate, todos os feridos recolhidos às enfermarias, e os poucos que, apesar de esgotados, permaneciam de pé, realmente o haviam seguido até ali. Sem permitir que o desespero tomasse sua mente, Dumbledore demonstrou toda a sua fibra e se reafirmou como o líder daquele movimento de resistência ao Lord Negro. Decisões precisavam ser tomadas imediatamente. Correu vistas por cada um dos bruxos que se encontravam diante de si, e constatou que, além de Moody, McGonaghal, Hagrid, a família Weasley e as irmãs Hooch, somente mais sete membros da Ordem haviam conseguido resistir até agora, e foi com alívio que percebeu que estes eram exatamente aqueles que ele escolhera por último para convidar a ingressar na Ordem da Fênix. Pedro Petigrew, Alice Charlesmoon, Frank Longbotton, Remo Lupin, Sirius Black, Lilian Evans e Tiago Potter.
_Amigos, fomos tomados de surpresa e agora só nos resta uma esperança para conseguirmos aplacar as ações de Lord Voldemort, e para isso vamos precisar muito de todos vocês. Principalmente... – diz em tom grave, olhando em direção aos esgotados, porém intactos alunos do sétimo ano, que ele pessoalmente convocara há alguns meses, e que, coincidentemente atendiam pelo nome de Marotos – de vocês. Que posso contar com vocês garotos, e todos nós outros, os daremos cobertura.
_Mas Professor? Que sandice é essa? – argumenta com tons de insanidade uma desesperada professora McGonaghal – Pretende expor essas crianças a mais perigos?
_Pode contar conosco, Professor. – Responde incisivamente o Destemido líder dos Marotos. Os outros cinco concordam com um leve aceno de cabeça. Petigrew desmaia.
_Ah! Sim! Se ele acordar, pode estar junto com os que darão cobertura.
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