A formatura.
Enfim chegaram as semanas dos testes. Semanas porque seriam duas: a primeira para os NOMs.
Depois que presenciaram a professora Trelawney realizando aquela profecia séria em Hogsmead, que eles compreenderam quase imediatamente, e avaliaram muito do que ela dizia enquanto andava pelos corredores com cartas de tarôt na mão, o grupo percebeu que ela não era exatamente um embuste, que apenas não era levada a sério e comprometia muito a eficiência do seu trabalho por causa da muita, mas muita mesmo, insegurança que tinha. E por isso houve mais interesse na matéria, e agora, mesmo não sendo com todo o talento que agora eles vinham que a professora tinha, conseguiam perceber bastante as coisas da disciplina. Conheciam melhor os sinais e até liam satisfatóriamente as cartas do tarôt. Estavam preparados para seus NOMs. Até Hermione que continuou não querendo este NOM acabou curiosa e voltando a freqüentar algumas aulas as professora, o que a deixou muito feliz.
Mais difíceis seriam os NIEMs, mas nenhum deles podia negar que tiveram generosa ajuda em seus estudos. Enfim estavam preparados e, no que dependesse da escola, tinham muitas chances de construir boas carreiras e um bom futuro.
As semanas passaram, as provas desgastaram tanto os alunos que era raro ver algum deles sem fundas olheiras. Mas fizeram as provas e foram para suas casas para curtir as férias. Voltariam ainda uma última vez em Hogwarts, no fim de Julho, para receber seus diplomas e aproveitarem das cerimônias e festas de formatura que a escola promovia todos os anos.
Os sete tinham certeza de que passaram, mas todos decidiram adiar por pelo menos seis meses o início das lutas por suas carreiras, afinal, tinham um compromisso inadiável em Godric’s Hollow, que não esqueciam, nenhum deles, por nenhum segundo.
O decorrer das férias foi muito divertido. Os sete curtiram as duas primeiras semanas com as famílias. Menos Harry, que não tinha nenhuma, e foi passar a primeira semana pela primeira vez em casa dos pais de Hermione. Pra ele não havia mistério porque estava acostumado a conviver com trouxas. Mas o Sr. e Sra. Granger não eram o tipo de trouxas que eram seus tios. O respeitavam. E quando o flagravam realizando atividades complicadas sem magia, que ficariam simplíssimas apenas com um toque de varinha, o advertiam divertidamente:
_Ora, Harry, você é um bruxo ou não é? Mione teria terminado isso há horas, porque ela não se intimida de usar o dom dela em nossa frente.
_Sra. Granger, me perdoem. Acostumei-me a esconder minha magia diante de Trou... pessoas não bruxas por causa de meus tios que não tinham nem de longe a... simpatia por nossos dons...
_Harry, temos uma bruxa na família e temos um amigo Bruxo também, que é você. Tem total liberdade de ser quem você é em nossa casa.
_Obrigado Sra. Granger.
E assim transcorreu uma semana, que pareceu um ano para Harry, tamanha foi a agradável convivência, e quão rápido foi o desenvolvimento do carinho, cumplicidade e confiança com os pais de sua melhor amiga.
Na segunda semana Harry e Hermione praticamente não pararam em casa. Fizeram visitas inúmeras a amigos de Hogwarts. Foram à casa de Neville, e adoraram as horas ouvindo histórias fantásticas que a Sra. Longbotton contou com tanta euforia. Boa parte delas sobre como o neto era corajoso, maravilhoso, como matara aquela cobra infernal e ajudara Harry, como era um amigo fiel e etc. Foram à casa dos Lovegood, onde Xenus pediu mais de quinhentos perdões a Harry e seus amigos por ter fraquejado e chamado os comensais na ocasião de sua primeira visita.
Na próxima semana Harry e Mione partiriam para a Toca e curtiriam a terceira semana das férias com a família Weasley, quando Harry aproveitaria para pedir oficialmente a mão de Gina em namoro para o Sr. e a Sra. Weasley. Depois, todos já haviam combinado, se encontrariam na toca e partiriam para a esperada viagem a Godric’s Hollow.
Harry sabia que iria sentir muitas coisas ao pisar naqueles destroços. Sabia que iria sentir uma imensa dor, parecida com saudade, pela perda dos seus pais. Sentiria ainda muita revolta por tê-los perdido antes mesmo que sua memória fosse capaz de registrá-los. Mas sabia que sentiria também duas emoções totalmente novas: alívio por saber que tudo acabou e que suas mortes foram justificadas por ele e seus amigos, exatamente os que pisariam aquela casa com ele, e orgulho, por não tê-los decepcionado.
E quando voltassem da viagem, sabiam que encontrariam na toca as correspondências com os resultados dos testes. Todos solicitaram, mediante os planos que fizeram e repassaram quinhentas vezes, que a escola encaminhasse os resultados para a toca.
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