Escolhas



O mundo parecia ter girado muitas voltas e retornado ao mesmo lugar. A igreja estava num silêncio fúnebre, embora as cabeças haviam se voltado para o final do corredor, onde Malfoy estava em pé, olhando firmemente para Hermione.


Ela, entretanto, parecia pronta para desabar a qualquer instante. Parte de sua alma queria correr para ele, jogar-se em seus braços, beijá-lo e dizer que o amava e outra parte, a que julgava mais sensata, queria ir até ele, dar-lhe uma bofetada e dizer para esquecê-la.


O que fazer então? O que era certo? Seria certo ignorar sua missão ali: o de rearranjar as boas relações dentre sangues ruins e os nascidos-bruxos? Seria seu amor tão egoísta a esse ponto?


- Hermione? – falou Harry, ao seu lado. Ele esperava que ela fizesse algo e, contudo, ela não conseguia fazer nada.


- Eu amo Draco! – respondeu ela, simplesmente, murmurando baixinho o suficiente para que somente Harry escutasse. – Eu o amo como nunca amei ninguém.... Eu achava que sabia o que o amor era... mas eu não sabia...Harry... você consegue entender isso? Consegue entender que meu coração é dele?


- É mesmo? – falou Harry num estranho tom. – Então esteja pronta para sofrer as consequências... AURORES!!!


 


Tudo aconteceu rápido. Os quarenta aurores de prontidão cercaram Malfoy. 


- Harry... Harry não! – falou Hermione, suplicando a Harry, esperando pelo pior.


Malfoy nem tentou resistir. Deixou cair a varinha e ficou ali parado, olhando para Hermione, como se só aquilo bastasse.


- EXECUTEM-NO!


- NÃO!!!


Hermione, desesperada, sacou a varinha de algum lugar do seu vestido e conjurou um campo de proteção a Draco bem no momento em que seria amaldiçoado. Em compensação, com a quantidade de ataques que recebeu, o campo explodiu e jogou os atacantes a alguns metros distancia. Uma fumaça esverdeada tomou o lugar. Alguns convidados do casamento se afastaram assustados. Hermione mantinha o olhar fixo para onde Malfoy estaria. Quando a fumaça abaixou, Ela viu que Malfoy estava se levantando, meio cambaleante, mas vivo e bem!


Hermione não teve dúvidas e correu, atravessou o corredor da igreja segurando a aba de seu vestido e se encontrou com Malfoy que a abraçou ternamente.


- Por que você veio? – perguntou Hermione, entre lágrimas. – Você deveria ter sumido... ter fugido e nunca mais voltado.


- Eu não poderia, Hermione – disse Malfoy, segurando seu queixo e fazendo-a olhar para ele. – Eu não poderia ficar longe de você. Acredite em mim, Granger...  é amor que sinto por você.


 


Os dois se abraçaram mais ainda, afundando-se mutuamente nos braços um do outro. Enquanto isso, os aurores levantaram-se e olhavam para Harry para saber o que fazer.


Harry estava perplexo olhando para a cena. Nunca em sua vida, poderia imaginar que um dia veria Hermione nos braços de outro homem que não fosse Rony. Parecia que, agora que queria trazer Hermione para perto dele, para mais longe ela se afastava. Hermione sempre foi uma mulher justa, uma garota sensata. Ela agia com o coração, mas não irresponsavelmente. Será que ela sabia o que aquilo significava? Sera que ela sabia o que teria que enfrentar para ficar com Malfoy? O inimigo declarado de todos.  


- Saia de perto de Malfoy, Hermione! Você sabe que não há mais nada a fazer. Sabe que acabou...


Hermione olhou para Malfoy e se virou para Harry, sem sair da frente de Draco.


- Acabou sim, Harry. Então faça o que tiver de fazer, pois eu não vou sair daqui. Este é o meu lugar. Junto ao homem que eu amo. E se o amor não for a coisa certa a se fazer, então, nada mais é certo.


 


- E o que ele fez, Mione? Você acha que basta um pedido de desculpas pelo que ele fez?


- Todo mundo erra! Você também, Harry. Todos nós! – disse Hermione, olhando em volta, vendo todos aqueles olhares voltados para ela. – Todos nós! Mas ao invés de reconhecer o quanto somos fracos e frágeis, preferimos levantar nossos dedos para o outro e dizer o que ele fez de errado... AHHH!


Hermione tonteou. Alguma coisa a atingira. Ela tentou manter lucidez o máximo que podia e olhou para trás. Malfoy olhava seriamente para ela. Enquanto ela o defendia, ele havia apanhado a varinha e a azarara com alguma maldição. Só não entendia porque. Quando ele a abraçou, parecia ser verdadeiro. Seria mais um plano? Teria sido ela, mais uma vez, vítima de seu próprio coração.


Hermione só ficou com a dúvida, pois em segundos, suas pernas tremeram e seus olhos se fecharam.


Draco segurou Hermione nos braços antes que ela atingisse o chão. E depois, sorrindo, olhou em volta.


- DRACONIATUS ERLENOIUS OKHISHIU.... ZANZAR... – falou ele, e no mesmo instante, todos começaram a sentir uma estranha sensação na boca de estomago.


- Eu não poderia ir embora sem conseguir TUDO o que eu queria, Potter! – falou Malfoy, olhando para Harry com um olhar profundo. Falava alto e num tom bom o suficiente para que todos escutassem – A Peste de Dracon sofrerá uma mutação e em poucas horas, nenhuma poção será capaz de aplacar os sintomas. Em vinte e quatro horas haverá um plebiscito no mundo mágico. Se eu não for nomeado REI DE TODOS OS BRUXOS, todos irão perecer...


E, no meio de uma fumaça esverdeada, Harry viu Malfoy e Hermione desaparecerem.


 


 

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Comentários (1)

  • Byanca

    Você voltou a postar õ/ *--* sério fiquei muito feliz que tinha post novo nessa fic , e como assim ? o que o Draco tá fazendo? ai meu deus , como voce tem coragem de parar nessa parte? 

    2012-09-23
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