Fases

Draco acordou exausto, olhou ao redor do seu quarto e respirou aliviado ao perceber que Pansy não dormira com ele ali. Afinal, Pansy era uma qualquer, não merecia tal intimidade. A luz que vinha da janela de fora delatava o começo de um dia ensolarado, mas isto não o animou, pois logo ele teria que ir pra sua aula de poções. POÇÕES? Como assim ‘Poções’? Não... Draco não teve dúvida que este não seria um dos seus melhores dias, porque a última pessoa na face da terra que ele queria ver, estaria lá: Hermione Jane Granger.

O loiro repreendia-se constantemente por estar pensando tanto na maldita sangue-ruim, mas pensar em Hermione estava se tornando algo tão vital e comum quanto respirar. Draco estava ciente de que no início daquele acordo entre inimigos ele manipulara, mas agora era como se tudo estivesse fora de controle. Ele realmente precisava esquecer a sangue-sujo antes de assumir que sentia alguma coisa por ela. Faziam dois dias que não a vira, nem mesmo em reuniões de monitores, rondas e só hoje é que ele iria vê-la durante a aula de poções. Sentia falta do sorriso da castanha, das suas ironias e principalmente do seu beijo.



Millionaire say Got a big shot deal
(O milionário diz que conseguiu um grande negócio)
And thrown it all away but
(E jogou tudo pro alto mas)
But I'm not too sure
(Mas eu não tenho muita certeza)
How I'm supposed to feel
(De como devo me sentir)
Or what I'm supposed to say
(Ou o que devo dizer)
But I'm not, not sure,
(Mas eu não tenho, não tenho certeza)
Not too sure how it feels
(Não tenho muita certeza qual a sensação)
To handle every day
(De manipular todo dia)
And I miss you love
(E eu sinto sua falta, amor)



Arrumou-se despreocupado e saiu dali em direção ao salão comunal da sonserina.

- Caiu da cama foi Draco? – Disse Léo, sentando-se ao lado do loiro na mesa do salão comunal.

- Foi. – Respondeu seco.

- Que horas vai ser? – Perguntou Léo indiferente.

- Que horas vai ser o quê?! – Quis saber o loiro franzindo o cenho.

- O treino de quadribol pro jogo contra a grifinória. – Retrucou Léo parecendo surpreso. – Daqui a duas semanas, esqueceu?

Draco esboçou um sorriso sarcástico e maligno. “É, finalmente a minha vingança contra o Potter.” pensou, imaginando como massacraria a grifinória e descontaria todos os seus problemas absurdos, tipo estar sentindo falta de uma certa sangue-ruim, no jogo contra grifinória, cujo capitão é por coincidência seu grande rival. Harry Potter.

- Transou com quantas ontem? – Perguntara o amigo, despreocupado, tomando um longo gole do seu suco de abóbora.

- Só a Pansy. – Respondera Draco, quase ríspido. O amigo franziu o cenho em descrença. – Por quê o espanto? – Quis saber o loiro irônico.

- Nada não. – Disse o moreno, rindo(?). – Já sabe o que isso significa né cara? – Falou o moreno com escárnio.

Draco ergueu uma sobrancelha, com desprezo.

- Não entendi. – Dissera com uma expressão indecifrável.

- Granger. – Falara simplesmente. – Esse nome te diz alguma coisa?

- A sangue-ruim? – Perguntou inexpressivo, sem demonstrar nada além de desdém. – Ainda não entendi.

- Presta atenção no que eu vou te dizer: você ta APAIXONADO por ela. – Retrucou Léo divertido.

A palavra APAIXONADO fez o estômago do loiro revirar, dando voltas. E suas mãos suarem só de pensar em tal possibilidade (absurda) até então. O garoto esboçou um sorriso sarcástico.

- ...E você pretende se casar com a Weasley fêmea. – ironizou, com aparente nojo.

- Até que ela não é de se jogar fora...

- Argh.- Murmurou Draco, enojado.

- Antes uma traidora do sangue à uma sangue-sujo nojentinha e patética como a Granger. – Respondera Léo arrogante. – Apesar de que... Essa sangue-ruim ta bastante GOSTOSA... Já viu as pernas dela? Cara, QUE PERNAS! É Draco, agora que você já deu o fora nela, talvez eu possa... Provar.- Pausou com o sorriso mais safado possível. – Boa eu sei que ela é... – Dissera, com um sorriso sádico. – E um sexo de vez em quando não contamina ninguém.

A mandíbula de Malfoy estalou, enquanto o mesmo fechava os punhos duramente, fitando o “amigo” com raiva incontida. Era realmente essa a intenção de Léo, pois ele queria que o amigo percebesse o quanto estava gostando da castanha. O que houve em seguida foi o punho fechado de Draco socar com toda a força o rosto do amigo.



But I'm not, not sure,
(Mas eu não tenho, não tenho certeza)
Not too sure how it feels
(Não tenho muita certeza qual a sensação)
To handle every day
(De manipular todo dia)
Like the one that just past
(Como aquele que acabou de passar)
In the crowds of all the people
(Nas multidões com tanta gente)
Remember today
(Lembre-se de hoje)
I've no respect for you
(Eu não tenho respeito por você)
And I miss you love
(E eu sinto sua falta, amor...)
And I miss you love
(E eu sinto sua falta, amor...)



— SE EU VER VOCÊ À MENOS DE 10 METROS DELA, EU TE MATO! E NÃO VAI SER SÓ A SUA CARA QUE EU VOU QUEBRAR... – Pausou respirando com dificuldade pois estava tomado pelo ódio. – Não quero que você fale com ela, olhe pra ela, ou pense nela. – Mandou severamente. – Até por que ELA É MINHA NAMORADA. – falara, surpreendendo a si mesmo com a firmeza de sua afirmação.
- Pensei que tivesse me dito que tinham terminado e que ela tinha sido só mais uma.. – Argumentou o amigo limpando o sangue que estava em seu rosto, com deboche.

Draco vacilou diante do argumento do amigo.

- Tá tudo bem cara, NUNCA NEM PASSOU PELA MINHA CABEÇA, FICAR COM A SRTª. Malfoy... – Comentara rindo da reação do amigo. – Eu só queria que você visse que... Bom, ela significa alguma coisa. – Pausou enquanto Draco permanecia calado. –ADMITE QUE VOCÊ GOSTA DELA, NÃO É TÃO DIFÍCIL QUANTO PARECE! – Encorajou Léo. – Gosta dela né?

- Foda-se.

- ÓTIMO, estamos progredindo! Aceitação é o primeiro estágio! – Falara Léo.

- Por que você não pega o seu falso diploma de terapeuta e se interna no St. Mungos? – Dissera Draco, um tanto possesso. – Ia um estúpido a menos pra sonserina.

- Mas vai negar que não sente nada por ela!

- EU NÃO SINTO NADA POR ESSA SANGUE-RUIM RIDÍCULA!


~~~


Todos os alunos de grifinória e sonserina seguiam a caminho das masmorras; Hermioine no entanto sentia os nervos à flor da pele, pois sabia que durante tal aula ela veria o maldito loiro aguado e ele voltaria a ser o mesmo Malfoy arrogante de sempre. O que a castanha sentia medo, era de no fundo, descobrir que ele nunca mudara ao seu lado e mesmo assim a fizera gostar de todo esse tempo em que passara no falso namoro.



Make room for the prey 'Cause I'm coming in
(Abra as portas que a vítima está entrando)
With what I wanna say but
(Com o que eu quero dizer mas)
It's gonna hurt
(Isso vai doer...)
And I love the pain
(E eu adoro a dor)
A breeding ground for hate but...
(Um campo fértil para o ódio...)




A sala sombria de Snape aproximava-se cada vez mais, e faltavam apenas poucos passos para chegar ali; o coração da castanha poderia saltar pela boca a qualquer momento. Pela primeira vez estava indo sozinha até a uma aula de poções. Nem Harry e nem Rony estavam consigo. A castanha não conseguia entender por que, mas era como se algo invisível tivesse os afastado em tão pouco tempo. E como desta mesma forma, algo parecia atraí-la para tudo ligado à Malfoy.

Tinha medo de que as coisas voltassem a ser como antes. Afinal, o que sentira por Harry mudara. As esmeraldas brilhantes não faziam mais seu mundo parar. Era estranho sentir algo assim. Como se tudo tivesse sido apagado da sua vida. Se tudo era diferente, não havia por que esperar que fosse como antes... Mas também sentia medo, pois não sabia o que esperar agora. Lembrou-se do tempo em que achava que era apaixonada por Rony Weasley, vê-lo de outra forma parecia quase tão certo quanto respirar. E não demorou muito pra a garota perceber que no fundo o queria apenas como amigo.

Hermione gostava de ver seus sentimentos como lembranças, gostaria algumas vezes, de poder sentir o gosto de cada emoção com a mesma intensidade com a qual vivera anteriormente. Só pra ter certeza de que estava fazendo o que seu coração mandava. Lembrou com um sorriso divertido do dia em que percebera que amava Harry. Era o falso velório de Dumbledore (N/A: Por que eu fiz o cara ressussitar, sacas.. *_*) e Scrimgeour acabara de tentar extrair informações com o moreno, mas o garoto o dispensara. A castanha recordou da sua voz amarga falando “Não consigo suportar a idéia de que talvez nunca voltemos... Como é que Hogwarts pode fechar?” dissera preocupada em um tom baixo. “Talvez não feche.” Retrucara Rony em seu jeito desajeitado natural. “Não corremos maior perigo aqui do que em casa, não é? Está igual em toda a parte. Eu diria até que Hogwarts está mais segura, há mais bruxos pra defender o lugar. Que é que você acha, Harry?” Houve um silêncio rápido até os amigos ouvirem a resposta do moreno: “Não vou voltar nem que reabra.” A garota tentou lembrar da sensação de tristeza que lhe atravessara ao pensar em deixa o amigo. Foi algo sufocante. E como num estalo ela percebeu que o amava.

Bom, mas agora seu sentimento se dissolvera numa rapidez extrema, e tudo o que conseguia era ter certeza de que “se estava apaixonada por alguém”, esse alguém era...

- Malfoy?! – Murmurou chocada com a conclusão que acabara de chegar, ao mesmo tempo em que vira o tal loiro irromper o corredor estreito que havia ali. Sozinho.

- Cadê o testa rachada? – Perguntou indiferente. - Achei que ele fosse grudar em você, Granger. – Retrucou irônico.

A castanha revirou os olhos.

- Vai se ferrar loiro aguado. – Disse ela, displicente. Dando de ombros ao garoto.

“P.Q.P! Não acredito que ainda agora eu cheguei mesmo a achar que eu estivesse sentindo alguma coisa pelo estúpido do Malfoy!” pensou com um pouco de ressentimento pela forma fria que o loiro havia a tratado ainda a pouco.

- Quê Granger? – Perguntou o garoto com o cenho franzido, alcançando-a com facilidade, e segurando seu braço para impedi-la de seguir.

- Andou bebendo Malfoy? Eu não falei nada. – E só aí a garota se deu conta de que Draco era um legilimen e que lera seu pensamento.

- Ah não? – Começou ele sarcástico. – Que parte do “Agora eu cheguei mesmo a achar que tivesse sentido alguma coisa pelo Malfoy” não foi seu pensamento? – Falara aproximando-se com deboche, sua respiração arrepiando a garota de tão perto que ele estava; e um olhar superior.

- NEM UM MILHÃO DE ANOS EU PENSARIA ALGUMA COISA SOBRE VOCÊ, ALIÁS, EU TENHO COISAS MAIS IMPORTANTES PRA PENSAR NÉ MALFOY? – Mentiu Hermione desviando o olhar, pois o loiro a fitava fixamente, encurralando-a na merda da parede.

“MIONEEE!” Chamara um certo ruivo com um sorriso ao ver a amiga.

- Atrapalhei alguma coisa Mi? – Perguntou fitando-os com curiosidade.

- É lógico que...

- O que você acha, pobretão? – O loiro interrompeu. - Vaza daqui Weasley. – Falara Draco ameaçador. – Eu tenho um assunto importante pra falar com a Hermione. E VOCÊ... – Dissera indicando com desprezo a figura calada de Rony. - ...TÁ ATRAPALHANDO. – Concluiu.

Rony fechou a cara um tanto mau-humorado, deixando-os à sós.

Draco fitou Hermione de forma inexpressiva e foi unindo seus rostos calmamente. Suas bocas se tocaram com vontade, como ambos desejavam fazer.

“AGORA QUE ELE VAI SE ACHAR IRRESTÍVEL...” pensou ela com ironia, retribuindo ainda mais ao beijo.

O loiro pousou seus lábios sobre o pescoço da castanha,e respirou fundo arrepiando-a profundamente, passando a beijar seu pescoço de forma fervorosa.

- Eu não acho Granger, EU SOU IRRESISTÍVEL. – Falara com a voz rouca no ouvido de Hermione. - E pra sua informação: VOCÊ TAMBÉM É. – Draco falou passando as suas mãos dentro do uniforme da garota.

(N/A: ÊÊêê! Essa é uma fanfic de família, PORR*!).

- Que cena mais... ROMÂNTICA. – Ironizara Pansy, e ela não era a única que os observava.



(Eu amo o modo como você ama)
But I hate the way
(Mas eu odeio o jeito)
I'm supposed to love you back
(que eu deveria te amar de volta)




___

coments?

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.