FOI POR ELE QUE VOCÊ...

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Draco e Hermione desvencilharam-se um do outro como se o beijo a pouco, estivesse repleto de desprezo e ódio. Quase todo o sétimo ano os encarava, entre expressões divertidas, desconfiadas, e espantadas. Hermione ruborizou drasticamente ao ponderar tal situação, e sentiu-se mau no momento em que reconheceu um par de esmeraldas fitando-lhe inexpressivo. Ela tentou lançar-lhe um olhar reconfortante, mas o moreno deu de ombros, afastando-se dali. Pansy manteve um sorriso malicioso, no momento em que Hermione saiu de onde estivera ao lado do loiro, para ir atrás de seu amigo.

- HARRY! – Chamou-o com a voz carregada de culpa.

- FOI POR ISSO?! – Perguntara ele, com uma chama de ódio estampada em sua testa. – FOI POR ELE QUE VOCÊ...

- Não. – Respondeu, sem conseguir conter nenhum pingo de sua indecisão. - Eu...

- Voltou com o seu namoradinho? – Perguntou o moreno, com um sarcasmo que a fez lembrar um pouco de Draco.

- Não, Harry... Nós só...

- Só O QUÊ? – Falou, encarando-a profundamente.

- Eu não sei... – Murmurou retoricamente. Sem encará-lo.

O silêncio permaneceu por muito tempo, e isso já começava a incomodá-la.

- Temos aula de poções Harry. Você não vem? – Perguntou cautelosamente.

- Não. – Respondeu ele, simplesmente. – Pode ir.

A garota seguiu seu caminho de cabeça baixa, decepcionada consigo mesma, por ter feito isso a Harry. Retornou ao corredor, até que ouviu algumas vozes sussurrantes discutindo sobre algo. Draco e Pansy.

- ELA É UMA SANGUE-RUIM, DRACO!- Dissera Pansy. – Já parou pra pensar nisso?

- Cala a boca, Pansy. Quantas vezes vou ter que repetir que não gosto dela? – As palavras do loiro cortaram Hermione em cheio.

Ela paralisou. Abriu a boca várias vezes, para dizer que estava ouvindo tal conversa, que o odiava a cima de tudo, mas o choque da verdade fez seu coração doer. De tristeza. De raiva. De... Dor. As lágrimas começaram se formar em seus olhos de uma forma involuntária, ela as secava,agressiva, esperando pra ver como terminaria tal conversa.

Draco aproximou-se de Pansy, e enlaçou suas mãos nas da morena.

- Tudo bem. Eu admito... Eu não gosto nem nunca gostei dela: eu a amo. – Retrucou a contra gosto, vendo o olhar de Pansy murchar. Soltou as mãos da garota com calma. – Não importa o que você diga ou faça, EU AINDA VOU AMAR A GRANGER.

- Quê? – Retrucou Pansy, enojada.

- É uma coisa que você nunca poderia entender... É tão além de mim pensar nela, desejar ela, que me assusta. – falou encerrando um sorriso irônico. – Pode dar os seus showzinhos... Pra mim não faz diferença.

- ELA QUER O POTTER, NÃO SE PERCEBEU DRAQUINHO. – Comentou Pansy recompondo sua máscara fria.

- E EU A QUERO. – Disse sem se deixar levar.










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