Que porr* é essa?
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Essa era mais uma das festinhas particulares de sonserinos. Estavam lá Draco, Zabbini, Pansy, Léo, Lucas Scoot, Anne, Goyle, Crabble, Samantha, entre muitas outras garotas que sonhavam em seduzir um dos garotos mais desejados de toda Hogwarts. Mas pela primeira vez, Draco Malfoy não parecia se divertir ali. Ele olhou ao redor: Zabbini e Scoot estavam presos em amassos com quintanistas oferecidas que ele nunca havia visto antes, Pansy e todas as outras garotas lhe dirigiam olhares sugestivos que ele fazia questão de ignorar. A sala era luxuosa, com toda a típica ostentação sonserina, e Draco era a única pessoa ali que parecia satisfeito apenas com FIREWHISKEY.
- Algum problema, Draco?- Perguntou Léo desconfiado.
- Não. - Respondeu ele, seco, enquanto virava todo o conteúdo do seu copo em um só gole.
O firewhiskey ardeu em sua garganta, fazendo seu corpo esquentar, embora o loiro soubesse que aquela bebida era fraca demais pra lhe deixar realmente bêbado, colocou mais no copo.
“Aiiiiiiiiiiiii, Por que será que o Draquinho tá tão estranho comigo hoje? Será que ele não me ama mais?”. O pensamento de Pansy fez o garoto esboçar um semisorriso debochado. O loiro não entendia porquê não estava como todos os seus amigos..FÚTEIS. Será que sua vida era só isso mesmo? Dinheiro, mulheres, bebida, festas e nenhum limite? Assim que terminasse o seu sétimo ano em Hogwarts ele poderia viver apenas pra gastar sua fortuna interminável, fazer o que quisesse, curtir, transar com quem quisesse, Mas porque nada disso parecia o bastante AGORA? Justo AGORA em que ele iria se livrar da merda da escola, e se formar! Não que o garoto estivesse com vontade de trabalhar em algo ou casar e ter filhos Ate parece..
Flash Back ON:
- Quer o cargo de ministra da magia também, sangue-ruim?
- Não, eu gosto de ser uma estudante brilhante em Hogwarts.
- Uma sangue-sujo nunca é nada além de inferior.
- Aceita as condições ou não?Ou será que o Malfoy arrogante é incapaz de fazer alguma coisa que não envolva um interesse?
Flash Back OFF.
Draco deixou-se sorrir internamente com a lembrança da conversa que tivera uma semana antes com a sangue-ruim que tanto desprezava. O garoto se perguntava o que estava acontecendo, já que não havia um segundo em que não pensasse NELA. Hermione Jane Granger.
Merda!
Talvez o maldito Potter já estivesse a notado, e ela como o ama, terminaria com ele. Em que parte disso um Malfoy se encaixa?
Nenhuma. Essa é a reposta
- Draquinho..- Murmurou Pansy aproximando-se do loiro e tirando-o de seus próprios pensamentos.
Ela usava uma saia jeans de marca e uma blusa que se assemelhava mais a um top, deixando sua barriga sarada exposta e um decote generoso.
- Que foi, Pansy?- Disse ele ainda irritado.
- Por que você tá..assim..hoje?- Quis saber a garota escolhendo as palavras com cautela.
- ‘Assim’, Como?- Perguntou Draco antes de tomar mais um pouco da bebida.
- Estranho. Pensativo. Eu nunca te vi assim, pelos cantos, com cara de enterro nas festas..- Sussurrou ela aguardando a explosão do garoto.- Você não me ama mais?
- Eu nunca te amei.- Respondeu ele aproximando-se mais.
- A sangue-ruim te mudou.
O garoto segurou-a pela mão em silêncio, levando-a para um lugar mais calmo. Quando estavam longe de todos, ele a beijou com MUITA agressividade, escorregando suas mãos para dentro da saia da morena, os dois ficaram se tocando por muito tempo sem dizer uma única palavra.
- Ainda acha que eu não sou o mesmo?- Perguntou o loiro ofegante, a morena não lhe respondeu nada, apenas o beijou ousadamente deixando que ele tirasse agilmente seu top.
***
Tec-Tec-Tec (Barulho de pedrinhas batendo levemente no vidro da janela).
“Que porra é essa?” perguntou-se indo à janela, abriu-a com esforço e um vento forte invadiu o quarto, pois chovia ruidosamente lá fora. “Adoro chuvas!”, e foi aí que ela observou uma figura coberta pela escuridão.
- Harry?- Perguntou reconhecendo o garoto pelo qual estava apaixonada.- O que faz aqui?
- Pode sair desse quarto e vir aqui fora?- Perguntou ele educadamente.
- Não acha que é meio tarde?- Questionou a castanha evitando-o.
- Nem um pouco.
- E se o filch...?
O moreno lançou-lhe um olhar de súplica semelhante ao do gatinho do Shrek.
- Okay..Okay...eu já tô indo! Deixa eu só vestir uma roupa...- E dando-se conta do duplo sentido da frase tentou consertar.- ...Não que eu esteja nua agora, porque eu tô de pijama só que seria estranho andar por Hogwarts de pijama e..esquece! Eu já to indo aí.- O desconcerto da castanha fez Harry rir.
“BURRA! BURRA! BURRA!”
***
AI MEU MER-LIM! NÃO TÔ ACREDITANDO, DIÁRIO. É QUASE... IRREAL. NÃO, É SÉRIO! EU TÔ ME SENTINDO TÃO...NORMAL! É COMO SE... SE... SEI LÁ! OKAY, EU SEI QUE VOCÊ NÃO DEVE ESTAR ENTENDO PORRA NENHUMA QUE EU TÔ ESCREVENDO AGORA... MAS... AIIIIIIIIIII, EU NEM SEI COMO EU CONTO ISSO... QUER DIZER... TÁ, EU VOU CONTAR O QUE ACONTECEU. 1, 2, 3 E... AÍ VAI:
Era meio tarde e eu tava no dormitório, quando escutei um barulho, fui ver o que era e, ERA O HARRY! Tudo bem, eu não reagi com toda essa empolgação! Afinal, esse estúpido traiu a Gina com a Di-Lua..er...Luna! Ele me chamou pra conversar no castelo e eu realmente não consegui entender o que deu em mim pra aceitar encontrá-lo tamanha meia-noite. Encontrei o idiota me esperando na passagem da grifinória. O Harry parecia diferente. Bonito, sem dúvida. Mas diferente.
O silêncio predominou de forma insuportável entre nós, até que ele aquele o quebrou.
- Ainda tá com raiva de mim MI?- Perguntou Harry com cautela.
- Lógico! – Respondi tentando ficar firme diante dele. Qual é? AQUELAS DUAS ESMERALDAS ME ENCARAVAM FIXAMENTE! E você sabe né diário? Como isso me deixa muuuuito desnorteada.
- Eu conversei com a Gina. – Afirmou ele sério.
Eu continuei calada.
- Terminamos. – Disse.
Eu sei que eu devia ter dado pulinhos de empolgação por essa notícia, mas eu comecei a pensar em cmo a Gi devia estar e no quando ela tinha um namorado (que por um acaso eu tava apaixonada) que era um tremendo imbecil. EX- namorado, né? Pra ser mais exata.
Quando eu saí da onda de pensamentos de solidariedade com relação a minha melhor amiga, me dei conta que a distância que havia entre mim e o Harry diminuía drasticamente, isso porque o Harry se aproximava de mim. Eu esperei ficar gelada, com as mãos tremendo, e sentir o chão derretendo sobre os meus pés, ou talvez sentir como se nada mais importasse, mas tudo o que eu consegui sentir naquele momento foi... Frio. Isso porque chovia muito lá fora.
Nossos rostos ficaram à centímetros. A respiração de Harry me tocava praticamente.
- Achei que você devia saber. – Murmurou ele.
- Ah.. – Concordei, incapaz de dizer alguma coisa melhor. – Já posso ir? Porque... sabe como é né? Mesmo amanhã sendo sábado eu preciso acordar cedo pra dar uma passada na biblioteca.
Harry me olhou como se tivesse visto um extraterrestre, Haushauhsuashua.
- Pode. – Respondeu.
E quando dei as costas pra ir, ele me segurou, me encarou por alguns segundos de forma inexpressiva e ME BEIJOU!.
Ele beija bem, é claro!
É só que... Eu não me senti exatamente do jeito que uma garota tããão obviamente apaixonada deveria se sentir. O beijo tinha sentimento, dava pra sentir isso pela forma que o Harry me tocava. Enquanto nos beijávamos, uma coisa realmente estranha aconteceu— Eu pensei NO DRACO!—. A-hã, Draco Malfoy!.
E quando o beijo terminou, eu abri meus olhos esperando ver dois olhos azuis acinzentados me fitando, em vez disso eu vi duas esmeraldas. Alguma coisa murchou dentro de mim, Acredite se quiser diário, eu não queria dizer, mas acho que o que eu senti foi decepção por não ser o Malfoy o garoto que me beijava com tanto sentimento. O Harry é o cara certo pra mim, eu sei diário, EU SEI OK? Mas... E se o cara errado também for o certo? E se no final não existir certo ou errado? E se... ESQUECE!
- Eu te amo, Mi. – Falou Harry.
Eu saí do meu torpor de decepção momentânea e percebei que o Harry parecia esperar uma reação da minha parte.
- QUÊ?- Falei, praticamente berrando de surpresa.
Nunca achei que ele fosse me dizer isso TÃO CEDO.
- Eu te amo Mi. Eu sempre te amei, mas só agora eu percebi. Quer dizer... quando eu vi você com aquele imbecil... não tem idéia do que eu senti. – Afirmou.
- E quando a Gi?! – Perguntei exasperada. Harry suspirou impaciente.
- Terminamos.
- E A Luna?!
- Hermione, eu só... Bom, fiquei com ela, porque eu não tava entendo o que eu sentia, quer dizer... Cada vez que eu via você ao lado DELE, alguma coisa acontecia comigo.
- Então você tem ciúme do Malfoy, não de mim!
- HÁ-HÁ-HÁ!- Ironizou diante da piada sem-graça que eu soltei. – Dá pra me levar à sério Mione?
- Eu tô tentando. - Respondi um tanto irritada. - Mas você também me disse há menos de uma semana que amava a Ginny.
- Eu amava!
- Não Harry. – Comecei. – Você não sabe nada sobre o amor! Ninguém deixa de amar uma pessoa em questão de dias! Não é que não tenha sido forte o bastante, é só que NÃO ERA AMOR!- E saí dali.
E olhando bem em seus olhos, eu entendi: Ninguém deixa de amar uma pessoa em questão de dias...
Naquele momento eu notei que não sentia mais nada por ele, Harry.
Porque há exatamente seis dias atrás eu achava que amava o meu melhor amigo, mas agora eu me dou conta que se eu não sinto a mesma coisa, NÃO É QUE NÃO TENHA SIDO FORTE O BASTANTE, É SÓ QUE... NÃO ERA AMOR.
E AGORA, ADORÁVEL DIÁRIO PATÉTICO, EU TÔ ESCREVENDO AQUI EM VOCÊ. SABE, É ESTRANHO PERCEBER QUE O CARA QUE EU ‘AMEI’ PRATICAMENTE A VIDA INTEIRA, AGORA NÃO SIGNIFICA MAIS NADA ALÉM DE UM GARNDE AMIGO. CONFUSO NÉ?
Hermione.
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