Six





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 Rihanna - Cry



"I'm not the type to get my heart broken
I'm not the type to get upset and cry
Cause I never leave my heart open
Never hurts me to say goodbye
Relationships don't get deep to me
Never got the whole in love thing
And someone can say they love me truly
But at the time it didn't mean a thing"


James abriu os olhos lentamente, sua cabeça latejava. O acontecera? Não se lembrava de nada. Levantando-se lentamente da cama estranha onde estava, abriu os olhos com dificuldade, olhando em volta.

-Oh não – A expressão dele era de puro desespero quando as peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar em sua mente, ao ver Lílian dormindo sentada no chão frio, no canto da sala que ele presumiu ser a Precisa, a roupa rasgada deixando boa parte do corpo da garota á mostra, lágrimas secas em seu rosto junto com a maquiagem toda borrada e hematomas por todo o corpo.

Flashes de memória começaram a vir em sua cabeça dolorida, algo com uma festa onde ele bebera muito, Lílian sorrindo para ele e depois chorando, já na sala. Lembrava-se de beijá-la a força e da facilidade com que o tecido de sua blusa rasgara-se em suas mãos, e também que a mandara calar a boca, já deitado na cama, e então adormecera.

-Merlin, o que eu fiz? – Sussurrou para si mesmo, apavorado. Não se julgara capaz de fazer tudo aquilo, nem mesmo bêbado. Mas agora Lílian estava acordando e, por seu olhar triste e amedrontado, era exatamente aquilo que tinha feito.

-Lily? Lily, me diz, ta tudo bem? – Ela estava em choque, tremia convulsivamente, olhando para ele, os olhos começando a transbordar em lágrimas. – Lily, por favor, eu não lembro de nada de ontem a noite, o que foi que eu fiz? – Perguntou se aproximando dela, que se encolheu contra a parede de pedra, apavorada.

-V-você é um m-mentiroso! – Ela disse por entre os soluços, jogando um pedaço de tecido na direção dele, como se quisesse feri-lo.

“Céus, nunca a vi tão frágil” Ele pensou se enrolando no lençol, se aproximando mais dela, enquanto ela se pressionava contra a parede, quase querendo fundir-se com a pedra fria.

-Shh... Calma Lily, eu não vou te fazer nada! – Ele disse chegando perto da ruiva, mas ela cuspiu em seus pés.

-Foi o que você me disse noite passada, mentiroso! – Ela gritou com toda a coragem e força que possuía, voltando a se escorar na parede, tremendo. James pegou o outro lençol e jogou para ela, para que se enrolasse.

-E o que eu fiz ontem a noite? – Perguntou com cuidado, temendo a resposta.

-Você me forçou! Você me disse que não ia me fazer nenhum mal, que não faria nada que eu quisesse, mas quando chegou aqui você... – Ela soluçou algo, os olhos turvos como se lembrassem de algo – Você me forçou e eu nunca vou te pedoar, covarde! – Lílian se levantou finalmente gritando e tremendo, e quando James tentou abraçá-la ela correu, se apoiando do outro lado da sala, chorando, mas sem deixar de olhá-lo, como se tivesse medo que ele a atacasse.

James suspirou.

-Não se preocupe. Vou me vestir e sair daqui logo, ver se me lembro de algo – Mesmo dizendo isso, ela não parecia acreditar. Se vestiu rapidamente e saiu da sala, sua mente trabalhando rápido sob todo aquele pânico que se instalara em seu coração.

“Será mesmo que eu fui capaz de fazer tudo aquilo? Será que eu fui capaz de fazer mal á única garota que já amei?” Mas ele sabia a resposta. E não estava gostando nem um pouco dela.

Caminhou sem rumo pelo colégio, sentindo um imenso vazio em seu peito. Sentindo-se um monstro.

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Lílian sorriu levemente ao vê-lo sair tão arrasado da sala, e pôs-se a arrumar um uniforme, como estava na sala Precisa era só pedir que aparecessem no armário. E, enquanto escovava os cabelos, perguntou-se se aquilo era suficiente. Se vê-lo, ver o único garoto que amara na vida, aquele que a fizera chorar inúmeras vezes, que a fizera desistir do amor e a ter só casinhos por diversão, Lílian se perguntou se era o suficiente ver o homem causador de todo o seu sofrimento, sentir a dor de achar ter estuprado uma garota.

“Não importa mais se ele diz que gosta de mim” Ela pensou ajeitando a gravata, limpando uma lágrima de raiva teimosa que descia por seu rosto. “Aliás, é até melhor. Dói mais. Mas minha vingança está longe de acabar” E, pensando isso, deixou a sala, no começo confiante, mas ao ver o primeiro aluno colocou sua máscara de desespero e tristeza, indo para o salão Comunal da Grifinória, contar ás amigas que o plano dera certo.

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"My mind is gone, i'm spinning round
And deep inside, my tears i'll drown
I'm losing grip, what's happening
I stray from love, this is how I feel"


Emmeline sentiu-se ser prensada contra uma parede de alguma sala escura qualquer. Não se importava. Só ligava para a boca do loiro lindo na sua, as mãos dele em sua cintura e costas, subindo... Sentia uma ligação boa com o garoto, que descobrira ser muito divertido também, no caminho até a sala.

“-Sabe, gostei de você” Ele lhe dissera, antes de beijar-lhe os lábios gentilmente, de um modo doce, romântico. Emmeline subiu aos céus, sorrindo internamente, deliciada com o gosto do beijo. O rapaz estava acabando com suas defesas, e ela nem ligava. Agarrou-se ao pescoço dele, ansiando por um contato maior, e nisso os dois entraram naquela sala que agora estavam. Mas ele já tentara avançar o sinal duas vezes, algo estava errado.

Algo está errado, sua mente repetiu. Se é isso que ele tem á oferecer eu não sei se quero. Se sentia cada vez mais longe de qualquer sentimento naquele amasso, ele parecia estar tratando com uma profissional, ou talvez uma boneca inflável, mas não com ela.

Parou. Aquilo estava indo longe demais. Se afastou brevemente, tomando ar, mas o loiro não estava para brincadeiras. Agarrou-a novamente, tomando seus lábios em um beijo sôfrego, o qual ela tentou romper, temendo que aquilo relamente fosse longe demais.

-Hey, hey, dá uma pausa, por favor, não consigo respirar – Ela se afastou sorrindo, tentando ser divertida, fingindo-se de sem fôlego. Mas Edgar não pareceu gostar.

-Olha, se você não quer, tem quem queira. – Ele disse e ela sentiu como se jogassem um balde de água fria sobre seu corpo – Não vou ficar agüentando você fugindo, já vou avisando. Comigo é assim: Ou você faz como eu quero ou perde, ta entendendo? – A cada palavra a cabeça de Emmeline ia girando, a menina ia ficando confusa, acabando por se apoiar na parede gelada – E nem vem com essa de estar passando mal. Você me tentou, pequena, e agora vai ter que me dar o que eu quero... – Ele ia se aproximando mais e mais, e, sob pressão, Emmeline correu.

A loira nem ao menos sabia para onde, se lembrava vagamente de abrir a porta e ouvi-lo berrando seu nome, agressivo. Correu o mais rápido que pôde, ouvindo os passos dele em seu encalço, e se enfiou no primeiro armário de vassouras que viu, tampando sua própria boca, tentando controlar a respiração.

-ONDE VOCÊ FOI, GAROTA? – Ela ouviu o garoto doce de dois minutos atrás berrar no corredor, louco de fúria – VOCÊ LOGO VAI DESCOBRIR COM QUEM SE METEU. NENHUMA GAROTA REJEITA EDGAR BONES! – Ao vê-lo sumir pelo corredor, Emmeline finalmente respirou, relaxando um pouco, soltando as lágrimas prestes a cair.

“Você que me paga, Bones” A garota pensou, secando rapidamente as lágrimas que caíam por seu rosto, saindo do armário. “Você me paga por ter me enganado, por quase ter me enganado e me levado á fazer a vontade de um garoto sujo e podre como você. Como todos vocês.” Ela pensou com raiva, indo para o salão Comunal da Grifinória, de queixo erguido, pronta para pedir á Lílian que bolasse algo para sua vingança.

Edgar que a aguardasse. Ele iria pagar caro.

Ah se ia.

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"This time was different
Felt like, I was just a victim
And it cut me like a knife
When you walked out of my life
Now i'm, in this condition
And i've, got all the symptoms
Of a girl with a broken heart
But no matter what you'll never see me cry"


Alice, vendo-se sozinha na pista de dança, foi até o bar e pediu uma cerveja amanteigada. Ao olhar para o lado, entretando, viu uma cena que, pensou ela, poderia dormer sem.

Frank estava sentado em um dos banquinho, totalmente cercado por garotas. Logo ele deu-lhe um sorrisinho cínico, levantando-se e abraçando duas delas pela cintura, saindo indo para a pista de dança bem á frente dela.

“Idiota, acha que vai me fazer ciúmes com aquelas duas loiras com peitos de balão” Alice pensou bebendo sua cerveja, a raiva borbulhando dentro de si. Mas teve de conter a sensação ruim que a assolava ao vê-lo bebendo e rindo, enquanto as duas loirosas se esfregavam nele.

“Maldito, maldito, maldito!” A morena praguejou internamente, sentindo as malditas lágrimas teimando em tentar descer. Aquele, o garoto que a fizera repensar suas atitudes e sua vida, o garoto que se importara com ela, ou fingira ter tal atenção para com ela, o garoto que chorara por ela. Ele, agora, bêbado na pista de dança se esfregando com duas loiras avantajadas, sorrindo cinicamente, não lhe parecia nada melhor que qualquer garoto com quem já ficara.

Sem nem pensar duas vezes deixou seu copo de cerveja no balcão e dirigiu-se á saída. Ao ver-se sozinha no corredor escuro começou a andar rápido, libertando as lágrimas. Céus, se apaixonara por ele. Como pôde? Tinha vontade de voltar lá e esbofeteá-lo. Sentira como se uma faca a tivesse atravessado no dia em que ele terminou com ela, chorando. Mas agora agradecia á Merlim por não tê-la deixado cair naquela cilada.

“Ah, não, mas eu não voltaria lá, não chorando” Ela pensou com uma satisfação orgulhosa “Você não vai me ver chorar, Longbottom. Eu que vou fazê-lo chorar.” E, pensando isso, ficou andando sem rumo pelo colégio, até que resolveu ir para o salão Comunal da Grifinória.

"Did it happen when we first kissed
Cause it's hurting me to let it go
Maybe cause we spent so much time
And I know that it's no more
I shoulda never let you hold me baby
Maybe why i'm sad to see us apart
I didn't give to you on purpose
Gotta figure out how you stole my heart"


Marlene refletia sobre o que fizera ali. As mãos de Sirius estavam em volta de seu corpo, ela estava deitada sobre seu peito, enquanto ele, adormecido, respirava cadenciadamente, com um pequeno sorriso no rosto.

A morena suspirou, levantando-se de cima dele. Tampou-se com o lençol que ele conjurara mesmo ali fora, ao lado daquela árvore de onde ele aparecera, e começou a se vestir, ainda pensando.

Como fora mesmo que ele entrara na vida dela? Não se lembrava de muito. Lembrava-se de brincar com ele quando criança, já que as famílias dos dois eram amigas. E logo os dois viraram as ovelhas negras dali, entrando para a Grifinória e seguindo os passos de Andrômeda, a prima de sangue dele e adotada dela. Sim, se lembrava de cada minuto que passara com ele agora que procurava a fundo em sua memória, e eram realmente muitos minutos.

Mas não se lembrava de como se apaixonara por ele. Não se lembrava de sentir toda aquela vulnerabilidade e dor quando se beijaram pela primeira vez, um beijo tímido, infantil, aos dez ou onze anos. Mas ela não deveria tê-lo deixado abraçá-la logo depois disso, pois o ato aquecera-lhe o coração, e a pequena fagulha agora virara a chama que se instalara em seu peito e a queimava por dentro, doendo, machucando. Mas não fizera de propósito. Não entregara seu coração ao maior mentiroso e galinha de Hogwarts premeditadamente. Ela o entregara a Sirius, seu amigo, seu irmão, seu garoto.

Mas agora os dois eram a mesma pessoa. O maior galinha mentiroso de Hogwarts e seu amigo de infância, seu amor de adolescência, eram todos a mesma pessoa. Mas ela poderia entregar seu coração ao seu amigo, seu amor. Não á um mentiroso galinha.

“Tenho que sair daqui” E, se abaixando para dar um pequeno beijo de despedida nos lábios do rapaz, Marlene saiu caminhando rápido pelos jardins, até entrar em Hogwarts.

“Agora estou decidida” Ela pensou, caminhando com passos duros. “Eu o amo há muito tempo, e sei disso. Mas tenho de tirá-lo do meu coração antes que ele o quebre novamente. Vou descobrir o que ele fez para me encantar e tirar isso de mim.”

E, sorrindo, completou mentalmente “Porque relacionamentos são como pacotes de biscoito. Ele é o primeiro, mas não vai ser o último. Ainda tem mais oito pela frente.” Secou as lágrimas com as costas da mão e correu para o dormitório feminino, sabendo que, a essa altura, ele já deveria ter acordado, e estaria procurando por ela.

"How did I get here with you, i'll never know
I never meant to let it get so, personal
After all I tried to do, stay away from loving you
I'm broken hearted, I can't let you know
And I won't let it show
You won't see me cry"


Dorcas estava no dormitório, deitada em sua cama com as cortinas fechadas. Remo viera falar com ela naquela manhã, mas não queria saber. Fugira dele o dia inteiro, pensando no quão burra fora a ponto de bolar um plano frio e calculista para ficar com um garoto e acabar se apaixonando por ele. Nunca quisera se envolver. Tentara não se afeiçoar pelo garoto, mesmo quando ele a tratava com todo o carinho, mas não conseguira. E agora estava ali, humilhada, ridícula, deitada na cama chorando enquanto uma festa rolava no salão da Lufa-lufa.

“É, Dorcas, bem vinda a sua primeira fossa!” Foi o que Marlene dissera secando suas lágrimas, compreensiva, antes de sair para a festa. Agradecia as amigas por não perguntarem nada por enquanto, por deixá-la sozinha com seus pensamentos.

“Ah, mas se você pensa que eu vou voltar para você depois de ter me traído, está muito enganado, Sr. Lupin” Ela pensou, rasgando um bilhete que ele lhe lançara na aula, pedindo-lhe para encontrar-lhe para o almoço.

Logo Lílian entrou no dormitório, seguida por Emmeline e Alice. Logo Marlene entrou também, secando uma lágrima que insistia em descer por seu rosto. Olharam-se umas para as outras.

All my life...

-A noite foi ruim pra todo mundo, então? – Emmeline foi a primeira a se anunciar, sentando-se em sua cama, a maquiagem toda borrada.

-O que aconteceu com vocês? – Alice perguntou sentando-se no chão e tirando suas botas.

-Bom... – Lílian se pronunciou primeiro, e todas se sentaram em circulo em frente ás camas, fazendo como sempre faziam, unindo as mãos antes para selar o acordo de que nada que fora falado ali seria do conhecimento de alguém de fora do grupo, não pela boca delas.

Passaram boa parte da noite contando o que acontecera para as amigas, sem omitir ou mentir sobre nada. Não haveria por que.

Então Lílian, secando as lágrimas pertinentes de seu rosto e do rosto de cada uma delas, levantou-se, indo até o armário e pegando uma caixa preta só sua, mas que agora partilharia com elas.

Pegou a caixa e abriu-a, vendo aparecer pergaminhos e penas.

-O que é isso, Lily? – Alice perguntou, se aproximando da caixa ao ver os objetos aparecerem.

-Eu ganhei essa caixa da profª McGonagal. Ela me disse que Dumbledor pediu-lhe para me entregá-la, mas não entendia por que. Isso foi no primeiro ano. – Suspirou – Pesquisei durante anos na biblioteca até que achei que caixa era essa.

-E qual é, Lily? Anda, estou ficando curiosa – Emmeline disse, se aproximando com Marlene e Dorcas.

-É a caixa de Hera – A ruiva respondeu e Dorcas tampou a boca com as duas mãos.

-Por Merlim! Essa caixa é lendária, Lílian! Dumbledor a deu a você? – A garota perguntou maravilhada, olhando para a caixa.

-Sim, e é dela que tenho tirado idéias para os meus planos, como esse último, de fingir um estupro por parte de James – Ela disse estendendo a caixa para Dorcas, que pegou-a, tomando um pergaminho e uma pena na mão e dando um para cada uma.

-Afinal, o que essa maldita caixa faz? – Marlene perguntou, exasperada com tanto mistério. Lílian sorriu.

-Antes de saber sobre a caixa, você deve saber a história da Deusa. Hera, para os gregos, ou Juno, para os romanos, era esposa e irmã de Zeus. Ele, um marido infiel, humilhou-a com suas traições e acabou por transformá-la em uma Deusa amarga para com os homens, com um desejo de vingança por todo e qualquer ser do sexo masculino. Não conseguia acreditar em homem algum, não acreditava mais em algum sentimento por parte deles.

“Então ela criou uma caixa. Uma caixa que ajudaria mulheres que se sentiam como ela. Injustiçadas, humilhadas, decepcionadas com os homens. A caixa daria á mulher que a possuísse o que ela precisava para realizar sua vingança. E não pararia até que o espírito inquieto da moça que a possuísse estivesse satisfeito”.

-Por isso os homens temem tanto essa Deusa, e tudo o que venha dela – Dorcas explicou.

-Mas porque será que ela nos deu agora pergaminhos e penas? – Alice perguntou-se, observando a sua pena branca. Que, de um momento para outro, ficara vermelha.

-Bom, acho que teremos de descobrir – Lílian disse apanhando seu pergaminho e sua pena, que ficou avermelhada também. Mergulhou a ponta da pena na tinta fornecida pela Deusa e pigou-a sobre o papel.

As respirações de todas elas estavam suspensas. O quarto silencioso. Logo o papel absorveu completamente a tinta, ficando limpo. E palavras começaram a se formar em sua superfície, como se alguém estivesse escrevendo.

“Olá”, era o que estava escrito. Elas se entreolharam por um instante, e então Lílian respondeu.

“Oi” Ela escreveu, hesitante.

“Vocês sabem quem sou eu?” A letra era fina e elegante, caprichada. Lílian hesitou novamente.

“Hera?” Ela escreveu, e todas podiam jurar ter ouvido uma risada.

“Não. Mas quase acertou, minha criança. Sou a Deusa Mãe. Todas as Deusas são uma só. São a minha imagem vista de vários ângulos diferentes. E vejo muito de mim em vocês.”

Elas se entreolharam novamente, mas foi Marlene que se manifestou.

-Oras, isso é alguma pegadinha, não é, Lily? – Mas a ruiva estava de olhos arregalados, assim como ela própria. E mais palavras começaram a aparecer no pergaminho.

“Não se trata de alguma farsa, se é o que quer saber, pequena Marlene. E eu ficaria feliz em ajudá-la a passar por esta fase difícil, acalmar seu espírito inquieto, curar essas feridas abertas” Marlene estancou diante das palavras, as lágrimas transbordando dos olhos novamente.

“Só quero vê-las felizes. Assim como todas as outras garotas desta terra, como minhas filhas. Mas como não tenho meios para alcançá-las, a não ser alguns muito sutis, que muitas delas não percebem como sinais meus, pediria que vocês as alcançassem para mim. Somente isso. Cuidem umas das outras e façam quem vocês puderem feliz. Estarei aqui para ajudá-las.”

-Então por que os pergaminhos? – Alice perguntou em voz alta, receosa de talvez Ela não estar ouvindo.

“Os pergaminhos servirão para quando vocês tiverem alguma dúvida. Eu as ajudarei a descobrirem o que realmente querem seus corações, e, por ventura, a tomar as decisões certas para conseguirem o que querem. Só escrevam sua dúvida, e para as preguiçosas, falem sua dúvida” Elas olharam para Emmeline, que sorriu timidamente “E eu as ajudarei como puder.”

-Devemos agradecê-la, então. De algum modo – Dorcas disse decidida, e as outras concodaram.

“Agradeçam montando um jardim para mim, que também será útil para vocês. Plantem o que quiserem, há um pedaço de terra vazio atrás do colégio. Será útil para outras garotas também. Ajam por instinto. Este é guiado por sua alma, que é feita de um pedaço de mim. Boa sorte”.

Finalmente as cinco soltaram a respiração, olhando para o pergaminho, agora vazio.

-E então? Vocês topam essa loucura? – Marlene perguntou sorrindo levemente, pasma.

-Eu topo, se for pra ficar louca, ficaremos loucas juntas – Emmeline disse abraçando Dorcas e Lily pelos ombros.

-Okay então meninas... Vamos ensiná-los como se trata uma garota – Então um sorriso maldoso surgiu nos lábios delas. – Um por um.

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Sim, sim, viajei. Mas eu gostei, se vocês querem saber ;] E logo esse troço de Deusa, que é bem na minha área, já que gosto muito de imaginar que existam divindades femininas, relacionadas com natureza ou seilá. Mas não se preocupem, se vocês não gostaram deixem um coment e eu faço esse troço sumir da fic ou ficar mais normal, okay?

Beijos e obrigada pelos coments.

Doods xD - 20/07/2008

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