Two





Encenando - parte II

-Isso foi simplesmente genial, Lílian – Dorcas disse sentando-se numa poltrona do salão comunal após resolverem toda aquela história, vendo a amiga secar os olhos vermelhos de tanto chorar.

-Obrigada, Alice. Eu precisei pensar rápido, o último feitiço da minha varinha tinha sido aquele e eu não podia deixar que a examinassem, ia ser meu fim – A ruiva disse sorrindo, colocando os pés para cima do sofá onde estava. Abriu novamente seu livro, mas Marlene fechou-o, gerando um protesto por parte da ruiva.

-Nananinanão, a senhorita não vai começar a ler agora. Isso merece uma comemoração – Marlene disse e então todas sorriram, subindo correndo para o dormitório.

-O que vai ser hoje? – Alice perguntou já sobre sua cama, empolgada.

-Queria algo diferente hoje, como mudança nas roupas, talvez – Lene disse, olhando para seu próprio uniforme – Ele é muito...igual. Muito padrão, e o usamos há anos, não acham? – Ela disse, se referindo ao uniforme.

-Ok, deixem isso comigo – Emmeline disse, enquanto as meninas tiravam-nos e deixavam de lado, vestindo roupões de toalha.

-E agora, quem topa um SPA e depois um firewhisky, heim? – Dorcas sugeriu e todas sorriram para a loira.

-Sabe, Dorquitas meu bem, eu gosto do jeito que você pensa - Lílian abraçou-a pelos ombros e disse, e então todas foram providenciar sua parte para a tal “festinha particular”.

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Elas acordaram no dia seguinte e olharam os novos uniformes, feitos num momento peculiarmente louco de bebedeira.

-Isso pode ser desfeito? – Marlene perguntou olhando para aquilo, no que Emmeline coçou a cabeça.

-Acho que lançamos feitiço bloqueador ontem a noite – Ela disse com cara desanimada, e então Dorcas suspirou.

-O BANHEIRO É MEU! – Ela gritou e correu para lá, no que as outras correram atrás, rindo.

Logo que saíram do dormitório, após serem convencidas por Alice de que aquele era quase o tamanho de uniforme que ela usava e que não tinha nada de mais, elas saíram do dormitório, mas logo sentindo a diferença. Principalmente nos garotos.

Eles observaram-nas caminhando, como sempre, com as blusas mais justas do que deveriam e as saias mais curtas do que a sanidade deles agüentaria.

-Que é? Nunca viu não? – Emmeline reclamou olhando para um deles, que insistia em secar sua bunda.

‘Talvez desse jeito não’ A garota pensou, antes de levantar o queixo do rapaz e voltar a andar.

-Será que agente agüenta esse dia todo assim? Eu me sinto como uma placa de neon escrito “olhe-me” – Lílian resmungou, tentando abaixar a saia.

-Relaxa e anda, Lily – Dorcas disse, forçando um sorriso perfeito – Relaxa e anda.

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-Evans! – Lílian escutou umavoz...conhecida, falar-lhe ao pé do ouvido.

-Potter! O que quer? – Ela perguntou de modo cínico, mas ele somente sorriu maliciosamente.

-Um beijo – E, com essa resposta, Lílian estancou. “Ele está tramando alguma coisa” ela pensou quando ele começou a aproximar-se dela, , entrando com ela em uma sala e encurralando-a em uma parede.

-O-o que? – Ela não conseguiu esconder a respiração descompassada pela surpresa, enquanto ele insinuava seus lábios sobre os dela.

-É, Evans –Ele sorriu – Já que você ganhou algo ás minhas custas, quero ganhar algo as suas também... – E então ela entendeu.

-Isso é como uma vingança? – Ela perguntou sorrindo, de repente ele parecia bravo.

-Do que está rindo, Evans? – Ele ficou bravo do nada, se afastando um pouco da garota, que simplesmente enlaçou-o pelo pescoço sorrindo cinicamente.

-É que eu acho realmente que vou gostar da sua vingança – Ela disse e riu, fazendo o sangue dele ferver de raiva, mas ainda assim não conseguiu sair dali. Não conseguiu para de olhar para a boca da menina, coberta por um brilho labial colorido, sorrindo cínica e docemente para ele ao mesmo tempo, como se o tentasse a fazer uma loucura. E foi exatamente o que ele fez.

Abaixando o rosto lentamente, sentiu um calafrio que nada tinha a ver com nojo quando sentiu a respiração dela sobre seus lábios. Invadiu a boca dela com ímpeto, sendo correspondido com prontidão, o beijo com gosto de desejo, raiva e brilho labial.

Pressionou-a contra a parede, sentindo um desejo quase primitivo tomar conta de seu ser. Desceu a boca pelo pescoço dela, mas logo foi atingido pelo joelho da garota, em um lugar... Não muito legal.

-Quem você pensa que é? – Ele perguntou abaixado de dor, enquanto os amigos entravam na sala guiados pela gritaria.

-A menina que vai te deixar aos pés dela. – Ela sorriu – E, sabe, você não vai gostar muito.

-Você me paga! – O moreno ameaçou-lhe, descontrolado, sendo segurado pelos amigos.

-Estou pagando para ver, Potter – Lílian sorriu cinicamente, voltando as costas e caminhando para fora dali.

James bufou, se desvencilhando dos braços dos amigos.

-Ela me deixa maluco! – Ele disse socando uma carteira com força, fazendo-a cair no chão com um estrondo.

-É, e sabemos o por que – Edgar se aproximou do amigo, meio sem graça – Você a ama.

-Ouvimos você essa noite, James – Sirius explicou – Você tem um passado com ela, não tem?

James passou a mão nervosamente pelos cabelos.

-Eu nunca consegui me curar da paixão platônica que tenho por ela desde o terceiro ano – Ele disse, sentindo-se envergonhado – Ela era diferente, e ainda é. Mas agora não é tão boazinha quanto eu pensava.

-Nenhuma delas é – Remo disse se aproximando do amigo e dando-lhe tapinhas nas costas – Agente só tem que descobrir o que elas querem, então acho que param com isso.

“Tomara, Remo” James pensou, seguindo os amigos para o salão comunal. “Tomara.”

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