Capítulo 9



De manhã, quando Hermione acordou, a luz clara e ofuscante da neve estava refletida no teto branco do imenso quarto. Ficou deitada, meio sonolenta, com a cabeça enterrada no travesseiro macio de plumas e nos lençóis de linho. Ouviu um cão latir ao longe, e veio de repente o barulho triturante, típico de um trator que se aproximava. Pegou no relógio e viu que já passara das nove horas. Saiu da cama e foi na ponta dos pés até a janela. Abriu as imensas cortinas cor-de-rosa e foi atingida por uma rajada de luz tão ofuscante que a fez apertar e piscar os olhos.

O mundo estava totalmente branco. O céu se mostrava claro e limpo, azul-pálido como um ovo de pintarroxo. Sombras compridas estavam estiradas como cicatrizes escuras no solo liso, imaculado e brilhante. Todos os contornos estavam atenuados e arredondados pela neve que cobria tudo, espalhada sobre cada galho de pinheiro e empilhada como se fossem pequenos chapéus brancos no alto dos postes. Hermione abriu a janela e se debruçou, olhando para baixo. O ar estava muito frio, perfumado e estimulante como vinho branco gelado.

Lembrando dos horrores pelos quais haviam passado na noite anterior, tentou se localizar da janela. Na parte da frente da casa havia um grande espaço aberto, provavelmente um jardim, circundado pela passagem de acesso. Viu a longa alameda através da qual ela e Jody haviam quase se arrastado, e que seguia adiante, além de uma pequena lombada. Ao longe, entre campos que pareciam ser pastos, inclinada, a estrada principal serpenteava, entre muros de pedra lisos. Um automóvel se movia tentando passar, mas muito lentamente.
O trator que ela ouvira vinha vindo da direção onde ficava o portão, subindo a alameda. Enquanto estava olhando, ele desapareceu por trás de um imenso bosque de azáleas, e veio se agitando com cuidado ao redor do gramado coberto de neve, para depois sair do campo de visão, indo pela passagem lateral até os fundos da casa.
Estava frio demais para ficar com o rosto do lado de fora. Hermione se afastou da janela e a fechou. Pensou em Jody e foi abrir a porta que dava para o quarto ao lado. Lá dentro estava escuro e silencioso. Dava para ouvir apenas a respiração do menino, que ainda dormia profundamente. Fechando a porta, procurou algo para vestir por cima da camisola, mas tudo o que havia era o suéter e o roupão emprestados. Assim, resolveu vesti-los novamente e, descalça, saiu do quarto e foi andando pelo corredor, na esperança de encontrar alguém que a orientasse.
Reparou então em como a casa era enorme. O corredor dava em uma área espaçosa, mobiliada com tapetes e um armário alto feito em imbuia, com gavetas. Havia ainda várias cadeiras e uma mesa onde alguém colocara uma pilha de camisas limpas, cuidadosamente passadas. Do alto da escada conseguiu ouvir alguns sons, e identificou vozes ao longe. Desceu os degraus e, seguindo o murmúrio das vozes, viu-se diante do que parecia ser a porta da cozinha. Colocou as mãos na maçaneta e a empurrou. Ao abrir a porta, as duas pessoas que estavam lá dentro pararam de falar, e se viraram na mesma hora para ver quem chegara.
Harry Potter, usando um suéter bege-escuro, estava sentado à mesa e tinha uma caneca com chá nas mãos. Conversava com uma mulher que estava de pé, descascando batatas na pia. Era de meia-idade, tinha cabelos grisalhos e estava com as mangas arregaçadas. Usava um avental florido amarrado com um laço atrás, na altura da cintura. A cozinha estava quente e cheirava a pão recém-saído do forno. Hermione se sentiu como uma intrusa no ambiente e disse:
- Desculpem...

Harry, que por um momento ficara sem ação pela surpresa de vê-la, pousou a caneca sobre a mesa e se levantou.
- Não há motivo para se desculpar. Eu pensei que vocês fossem dormir até a hora do almoço.

- Jody ainda está dormindo.

- Quero que conheça a Senhora Cooper. Senhora Cooper, esta é Hermione Granger. Estava acabando de contar à Senhora Cooper o que aconteceu com vocês ontem à noite.

- Foi uma nevasca terrível, com certeza - disse a Senhora Cooper. - Todos os telefones continuam mudos.

- Quer dizer que ainda não podemos telefonar? - Hermione olhou para Harry.

- Não, e vamos continuar assim por mais algum tempo. Venha e tome uma xícara de chá. Ou melhor, tome o café da manhã completo. O que você vai querer? Ovos com bacon?

- Somente chá, e já está ótimo - disse ela, recusando qualquer outra coisa. Harry puxou-lhe uma cadeira, e Hermione se sentou à mesa impecavelmente limpa.
- Estamos isolados pela neve?

- Parcialmente. A estrada para Strathcorrie está bloqueada, mas podemos ir até Relkirk.

Hermione ficou completamente desanimada.
- E... o carro? - perguntou, quase com medo da resposta.

- O Senhor Cooper foi até lá com o trator, para dar uma olhada.

- É um trator vermelho?

- Sim.

- Eu o vi chegando de volta, vindo da estrada.

- Nesse caso, ele vai chegar aqui a qualquer momento para nos contar como está o automóvel. - Harry pegara uma xícara e um pires, e já estava servindo chá para Hermione, direto de uma chaleira que fervia celeremente sobre o fogão Agá. A bebida estava muito forte e também muito quente, e ela bebeu tudo com ar agradecido. Depois, falou:
- Não consegui encontrar as minhas roupas.

- A culpa é minha... - disse a Senhora Cooper. Eu as coloquei no secador de roupa. Já devem estar secas. Mas é impressionante, hein? - Balançou a cabeça. - Vocês dois devem ter ficado encharcados.

- E ficaram - disse Harry. - Pareciam dois pintinhos afogados.

Quando Hermione acabou de se vestir e desceu as escadas novamente, o Senhor Cooper já havia se juntado ao grupo e trazia notícias do carro enterrado na neve. Era um típico homem do interior, e seu sotaque era tão diferente e acentuado que Hermione teve dificuldades para entender o que ele disse.
- Ói, a gente conseguiu desenterrá o bicho, ma o motor tá acabadim.

- Por quê?

- Acho que congelô tudo. Num é de estranhá.

- Você tinha colocado algum anticongelante no motor? - Harry perguntou, olhando para Hermione, que pareceu não entender a pergunta e ficou ainda mais pálida.
- Anticongelante! - repetiu. - Não significa nada para você?

Ela balançou a cabeça para os lados, e Harry virou se para trás e falou com o Senhor Cooper.
- Você deve estar certo. O motor congelou.

- Eu... deveria ter colocado um anticongelante? - perguntou ela.

- Bem, teria sido uma boa idéia.

- Eu não sabia... Sabe o que é?... O carro não é meu.

- O que está querendo dizer? Você o roubou?

A Senhora Cooper emitiu um pequeno som de desaprovação, como se fosse um sussurro soprado entre os lábios franzidos. Hermione não tinha certeza se a desaprovação era dirigida a Harry ou a ela mesma. Respondeu, então, com ar de indignação:
- Não, é claro que não o roubei. Simplesmente o pegamos emprestado.

- Entendo... Bem, pedido, emprestado ou roubado, eu sugiro que nós desçamos até a estrada e vejamos o que pode ser feito por ele.

- Bem... - disse o Senhor Cooper, colocando a velha boina de volta à cabeça com sua imensa mão vermelha, e já se encaminhando para a porta. - Se a gente pega o Land-Rover, vou vê se consigo u'a corda forte pra rebocar, e a gente pode tenta tirá ele puxano com o trator.

Depois que saiu, Harry olhou para Hermione.
- Você quer vir conosco?

- Sim.

- Vai precisar de botas.

- Eu não tenho...

- Acho que por aqui deve haver algumas botas que caibam em você...

Ela o seguiu até uma velha lavanderia que estava sendo reformada, e era usada temporariamente como depósito para capas de chuva desbotadas, botas usadas, velhas cestas de dormir para cães, algumas bicicletas enferrujadas e uma máquina de lavar roupa, esta última novinha em folha. Depois de fazer uma busca em meio a todos esses objetos, Harry fez surgir um par de botas de borracha que talvez servisse nela. E trouxe também uma capa impermeável preta. Hermione vestiu-a e puxou as pontas do cabelo para fora do colarinho. Então, devidamente paramentada, seguiu Harry até o lado de fora, saindo em meio à manhã brilhante.
- Neve de inverno, sol de primavera - disse Harry com satisfação, enquanto pisavam na neve limpa e pura, em direção à porta fechada da garagem.

- A neve vai durar por muito tempo?

- Provavelmente, não. Só que ela ainda vai levar alguns dias para derreter. Caíram quase vinte e cinco centímetros de neve ontem à noite.

- Era primavera quando saímos de Londres.

- Foi o que seu irmão disse.

Harry levantou o braço para destrancar a garagem, e abriu as duas portas largas. Dentro havia dois veículos. Um era o pequeno automóvel esportivo verde escuro, e o outro era o Land-Rover.

- Vamos ter que pegar o carro maior, o Land-Rover - disse ele. - Para não ficarmos presos também.

Hermione subiu. Saíram da garagem, passaram pelo caminho em volta da casa e tomaram a alameda, seguindo cautelosamente por sobre as marcas escuras do caminho que o Senhor Cooper já abrira na neve, com o trator. A manhã estava completamente silenciosa. Todos os sons eram imediatamente abafados pelo manto branco. Apesar disso, era possível notar sinais de vida em volta. Aqui e ali havia trilhas abertas na neve entre as árvores, e pequenas pegadas em forma de estrelas mostravam que por ali haviam estado pássaros errantes. Bem no alto, os galhos das árvores de faia se encontravam, formando um arco elevado, com suas pontas ressecadas se entrelaçando, parecendo silhuetas esqueléticas contra o céu azul-pálido e brilhante da manhã.
Saíram pelo portão, direto na estrada, de frente para o sol ofuscante. Harry parou o Land-Rover na beira da estrada e ambos saltaram. Hermione viu agora claramente a ponte que parecia ter uma corcunda e que havia provocado o acidente. Viu também o pobre contorno do carro de Caleb, enfiado na neve, todo torto, perto de uma vala, com o chão em volta dele completamente marcado pelas imensas pegadas da bota do Senhor Cooper. O pequeno veículo parecia acabado, mumificado, dando a entender que nunca mais iria se mover. Hermione se sentiu terrivelmente culpada diante dessa visão.
Harry fez força para abrir a porta e, com cuidado, conseguiu se enfiar meio de lado no carro, sentando-se diante do volante, com uma das pernas para fora. Girou a chave que Hermione tinha descuidadamente deixado na ignição. Houve um som agonizante do motor e depois um forte cheiro de queimado. Sem dizer uma palavra, saiu do carro e bateu a porta.

- Não tem jeito! - Hermione o ouviu sussurrar e então se sentiu não apenas culpada, mas também tola.

- Eu não sabia que precisava usar um anticongelante - disse ela mais uma vez, tentando vagamente se defender. - Eu já lhe disse, o carro não é meu.

Harry não respondeu a isso, e andou em volta do veículo, tirando, com a ponta da bota, a neve que estava junto aos pneus traseiros. Depois, agachou-se, colocando o joelho sobre o solo ainda com neve e baixou a cabeça quase até o chão, para ver se o eixo traseiro ficara empenado, já que estava entre a beira da vala e o monte de neve.
Hermione achava tudo isso muito deprimente, e de repente se sentiu à beira das lágrimas. Tudo estava dando errado. Ela e Jody estavam presos ali naquela casa, com aquele homem que parecia pouco condescendente. O carro de Caleb estava inutilizado, não havia telefones para ligar para Strathcorrie, e a estrada ficara completamente bloqueada. Tentando segurar as lágrimas, virou se para olhar para o lado da estrada, que seguia adiante, fazendo uma curva e continuando por sobre um pequeno monte. A neve cobria tudo, espessa e branca, em grossas camadas sobre as muretas de pedra da estrada. Uma brisa passou, irmã menor do vendaval da noite anterior, e soprou uma leve camada de neve pelo ar, como se fosse uma fumaça frágil, que subia dos campos e rodava em redemoinhos sobre os flocos que já estavam empilhados como esculturas cintilantes nos cantos das muretas. Em algum lugar na quietude da manhã, um pássaro veloz mergulhou do céu soltando um grito agudo. Depois, tudo ficou imóvel novamente. Atrás dela, os passos de Harry rangiam sobre a neve. Ela se virou para olhar para ele, enfiando as mãos nos fundos dos bolsos da capa de chuva emprestada.

- Receio que o carro esteja acabado - disse ele, balançando a cabeça. - Não pega de jeito nenhum.

- Mas... não tem nem conserto? - Hermione estava horrorizada.

- Tem, tem sim! O Senhor Cooper vai desenterrá-lo com a ajuda do trator, e vai levá-lo até uma oficina que fica um pouco adiante, na estrada. Lá nós temos um bom mecânico. O Mini vai estar pronto para você usá-lo amanhã, ou talvez depois de amanhã. - Algo no rosto dela o fez acrescentar, como se de repente estivesse tentando animar-lhe o espírito: - Mesmo que você conseguisse fazer o carro andar, pode ver que jamais conseguiria dirigir até Stathcorrie. A estrada está totalmente fechada, não passa nada.

- Quando você acha que vai ser liberada? - E virou-se outra vez para olhar para ele.

- Assim que a máquina de limpar neve passar por aqui. Uma nevasca como essa, já depois de o inverno ter acabado, sempre tumultua tudo. Temos que ser pacientes.

Abriu a porta do Land-Rover e ficou ali parado, esperando que ela entrasse. Lentamente, Hermione fez o que ele queria. Batendo a porta, deu a volta por trás do veículo, entrou e se sentou atrás do volante. Ela pensava que Harry, naquele momento, iria levá-la de volta para casa. Em vez disso, porém, ele acendeu um cigarro calmamente e ficou ali sentado, fumando, aparentemente perdido em seus pensamentos.
Hermione começou a se sentir apreensiva. Carros poderiam ser um bom lugar para se estar na companhia de alguém de quem você gostasse. Mas não era tão bom quando você estava junto com uma pessoa que ia começar a fazer um monte de perguntas que você não estava com vontade de responder.
No momento em que Harry falou, todos os seus temores se mostraram justificados.
- Quando foi que você disse que precisava estar de volta a Londres?

- Sexta-feira. Foi nesse dia que eu garanti que íamos voltar.

- Para quem você afirmou isso?

- Caleb. O homem que nos emprestou o carro.

- E quanto aos pais de vocês?

- Estão mortos.

- Não há mais ninguém? Deve haver alguém. Não posso acreditar que vocês dois mantenham uma casa, sozinhos, por conta própria. - Sem conseguir evitar, Harry sorriu da própria idéia. - Se acontecesse isso, a vida de vocês seria repleta dos mais terríveis desastres.

Hermione não achou isso nem um pouco engraçado. Respondeu, com frieza:
- Se você quer saber, nós moramos com nossa madrasta.

- Ahn... Entendi... - Harry fez um olhar de quem já compreendera tudo.

- O que foi que você entendeu?

- Uma madrasta malvada!

- Ela não é... malvada!... - Hermione fez uma careta. - Ela é até muito legal.

- Mas não sabe onde vocês estão neste momento?

- Bem... É que... - Hermione hesitava em contar a meia-verdade. Depois, de forma mais convincente, disse: - Olhe, ela sabe, sim. Sabe que estamos na Escócia.

- E ela sabe o porquê? Sabe sobre o seu irmão Angus?

- Sim, ela sabe sobre isso também.

- Me explique uma coisa... Fazer toda essa viagem só para encontrar com Angus. Havia alguma outra razão especial para isso, ou era só para dizer "Olá, Angus"?

- Não exatamente. .

- Isso não é uma resposta.

- Não é?

Seguiu-se um longo período de silêncio. Depois de um tempo, Harry disse, com uma delicadeza que pareceu forçada:
- Sabe, tenho a forte impressão de que estou pisando em gelo fino, aqui. Acho que você deveria entender que não dou a mínima para o que você está planejando, mas me sinto ligeiramente responsável pelo seu irmão. Afinal de contas, ele só tem... onze anos?

- Posso muito bem ser responsável por Jody.

- Vocês dois podiam ter morrido na nevasca, ontem à noite - disse Harry, com a voz calma, mas firme. - Você tem consciência disso, não tem? - Hermione olhou para ele e viu, com assombro, que ele estava realmente falando sério.

- Mas eu tinha visto a luz acesa na sua casa, quando resolvi abandonar o carro. Se não fosse assim, teríamos ficado dentro do carro, que era mais protegido, esperando até a tempestade de neve passar.

- Nevascas são uma coisa muito comum nesta parte do mundo. Você deveria estar preparada para algo assim. Tiveram muita sorte.

- E você foi gentil. Mais do que isso. Foi muito generoso, e eu ainda não tive a chance de agradecer devidamente. Mas ainda acho que quanto mais depressa formos encontrar Angus e quanto mais rápido você se livrar de nós, melhor.

- Bem, vamos ver o que acontece. E, a propósito, vou precisar sair hoje. Tenho um almoço de negócios marcado em Relkirk. A Senhora Cooper, porém, vai servir a refeição para você e Jody. Quando eu voltar, talvez a estrada para Strathcorrie já esteja desimpedida. Posso levar vocês até lá e entregá-los a seu irmão.

Hermione considerou com cuidado essa oferta e achou que, por algum motivo, a idéia de Harry Potter e Angus Granger se encontrarem não era muito boa.

- Olhe, não precisa se incomodar. Acho que podemos conseguir...

- Não! - Harry se inclinou para a frente e apagou a ponta do cigarro. - Não há nenhum outro modo de chegar a Strathcorrie, a não ser voando. Portanto, fique sentadinha me esperando em Potter, até eu voltar. Entendeu?

Hermione abriu a boca para argumentar, mas notou o olhar dele e fechou a boca de novo. Concordou a contragosto.

- Está certo - falou.

Por um momento, Hermione achou que ele iria continuar com aquela conversa, mas a atenção de Harry foi felizmente atraída pela chegada do trator vermelho. O Senhor Cooper vinha ao volante, e um rapaz bem jovem, de gorro tricotado na cabeça, estava encarapitado bem a seu lado. Harry saiu do Land-Rover e foi até eles, para ajudá-los. Só que isso era um trabalho muito enfadonho de se observar. Depois de muito tempo, o carro de Caleb já havia sido limpo da neve que o revestia, a crosta que grudara em volta e sob os pneus fora duramente retirada com o auxílio de uma pá, cordas haviam sido amarradas no seu eixo traseiro, e duas ou três tentativas haviam sido feitas para puxá-lo para fora, até que, finalmente, sob vaivéns e rangidos, o trator conseguiu desencavá-lo. A essa altura, já eram quase onze horas da manhã. Hermione olhou a pequena tropa sair pela estrada em direção à oficina, Cooper no volante do trator e Geordie dentro do Mini, tentando manter o instável carro em linha reta, na ponta da corda de reboque. Mais uma vez, ela se sentiu horrível.

- Espero que consigam consertá-lo - disse a Harry quando este entrou novamente no Land-Rover, ao lado dela. - Não seria tão terrível se o carro fosse meu, mas prometi a Caleb que tomaria muito cuidado com o Mini.

- Não foi culpa sua. Poderia ter acontecido com qualquer um. Quando a oficina tiver acabado o serviço, o carrinho provavelmente vai estar melhor do que antes. - Olhou para o relógio. - Temos que ir. Preciso trocar de roupa, pois tenho que estar em Relkirk quando for meio-dia e meia.

Voltaram para casa em silêncio. Harry estacionou o carro na porta e se encaminhou para entrar em casa. Na subida da escada, parou, virou-se e olhou para Hermione.
- Vocês vão ficar bem? – seu olhar era de real preocupação e Hermione, apesar do desagrado que o interrogatório tinha causado, não pode deixar de se sentir um ligeiro e agradável formigamento no estômago.

- Claro.

- Nós nos veremos mais tarde, então.


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N:A: Aí está mais um cap!
O Harry é ótimo... "vc roubou?" ahuahauhauha
\o/
ah, comentem, comentem! quero saber o que estão achando!
a fic tem mais de 130 views e apenas 29 comentários... O.O
Coisa estranha, não?
Proximo capitulo só depende de vcs... Ele está quase q totalmente pronto e revisado!
Bjos

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