O segredo de Hermione
Os feriados de natal e fim de ano terminaram, era hora de retornar a Hogwarts, Draco já estava no expresso de Hogwarts, assim como os outros alunos. Ele já estava com a varinha obscura sob seu poder, estava ansioso pela chegada.
A viagem passou lentamente para Draco, mas Crabbe e Goyle estavam lá falando besteiras, o que fez a viagem ficar um pouco mais animada na opinião dele.
Eles ouviram os apitos do trem, haviam chegado em Hogwarts novamente, um lindo banquete foi servido, todos comeram alegremente, Draco percebeu que Hermione olhava para ele toda hora, com uma expressão apavorada no rosto, o que ela não conseguia disfarçar.
O banquete terminou, Dumbledore fez seu discurso de boas-vindas, então quando avisou aos monitores para levarem os alunos para suas respectivas casas, Professora Trelawney de adivinhações invadiu o salão principal, esbaforida.
- Atenção! - ela gritou fazendo todos ficarem em silêncio - Eu sei de algo... Eu vi na bola de cristal! O mal se aproxima! Eu vi a morte!
Então todos os alunos começaram a falar ao mesmo tempo, o que fez Dumbledore levantar da cadeira.
- Silêncio! - Gritou Dumbledore e todos os alunos se calaram - Professora, gostaria de saber por que você veio aqui? Você não gosta de solenidades... Apenas quer deixar os alunos preocupados?
- Faltava a previsão de morte deste ano? - Professora Minerva também se levantou e disse - Pois todos os anos você diz que algo horrível acontecerá... E pelo que me lembro... Nunca aconteceu!
- Não... - começou Trelawney corando - Desta vez eu pude ver claramente na bola de cristal... Ela mostrou o símbolo da morte, seguido pela marca negra... Vocês sabem o que isso significa? Eu estou apavorada... Por isso invadi o salão principal agora...
- Acalme-se Professora - disse Dumbledore - Vamos para minha sala agora esclarecer este assunto, os monitores podem levar os alunos para suas casas.
Os professores iam saindo ao mesmo tempo que os alunos, então Hermione se aproximou de Draco e disse em seu ouvido:
- Eu preciso muito falar com você... Hoje... Na torre norte... Meia noite.
Draco concordou com a cabeça e então Hermione se virou e foi se juntar aos alunos da grifinória.
Draco chegou nas masmorras e foi se arrumar para ver Hermione, esperou todos dormirem, então foi para o lugar combinado, Hermione já estava lá, sentada em um degrau da escada com a cabeça sobre os joelhos, Draco sentou ao lado dela, ela levantou a cabeça, os olhos cheios de água, deu um abraço em Draco, que envolveu-a.
- Draco! - ela disse com a cabeça no peito dele - Ainda bem que você está aqui... - então ela começou a chorar.
- O que ouve? - ele disse passando a mão no cabelo de Hermione.
Ela desencostou a cabeça do peito de Draco e olhou em seus olhos, ela estava com o rosto molhado pelas lágrimas.
- Eu te amo Draco... - ela disse dando um beijo em Draco - E você?
- Eu também - ele disse sorrindo - O que houve?
- Você realmente me ama?
- Eu já disse que sim. - ele falou sorrindo, mas por dentro estava irritado.
- Você ficará sempre ao meu lado?
- Por que você está assim?
- É que... Eu... - ela disse limpando uma lágrima do rosto - Eu... Estou grávida.
- Como? - ele disse se levantando em um salto, não conseguindo disfarçar a irritação.
- Você sabe como! Não preciso dar uma aulinha de ciências para você!
- De quem é?
- Como assim de quem é? - ela disse se levantando também - É seu!
- Não... - ele disse botando a mão na cabeça - Não pode ser!
- É! - ela disse chorando.
- Isso é uma desgraça! - então ele se virou para Hermione - Se livre desta criança!
- Como você é capaz de falar assim do seu filho? - ela disse chorando mais ainda.
- Me deixa esfriar a cabeça... - ele disse respirando fundo - Amanhã agente se fala... Eu preciso pensar muito...
- Tudo bem... Eu já estou pensando todo feriado... Mais um pouco não vai fazer diferença.
- Ta... Amanhã eu converso melhor... Você tem certeza?
- Do que? Que estou grávida? Óbvio que sim!
- Então tá... Até amanhã... - Draco disse e então desceu as escadas.
Hermione passou a mão no rosto, respirou fundo e desceu logo depois de Draco.
Draco entrou na sala comunal da sonserina, sentou-se em um sofá em frente a lareira, botou as mãos na cabeça, pela primeira vez ele não sabia o que fazer... Estava arruinado... Precisava matar a criança, mesmo que Hermione fosse sacrificada com isso... Ninguém podia saber...
Então Crabbe e Goyle apareceram na sala comunal, estavam de pijamas, e pareciam bem animados, Crabbe estava comendo um pedaço de chocolate.
- E aí Draco? Foi rápido hoje heim... - Goyle falou rindo.
- Não enche! - Draco falou hostilmente – E dêem o fora daqui, vocês sabem o que sou capaz de fazer – disse draco olhando para seus amigos com fúria.
Seus amigos saíram em silêncio. Draco começou a pensar em voz alta, o que foi um erro muito grande.
“ O que irei fazer? A Granger está grávida, isso não é nada bom. Só tem um jeito, terei que matar ela e a criança, se não, eu serei sacrificado.”
- Então eu ouvi bem...? - Pansy apareceu no fundo da sala.
- Pansy... A quanto tempo você está aí? - Draco falou tentando disfarçar o apavoramento.
- Tempo suficiente... - ela começou a falar se aproximando de Draco -... Pra saber que você andou fazendo coisa errada por aí... - Então ela sentou-se ao lado dele -...Draco, Draco...
- Ah não... Pansy... Eu peço... - Draco disse olhando para ela, com os olhos cheios de lagrimas.
- ... Pra não contar pra ninguém! Já sei... Já sei... - Pansy completou de um jeito monótono. - Eu posso ajuda-lo a se livrar da Granger e do inconveniente...
- Qualquer ajuda é bem vinda.
- Ótimo... Já estou sabendo demais... Vou me deitar! Amanhã conversamos os detalhes. - Pansy disse indo para o dormitório feminino.
Draco seguiu para o dormitório masculino logo depois, demorou para dormir, e não era por causa dos roncos de Crabbe e Goyle, era por que pela primeira vez na vida, ele não se sentia no controle da situação...
O outro dia amanheceu igualmente agitado em Hogwarts, Draco estava mais irritado do que de costume, logo que ele chegou no salão principal, sentou-se a mesa, Pansy estava ao seu lado. Não demorou muito até ela se lembrar do ocorrido na noite passada.
- Draco... Eu andei pensando... - ela começou a falar, passando a mão no ombro de Draco - Sobre o que eu disse ontem... Meu silêncio, ele tem um preço.
- Eu sabia que não iria ser tão simples... - Draco disse secamente sem olhar para Pansy - O que você quer?
- Eu... Eu quero você de novo... - Então ela começou a se aproximar de Draco e falar em sussurros - Quero os velhos tempos de volta... Por uma noite. Pois agora não sou mais aquela criança que tinha medo no quarto ano. Agora você e eu estamos mais maduros... Prontos...
- Oh... - Draco disse olhando para ela com desgosto - Tudo bem. Hoje, eu te levo lá para a floresta proibida.
- Irei esperar.
Então as aulas se passaram rapidamente, Draco já sabia o que iria fazer com Pansy hoje. Não era a melhor opção, mas era inevitável...
A noite chegou, Draco estava sentado na sala comunal da sonserina, sozinho. Até que Pansy chegou. Ela caminhou até ele, ele se levantou do sofá e disse sem emoção:
- Vamos logo.
- Calma... - Ela disse se aproximando dele - Eu esperei tanto até tê-lo novamente... Se aquela Granger é suficiente para você... Eu vou fazer melhor.
Então ela beijou Draco, ele realmente não gostou da idéia... Nem um beijo ele queria... Mas ele não podia fazer nada. Então levou ela para fora, ele foi de animago, guiava Pansy no escuro. Até que conseguiram sair, foram até a floresta, então Draco voltou ao normal, botou as mãos na cintura com a cabeça baixa, respirou fundo e então olhou para Pansy.
- Pansy... Me desculpe fazer isso, não era assim que eu queria... - Então ele pegou a varinha apontou para ela - Avada Kedavra!
- Não... - Era tudo que ela conseguiu dizer, até a névoa verde chegar até ela e deixá-la caída no chão.
- Foi a sua opção!
Então Draco guardou a varinha, olhou para os lados, se transformou em cobra e voltou para o dormitório. Logo que chegou lá Goyle acordou e disse:
- E aí?
- Feito. - Draco disse sério.
- Melhor assim. - Goyle disse e virou para o lado.
Draco colocou seu pijama e dormiu um pouco mais tranqüilo, um problema acabara... Ninguém ia saber... Ele realmente não pode acreditar que nenhum dementador apareceu no caminho até a floresta. Agora só tinha um problema, que precisava ser resolvido rápido. Amanhã ele iria falar com Potter sobre a varinha... Tudo tinha que funcionar... Era o que ele mais queria...
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