Uma Longa madrugada



bem parece que com o pro que deu na floreios meu cap. 13 sumiu! mas aí está de novo!

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A chegada de Luna e sua guarda, formada por integrantes da Ordem, causou uma mudança repentina na rotina da Toca. Por uma tarde as providências para o casamento foram deixadas um pouco de lado e todos se reuniram para dar boas vindas aos recém chegados e a nova hospede. Harry se encaminhou para a cozinha para receber a amiga e não pode deixar de notar que Luna estava um pouco diferente, talvez um pouco mais alta e com os cabelos mais limpos. Isso, é claro, poderia ser só impressão, já que não costumava a vê-la fora de Hogwarts ou sem o famoso colar de rolhas. Na verdade a garota usava roupas trouxas, mais coloridas que a média normal, mas mesmo assim trouxas. O que não parecia diferente nela era a expressão meio aérea e os olhos sonhadores que apresentava, no final, o garoto concluiu, ironicamente, que nada em especial tinha mudado. Era visível que Molly tentava as pressas ajeitar um jantar para todas aquelas pessoas que se encontrava agora em sua cozinha e mobilizou toda a família Weasley e agregados para melhor acomodar a todos. Ela deu ordens a Gina para que levasse as coisas de Luna para cima, acompanhada de Tonks e Luana, que faziam parte da escolta. Luna depois de cumprimentar a todos seguiu o mesmo caminho junto com Hermione que lançou um olhar de pena para Harry, este, permaneceu na cozinha, enquanto ajudava Fleur e Gui a botar a mesa. Ele já conseguia prever que teria que esperar mais um dia.

A madrugada já se iniciava quando os membros da Ordem se despediram da Toca e apenas Harry e o Sr. Weasleys viram todos partir. Os dois se encaminharam para os andares de cima em silêncio e o garoto parou em frente a seu quarto.

--Boa noite Harry! –O Sr. Weasley deu um sorriso cansado que logo foi interrompido por um bocejo. Harry desejou o mesmo e esperou o patriarca da família continuar o seu percurso. Só abriu a porta quando julgou ser seguro.

--Desculpa a demora! Mas eu realmente tinha que conversar com Lupin, ele disse que tem coisas para nos entregar que possa ser útil na busca pelas Horcruxes. –Harry fechou a porta com cuidado para não fazer barulho.

--Tudo bem, eu não estou aqui há muito tempo! Tive que esperar as duas dormirem! Harry, eu tenho que dizer que Gina está entrando em parafuso! Você não teve a chance não foi? De falar com ela.

--Não, não tive! Malditos Gêmeos e mais um monte de gente... Hermione, eu também vou ficar doido com essa historia. E ainda por cima também não consegui falar com Rony.

--É... Eu acho que ele não vem... Ainda está no quarto dele!

--Eu sei... Mione o que eu podia fazer? Ele não apareceu, e a julgar que não conseguimos saber onde ele estava se pressupõe que estava bem longe! –Harry apontou displicentemente para fora da casa.

--Entendo... Bem, ele não pode se esconder para sempre... Mas mudando de assunto... POR QUE A LUNA?

--Shhh... fala baixo... Abaffiato!

--Desculpa! Mas eu estou ficando confusa com essa historia toda! Tipo... Tudo bem que a Luna esteve com a gente nesses últimos acontecimentos, mas ela não é o que pode se chamar de... Eu não sei... Falando assim soa como se ela fosse a pior pessoa do mundo.

--Eu entendi o que você quis dizer Mione! Eu também não esperava por essa e honestamente muda um pouco algumas coisas que eu andei pensando!

--É algo relacionado ao que você queria me contar?

--É, mas... –Harry parou de falar e os dois amigos se olharam com um sorriso.—Eu abro ou você abre? –Ele olhou para a amiga procurando instruções, Hermione cruzou os braços e olhou para a porta.

--Ele abre...

Harry gostaria de acreditar que ele realmente fizesse isso, mas não tinha tanta confiança quanto a amiga na força de vontade de Rony nesse momento, quer dizer ele já estava lá, já tinha sido muita coisa. Mas passado alguns segundos ele ouviu a porta ser aberta.

--Eh... Desculpe o atraso!

--Tudo bem Rony, o Harry acabou de chegar!

--É, eu sei... Escuta Harry... Eu queria... –Ele parecia não saber por onde começar e olhava constantemente para baixo.

--Rony, eu acho que tenho que te pedir desculpas! Eu realmente devia estar sabendo quanto está sendo barra para você essa estória de ficar guardando segredo e tudo mais! E você tinha toda razão quando disse todas aquelas coisas, eu realmente merecia algo daquele tipo, falei coisas horríveis para você que na verdade não queria ter dito e nem de perto era verdade e...

--Ei, ei, ei, espera! Pare para respirar cara! Eu já entendi! Mas eu também tenho que pedir desculpas! Eu estava meio alterado e... – Rony agora parecia mais aliviado e ria da cara sem jeito do amigo.

--Não! Você tinha razão cara... Eu...

--Não Harry, eu peço que...

--Vocês querem parar! Os dois estão perdoados! –Hermione olhava a cena com cara de emburrada, mas sua boca delineava um pequeno sorriso. –Vão ficar repetindo isso a noite toda? Ai! Vocês são dois bobos mesmo! –Dizendo isso, a menina abraçou os amigos, fazendo-os ficaram um pouco constrangidos.

--Eh... Mione, tudo bem a gente já entendeu... –Rony tentava de algum jeito parecer mais cômodo com aquela situação.

--Entendeu? Então não suma mais, OK? Procurei-lhe hoje de tardinha e não te achei em lugar algum! –Hermione soltou Harry, mas continuou segurando Rony.

--Hã... Eh... Ah...como assim? Eu estava em cima da árvore o tempo todo! Vocês não perceberam? –As orelhas de Rony pareciam tingidas de púrpura.

--Como? –Hermione franziu o cenho e o soltou. Ele na mesma hora pareceu relaxar fazendo o sangue agora correr normalmente pelo resto do corpo.

--Você quer dizer na árvore do lado da casa? –Harry se virou para os amigos, já entrando na conversa, antes ele se controlava para não rir.

--É! Eu fiquei lá o tempo todo... Vocês não perceberam? Eu conseguia sentir vocês!

--Não, a gente não conseguiu te sentir! Como isso poderia ter acontecido?... Ai, Merlin! Justo quando eu achava que podia estar entendendo alguma coisa, complica tudo! –Hermione sentou na cama de Harry com cara de derrotada.

--Não sei não, talvez o Rony tenha bloqueado... Não queria ser encontrado... –Harry andava em círculos sendo observada por Hermione.

--Ei! Eu realmente pensei nisso varias vezes durante a tarde, achava que se alguém aparecesse, eu acabaria sendo grosso ou algo do tipo! –O ruivo sentou no chão se preparando para a longa madrugada.

--Quer dizer que nós podemos bloquear essa percepção? Assim do nada? –Hermione olhava meio contrariada para os dois.

--Bem... Ela também apareceu do nada... Mas eu realmente desejei que ninguém me encontrasse sabe? Queria muito ficar sozinho... Acho que você tem que se concentrar para conseguir!

--Interessante... Como eu havia pensado a gente realmente pode controlar isso. –Hermione deu um sorriso vitorioso.


--Acho que sim... Ei! Vocês também sentiram a Di-Lua?

--É claro! –Harry e Hermione falaram em uníssono.

--Isso está ficando estranho... O que nós temos em comum com ela?

--Não sei Rony, mas eu estava querendo conversar com você sobre uma idéia já faz um tempo.

--O que é? – O ruivo tornou a atenção para o amigo.

--Sabe aquele dia que o Lupin explicou para a gente sobre o elo das varinhas, eu pensei que...

--Ah não Harry! Não me diga que você acha que nós cinco vamos conseguir fazer o elo? –Hermione se pôs de pé e censurou o amigo.

--Bem...

--Você tem certeza que você ouviu tudo o que Lupin explicou? –A garota olhou para o amigo com cara de reprovação.

--Ei, seria legal tentar... –Rony pareceu se animar com a idéia.

--Não Rony, não seria legal! Não temos tempo para perder com isso...

--Mas Mione, eu ouvi tudo que Lupin falou inclusive a parte que ele mencionou que certos bruxos podem conseguir quando possuem alguma ligação misteriosa, como sentir a presença de outras pessoas! Isso não quer dizer nada? Eu realmente acho que a gente poderia tentar. –Harry agora havia parado em frente da amiga e parecia implorar por algum tipo de apoio.

--Ponto pro Harry... –Rony deu um sorriso apoiando o amigo.

--O Lupin só usou aquilo como um exemplo, ele nem afirmou com certeza que isso é uma garantia, não tem nada comprovado que algum bruxo tenha conseguido só por causa disso! Vocês estão menosprezando o feitiço e é impossível que se tenha uma ligação forte e equilibrada com um numero tão alto de pessoas... Escutem! Elo remete equilíbrio, igualdade e eu ainda nem sei se eu gosto ou não da Luna! O Rony ainda a chama de Di-Lua, Por Merlin!

--Eh... Ponto para Hermione... –Rony franziu a cara meio envergonhado para o ultimo comentário da amiga.

--Hermione eu não estou dizendo que eu tenho certeza que vamos conseguir, só acho que poderíamos tentar, está obvio que tem alguma coisa que nos uni, não custa nada tentar provar que é realmente grande como eu sinto que é! É claro que eu não contava com a Luna, mas só de saber que ela possui essa sensibilidade a minha afeição por ela já aumenta consideravelmente!

--Hum... meio ponto dessa vez Harry...

--Você tem que ter afeição antes e não agora! Escute, só acho que nós não temos tempo para isso, e não quero que você alimente falsas esperanças Harry, você irá ficar decepcionado se não dê certo!

--Ponto... Ta perdendo Harry...

--Rony fica quieto e me ajuda! Hermione! É claro que eu não vou ficar decepcionado! Eu ouvi o que vocês dois disseram naquele dia, sei que é complicado!

--Não parece, já que passou todos esses dias pensando sobre isso!

--Porque é uma idéia, e não custa não tentarmos, o que você acha que eu vou fazer se não dê certo? Nuca mais falar com vocês ou entrar em depressão achando que vai estar tudo perdido?

--Eu acho que o Harry tem razão! É só um teste Mione, se não dê certo a gente encerra o assunto e fica tudo por isso mesmo! E ele não leva muito tempo, afinal na maioria das vezes é feito no meio de uma cerimônia de casamento!

--Obrigado Rony! –Harry respirou aliviado e sentou em uma cadeira ainda encarando a amiga.

--Está certo, mas quando vamos fazer isso? –Hermione ainda não estava nem um pouco convencida, mas pareceu ponderar que se continuasse com a discussão passaria a noite acordada.

--Depois da cerimônia antes de irmos... Assim vemos como se faz! –Rony concluiu olhando para os dois a espera de um consenso.

--Combinado... Agora para isso, eu acho que temos ser completamente honestos com todos que vão participar, afinal, se der certo serão pessoas de confiança, não?

--Hermione eu sei aonde você quer chegar e você sabe que eu estou tentando! Se não fosse pelos Gêmeos a Gina já poderia estar a par de tudo!

--Como assim? –Rony olhava de Hermione para Harry.

--O Harry tentou contar toda a historia para Gina depois que você colocou ele contra a parede!

--Serio?

--É! Mas os Gêmeos entraram justo na hora que eu e ela estávamos juntos...

--Juntos? Que sentido você quer dá a juntos? –Rony estreitou os olhos.

--Ah Rony! Por Merlin, não é? –Hermione cruzou os braços fazendo com que o ruivo fechasse a cara. – Mas você não conseguiu mais nada hoje, Harry?

--Bem... Eu consegui ficar de mãos dadas com ela no jantar...

--Harry, venhamos... Você já se contentou com mais... –Hermione deu um risinho irônico.

--Mais? Como assim “mais”? –Agora Rony tinha levantado do chão e encarava Harry perigosamente.

--Rony quer parar como esse ciúme bobo! Não foi o Harry que beijou a Gina na frente de todo mundo? Isso com certeza é mais! As garotas em Hogwarts passaram semanas suspirando com inveja!

--Serio? –O garoto deixou inflar um pouco seu ego, mas logo voltou ao normal—Bem, mas isso não é a questão! Estou dizendo para vocês que de, no caso –Harry verificou rapidamente o relógio –hoje não passa, eu vou contar para ela! E já que falamos tudo que tínhamos que dizer, será que poderíamos dar mais uma olhada nesse mapa para procurar a maldita rua do orfanato!

--Ah, sobre isso eu tive uma idéia! –Hermione pegou uma bolsa que ela havia deixado encostada na parede e começou a tirar livros e mais livros dela, deixando os dois esperando sobre o que ela queria mostrar, o amigo parecia meio inquieto o que Harry estranhou.

--Rony? Está tudo bem? –Harry deu um passo se aproximando e falou sibilando, até porque, talvez o foco da conversar fosse Hermione.

--Escuta Harry... Sobre essa historia com Gina... Pegar na mão já está ótimo, não dê ouvido a essa historia de “mais” da Mione! Já está legal assim! –Rony deu algumas tapinhas calorosas nas costa de Harry que não pode deixar de rir baixinho.

--Está certo Rony...

--Ah! Achei!

--Pode dizer pelo menos o que você estava procurando? –Rony olhava para um pequeno livro na mão da amiga.

--Isto! Ele é uma espécie de manual, com alguns feitiços simples! Achei um que poderá nos ajudar! –Hermione colocou o velho mapa no chão e abriu o manual em uma pagina já marcada. –Certo Rony agora me diz como se soletra o nome da rua que você viu?

-- Rua Bermonth, b-e-r-m-o-n-t-h.

Hermione colocou a ponta da varinha em cima da estação King’s Cross e limpou a garganta. –Rua Bermonth, rastrios!

Um fio dourado saiu da varinha da garota e foi percorrendo todas as retas que simbolizavam as ruas no mapa, ligando-as como ouro liquido que escorre entre um grande labirinto. Harry e Rony deram um sorriso vendo todos os cantos serem vasculhados, então, ao sul do mapa uma pequena linha brilhou com mais intensidade e logo toda a rede dourada foi se dissolvendo deixando em um azul chamativo um rastro que ligava a estação de trem a pequena rua ao sul.

--Escolhi um lugar que nós conhecemos como ponto de partida para nos localizar melhor!
--A rua fica em Southwark, perto da catedral e do rio Tâmisa!
--Bem isso ajuda bastante! –Rony olhava para o pequeno traço marcado no mapa.
--Temos um destino... –Hermione suspirou e olhou para Rony com uma cara triste.
--Temos! – O garoto respondeu com convicção, animando Hermione que começou a enrolar o mapa para guardá-lo, mas bruscamente Harry a interrompeu. Segurando o braço da amiga ele rapidamente apanhou a varinha e apagou a vela que iluminava o quarto.

--Harry o que?

--SHHH! Vocês não ouviram? –O garoto tivera a impressão de ter escutado um fraco estalo do lado fora da casa, parecia que alguém tinha aparatado ali perto. Ele continuou na mesma posição durante alguns segundos, enquanto os três prendiam a respiração alarmados. Harry tinha certeza que tinha ouvido algo, ainda lembrava-se do dia do ataques dos dementadores há dois anos atrás, era exatamente o mesmo som de quando Mundugus havia aparatado da sua rua. Hermione olhava para o amigo que continuava com a varinha em punhos. Rony havia parado no meio do caminho de se levantar e tinha uma mão já no bolso da calça, parecia completamente focado em algum vestígio de perigo, exatamente como Moddy havia os ensinados. Os segundos se arrastavam sem que nenhum som fosse produzido.

--Eu acho que me eng...

CRACK!

De repente um alarme havia soado na cabeça do trio, Rony com um feitiço não verbal cerrou as cortinas sem produzir barulho e junto com Harry postou-se a porta, Hermione se encontrava na janela. Com cuidado ela observou o lado de fora da casa e com movimentos de varinha fez um grande “dois” de fumaça florescente, que pairou por um momento no ar antes de desaparecer ser deixar vestígios.

Um barulho de porta sendo aberta ao longe indicava que haviam entrado na casa, nesse momento Harry fez menção de abrir a porta do quarto, mas foi impedido por Rony. O garoto não sabia como o amigo tinha adivinhado o que pretendia fazer, já que não se via nada devido a falta de luz no quarto.

Rony puxou o braço de Harry em direção a porta fazendo o garoto encostar o corpo na mesma e perceber que duas pessoas conversavam provavelmente no inicio da escada. O garoto retirou um fio do bolso colocando uma ponta por baixo da porta e outra em ouvido. Ele se assustou ao ouvir de quem era as vozes que aparentemente discutiam entre sussurros e subiam as escadas sem fazer barulho.

--Tonks temos que chamar os dois! Você sabe que a situação não está nada bem, Molly não vai gostar.

--Não pode fazer isso Remo! Não sabemos direito o que aconteceu. Não é hora de dizer para ela. Arthur vai saber lidar melhor com a situação nesse momento.

--Está certo, você me convenceu! Agora faça silencio, alguém pode escutar.

--Mas eu estou falando baixo! Está todo mundo dormindo!

--Eu não teria tanta certeza disso! Agora me deixe ir, espere lá em baixo e não faça barulho!


Harry tirou as orelhas extensíveis sem ainda conseguir captar direito o que fora ouvido, algo o impedia de pensar direito e sentia com se algo comprimisse o seu coração e seus pulmões. Ele ouviu quando passos passaram pelo seu quarto e seguiram em frente, por um tempo que pareceu uma eternidade o trio ficou em silêncio, esperando o que parecia ser duas pessoas passarem de volta pelo corredor e saírem da casa, Hermione, finalmente, se moveu até a janela e esperou alguns segundos.

--Lumus! Eles se foram...

Rony parecia ter despertado na hora que a luz voltou ao aposento. Ele abriu a porta do quarto com violência e desceu as escadas desaparecendo na escuridão da casa. Hermione logo foi atrás do amigo, deixando Harry sozinho com uma estranha sensação de dormência. Sabia que algo tinha acontecido, mas temia também ter certeza de com quem tinha acontecido. Algo dentro dele parecia sussurrar em sua consciência algo que ele tinha esquecido, alguma coisa parecia ter sido avisada, mas o garoto não conseguia se lembrar aonde. Palavras desconexas apareciam em sua cabeça sem ele ter lembranças de onde teria ouvido-as. Forçava a memória a lembra quando um barulho vindo do andar de baixo o tirou a concentração. Ele se lembrou de Rony e a sensação de tristeza finalmente o invadiu, fechou os olhos e aparatou na cozinha a tempo de ver o amigo revirar algumas prateleiras. Ele estava impassível e procurava por algo sem dar ouvidos aos pedidos e lagrimas de Hermione que tinha as mãos nos ouvidos e balançava para frente e para trás em um sinal de nervosismo e agonia.

--Rony! Ei cara olha para mim. –Harry tentava se aproximar e ver como amigo estava, mas este não parecia dar sinais de ter o ouvido o que fora dito.

--Rony, por favor, pare... Não faz isso... Fala comigo... Fica comigo, Rony... –Hermione falava entre soluços e tentava segurar um dos braços dele para que parasse, ela não tinha tido muito sucesso, mas naquela hora algo parecia ter o afetado fazendo com que ele baixasse a cabeça e parasse de tentar fugir dela.

--Não está aqui... Não está...

--Rony... —Hermione agora apertava com força uma das mãos do amigo e fazia com que ele levantasse a cabeça para olhá-la.

--Não está aqui Hermione, o relógio não está aqui! Ele não está! Eu não posso saber quem foi! Eu não sei... –Lagrimas escorriam devagar da face do ruivo copiosamente enquanto Hermione as limpava e com as mãos o conduziu até que os dois sentasse no chão. A garota o envolveu em um abraço onde ele finalmente se permitiu chorar de verdade. Ela olhou para Harry a procura de ajuda e ele se sentou ao lado dos dois.

-- Fica calmo cara, vai ficar tudo bem! –Harry sentia um nó na garganta ao dizer isso e tinha dificuldade para respirar devido ao choro embargado que ele tentava reprimir sem muito sucesso. Tentava acalmar o amigo, mas não sabia como. Não sabia o que dizer, o que fazer e sentia que apesar de se esforçar para não chorar, de tentar direcionar as atenções para o que Rony estava passando, o que ele mais queria no momento era alguém para acalma-lo também, para estar com ele, para segurar sua mão e tentar dizer que tudo terminaria bem e que ninguém da sua família ia sair ferido. Sua sim! Os Weasleys era sua família.

--Harry... Vem cá!

O garoto foi tirado dos seus pensamentos por um toque excitante e trêmulo em seu braço, ele levantou o olhar e deu um sorriso fraco que foi se desmanchando em soluços contínuos. Hermione estendia sua mão com segurança fazendo que o amigo soubesse que teria sempre alguém para que o amparasse. Ele, então ofereceu a sua mão direita para Rony, formando uma corrente. Os três ficaram assim por um bom tempo, escorados em um canto da cozinha. Não havia pressa para se falar algo, o silêncio os acalmava aos poucos.

--Temos que acordar a mamãe!

--Rony, ela vai ficar péssima! Nós não sabemos o que aconteceu. –Hermione ainda soluçava baixinho.

--Temos que contar para ela. Temos que fazer alguma coisa.

--Vamos esperar o Sr. Weasley chegar, já está amanhecendo! Ele não pode demorar! –Harry falou finalmente parecendo mais calmo.

--Como a gente pode ficar aqui sem fazer nada? Como devemos agir? Eu não sei quem foi! Nem Carlinhos e nem Fred e Jorge estão em casa... E nem Percy... Porque meu pai está demorando tanto? –Rony parecia voltar a dar sinais de nervosismo, respirava com dificuldade e agora de pé andava de um lado para outro.

--Rony, por favor... Só fique calmo, Ok? Se você ficar assim só vai lhe deixar pior...

--Você quer que eu fique como, Hermione? Eu sei que, provavelmente, alguém dá minha família foi atacado, alguém que eu amo pode, pode... –Hermione não deixou Rony terminar. Encostou o dedo indicador com delicadeza em seus lábios para que ele silenciasse, ela então, encostou a sua boca na dele por um breve segundo, fazendo o garoto se assustar, mas logo fechar os olhos quando ela vagarosamente interrompeu o toque.

--Não fale coisas que o machuque. Eu já disse Rony, me deixa ficar aqui contigo agora...

Harry procurava não olhar para os dois e se concentrar na fina linha de luz que aparecia no horizonte, mas não estava tendo muito sucesso. O sorriso caloroso brincava nos seus lábios ao ver a cara de estupefação de Rony ao olhar Hermione aninhada aos seus braços.

--Eles chegaram! –Harry falou sentido um zumbido na cabeça de repente a qual não deu muita atenção. Rony e Hermione se postarem ao lado dele, de mãos dadas. A uns dez metros da casa se via um grupo de mais ou menos doze pessoas que viam se aproximava.

--Papai está com o relógio e... Carlinhos está lá! –Rony abriu a porta e Hermione e Harry o acompanhou.

--O que aconteceu? Onde estão Fred e Jorge? Pai o que aconteceu? –Rony aproximou do Sr. Weasley e o segurou pelos ombros fazendo o pai levantar o rosto que mostrava marcas de choro.

--Vai ficar tudo bem Rony, os seus irmãos... Eles... Estão no hospital agora, Jorge quebrou alguns ossos e está inconsciente... –O Sr. Weasley parecia meio entorpecido, tinha a cabeça direcionada para Rony, mas não parecia realmente enxerga-lo, falava em um tomo monótono como se aquilo fosse repetido para ele varias vezes.

--E o Fred o que houve com ele? Fala pai! PAI! –Rony continuava a segurar o pai pelos ombros, mas agora parecia mais estar se apoiando nele, parecia não ter forças para se manter em pé.

--Eu... não sei... Ele esta vivo... Mas... Eu não sei... – O Sr. Weasley abraçou Rony nesse momento e os dois caíram de joelho na grama, Carlinho chorava sendo aparado por Lupin, Hermione levou as mãos à boca ao escutar aquilo e Harry se apoio ao arco da porta.

--Chame Molly... Chame Molly, Rony... Eu preciso...

--Eu irei chamar a Sra. Weasley! –Harry já ia se voltando para a casa quando Minerva o chamou.

--Por favor, Harry faça isso! Mas leve Neville para dentro, sim?

Harry e Hermione instintivamente olharam para a esquerda e o garoto apareceu saindo de trás de Felipe e Moody. Ele parecia bastante assustado, tinha uma pequena trouxa em mãos e uma grande capa envolta dele.

-- Hã... Claro, Vamos Neville.

Harry guiou o amigo até a cozinha, disse algumas poucas palavras e deixou ele lá enquanto subia as escadas correndo.

--Harry! O que houve?

--Gina! –O garoto correu em direção a garota e a abraçou forte com certo desespero. Ela tinha acabado de sair do seu quarto e se assustara quando o viu passar correndo. Alguma coisa não estava certa.

--Harry o que aconteceu?— Ele viu o lábio inferior da garota tremer um pouco. –Porque vocês estão acordados tão cedo?

--Escute! Preciso que você chame a sua mãe para mim Ok? Você pode fazer isso para mim, hã? Por favor! Você faz isso? –O garoto falava calmamente entre soluços disfarçados, mas as suas ações o denunciavam, ele apertava as mãos de Gina e não levantava os olhos para encará-la, suas mãos suavam e ele olhava para o andar de baixo repetidas vezes.

--O que aconteceu? Me diz! –A garota aspirou o ar com força e perguntou mais uma vez com uma calma irreal.

--Eu não sei! Eu juro que eu não sei! Mas algo aconteceu com os Gêmeos e você precisa chamar sua mãe. O seu pai está esperando por ela! Rápido Gina. –O garoto levantou os olhos ao dizer isso e ela pode ver a agonia nos olhos vermelhos e nas marcas de choro em seu rosto. Gina então saiu correndo em direção aos quartos de cima deixando o sozinho, mas por pouco tempo.

--Harry! Nossa você foi atingido por uma brenusca?

--O quê? Não Luna!

--Você está triste? Algo aconteceu? –Luna encarava o amigo com seus olhos grandes mas não pareciam tão sonhadores, mas sim preocupados. Harry não tinha forças para responder, olhava para cima a espera de algum sinal da Sra. Weasley e Gina.

--Que pena!

--Hã?

--Nada não! Escuta, o Neville está aqui, não está?

--Está! Eu o deixei na cozinha... Mas ele... Não está lá... –Harry franziu o cenho e encarou a amiga. —Ele está na sala...

--É! Eu sabia! Vou descer para falar com ele!

Harry encostou a cabeça na parede. É claro que sabia que Neville estava na sala, Mas isso não o intrigava agora. Fred e Jorge estavam no hospital, eles não estavam bem e não havia nada que se pudesse fazer. Ele podia ver e sentir a tristeza e não tinha forças nem meios para mudar aquilo, o choro e a agonia o embargavam e um zumbido enchia seus ouvidos. Pela primeira vez naquela guerra o garoto pode sentir o atingirem como um simples telespectador. Ele não estava lá! Ele não viu! Daquela vez a noticia não era dada por ele. Aquilo era o outro lado, o pego de surpresa, o que não estava preparado e que não tivera a chance de prever. Ele chorava imaginando qual dos dois lados era o pior. Naquele momento ele não saberia responder aquela pergunta. Passos apressados o chamaram para o presente, a Sra. Weasley passava por ele e logo atrás vinha Gina se apoiando nas paredes andando com passos descompassados e apresentando olhos marejados. Harry foi até ela e a abraçou forte a guiando para a cozinha.

--Vai ficar tudo bem, não vai? –Ela olhou para o garoto a procura de conforto.

--... Vai sim...

A manhã do dia 29 de agosto daquele ano seria o momento mais triste que Harry iria presenciar naquela casa. Os gêmeos estavam sendo atendidos por medibruxos no Hospital St. Mungus e pelo que parecia os dois continuavam inconscientes. Jorge, felizmente, dava sinais de melhora durante a madrugada, mas Fred não parecia responder as poções e nem aos feitiços reparatórios. Todos os Weasleys pareciam inconsoláveis. Molly era amparada pelo marido e por Minerva que tentava fazer-la tomar uma porção relaxante.

A historia aos poucos começou a vir à tona e pelo que Harry pode perceber as Gemialidades Weasleys havia sido invadida por volta das duas da manhã por três comensais que queriam roubar alguns artigos da loja e levar os Gêmeos na intenção de descobrir planos da Ordem. Pelo o que relatava Lupin e Minerva, se iniciou um duelo, os dois conseguiram derrubar um comensal, mas Fred fora atingido primeiro e ficado desacordado, Jorge não conseguindo mais duelar também foi ferido por um feitiço que havia feito um corte por toda a extensão do seu peito. Os dois foram torturados e deixados dentro da casa junto com o outro comensal desacordado. Os seguidores de Voldemort incendiaram a casa e conjuraram a marca negra, fugindo logo em seguida.

--Como tiveram coragem? Filhos da mãe, cretinos! – Gina falava entre soluços, sendo aparada por Harry.

--Mas ele vai pagar pelo que fez... Por tudo que ele fez... –Rony olhava para o amigo e tencionava os nós das mãos. Harry se limitou a afirma com a cabeça e apertar mais Gina em seus braços.

--Eu vou para o hospital! –Molly finalmente havia pronunciado uma palavra e olhava para Minerva.

--Nós vamos levá-la Molly. –Tonks se aproximou e segurou uma das mãos da Sra. Weasley.

--Todos nós vamos! –Rony se pôs de pé.

--Eu creio que vocês não podem ir. –Minerva olhava para Rony e Gina e depois para Harry e Hermione.

--Por que não? –Gina agora saia dos braços de Harry e também se pôs de pé intrigada.

--Não podemos deixar vocês aparecerem em publico! –Minerva falava em seu tom natural, mas se notava o seu desconforto. –É perigoso!

--Mas Minerva... –Molly olhava para a bruxa ao seu lado sem entender.

--Eles estão correndo imenso perigo, Molly! Trouxe Neville para esta casa, justamente por causa disso. O St. Mungus é um local publico onde milhares de pessoas transitam sem sabermos exatamente quem são. Não podemos arriscar. Infelizmente todos sabemos que a segurança de vocês é de extrema importância. E por isso eu proíbo vocês de saírem dessa casa... Até que seja a hora apropiada.

--Mas isso é não é justo! COMO PODE FAZER ISSO? –Gina estava vermelha de raiva.

--ELES SÃO NOSSOS IRMÃOS! –Rony parecia querer ir para cima de Minerva, mas era segurado por Hermione.

--NÃO PODEM! –Gina ainda conseguiu acertar de raspão um soco no ombro de Moody que estava calado mas balança a cabeça em concordância com Minerva.

--Professora... Por favor... Eles precisam ir ao hospital! –Harry pedia tentando controlar Gina e sua própria raiva. Sabia que aquilo era por causa dele.

--Potter, isso é para a segurança de vocês. Todos aqui têm a completa noção de quanto perigo vocês correm nesse momento, é para o próprio bem de vocês!

--Escutem-me... Gina, Rony eu sei que você não concordar com isso, mas confiem no seu pai, nós voltaremos com noticias, vai tudo acabar bem.—O Sr. Weasley colocou a mão em cima dos ombros do seus dois filhos menores, que pararam de gritar.

--Pai... Por favor, não faz isso... Não nos deixa aqui... Eu preciso ver-los... Por favor... –Gina chorava de cabeça baixa e era segurada por um abraço de Harry já que não conseguia se sustentar nas próprias pernas.

--Nós traremos noticias, não se preocupem... –O pai tinha se virado de costas e Molly havia subido para trocar de roupas, mas parecia indecisa e com pena sobre a decisão que a Ordem tinha tomado.

Harry não se conformava com o que haviam feito com Rony e Gina, mas misteriosamente a sua língua tinha ficado presa durante toda a discussão, todos os seus argumentos já haviam sido gastos em outra briga no passado, não tinha forças para argumentar e por pior que parecesse, uma pequena parte da sua consciência dizia que Minerva estava só tentando protege-los como Dumbledore teria feito. Só que ainda era revoltante demais e sabia que por mais que a Ordem quisesse preservá-los, aquilo não era a coisa certa a se fazer, aquele erro já havia sido cometido e iria se repetir mais uma vez.

--Lupin, Tonks, Felipe, Luana e Jay iram ficar aqui até o turno deles de vigia no hospital, mas nessa hora já estaremos de volta com noticias, não se preocupem. –Minerva falava em seu tom inflexível para uma platéia meio alheia ao que se era pronunciado, já que Luna tentava acalmar Neville que ainda parecia muito assustado e Hermione e Harry se alternavam tentando consolar Rony e Gina.

A Sra. Weasley desceu já vestida junto com Gui e Fleur que também haviam subido para se trocarem. Molly deu um beijo demorado nos dois filhos caçulas e saiu junto com a grande comitiva da Ordem. A casa no mesmo momento ficou silenciosa e deprimente. Tonks olhava para os seis jovens com uma cara de tristeza, Jay, Luana e Felipe tentavam ajudar a animar os jovens e Lupin parecia meio pensativo.

--Lupin, eu tenho que falar com você! –Harry olhava para o amigo com uma expressão dura. Ele deixou Gina aos cuidados de Luana e se dirigiu para seu quarto sendo seguido por Remo.

--Isso é uma tremenda injustiça!

--Eu sei... Mas não pude fazer nada, só estamos tentando proteger vocês!

--É eu sei, mas é maneira errada de proteger! Você sabe disso! Tem que haver um jeito de irmos para o Hospital.

--Não se pode dizer o que é certo e errado em uma situação como essa. Isso é uma guerra Harry, e ela não gira em volta de vocês, apesar de às vezes parecer! Os gêmeos sabiam do perigo que estava correndo e não podemos perder a cabeça a cada ataque que acontece. –Lupin sentava na cama aparentando uma calma meio fingida. – Todo dia... Está morrendo gente, que você não conhece, que não queriam estar nessa, mas não tem para onde ir, que não tem a chance de se defender, como vocês estão tendo. Então não tente fazer alguma coisa maluca e precipitada sem antes pensar na possibilidade de estar levando todo mundo para o inferno junto! Estamos desesperados se você não percebeu. –Lupin soltou uma risada irônica e olhou para o garoto meio enviesado. –Sabe... Nós tiramos Neville as pressas de sua casa no meio da madrugada para que pudéssemos ter os olhos nele vinte quatro horas por dia. Ele não foi avisado, não sabia para onde estava indo e nem por que. Mandamos a sua avó para a França e queimamos sua casa... Tudo! –Lupin tornou a abaixar a cabeça, parecia envergonhado pelo que tinha feito. –Demos a impressão de que alguém a tinha invadido, sabe? Sumimos com tudo que poderia indicar que ele esteve lá. Estamos nos juntando em um mesmo local, nossas vigias não estão sendo suficientes... Estamos perdendo. Tínhamos certeza que Fred e Jorge ficariam bem e agora eles estão morrendo dentro de um cubículo de hospital... Eu tirei o Jorge do fogo! Eu vi o sangue dele escorrer entre as veste. Esse sangue aqui. –Lupin mostrava as mãos e as mangas das vestes sujas. –Por isso não venha me dizer o que é certo ou errado para proteger vocês, para não deixar que o único filho do meu amigo seja ferido de maneira tão cruel. Não me venha dizer o que é injustiça Harry...

O garoto não conseguia se mexer e nem falar nada, olhava para as vestes do amigo a sua frente meio hipnotizado pelas manchas de sangue que a tingiam enquanto o amigo respirava pesadamente.

--Sei que você quer muito ver como eles estão e sei que os dois Weasley lá embaixo precisam ver-los, presumo que talvez seja a ultima oportunidade de Rony ver os irmãos... Por isso quero que pense sobre isto aqui! –Lupin tirara do bolso um vidro onde continha um liquido meio espesso e em seguida tirou o sobretudo e pendurou na maçaneta da porta. –Eu sei que você vai considerar tudo o que eu falei para você agora, mas sei também que você faria tudo para proteger os cinco que estão lá embaixo. Seja cuidadoso Harry. Eu confio em você, sei que não vai me desapontar. Mas por isso pense com bastante cautela sobre o que você vai fazer. –Lupin pegou a mão de Harry a abrindo, depositou alguns fios de cabelo e a fechou em seguida.

--Eu tenho que estar no Hospital com Tonks e Felipe às nove da manhã. Nós ficamos em torno de meia hora com Jorge no quarto. Depois patrulhamos o corredor até as onze. Meia hora... De nove e meia eu espero que Gina e Rony já estejam melhor.

--Eu entendi... Muito obrigado Lupin.

--Nós guardamos as malandragens para as horas certas, se lembra? –Lupin deu um sorriso triste para Harry e saiu do quarto.

Harry ficou encarando a porta por um tempo e depois apertando os fios de cabelo em sua mão decidiu que tinha que falar com seus amigos. Desceu as escadas correndo e se assustou um pouco ao notar que só os seus amigos se encontravam na sala.

--Onde está Lupin e os outros? –Harry perguntou para ninguém em especial, mas Luna o respondeu apontando para o lado de fora da casa.

--Escutem! Vamos subir eu tenho que falar com todos vocês. –Todos encararam Harry meio desanimados e o garoto presumiu que eles não tinham disposição de sair da cozinha. –É urgente!

Luna levantou primeiro, seguida de Neville, Hermione puxou Rony e os quatro começaram a subir em silêncio. Hermione olhou para trás a procura de Gina, mas Harry fez um sinal com a cabeça para que continuasse subindo.

--Gina... Vem comigo! –Harry se ajoelhou em frente à garota para poder encara-la. –Precisamos conversar.

--Eu estava com raiva deles... Por causa de ontem de tarde! –Gina abaixou mais a cabeça, escondendo o seu rosto.

--Ei, ei, olha para mim! –Harry segurou o queijo da garota para que a olhasse. –Não faça isso, está me ouvindo? Está me ouvindo? Responda!

--... Estou... Eu só queria me desculpar com eles...

--Então venha comigo!

--Me deixa aqui Harry, por favor!

--Não, eu não vou deixar! Eu nunca vou deixar! Agora levante! É serio Gina! Temos pouco tempo... –Harry segurou nas duas mãos da garota e a fez levantar. –Ei de quem esse casaco? –O garoto se referia a um pesado casaco vinho que havia caído dos ombros de Gina quando ele a levantou.

--É da Tonks, ela o deixou comigo enquanto tentava me acalmar.

--Por que isso não me surpreende? –Harry pegou o casaco e revirou seus bolsos achando uma pequena caixinha que continha alguns fios de cabelo de diferentes cores. –Anda! Vamos lá para cima.

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gente eu perdi os comentarios do cap 13, eu vu chorar!!!!!!!!!!!!!!!Não entendi direito o que houve mas aí está o cap. de novo!
agora ele está todo junto, já que antes ele tinha duas partes!
é isso gente e até o proximo cap.!

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