A reunião da A.D-Parte I e II



Outra parte do cap.!
Eu sei que isso está ficando chato, mas eu particularmente acho melhor do que ficar esperando!
Então eu vou colocar aqui a parte II e possivelmente a parte III, que é o final do cap. (graças a Deus) será postada no final de feriado!
boa leitura!!


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( I )

--Eu não sei se isso vai dar certo! –Hermione se levantou meio afoita.

--Vai dar certo!

--E se realmente for perigoso ir ao Hospital? E se vocês forem pegos?

--Hermione vai dar tudo certo! Você sabe que para todas as circunstancias nós não saímos daqui! –Rony abraçou a amiga tentando passar confiança. No mesmo momento Gina olhou significativamente para Harry, que se limitou a fazer um sinal com a mão indicando que a explicava depois.

--Eu estou com medo! Não sei se isso vai dar certo! –A garota ainda falava em um tom aflito.

--Vai ter que dar! Por que eu não vou ficar aqui parada enquanto meus irmãos estão no hospital. –Gina andava de um lado para outro do quarto, já vestida com o casaco de Tonks.

--Gina é melhor você sentar, temos que ouvir quando todos chegarem. É o sinal para começarmos. –Harry olhava para a ruiva e tencionava os nós dos dedos em sinal de nervosismo.

--Já estamos aqui sentados esperando há duas horas. –Ela parecia aborrecida e impaciente.

--Só tenha calma...

--Calma... Calma ele diz... Humf! –A garota continuou a bufar e soltar indiretas baixinho.

--Harry, eu estou com medo! Não vamos conseguir enganar a Sra. Weasley! Não vou conseguir mentir para ela.

--Hermione é só por meia hora! –Harry falava com toda a paciência que ele conseguiu juntar, Hermione e Gina pareciam se reversa em queixas. –E você talvez nem precise mentir!

--É Mione! –Gina olhava para amiga com cara de suplica.

Era impressão de Harry ou a raiva da ruiva só era descontada nele?

--Escuta Mione, o que vocês três tem que fazer é dizer que nós estamos muito tristes no meu quarto e não queremos ser incomodados. –Rony alisava o cabelo da garota e falava da maneira mais mansa que Harry já tinha visto.

--E o Harry? –A garota apontou para o amigo.

--Eu posso estar tentando ajudar eles a melhorar... Mas nesse caso é melhor você também estar dentro do quarto, assim você pode impedir da porta ser aberta! O Neville e a Luna podem dar a noticia e depois você se junta a eles. Vocês vão conseguir, é só por meia hora!

--Eu topo! –Luna levantou a mão com a animação de sempre fazendo Hermione revirar os olhos.

--Eu vou tentar! –Neville parecia um pouco mais calmo passado já algum tempo depois da sua chegada. Entendia a gravidade da situação e escutou toda a explanação sobre o plano de Harry com bastante concentração.

--Está certo... Mas prometam que vão tomar cuidado! O Lupin confiou em vocês! Não vão estragar tudo! Voltem em meia hora! Meia hora!

--Está certo Mione. –Harry falou em um tom cansado, até porque já era bem a terceira vez que a garota repetia aquelas palavras. O garoto não podia negar que a perspectiva de sair do mundo fechado que havia se tornado a Toca não o estivesse deixando nervoso e o fato de estar vestido com um sobretudo velho de Remo e ver Gina e Rony tentar ajeitar melhor seus respectivos disfarces estava piorando tudo. A conversa com Lupin ainda ressonava em sua cabeça como um alarme repetidas vezes.

--Certo vamos passar de novo o que temos que fazer...

--Hermione...

--Fica quieto Rony e me deixa falar.

--Nós esperamos o sinal de que os Weasleys voltaram do hospital.

--E quando isso acontecer, eu, o Rony e a Gina tomamos a poção e com o portal vamos para o St. Mungus. –Harry falou tudo com um tom de voz cansado e no final jogou o portal como se fosse uma goles para Gina, que levou um susto, mas ficou girando a pequena bola nas mãos.

--Certo. Eu vou para o quarto do Rony, selo a porta e não deixo ninguém entrar. Até vocês chegarem! Enquanto isso...

--Eu e a Luna vamos ficar lá em baixo e se alguém perguntar, diremos que a Gina e o Rony não querem sair do quarto e que não querem ver ninguém, e vocês dois. –Neville apontou para Hermione e Harry. —estão tentando acalma-los.

--Nisso nós estaremos no St. Mungus. Ficaremos meia hora no quarto com Jorge e depois voltaremos para o meu quarto aqui na Toca. Assim nós saímos os quatro e vamos perguntar em um tom triste como foi no hospital... Não tem erro! –Rony olhava para Hermione de braços cruzados esperando que ela se convencesse de vez.

--Acredite... Tem muita coisa que pode dar errado! –A garota devolvia o olhar com um semblante fechado.

--Escuta Mione, se você não quer participar do plano, então diga logo!

--É claro que eu vou ajudar Ronald, nem se atreva a falar algo desse tipo!

--É por que não está parecendo. –Rony já elevava a voz gradativamente e descruzava e cruzava os braços de forma indignada.

Gina suspirou de forma cansada e seu olhar encontrou o de Harry que deu um meio sorriso e a convidou silenciosamente a sentar ao lado dele, o que ela fez de meio agrado. As brigas de Rony e Hermione já não perturbava tanto assim, tanto que ele não dava mais atenção, ao contrario de Neville e Luna que olhava para os dois como se assistissem a um jogo de tênis. Harry sabia que o mais provável era continuarem brigando por mais algum tempo e logo depois pararem. Ele até suspeitava que eles às vezes fizessem de propósito, por isso sua atenção estava toda na ruiva sentada ao seu lado que mexia no pequeno portal em suas mãos de forma obsessiva.

--Desculpe não ter te contado sobre o portal antes. Foi Dumbledore que me deu.

--Não precisa se desculpar. Ele parece ser bem pratico... –Ela falava de forma mecânica e não olhava pára ele.

--E é! Bem pelo menos até agora parece...

--Ele pode te levar a qualquer lugar? Como um portal normal? –A garota levantou os olhos parecendo querer investir na conversa e deixar o mau humor de lado.

--Sim, mas esse você pode guardar. –Harry sorriu internamente, aliviado por constatar que as feições de Gina tinham aliviado e logo se apressou a continuar com a conversa. –Hermione estava me explicando que a maioria das coisas utilizadas para fazer portal não possui muita resistência mágica a ponto de poderem ser usadas de novo até que passem por um processo de renovação! Ou algo parecido... Por isso usam coisas trouxas que além de não chamar atenção não precisa necessariamente ser reaproveitada, ela muitas vezes se desgastam e por isso acabam virando lixo de novo. Mas essa pequena coisinha aqui. –Harry pegou a pequena bola das mãos de Gina.—Pelo que a Hermione falou ela deve possuir uma fonte de magia como as varinhas que não desgasta e orientada para esse tipo de fim serve como portal quando você quiser, e você ainda pode alterar o destino!

--Nossa! Você realmente esta andando e ouvindo bastante a Hermione. —Gina falou friamente e olhou para a garota de cabelos cheios que continuava a discutir com o Rony e não parecia prestar atenção a mais nada.

--É... Desde que toda essa historia começou... –O garoto não havia entendido a mudança de atitude da garota.

--É isso que vocês ficam discutindo de madrugada? Você, o Rony e a Hermione?

Harry, ao ouvir aquilo, parecia ter levado um pequeno choque, enquanto Gina sorria ironicamente da expressão do rapaz. Ela jogou o pequeno portal para o garoto e fez negativas com a cabeça ainda com o sorriso frio, fazendo o abaixar a cabeça para não encara-la.

--Você sabe então...

--O que vocês conversam? Não! –Ela enfatizou bem essa negativa, fazendo o mexer desconfortavelmente. —Sei que um dia irá me contar e eu, infelizmente, confio em você, sei que se não me contou ainda, é por que julga melhor ser desse jeito.

Agora era como se uma pedra batesse no seu estomago. Ela teria dito aquilo para ele se sentir mais culpado do que já estava sentindo? Era provável.

--A Hermione foi cuidadosa, mas com essa sensibilidade que eu sei que vocês também estão sentindo você tem que admitir que não foi difícil saber onde encontrar vocês.

--Mas, você nunca se movia, nós conseguimos te sentir, sua presença é diferente quando você está acordada... É mais... Forte.

--Bem vamos dizer que não é difícil manipula-la! –Gina piscou um olho marotamente, mas não ajudou a Harry se sentir melhor, ele estava começando achar que aquela manhã estava tendo muita informação em um curtíssimo período de tempo.

--Gina... Sobre essas reuniões, eu...

--Não precisa começar de novo Harry, eu... –Ela agora baixou a cabeça tristemente.

--Mas eu quero contar! Eu disse ontem que queria falar com você, não disse?

--Disse... –Ela levantou a cabeça esperançosa.

--Só que nesse exato momento não é apropriado! Com isso que houve hoje de madrugada... —Gina fungou rapidamente ao ouvir aquilo.— Mas quando nós voltarmos dessa loucura que estamos para fazer, eu prometo! Eu vou conversar com você! Para falar a verdade eu tenho algo para contar para todos nessa sala, mas para você... É algo muito importante. E será hoje!

De repente duas batidas na porta fez todas as vozes do quarto se extinguirem. Gina saltou da cama não dando mais atenção para Harry. Hermione com a mão tremula a abriu deixando o brasileiro Felipe entrar.

--Descupe... Bem os Weasleys acabaram de aparatar em freente a casa, Lupin e Tonks estão o retardanddo... Esta na hora. Vamos partir para o hosptal daqui a cinco minutos. O esperamos logo em seguida... Ah! Aconselho a descerm pela janela.

--Nós sabemos! Obrigado Felipe! –Rony falou seriamente e acenou com a cabeça para o jovem a porta.

--Felipe! Quem está lá em baixo? –Hermione perguntou com um tom preocupado que o jovem tratou de desanuviar com um sorriso.

--Não se preocup Mione! ( -Mione?*) O Moddy e o seu olho maluco não estão lá em baxo! Ele teve que ir pra Hogwarts com Minerva! Eu vou descer agora! Ah! Rony fique com o meu brinco. Ele não é tão discreto para não passar despecebido, você vai precisar!

--Ah! Obrigado... –Rony ficou olhando meio de banda para o brinco que o havia sido entregue. Mais parecia um espinho de ouriço, só que talvez um pouco maior e feito em madeira. Combinava com estilo meio descolado do brasileiro, mas Harry não conseguia imaginar outra circunstancia onde Rony aceitasse usar um acessório daqueles.

--Bem é agora! Hermione é melhor você aparatar no quarto do Rony... –Harry levantou e deu uma ultima ajeitada no grande casaco.

--Estou indo! Cuidado vocês... –Ela se virou para Rony meio vermelha. –Me desculpe e tome cuidado você também! –A garota deu um pequeno selinho no amigo e aparatou em seguida deixando todos surpresos e um Rony meio lesado para trás.

--Hã... Certo! Acho melhor vocês descerem. –Harry se desligou do amigo e sinalizou para que Neville e Luna se apressassem.

--Está certo! Vamos Luna. –A garota ainda olhou mais umas duas vezes para Rony antes de deixar o quarto.

Harry distribuiu a porção em três copos e deu um para Rony e outro para uma nervosa Gina.

--Me diz uma coisa. Qual é o gosto dessa coisa aqui? –A garota levantou o copo na altura dos olhos para examinar melhor a porção.

--Eu acho melhor não respondermos essa pergunta. –Harry comentou com uma careta.

--Eu não acredito que eu vou tomar isso de novo, de livre e espontânea vontade e com o maior prazer! –Rony, ao dizer isso, virou de uma vez o copo com a porção polissuco. Harry imitou o gesto em seguida. Gina ainda olhou uma segunda vez para o liquido, mas logo se juntou aos dois garotos.

A lembrança de Harry não havia feito jus ao quão horrível era aquela sensação. A ânsia de vomito foi quase que incontrolável A garganta logo se fechou junto com a queimação que começava no seu estomago e passava para o corpo. Toda sua pele começava a borbulhar como se estivesse em ponto de ebulição e uma sensação diferente de que ele se lembrava começou. Algumas partes do corpo diminuíram um pouco de tamanho. Pelo o que ele lembrava, a retração foi ainda mais dolorida do que o alongamento.

De repente toda a dor passou e ele se encontrava de joelhos, olhou para suas mãos e com satisfação não as reconheceu, começou a pesquisar o resto do seu corpo e percebeu que havia muitas cicatrizes por todo ele. Um pequeno gemido vindo do seu lado direito o despertou para a realidade. Ele viu uma garota de longos cabelos pretos caída no chão e Felipe, ou melhor, Rony, tentando ajuda-la a levantar, o que logo Harry se apressou em fazer também.

--Isso é horrível! –A garota tinha os olhos fechados e uma cara meio enojada.

--Alguma coisa saiu errada... –Rony olhava para a irmã com o rosto franzido. Ela imediatamente colocou as mãos ao rosto como se conferisse se estava tudo no local.

--Essa não é a Tonks!—Harry alisou uma pequena mecha de cabelo da garota meio surpreso não só pela nova fisionomia de Gina, mas também pela voz diferente que saiu da sua boca.

--Ai meu Merlin, quem sou eu? –Gina segurava os longos cabelos pretos e correu para frente de um pequeno espelho que estava na estante. –Isso não é a Tonks! Eu não conheço essa mulher!

--Embora pareça um pouco com a Tonks...

--Como é? –Gina se virou para Harry.

--Não é sério! Se tirar esse cabelo preto, o nariz um pouco mais arrebitado e se fosse um pouco mais baixa... A Tonks não é tão alta assim, ela é mais baixa que o Lupin, no caso, mas baixa que eu!

--Na verdade ela diz que era do mesmo tamanho, mas preferiu depois diminuir um pouco sua estatura desde que o conheceu. –Gina voltou a se olhar no espelho, começou a estudar suas feições mais cautelosamente.

--E a voz é igual à dela! Quer dizer que essa... É a verdadeira Tonks? –Rony apontava para Gina com o cenho franzido.

--Parece que sim. Mas desse jeito ela talvez não engane ninguém, a Tonks quase não usa essas cores muito normais no cabelo... Gina será que você não poderia também mudar a sua aparência como a verdadeira?

--Eu não sei... Será?

--Então é melhor você tentar logo, já estamos perdendo um bom tempo nessa estória. O verdadeiro grupo já deve ter partido a... dois minutos.

--Espera um pouco... Como eu faço isso?

--Tente se concentrar no que você quer mudar. Tipo o cabelo... rápido!

A imagem de Tonks fechou os olhos com força por um momento. Harry e o amigo, que agora tentava botar o brinco na orelha, olhavam para ela com grande expectativa. Lentamente o cabelo preto começou a encurtar e algumas mechas desbotadas de rosa começaram a aparecer. Harry não pode deixar de dar um sorriso, uma parte de alivio e outra de algo parecido com orgulho, afinal, aquela mulher a sua frente era uma grande bruxa, e tanto com o disfarce de Lupin e Tonks ou quando eles eram simplesmente Harry e Gina, ela gostava dele.

A garota abriu os olhos e respirou fundo, a testa estava molhada de suor. Ela olhou o resultado no espelho e os outros dois garotos se aproximaram para também ver os seus disfarces.

--O cabelo ainda está em preto em algumas partes...

--Mas já está bom! Vamos agora! Já estamos atrasados. –Felipe ajeitou a lapela do seu casaco e se encaminhou para a janela. –É nessas horas que é ruim não poder mais aparatar dentro de casa para fora... –O jovem olhava para o lado de fora como se medisse a altura da queda.

--Rony, nós temos que tomar cuidado! Logo aí embaixo é a sala, todos podem estar lá! –Gina, ou Tonks, ainda tentava ajeitar o seu cabelo no espelho.

--É eu sei! Mas tente me chamar de Felipe, ok? ...Eu espero que Neville e a Di-lua estejam fazendo direito à parte deles do plano! –Rony olhou uma segunda vez para o lado de fora da janela. —Harry me empresta a capa de invisibilidade, eu vou pular! Nessa altura se eu cair errado eu só quebro uma perna ou um braço... Acho que pelo menos eu sei cair direito...

--Ro—Felipe! Você... –A garota já ia começar a protestar, mas se calou quando viu Lupin lhe entregar a capa.

--Depois você a pega de novo. –Ele se envolveu com a capa deixando apenas os tênis do lado de fora. Harry e Gina assistiram o surrado calçado se precipitar para fora do aposento e desaparecer do parapeito logo em seguida. Os dois correram até a janela a tempo de verem o garoto sair de baixo do manto e levantar o polegar positivamente para indicar que estava bem. Ele correu até atrás da árvore mais próxima e estendeu a capa. Harry a conjurou e ela veio parar de novo em suas mãos.

--Vamos Gina! Você vai agora!

--É Tonks! –A garota falou com um sorriso nervoso. Harry a olhou. E alguma coisa formigou em sua cabeça. O sorriso não era de Tonks, podia ser paranóia, mas achava que poderia reconhecer Gina sobre qualquer disfarce, mesmo com a porção polissuco. Ele continuou a encará-la por um momento e não podendo evitar, a abraçou.

--Não venha se apaixonar pela Tonks, ok?

--Impossível... A Tonks verdadeira não tem esse sorriso. –Harry achou estranho ouvir Lupin dizer isso, mas parece que o efeito da frase foi o mesmo que ele imaginava porque as faces de Tonks ficaram bem vermelhas.

--Desculpe... Eu estava meio “surtando” era só... –Gina abaixou a cabeça envergonhada.

--Não precisa se desculpar! Hoje não está sendo um dia muito bom... E além do mais você tem razão em eu ser um ser irracional... meio irracional, pode ser? –Harry completou rapidamente. Gina deu uma risadinha nervosa e afirmou timidamente com a cabeça deixando Harry um pouco mais confiante. –Anda! Você precisa descer. –O garoto a envolveu com a capa já mudando o rumo da conversa. –Ela com certeza vai abrir um pouco quando você pular, por isso tente prender a abertura da capa entre as pernas, OK?

--Eu sei Harry! Relaxa! –Gina deu um ultimo sorriso antes de sumir por baixo da capa. –A essa altura eu só quebro uma perna ou um braço! Não tem problema! –A voz vinha de algum ponto logo a sua frente, mas já próxima a janela.

--Não fala isso nem brincando! E é Lupin por sinal!

--Sei! Me dá um apoio para eu subir no parapeito! –Uma pequena mão apareceu flutuando e Harry a segurou a ajudando a subir. –Pronto, pode soltar! Não se esqueça o portal, Ok? –O garoto sentiu um rápido movimento de ar indicando que Gina já tinha pulado e logo depois a figura de Tonks apareceu se levantando no jardim da Toca.

--Ainda bem que Fleur ainda não cortou essa parte da grama! –Harry colocou o portal em seu bolso e conjurou a capa com um feitiço não verbal. Ele rapidamente a vestiu e sem cerimônias pulou do parapeito da janela. O pouso foi meio desajeitado, mas a grama ajudou a amortecê-la. Ele se levantou e saiu correndo até onde se encontrava os amigos. Da pequena bola puxou três alças de dentro do objeto e segurou uma delas, Felipe e Tonks saíram de trás da arvore no mesmo momento e seguraram ao outras duas que faltavam.

--Juro solenemente que não irei fazer nada de bom! Hospital St. Mungus!

( II )

A palavra certa para se definir a recepção do hospital seria: Caótica.

Havia pacientes sendo atendidos por toda a extensão da entrada e pessoas passando às pressas por eles carregando grandes vidros de poções ou estranhos instrumentos. O choque foi tão grande que o trio, que acabara de irromper no aposento, não parecia ter a capacidade de locomoção e por um momento continuou parado do jeito que havia chegado. Harry tentava não olhar para um homem que era atendido às pressas por dois curandeiros logo ao seu lado. Suas vestes estavam empapadas de sangue e dava para se ver um grande corte em seu pescoço que, pelo desespero dos curandeiros, não estava querendo fechar. Uma mão pequena apertou com força o braço do garoto, fazendo Harry dar a atenção a uma Tonks que, com uma expressão meio horrorizada, olhava para algo mais a frente deles. O garoto acompanhou o olhar e seu estômago deu umas duas voltas. Entre vários pacientes que eram atendidos às pressas, estava um inconsciente Ernesto Macmillan. Ele era da Lufa-Lufa e do mesmo ano que Harry!Um curandeiro o amparava enquanto fazia surgir com um aceno de varinha uma pequena maca flutuante que levou o garoto rapidamente pelo longo corredor. Harry deu alguns passos como se fosse segui-lo, mas foi impedido pelo os outros dois.

--Nós não o conhecemos se lembra? –Felipe falou indicando ele próprio e para uma Tonks já mais sóbria.

--Eu posso ajudá-los? –Uma voz extremamente meiga se fez ouvir atrás dos três. Harry, ainda meio atordoado, se virou e deu de cara com uma jovem medibruxa. Ele estranhou a cordialidade, até porque eles eram uns dos poucos em bom estado físico e havia milhares de outros visitantes na fila da recepcionista mais a frente esperando que alguém lhes desse atenção.

--Hum... Viemos visitar Fred e Jorge Weasley! Eles vieram para cá no começo da madrugada. – A voz grave de Felipe se dirigiu a mulher a sua frente. Ela se deteve um momento no brinco do rapaz e esboçou um pequeno e rápido sorriso.

--Ah claro! –Ela olhou rapidamente uma prancheta em suas mãos. –Infelizmente, só o senhor Jorge está podendo receber visitas. Ele acordou há meia hora. –Um certo alívio foi sentido no trio— Mas demos uma porção para que ele voltasse a dormir. Vocês podem vir por aqui, por favor. –A mulher saiu na frente e o trio a seguiu, Harry percebeu que Gina agora tinha os cabelos completamente rosa e encarava as costas da mulher que ia a sua frente com desconfiança.

O grupo subiu quatro lances de escada e atravessou alguns corredores. Demoraram um pouco para chegar devido a paradas constantes ora para dar passagem a algumas pessoas, ora para macas que passavam pelos corredores. Eles foram encaminhados para uma grande enfermaria que estava com todos os leitos ocupados. A jovem curandeira indicou a quarta cama da direita, e os três se aproximaram. Jorge parecia estar dormindo profundamente e estava com grandes queimaduras em toda a extensão do rosto, pescoço e braços, as únicas partes visíveis. O peito estava todo enfaixado como também a nuca. Seu olho esquerdo estava bastante inchado e uma pasta esbranquiçada cobria alguns cortes.

--Ele está em um sono sem sonhos.Seria muito doloroso para ele ficar acordado, mas acreditamos que daqui a um ou dois dias ele já estará melhor e poderá conversar.

Os dois irmãos se postaram um de cada lado do leito sem saber bem o que fazer, sendo assistidos por Harry e pela enfermeira estranha. Gina parecia engolir o choro, mas uma fina lágrima teimou em descer. Rony tremia em espasmos contínuos mas tentava disfarçar. Harry olhava para o leito e para os dois amigos como se estivesse se intrometendo. Ele deu uma rápida olhada no relógio, já eram nove e quinze. A enfermeira percebendo o movimento começou a relatar, aparentemente para as paredes, o que parecia ser tudo que estava anotado em sua prancheta.

--Ele teve sorte, o corte apesar de ter sido profundo não atingiu os órgãos vitais, mas ele perdeu muito sangue, que já está sendo reposto gradativamente por uso de poções restauradoras auto-sanguíneas. As queimaduras, que foram causadas por fogo mágico causaram sérios danos no tecido epitelial, mas só poderão ser tratadas após o término do tratamento com as... —A jovem deu outra rápida olhada na prancheta—Treze porções que ele está tomando diariamente para reabilitação mental, devido ao uso da maldição cruciatus! Ela costuma deixar seqüelas permanente ,mas, no caso dele, achamos que não causou nenhum dano mais sério.

--Ahm... E o Fred? Como ele está? –Harry ouviu a voz de Lupin sair da sua boca e não deixou de estranhar mais uma vez, já fazia um bom tempo que ele não falava nada e a sensação esquisita de estar no corpo de outra pessoa despertou de novo.

--Ah... Ele vai ficar... ok... –Aquela frase parecia ser ensaiada para passar tranqüilidade, mas causou justamente a reação inversa, talvez devido a mulher apertar com mais força a prancheta e evitar olhar para os dois ao lado da cama. Gina deu um soluço alto, Rony baixou a cabeça e Harry, estranhamente, estreitou os olhos para a curandeira, mas depois os voltou para o leito de Jorge.

--Hã... Não estariam precisando de você para alguma coisa? Afinal o hospital está bem lotado... Você poderia...

--Ah! Me desculpe! Com licença. –A jovem distribui um último sorriso e cerrou as cortinas ao redor do trio saindo da enfermaria.

--Você não achou que foi um pouco grosso Lupin? –Rony falou sibilando.

--Não! Agora precisamos voltar. Vamos embora daqui!

Rony olhou para o relógio e depois para o amigo.

--Ainda temos algum tempo... E podíamos ficar aqui até terminar o efeito... Meia hora não dá para nada.

--Não Rony! Quando der nove e meia temos que voltar! E até que conseguimos chegar a recepção, vai ter passado um tempo... Não quero mais ficar aqui...

--Como assim?

--Olha... Quando der nove e vinte nós vamos!

--Harry, falta três minutos!

--Eu sei... É melhor nos despedimos... Não podemos mais ficar, temos que voltar... Olha, eu sei que você vai ficar chateado comigo, mas o objetivo era vê-lo e isso nós acabamos de fazer!

Os dois irmãos olharam meio incrédulos para Harry, mas o rosto de Tonks não estava com uma expressão zangada como a de Felipe. O garoto não soube o porquê, mas teve a estranha sensação que devia se preocupar mais com aquela expressão indecifrável da garota do que com a raiva em ponto de ebulição de Rony.

--Vamos Felipe... Nós já tivemos o que queríamos... O Remo tem razão! –Gina falou friamente e alisou calmamente os cabelos de Jorge. Harry reabriu as cortinas e deixou os irmãos se despedirem, fazendo o mesmo rapidamente em seguida. Os garotos sairam a passos apressados da enfermaria e desceram as escadas praticamente correndo. Rony já estava o encarando com hostilidade quando pegaram o portal de volta para Toca.

--Temos que arranjar um jeito de subir para seu quarto Rony! –Harry dirigiu o olhar para a torta casa a sua frente.

--O deu em você no Hospital, Heim? –Rony levantou da grama desajeitadamente e disparou contra o amigo.

--Nada... Só era hora de voltar!

--Não vem com esse papo não, ainda dava tempo. E por que logo hoje você tem que seguir com os planos, heim? Você nunca dá ouvido a eles! Por que foi tão frio?

--Eu só fiz o que tinha combinado com Lupin. –Harry continuava a não encará-lo, fazendo o amigo parecer mais raivoso.

--Rony já chega, pára com isso... –Gina falava mansamente contrastando com a frieza de Harry e ao descontrole do irmão.

--Você sabe que eu posso não vê-los mais! Por que fez isso? –Rony não parecia ter ouvido a irmã.

--Rony cala a boca! Não vamos ficar discutindo isso agora, ok? –Harry finalmente virou para encarar os dois.

--Rony não fale assim, eles vão ficar bem! –Harry olhou para a garota ao ouvir-la dizer isso. A culpa era dele se ela não sabia do que Rony estava se referindo.

--O que está havendo com você? Por que nos forçou a ir embora?

--Rony pára!

--Anda fala Harry! FALA!

--POR QUE EU ESTAVA COM MEDO, OK? Satisfeito? A idéia de continuar ali estava me deixando maluco! Não foi uma boa idéia! Minerva tinha razão... –O garoto voltou a encarar a casa disse aquelas ultimas palavras.

--O que? Você acha que deixar a gente trancado em casa é certo? O que poderia ter acontecido com a gente? Você nem era você!

--RONY! –Gina exclamou abruptamente o censurando. Fazendo com que o garoto se calasse arrependido das palavras que havia proferido. Harry esboçou um sorriso frio e maneou afirmativamente a cabeça de forma triste. O silêncio constrangedor se instalou entre os três por um tempo.

--O sapato da enfermeira era preto... –Harry começou a andar em direção a casa que estava um pouco mais a frente. Tinham aterrissado no mesmo lugar que tinham partido.

--Hã? O você está dizendo? –Rony seguiu o amigo.

--O sapato dela era preto! –Harry tornou a repetir enquanto convocava a vassoura do amigo. A cabeça de Hermione apareceu na janela e deu um sorriso aliviado.

--E? –Rony viu o amigo ajudar Gina a montar na vassoura.

--Os sapatos dos curandeiros do St. Mungus são verdes claro! –Gina completou sombriamente antes de levantar vôo e entrar no quarto do irmão.


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Oi gente! Espero que vocês não fiquem tão chateados, por eu estar fazendo isso... Mas a situação está realmente complicada como eu não canso de dizer, e mesmo assim eu estou fazendo o maximo para continuar escrevendo!
Poís é! agora sobre o cap.!
Mesmo não completo, já dar para instigar bastante, eu espero!
O que acharam do Hospital?
Bem acho que uma coisa não vai ser problema eu dizer, o Hospital não está daquele jeito todos os dias! É verdade que ele estar lotado e tudo mais, mas a situação caotica é devido a um ataque que houve em Hastings, cidade do litoral da Inglaterra!
Essa informação estava presente na fic, mas no processo de edição ela saiu fora! Eu acho que o Harry ou o Lupin pode ainda citar isso, mas como eu não tenho certeza absoluta disso, eu estou colocando essa informação aqui!
E quem será a enfermeira?? Quem descobriu o disfarce do trio?
Misterios... Tantos misterios...
Agora tratando das novidades!
Eu tenho uma beta a parti desse cap.!!!!!!! Olha vejam só...
é a Rafaela Porto, amigona, que eu conheci graças a esse site!!!!
Ela tb é uma grande escritora da floreios, com a fic o Passado de Dumbledore.
Ela vai me ajudar nesses tempos sem tempo da minha vida!
É isso gente! Eu vou comentar todos os comentários no final do feriado, ok?
Ah! E quem quiser me adicionar no orkut, pode ficar a vontade!! Estou como Suzinha Barrocas, meigo não?
Bjos e Boa Páscoa!

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