Sessão de Aurores
Capítulo 30: Sessão de Aurores
6 ANOS DEPOIS...
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Aquele deveria ser mais um dia de trabalho cansativo para Harry no ministério. Tudo não ia de vento em polpa. À noite não dormia muito bem. Os sonhos, cada vez mais embaraçosos, da sua vida amorosa, o deixavam preocupado. Ficava horas e horas observando as estrelas, esperando que elas lhe dissessem que tudo ia mudar. Fazia naquela semana, os exatos seis anos, em que Karen saíra de casa para não voltar mais. Mas, sempre tinha que dar um jeito de levar a filha de cinco anos para visitá-lo com freqüência.
Aparentemente, um carro verde parou em frente a sua casa. A escuridão da noite não o deixava ver quem era, puxou sua varinha, poderia ser algum comensal, ou coisa do gênero. Esquecera completamente que o lugar onde morava era repleto de trouxas. Mesmo assim, pensou em usá-la caso fosse preciso, era muito imprudente, pois depois disso, uma linda mulher de cabelos longos e cacheados, curvas delicadamente esculpida pela luz do luar, saiu do carro vestindo uma camisa, cujas mangas foram dobradas até os cotovelos, uma saia justa e salto alto. Seus olhos se voltaram para as longas pernas da recém chegada, que com certeza, conhecia perfeitamente.
A outra porta se abriu revelando uma linda garotinha mulata de cabelos cacheado, igual os da mãe e usando marias-chuquinhas, sorriu para ele.
-Pai! – gritou ela.
Harry reconheceu Carolyn e correu escada abaixo.
-Carolyn!– disse entusiasmado. – Você não vai me dar um abraço?
Ela correu até ele, que este a pegou no colo, não acreditando que estava vendo ela de novo. Karen chegou mais perto dos dois sorrindo com ternura.
-Achei que já estivesse dormindo. Espero que... Não se importe. Não tinha nenhum hotel aberto.
-Nunca ia deixar vocês irem dormir num hotel. – disse deixando Carolyn no chão, dando um beijo na bochecha dela.
-Estou morrendo de fome. –disse ela entrando em casa correndo.
Os dois se olharam encabulados. Karen sorriu.
-Seu roupão está aberto. – avisou.
Harry se cobriu rapidamente, por baixo do roupão só vestia uma bermuda. Ainda sorrindo ela entrou, sem querer ele correspondeu com um sorriso enviesado.
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-Por favor, senhor... e-eu só sei que ela voltou e mais nada. Deixe-me ir, p-por favor. – gaguejou.
-Idiota! Disse que queria investigações concretas, seu incompetente. – gritou William. – O que mais...
-Eu não sei de mais nada, senhor.
-Calado! Não me interrompa. Carlos! Leve esse incompetente antes que eu me aborreça.
Carlos olhou para William depois para o bruxo velho, baixo e sujo.
-Vamos Matt! – disse nervoso, temendo que alguma coisa de ruim pudesse acontecer a qualquer momento.
O bruxo chamado Matt que parecia mais nervoso que Carlos, pois tremia da cabeça aos pés, tomou coragem e tentou com relutância fazer as palavras saírem de sua boca.
-É só uma questão de tempo. – disse temeroso. A penumbra daquele beco escuro, parecia iluminar os olhos furiosos de William.
-Para o que? – perguntou.
-Karen Potter ou Mitzel, não faz diferença, voltou para terminar com o seu reinado de horror. Lord Voldemort pode estar morto, mas você nunca vai ser igual a ele. Tudo que quer só vai dar certo se...
William puxou a varinha e o matou. Carlos lançou um olhar de pavor para William que continuava de cara amarrada.
-Esse idiota tem razão, Carlos. –murmurou.
Carlos continuou escutando, olhando de William para o corpo de Matt no chão.
-Fui tolo. Como poderei continuar a nobre tarefa do Lord das trevas? Karen deu a vida a uma garota. Ela tem que ser morta antes que descubra seus poderes, se já não descobriu.
-Do que importa isso agora? Afinal, O Lord das Trevas está morto.
-Por pouco tempo. – disse rapidamente.
-Por quê?
-Se eu pegar o livro. Saberei alguma forma de ressuscitar o Lord.
-Depois disso será recompensado?
-Exato.
-Como pretende fazer isso? – perguntou Carlos intrigado.
William abriu um largo sorriso cheio de dentes.
-É aí que você entra. Como ex-namorado dela, tente seduzi-la e descobrir onde guarda o livro.
-Não! Não posso fazer isso!
-Estamos juntos nessa ou não?
-Estamos! Mas não quero voltar a vê-la. Ainda sinto algo por ela. Não vai dar certo. Além disso, como vou esconder... Isto? –perguntou levantando a manga da camisa, revelando a marca negra.
-Isso é o de menos. – respondeu despreocupado.
-De menos? Demais você quer dizer. Karen é treinada para sentir o cheiro de um comensal solto no ar. Ou você não se lembra que ela descobriu o disfarce de Susan?
-Ela não é um cão farejador e o olfato às vezes falha.
-Não importa! Eu não vou traí-la. – ele fez uma pausa. – Vai ser... Pior agora... Que ela é Chefe da Sessão de Aurores.
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-Eu não acredito! Parabéns! Chefinha. – disse Harry rindo, sentado à mesa da cozinha com Karen e Carolyn.
-Ah! Não tem graça, Harry! É por pouco tempo, talvez nem continue trabalhando lá. Sabe como o ministro é. Não vai largar do meu pé nem um instante.
-Que é isso? Você é ótima em tudo que faz. - Comentou.
Sentia um calor subir da sua cabeça até seus pés. Karen olhou para ele surpresa, mas mesmo assim sorriu.
-Hora de dormir, Carolyn.
-Ah! Não, mãe! – resmungou ela.
-Nada disso. Vista seu pijama, que subo num instante.
-Que ótimo. – resmungou novamente.
Carolyn subiu as escadas, batendo os pés. Harry sorriu.
-Ela é muito esperta. – comentou. - Deve ter puxado isso de você.
Ele bebeu um gole de café e observou Karen fazer o mesmo. Sem querer segurou a mão dela que se encontrava sobre a mesa. Ela retirou-a rapidamente.
-Então... Não me disse se vai ficar agora.
-Bom, foi muito rápido quando eu recebi o chamado do Ministério. Mas, sim, tenho que ficar. Comprei a casa em frente, amanhã a mudança chega.
Ela balançou o cabelo deixando-o enfeitiçado.
-Está acontecendo alguma coisa?
-Meu tio quer capturá-la. Tem a ver com os poderes, porque nós somos herdeiros de diferentes casas e ela vai herdar tudo isso. Aconteceram vários ataques lá e temia que nós fossemos os próximos. Ele tinha algum capanga nos espionando.
-Estão seguras agora.
-Eu espero que sim.
****
Na manhã de segunda-feira, Harry acordou cansado da noite anterior. Pois, ficara até horas da noite conversando com Karen. É claro que não tentara beija-la, nem agarra-la, mesmo tendo que se esforçar ao máximo para não fazer isso. Esforçou-se para não perguntar se estava namorando, mas acabou perguntando.
#FLASHBACK#
– E então... Você está namorando? – perguntou sem jeito.
Karen, que bebia um gole do seu café, sorriu enviesado.
-Não! E você está?
-Também não! – respondeu sério, mas por dentro suas entranhas davam pulos de alegria.
Voltou a observar suas mãos segurarem a xícara com firmeza.
-Por que se mudou? – perguntou Karen surpreendendo-o.
-A outra lembrava muito você. – respondeu, voltando a sua observação super interessante.
Harry notou que respirou fundo, depois daquela resposta.
#FIM DO FLASHBACK#
Das vezes em que veio visitá-lo, ou seja, Carolyn veio visitá-lo. Karen se quer olhava pra ele, nunca conversavam. Um “oi” apenas bastava, porque depois disso ia passar as noites na casa de Pâmela. Dessa vez sentiu que ela estava insegura sobre como proteger Carolyn dos ataques de comensais e sabia que só Harry podia ajudar. Mas, o que realmente queria, era que ela voltasse a procurá-lo, não por obrigação de trazer a filha e sim para ficar com ele de novo.
Tendo recebido um bilhete do Profº Dumbledore, para que ele se apresentasse na sua sala naquele exato momento. Harry rabiscou um bilhete a Karen de que não iria demorar. Ele vestiu uma camisa branca, calças jeans e um chapéu coco preto. Ao aparatar em frente às grades que trancafiam Hogwarts. elas se abriram automaticamente. A Profª McGonagall veio em sua direção, quando ultrapassou a porta de carvalho.
-Já imaginava que estava vindo Sr. Potter. Como vai?
-Estou ótimo. Preciso ver o Profº Dumbledore... É urgente!
-Ele está esperando-o em sua sala. A senha é Delícias Gasosas.
-Obrigado.
Seguiu pelo habitual caminho que levava a sala do Profº. Duas alunas da Corvinal passaram por ele no corredor decerto o encarando. De forma zombeteira, Harry abaixou o chapéu coco que usava cobrindo o olho direito, cortejando-as sedutoramente. Elas suspiraram levemente, demonstrando admiração. Depois que passaram, ele ouviu risinhos abafados. Ajeitou o chapéu e continuou seu trajeto.
****
Karen acordou com um forte barulho de buzina e campainha na frente de casa, com certeza era a mudança. Cobriu a cabeça com o travesseiro, mas não fez efeito nenhum. Vestiu o roupão e desceu devagar os degraus. Ao abrir a porta deparou com um forte e sedutor homem de cabelo castanhos e olhos da mesma cor, com uma prancheta na mão. Não parecia muito bem vestido, mas o macacão escrito JOHN MUDANÇAS o deixava mais atraente. Ele sorriu, passou a mão nos cabelos e disse:
-Bom dia, Sra. Potter. Vim trazer o carregamento que pediu.
-Mitzel! – respondeu.
-Oh desculpe! Bom, onde descarregamos?
-Na casa em frente, esta não é minha é do meu ex-marido. – apontando para a casa verde que havia em frente.
-Ah! Mas, e a chave?
-Acabei de abri-la, Sr. John. Bom trabalho! – disse fechando a porta, sem deixá-lo falar uma única palavra.
Edwiges lhe trouxe da cozinha um pequeno bilhete no bico.
Sinto muito não tomar café com vocês. Mas, o dever me chama.
Vejo você mais tarde.
Com amor, Harry.
“Com amor? O que ele ta pensando?” pensou Karen.
Subiu as escadas correndo até o seu quarto, ou seja, o quarto de Harry, onde Carolyn ainda dormia profundamente, ele oferecera sua cama para as duas e dormiria no quarto de hóspedes, Karen sentou-se à beira da cama, alisando os longos cabelos da filha.
#FLASHBACK#
-CAROLYN! VENHA ATÉ AQUI! – gritou ela.
-O que foi? – perguntou Carolyn costumeiramente carregando Daphne, uma boneca de pano.
Karen abaixou a carta que lia, de perto dos olhos.
-Sente aqui, por favor! – pediu tranqüilamente.
-Eu não fiz nada de errado.
-Sei disso. Quero falar sobre outra coisa, que talvez interesse você, ou não.
-É dinheiro? – perguntou entusiasmada.
-Não exatamente. Sabe... Vamos no mudar.
-Pra onde?
-Bom, é perto da casa do seu pai.
Carolyn olhou para Karen séria, seus olhos brilhavam.
-É sério?
Balançou a cabeça.
-Vamos ficar para sempre?
-Sim!
Carolyn sorriu por alguns minutos e depois seu sorriso sumiu.
-Eu não quero.
-Por que não? Você não disse dias atrás que gostaria de morar perto do seu pai. Essa é a chance. Ganhei uma promoção no trabalho em Londres e isso significa que teremos que morar lá. O que aconteceu?
-Vai voltar a brigar com o papai? – perguntou ela tristonha.
-Do que está...?
-Foi sempre assim. Quando me leva pra lá vocês sempre brigam e por que não... Seria diferente agora que vai ver ele todo o tempo?
Karen respirou fundo.
-Prometo que não vamos brigar mais. Ta legal?
Ela balançou a cabeça.
-Vamos! Dê-me um abraço. – pediu Karen sorrindo.
Forçando um sorriso, Carolyn a abraçou e saiu correndo para o quarto. Karen voltou a ler a carta.
Parabéns Sra. Potter.
Foi aceita para Chefe da Sessão de Aurores de Londres. Ficamos muito satisfeitos com seus feitios no Brasil e pensamos em convocá-la novamente para a nossa Sessão, só que agora, é claro, como chefe. Desejamos que esqueça o acontecimento dos últimos anos e aceite nossa oferta. Esperamos que a senhora se apresente no Ministério dia 10 de abril às 10 horas.
Sinceramente,
Ministro da Magia
-Com prazer. – disse Karen séria.
#FIM DO FLASHBACK#
Na época Karen pensava se Harry lhe daria novos motivos, para deixá-la brava. Sempre soube que Carolyn odiava a forma como os dois se comportavam, mas não tinha chance de ficar melhor. Carolyn abriu os olhos devagar.
-Bom dia! – sussurrou ela.
-É melhor levantar! Pâmela vem cuidar de você durante algumas horas.
-Falando de mim? – perguntou Pâmela aparatando de repente. Karen levou um susto.
-Quer me matar do coração? – perguntou sorrindo.
Pâmela correu para abraçá-la e depois Carolyn.
-Que saudades de vocês duas. Como estão?
-Ótimas. Bom, não tenho muito tempo. Cuide para que essa miniatura de Potter não faça nada de errado.
-Tudo bem. – respondeu Pâmela observando Carolyn.
Karen correu para o banheiro. Lavou o rosto, escovou os dentes e ainda olhando para o espelho fechando os olhos, imaginou em estar vestindo uma das suas habituais camisas brancas de mangas dobradas até os cotovelos, bermudas jeans, sapato de salto alto e seus óculos de leitura. Seu cabelo preso em um desajeitado coque, onde vários fios caíam sobre os olhos. Quando abriu os olhos estava exatamente assim.
-Adoro quando faz isso, mamãe. – disse Carolyn observando-a. - Quando vai me ensinar?
-Quando tiver idade. – respondeu. Ela a beijou e aparatou logo em seguida.
O Ministério continuava do mesmo jeito que deixara há alguns anos atrás.
-Karen! - chamou alguém as suas costas, eram Rony e Hermione.
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-Profº Dumbledore? – chamou Harry abrindo a porta, cauteloso.
-Ah! Entre Harry. – disse Dumbledore da sua mesa.
-Como vai, Professor?
-Não diria que ando muito bem. Bom, mas foi por isso mesmo que chamei você aqui. Vou ser bem rápido, antes que fique atrasado para o trabalho. Antes... Sente-se.
Harry obedeceu e se acomodou na cadeira a sua frente.
-Karen já chegou, não?
-Sim! Estava dormindo quando sai, mas...
-Hum... Quero que converse com ela, alguns membros da Ordem querem vocês lá. Sim, Harry vocês estarão fazendo parte das reuniões da Ordem no presente momento. – disse interrompendo Harry de dizer algo. – Quero que briguem menos e trabalhem mais, necessito de vocês dois na Ordem, além dos outros membros.
-O que primeiramente precisamos fazer?
-Apenas comparecer hoje à noite no Largo Grimmauld Place.
-Tudo bem. – respondeu Harry levantando-se para se retirar. -Mas... Porque não pode convocar a gente pelo modo tradicional?
- Achei melhor chamar você aqui para lhe entregar isso. – disse ele entregando a ele um pedaço de pergaminho.
Harry olhou o papel. A escrita dela quase familiar.
"O Quartel-General da Ordem da Fênix pode ser encontrado no número 12, Grimmauld Place, Londres."
- Ah! E não se esqueça, Harry. Nada de brigas. – disse levantando o indicador para ele.
-Se depender de mim, não vamos brigar. - falou já abrindo a porta.
****
-Boa Sorte no seu primeiro dia. – disse Hermione. Ao entrarem na sala de reuniões. Já indo à direção a uma cadeira.
-Exatamente. – disse Rony fazendo o mesmo.
Karen esperou que o restante dos aurores se acomodasse. Percebeu que Harry não se encontrava entre eles.
-Como vai, Sra. Potter? – perguntou o Sr. Bexter.
-Mitzel! E estou ótima. – respondeu com firmeza.
Ele na falou mais nada, se voltou ao restante do grupo.
-Bom, como eu disse para vocês tempo atrás. Eu vou me aposentar e Karen...
-Mitzel!
-Isso! Bom ela vai ficar no meu lugar.
A porta se escancarou e um ofegante Harry entrou.
-Desculpe! Atrasei-me! – disse ele sentando-se. Karen o observou por longos segundos. O chapéu coco o deixava muito atraente.
-Só quero que saibam uma coisa. Se quiserem realmente ter a paz que era depois que o Sr. Potter acabou com Vol... Você-sabe-quem. Precisam confiar em mim. Se trabalharmos em equipe, William não terá a menor chance. – disse Karen com firmeza na voz.
-Ótima proposta para começar, Mitzel. Estão dispensados. – disse o Sr. Bexter dando a menor atenção a Karen, pra ela, ele não fazia diferença, sabia que se pelo menos três pessoas ouvissem aquilo, estava ótimo.
Todos começaram a sair e uma morena encarou Karen com seus olhos castanhos.
-Mitzel! Quero que conheça sua assistente, minha filha. – disse o Sr. Bexter se aproximando.
-Adriana Bexter! – disse a garota de cabelos castanhos claros, olhos castanhos escondidos por óculos.
-Muito prazer! –respondeu Karen sorrindo.
-O ministro vai ficar de olho em você. Algum deslize seu... Serei chamado de novo. Boa sorte, Mitzel. Vai precisar. – dizendo isso, ele saiu.
-Volto já. – disse Adriana.
-Preciso falar com você. – disse Harry assustando-a.
-Oi pra você também.
-Nada de gracinhas agora, Karen. É sério o que preciso contar.
-Nada que venha de você é sério. – já saindo.
-Mas, agora é. O Profº Dumbledore quer que reúna a Ordem da Fênix. Hoje à noite participaremos da nossa primeira reunião. – disse ele abrindo um enorme sorriso.
-Puxa que bacana! – disse Karen sorrindo.
-Vejo você depois. A propósito... Nunca soube que usava óculos.
****
-Você não se importa de ficar com ela durante essa noite? Sabe... Trabalho. – perguntou Karen a Pâmela.
Pâmela pensou por alguns segundos.
-Claro que fico. Carolyn e eu estamos nos dando muito bem, não é baixinha?
Carolyn balançou a cabeça.
-Acabamos de nos mudar e não tive tempo de me instalar na nossa nova casa. Espero que Harry não se importe de ficarmos mis um dia a...
-Claro que não. – disse Harry que acabara de entrar, dando um susto em Karen.
-Vocês tiraram o dia para me assustar. – disse zangada.
Harry se curvou para beijar Carolyn que assistia tv no sofá.
-Vamos! Estamos atrasados. – perguntou sorrindo.
Karen olhou para Pâmela buscando ajuda.
-Tudo bem. Vamos logo. Até mais, Pâmela.
-Até.
-Não quero vê-la acordada quando chegar mocinha.
-Tudo bem, mãe. – respondeu acenando para os dois, sem tirar os olhos da tv.
Então aparataram.
****
Não demorou muito e os dois já estavam num beco próximo ao Largo. Correram em direção onde a casa deveria ficar. Harry tomou um pedaço de pergaminho do bolso e pôs fogo nele com a ponta de sua varinha. Quando o papel virou cinzas, ele olhou novamente ao redor e viu que estavam diante do número 11; olhou para a esquerda e viu o número 10, olhou para a direita, e viu o número 13. Pensou e demorou um pouco para alcançar a parte sobre o número 12 do Grimmauld Place, então uma porta surgiu do nada entre os números 11 e 13, seguido por paredes e janelas. Era como se uma casa tivesse inflado, empurrando as outras duas casas para o lado. Sendo que tudo continuava normal, parecia que os trouxas não haviam percebido nada. Subiram nos degraus da porta recém materializada.
Harry puxou sua varinha e tocou a porta uma vez. Harry ouviu diversos sons metálicos, como se uma porção de trancas estivesse abrindo. E a porta se abriu.
-Finalmente! Vocês demoraram. – disse Rony, abrindo a porta. - O que estavam fazendo? – perguntou desconfiado.
- Nada do que você está pensando. – respondeu Karen. – Nossa casa é muito longe daqui.
- Tem razão. Desculpem. É melhor irmos até a sala. A reunião já vai começar.
Os três rumaram para a grande sala da casa velha do Largo Grimmauld Place. Hermione que se encontrava sentada sorriu ao verem que tinham chegado. O Profº Dumbledore entrou fechando a porta.
-Que bom que já estão todos presentes. Já poderei começar a lhes contar o motivo dessa reunião.
Sem delongas ele sorriu para os quatro e começou a falar.
-Bom, mas... Primeiro... Quero parabenizar vocês, por serem os nossos novos membros da Ordem e sei que farão à diferença. Rony, Hermione, Karen e Harry... Sejam bem vindos. Hum... Temos novos suspeitos de serem comparsas de William Mitzel aqui nas redondezas. Como são iniciantes e amigos, quero que Harry e Karen façam esse trabalho.
-O que? – exclamou Karen levantando da cadeira rapidamente. – Porque Hermione e o Rony não vão?
Dumbledore sorriu.
-Achei que seria melhor... Vocês dois... Fazerem isso. Por quê? Achei mal? Tudo que terão que fazer é fingir que são um casal e espioná-los.
-Na verdade, professor. Não quero ter que fingir que tenho um... Romance... Com alguém que não tenho contato há anos.
Harry continuou em silêncio.
-Sinto muito, Karen. Mas, quero que façam isso em equipe. - ele puxou a varinha, apontando para a mesa. As fotos de um homem bonito e umas mulheres de igual beleza foram conjuradas.
-Esses são os dois perseguidos sábado à noite. Angeline e Pedro Horloff. Traje a rigor, por favor. Bom, isso é tudo.
Ele já seguia para a porta, Karen correu atrás dele junto com Hermione.
-Você viu? – perguntou Harry quebrando o silêncio. - Ela não quer trabalhar comigo.
-E...?
-Que era para eu dizer isso e não ela.
-Achei que só ela não queria trabalhar na sua companhia.
-Não! Sou eu que não quero trabalhar na companhia dela.
-Tem certeza? - perguntou Rony desconfiado.
-Menos, Rony. – pediu ele confuso.
Os dois seguiram as garotas e saíram da sala deserta, encontrando as duas ainda conversando com Dumbledore.
-Mas...
-Sinto muito, mas esta é minha última palavra. – e aparatou.
-Quer uma carona de volta para casa, Karen? – perguntou ele.
-Não será preciso, Harry. Ainda tenho que ajeitar a mudança. – aparatando logo depois.
-Se precisar de alguma coisa, Harry. É só chamar. – disse Hermione, segurando seu ombro com força.
-Claro! -respondeu forçando um sorriso.
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