A Volta pra Casa



Capítulo 29: A Volta pra Casa


De manhã, ou seja, algumas horas mais tarde. O Sr. Mitzel chegou em casa, encontrando-a completamente desarrumada, como se a festa continuasse desde a hora em que saiu de casa.
-Ainda acha que eu fui um erro na sua vida? – sussurrou Harry para Karen.
-Eu nunca disse isso!
-Tava brincando.
Ele abraçou-a com mais força.
-Tinha até esquecido de como era bom dormir em uma cama. – disse ele rindo baixinho.
-E se o meu pai chegar? – perguntou Karen depressa.
-Vai ver que nós nos amamos.
-Mas você está nu. Não vai ficar constrangido?
-Eu não sei... Talvez fique.
Karen deitou a cabeça sobre seu peito, refletindo.
-O que aconteceu?
-É que... Você me lembrou do que dia em que você... -Karen gargalhou.
-Que dia?
-Que você passou a noite lá em casa e saiu pela casa pelado. - Karen riu mais ainda.
-Eu não estava pelado. Estava de cueca.
-O que importa é que o meu pai viu.
-Ta! Mas foi sem querer. Eu não sabia onde era o banheiro. Sua casa é muito grande.
-Claro! Aquela casa foi passada de geração em geração. Mas, graças a você, ela não será passada para mim. – disse risonha.
- Eu não sei falar português e você sabe muito bem disso. Como iria me comunicar com todo mundo?
- Foi por isso que você se casou comigo. Com o tempo você se acostuma. Eu demorei um tempo pra me acostumar com o inglês.
- Não mesmo. Você é tão inteligência que já sabia há muito tempo.
Ela sorriu.
Harry se ajeitou melhor para dormir. Por longos minutos os dois se fitaram. Karen levou a mão para acariciar seu rosto. Ele fechou os olhos e antes que pudesse dizer alguma coisa adormeceu.


****


Um mês depois que Theury veio do Brasil, já era hora de voltar. Suas férias de inverno acabariam e as de verão para Rony, Harry, Hermione e Pâmela também. A barriga de Hermione crescia a cada vez mais a cada mês que passava e Rony, sempre o pai coruja, agora no 4º mês de gestação.
-Eu... Bom... Queria aproveitar a ocasião pra dizer que... Eu e o Scott... Vamos nos casar.
-E já não era sem tempo. – acrescentou Karen. – É brincadeira. Parabéns, maninha.
Todos bateram palmas para os novos noivos.
-Nada como um jantar em família. – disse o Sr. Mitzel.
-Fiz rosbife com batatas fritas. – disse Pâmela.
-Será que não iremos enjoar com a sua comida, Pâmela? – disse Harry risonho, levando um cutucão de Karen ao seu lado.
-Muito engraçado, Potter.
Quando Pâmela trouxe o rosbife à mesa e o cheiro se inalou em suas narinas, fez com que Karen ficasse enjoada, sem pensar duas vezes correu para o banheiro.
-O que houve com a Karen? – perguntou Pâmela a Harry.
-Ela andou meio enjoada nos últimos dias.
Rony e Hermione trocaram olhares.
-Então... Quase em família. – acrescentou o Sr. Mitzel.


****


-Devia ir ao St. Mungus ou a um médico trouxa, urgente. – disse Harry abrindo a porta.
-Bom, eu fui, só preciso pegar os exames finais. Preciso ter certeza de algumas coisas que estão acontecendo comigo. – disse colocando a mão na barriga.
-Por quê? Está doente? Olha me conte logo... Preciso ter certeza de que você está...
-Não! Estou bem, não é doença, não. Eu só acho que estou...
Harry frangiu o cenho, quando ela voltou a colocar a mão na barriga.
-Ah! Esquece. Sinto muito por você ter perdido o jantar.
-E não perdi... Belisquei um pouquinho. – ele sorriu malicioso. – Não acha que está na hora de fazer alguma coisa? – perguntou encostando seus lábios nos dela.
-Sinto muito em dizer que não estou nenhum pouco afim.
-O que? Minha mulher me rejeitando?
-Sinto muito Sr. Rejeitado. Mas hoje não.
-Tudo bem, eu faço isso com outra pessoa.
-Desculpa, mas não vai funcionar. Poderia me ajudar arrumando o sofá cama?
Resmungando Harry obedeceu com muita relutância.


****


-Vasculhamos cada canto dessa cidade. Nenhuma garota suspeita foi encontrada. Ela deve ter fugido para outro país ou talvez se disfarçado. Encontrá-la não será fácil, quero dizer, não É fácil. – disse Harry durante uma reunião de Aurores.
O Sr. Bexter olhou-o com profunda preocupação no olhar.
-Tudo bem! Não temos o que fazer. Avisei o Ministro sobre o que está havendo. Realmente ela deve estar longe.
Dina Kyle pigarreou baixinho, ninguém deu atenção.
-E se outros comensais estejam por trás do sumiço dela? Devíamos procurá-los. Tenho fotos dos principias comensais do Brasil, talvez possa ajudar. – disse ela entregando uma pasta.
-Muito bem, Dina. Está saindo uma auror de primeira. – comentou ele examinando as fotos, uma por uma. – Temos que investigar melhor sobre eles. Quero que você e o Sr. Potter investiguem a ficha de cada um deles até a próxima reunião. Caso fique pronto antes, está melhor ainda. – disse entregando a pasta para Dina novamente. – Estão dispensados.
Os aurores foram se dispersando para fora deixando Harry e Dina sozinhos.
-Que ótimo! Meu primeiro trabalho e ainda vai ser feito com você. – disse sorrindo.
-É! Passe na minha casa hoje à noite. Jantemos e depois... hã... Pensamos em como pesquisar a ficha de cada um deles.
Dina sorriu.
-Harry! – chamou alguém à porta, era Karen.
Harry se virou espantado.
-Amor? O que ta fazendo aqui?
-Precisava conversar com o Sr. Bexter. Tem algumas coisas que... Eu... - respondeu olhando significamente para Dina. – queria saber.
-Eu tenho que ir. Vejo você mais tarde. – disse Harry levantando para beijar Karen. - Até mais Dina.
Dina sorriu novamente. As duas observaram Harry sair.
-Foi bom revê-la, Karen. – disse Dina saiu logo depois. Karen a segurou pelo braço.
-Se você pensa que vai continuar arrastando asa para o meu marido, está muito enganada. Porque ele já tem dona, ouviu? – sussurrou ela.
-Acontece... Que eu não vi seu nome gravado na testa dele, só uma cicatriz... Queridinha. – disse ela estralando os dedos, depois disso saiu.
Karen sabia que a conhecia de algum lugar. Dina tinha espantosamente os hábitos que Susan. Tinha mesmo a forma sarcástica de Susan ao chamá-la de “queridinha”. Só uma pessoa poderia acabar com isso e precisava conversar com ela naquele mesmo momento. Ela correu pelos corredores, naquela hora do dia cheio de pessoas, até a sala do Sr. Bexter o único que, poderia despedi-la e prendê-la. Karen bateu duas vezes na porta e não esperou o convite para entrar.
-Sra. Potter? A que devo a honrar de sua visita? – perguntou surpreso lendo o Profeta Diário.
-Senhor! Tem uma coisa que precisa saber. Sei que não faço parte da Sessão de Aurores, mas, existe uma intrusa entre vocês, uma comensal.
-É mesmo? Quem? – perguntou baixando o jornal.
-Dina Kyle!
-Ah! Deixe disso. – respondeu sem dar atenção, voltando a ler o seu jornal, com um fraco ar de deboche.
-Fui treinada pra isso e sei quando vejo uma comensal... Disfarçada.
-É mesmo? Quem é?
-Susan Green! Deve estar tomando poção polissuco e rindo da cara de vocês por estarem à procura dela, enquanto ela está por dentro de tudo aqui no ministério.
-Ela foi mandada do Brasil! Trabalhava há algum tempo lá.
-E também faz algum tempo que Susan fugiu também.
-Minha Senhora. Não pode se preocupar com isso, deixe que nós resolvamos esses problemas, nós aurores. O que você não é mais.
Karen abaixou o jornal com raiva.
-Sempre soube que o ministério era lento para esse tipo de assunto, mas agora... Tenho certeza. Talvez não esteja lembrado que quando estamos numa missão importante, no caso da captura de Susan Green, nunca podemos trazer auror novos para esse tipo de serviço, a não ser que sejam bons.
-Dina Kyle está me saindo uma ótima auror, mais do que pensei que ficasse. Agora se não se importa Sra. Potter. Esses assuntos só podem ser tratados com aurores de verdade, o que você não é mais.
-Isso é tudo culpa de vocês. Não vêem que estão trabalhando da forma que ela quer? Se vocês não prenderem ela logo, ela vai descobrir muitos outros segredos sobre mim e o meu marido.
-Foi por isso que perdeu o emprego. Coloca seus assuntos pessoais no trabalho. Se for medo de perder seu marido para outra, não é comigo que deve conversar sobre o assunto.
Ela olhou-o com profundo desgosto, respirou fundo e jogou o jornal no chão com ferocidade. Voltou-se para porta, mas desistiu no meio do caminho, voltando a olhar para Bexter.
-Se a comunidade bruxa se afundar mais, por sua culpa e do ministro, com mais ataques do meu tio, vão ver que irão precisar de mim. Pode demorar um tempo para perceberem disso, mas EU ainda serei Chefe da Sessão de Aurores, escreva o que lhe digo.
Karen se virou de novo e antes de abrir a porta disse:
-A justiça tarda mais não falha. Agradeço a cada dia por não trabalhar mais aqui. – e saiu.


****


Harry voltava para casa com Dina quando lembrou que não tinha avisado á Karen. Mas, talvez ela não estive em casa, pois, disse que iria ao médico ver o que estava provocando suas dores de estômagos repentinas. Ele abriu a porta para Dina passar. Dina murmurou algo em agradecimento e entrou.
-Sua mulher não está em casa?
-Não! Ela disse que iria ao médico.
Harry achou que vira Dina sorrir, mas depois achou que era impressão sua.
-Uísque? – perguntou.
-Só um pouco. Não quero ficar bêbada. – respondeu num sorriso.
Ele serviu um pouco e a ofereceu. Dina estava sentada no sofá da sala observando cada centímetro da casa.
-Sabe, agora que vi. Sua casa é linda.
-Obrigado. Karen é super cuidadosa com isso. Foi ela que decorou tudo.
Ela bebeu uns goles de seu uísque de fogo e como se tivesse alfinetes no sofá ela levantou assustada.
-Vocês não costumam sair pra dançar, não é?
-Bom, nós...
-Você aceita dançar comigo um pouquinho, não é mesmo? – perguntou ela deixando seu copo sobre o console da lareira.
-Dançar? Aqui? – perguntou ele desconfiado.
-Sim, claro! – disse risonha. – Vamos! Eu não mordo.
Ele levantou sem animação. Dina pegou sua mão com força e o puxou para perto dela. Bom, não havia música, mas nem por isso, Dina deixou de querer dançar com ele.
-Sabe Harry! Você é um cara legal, bonito e... Gentil.
Ele continuou escutando sem entender onde ela queria chegar. Ela se virou para encará-lo, pois estava com a cabeça apoiada no ombro dele, e mais rápida do que Harry pensava que ela fosse, ela o beijou, mesmo sem sua vontade. Algo gelado passou raspando sua cabeça, que se espatifou as suas costas, quando ele a largou rapidamente.
-Karen? Não é o quevocê estápensando. – disse atropelando as palavras.
-SUA FRESCA! ACHA QUE EU NÃO DESCOBRI QUEM VOCÊ É DE VERDADE?
-Meio tarde pra isso. Agora que ele já me levou pra cama.
-ISSO É VERDADE, HARRY?
-Karen eu... Eu não fiz nada!
-SUA... SUA CADELA DESTRUIDORA DE LARES. ACHA QUE EU NÃO SEI QUEM VOCÊ É? SOUBE DESDE O COMEÇO. APRENDA UMA COISA. VOCÊ É TÃO BURRA QUE NUNCA VAI APRENDER NEM A SE DISFARÇAR DIREITO! - Gritava ela com ódio. - NÃO É ATOA QUE VOCÊ É LOIRA! AH! DESCULPE! VOCÊ TINGIU O CABELO.
-OH! COMO OUSA!
-EU PRENDERIA VOCÊ AGORA MESMO, MAS COMO NÃO SOU UMA AUROR, DEIXAREI ESSE SERVIÇO SUJO, COM O TROUXA DO POTTER, SUSAN GREEN.
-O que? Você é Susan Green?
-Você é tão burrinho, mas lindo! – disse ela sorrindo maliciosa. – Obrigado pela noite. – Susan roubou outro beijo dele e aparatou.
Karen não acreditou no que viu e subiu as escadas correndo.
-KAREN! – gritou ele correndo atrás dela, ouviu a porta do quarto fechar com estrondo. Ele aparatou.
Ela jogava as roupas do armário sobre a cama.
-Aonde pensa que vai?
-PRA BEM LONGE DE VOCÊ. ONDE EU ENCONTRE ALGUÉM QUE NÃO SEJA IDIOTA O BASTANTE PARA DEIXAR SER SEDUZIDO POR SUSAN GREEN E ME DEIXAR SOFRER NOVAMENTE, COMO FEZ VÁRIAS VEZES! – gritou ela com lágrimas silenciosas caindo dos seus olhos.
-Karen! Eu não a levei pra cama, nem a beijei. Foi ela que...
-Desculpe Harry! Mas eu não vou acreditar na sua desculpa esfarrapa de que seus lábios sem querer encontram os lábios dela e resolveram se beijar. Sabia que ela ia fazer de novo. Mas, VOCÊ não acreditou em mim, preferindo sair beijando-a por aí. Sinceramente eu não caio mais nas suas idiotices de que ainda me ama. Isso não cola! Eu teria feito o mesmo nos tempo em que estudávamos em Hogwarts, mas não podia como também não poderia sair agora. Sumiria da sua vida pra sempre dessa vez, mas não posso. – disse colocando a mão na barriga.
Quando ela fez esse gesto novamente, como fez na noite que passou mal, a ficha caiu.
-Karen! Você está...? – disse sorrindo radiante.
-Estou! Mas não queria que descobrisse assim. Mas se já descobriu. – disse séria, ainda sem encará-lo, ainda caiam lágrimas dos seus olhos.
-Então quer dizer que...
-Você vai ser pai. – respondeu sem emoção.
A alegria tomou conta de si naquela hora de tanto sofrimento. O momento que sempre esperou, acontecia ali, naquele momento, mas não na maneira que queria, durante uma briga. Ele começou a sorrir sozinho, até voltar à realidade.
-É isso, então? Você vai sair correndo daqui, fazendo o que ela mais queria? Nos separar? Separar a família que tanto queríamos construir juntos?
Ela já ia até a porta, seguida de três malas que sobrevoavam em sua direção.
-Adeus, Potter! -disse por fim.
-Você não vai ir! – disse fechando a porta, sem deixá-la passar.
-EU DISSE ADEUS! – gritou ao aparatar.
-KAREN!- gritou ele para o ar.


****


Rony correu para atender a porta que batiam sem parar, levando um susto ao abri-la.
-Karen? – exclamou surpreso. – O que... - Karen tentava esconder as lágrimas que escorriam sem parar. Ela o abraçou fortemente começando a soluçar. – houve?
Ela continuou abraçando-o.
-Vocês brigaram? – sussurrou Rony acariciando seus cabelos. –Quero dizer... Separaram-se?- acrescentou vendo as malas atrás dela. Sentiu ela balançar a cabeça sem parar de chorar. – É melhor você entrar antes que os vizinhos ouçam seu choro, venha.
-Rony quem é que...? Karen? – disse Hermione surpresa ao ver Karen, parada perto da porta, esperando Rony colocar suas malas para dentro, chorando muito.
Hermione com uma barriguinha de 4 messes abraçou-a.
- O que aconteceu? Senta aqui. – disse ela. – Rony! Prepara um chá pra ela?
- Volto logo. – disse correu em direção a cozinha.
- Vocês se separaram? – murmurou hermione para Karen.
Karen respirou fundo, limpou um pouco as lágrimas e falou sem parar de chorar.
-Sim! – respondeu soluçando.
Respirou fundo novamente e contou tudo que aconteceu naquela noite para Hermione. Bebeu todo o chá num gole só. Agora, calma, ela continuou.
-Depois... Disso ele... Ficou feliz.
-Feliz por quê? – perguntou sem entender.
-Eu estou grávida, Hermione. – respondeu de uma vez só.
Hermione sorriu.
-Eu já sabia.
-Você já sabia?
-Eu e o Rony desconfiamos naquele jantar, que você estivesse grávida.
Karen sorriu pela primeira vez naquela noite.
-O que eu faço agora, Hermione?
-Sabe que ele não vai querer se separar de você e... Muito menos da criança que você está esperando. Tem certeza que você quer isso para o seu bebê?
-Lógico que não! Mas... Foi o Harry que provocou isso. Vou voltar pro Brasil. Só peço que você e o Rony – disse ela olhando para os dois. –não contem a ele onde estou.
Os dois se olharam nervosos.
-Por favor?!
-Não podemos esconder isso dele, Karen. Afinal, ele é nosso amigo também. – respondeu Rony.
-Só não quero que ele sofra mais. Meu pai vai matá-lo e eu não quero que isso aconteça.
Rony e Hermione trocaram olhares novamente.
-Tudo bem... Nós guardamos segredo. – disse Hermione por fim.
Karen sorriu grata, mas triste por dentro.
-Vou pegar o primeiro avião amanhã.


****


-Rony! A Karen ta aí? – perguntou Harry nervoso, na manhã seguinte.
Mal Rony abriu a porta e Harry já foi entrando.
-Precisa me dizer onde ela foi.
Rony olhou para Hermione tristonho.
-Vocês precisam me dizer onde ela está! Andem, por favor!
-Agora é tarde, Harry. –disse Rony baixinho. – Ela está chateada com o que aconteceu.
-Disse que ia bem longe daqui para nunca ver você.
-Ela disse isso pra mim. Só precisam me dizer onde ela está. Temos muito que conversar e... Ela não está em condições para sair por aí sozinha.
-Não falou aonde ela ia. – disse Hermione rapidamente.
-Preciso dizer a ela que ainda a amo. Não podemos ficar longe um do outro por uma bobagem que sabemos que... Foi tudo armação. – dizia desesperado.
-Sinto muito, Harry! Mas ela não está aqui e nem disse aonde vai. – disse Hermione aflita.
Rony respirou fundo se odiando muito por fazer o que iria fazer agora, mas fez.
-Ela estava aqui. Só que não está mais. Voltou para o Brasil.
Harry sorriu grato para Rony.
-Valeu Rony! Sei que ela disse para vocês não contarem. – disse olhando para os dois. Hermione censurava Rony. – Obrigado mesmo.
Ele correu para a porta.
-Harry! – chamou Hermione, fazendo-o parar. – Não vá atrás dela, por favor. Deixe a poeira abaixar.
-Eu não posso Hermione. – disse Harry. – Ela é a mulher da vida e não vou deixá-la. Não irei desistir agora.
Dizendo isso, ele correu para porta, fechando-a ao passar.
-Valeu Rony! – disse Hermione zangada. -Precisava ter contado?
-Não posso guardar segredos nas circunstâncias atuais. Harry é nosso amigo também.
-E Karen também é. Ela vai ficar zangada.
-Não importa. Eles precisam se entender. – disse ele por fim, sentando-se ao lado dela.


****


-Karen? O que houve? Porque está aqui? – perguntou Alan surpreso.
-Oi pra você também pai. –disse Karen sorrindo, ao abraçá-lo.
-Desculpe querida. Como vai? E o Harry? Não veio por quê?
-Não acha que são perguntas demais, para alguém que acabou de chegar para visitá-lo?
Alan sorriu ao se separar dela.
-Karen? Karen! – exclamou Theury correndo escada abaixo para abraçá-la. – O que está fazendo aqui?
-É o que estão me perguntando desde que cheguei. – disse ela.
-Vem vamos até seu antigo quarto. – disse Theury puxando-a.
As duas aparataram sentadas na ex-cama de Karen.
-Soube por que está aqui, não precisa me contar muita coisa. Afinal, você deve estar cansada. Acabei de receber a carta da Hermione.
-Foi horrível, Theury. Susan conseguiu mais uma vez estragar a minha vida.
-Fica calma! Você e o Harry vivem brigando, talvez...
-Não tem volta. – continuou. – Não quero voltar tão cedo para Londres. Não agora! Theury eu...
-O que foi? – perguntou preocupada.
-Eu estou grávida!
-Caraca! Que ótimo! – exclamou Theury sorridente. – Era o que Harry mais queria, não é?
-Não é ótimo nesse momento.
Theury balançou a cabeça.
-Você não vai deixar ele ver o filho? – perguntou.
-Claro que sim. Eu não sou tão má.
-Então os planos da Susan foram por água abaixo.
-Por quê?
-Não percebe? Tendo um filho irão se ver novamente e conversa vai, conversa vem, vão acabar se entendendo.
-Menos, Theury!
-Tudo bem, desculpa. – elas ficaram em silêncio, por longos segundos. – E o papai? Ele já sabe?
-Não! Mas vai ficar uma fera quando descobrir que estou separada e grávida.
-Pois é! Boa Sorte! Vai precisar.
Um farfalhar de asas foi ouvido do lado de fora e Pluma sua coruja, pousou sobre o parapeito da sacada com uma carta na pata esquerda.
-Quem será? – perguntou Theury surpresa.
-Não faço a menor idéia.
Ela abriu a janela, puxou a coruja para dentro e retirou a carta com cuidado.


Karen

Sinto muito por todos esses transtornos que está acontecendo com a gente. Mas fugir para o Brasil, não é a solução para esses problemas. Temos que conversar e urgente. Eu ainda amo você e não quero perdê-la de novo, como sempre acontece quando brigamos. Por favor, volta pra casa.

Beijos.
Harry.


-Quem é?
-Ninguém. – respondeu Karen irônica, rabiscando algo num pedaço de papel. Amarrou na perna da coruja, que esta levantou vôo. –Vamos? Estou morrendo de fome! – disse saindo porta afora.
Theury observou a carta, que Karen acabara de receber, ser jogada na lixeira.


****


Era tarde da noite, Harry nem sabia quantos horas ficara ali parado no console da lareira, pensando em tudo que aconteceu na noite passada. Também não sabia quantos copos de uísque de fogo tomara e nem mesmo cansado estava, só triste. Tinham acontecido tantas brigas enquanto estavam juntos que, aquela, não poderia ter sido a última. Mas era a primeira vez em anos que se separavam. Ela estava grávida! Era o que sempre lembrava e não poderia fazer o mesmo que Rony paparicá-la o tempo todo. Porque Karen tinha que ter um temperamento tão forte para esse tipo de coisa? Pluma a coruja dela entrou na sala, pousando sobre o sofá. Esperançoso por uma resposta de Karen, correu para desamarrar o pequeno pergaminho, que na qual ela escreveu.


Nunca!
E guarde seus beijos para Susan, ela merece mais do que eu.

Karen.


Não acreditou no que leu.
-Só isso? – perguntou indignado para a coruja, que se assustou. –Podia ter feito qualquer coisa para ter uma resposta melhor.
Ele olhou para a coruja que o olhava com os olhos arregalados de tão assustada.
-Droga! Estou ficando louco. Conversando com uma coruja.
Leu a resposta dela novamente e guardou-a no bolso. A coruja levantou vôo para a cozinha onde Edwiges sempre ficava. Harry voltou para o console da lareira de novo, bebeu um gole forçado de uísque de fogo e a foto, que Karen sempre deixava ali em cima dos dois, entrou em foco. A primeira foto que tiraram quando ainda namoravam, em Hogsmeade. Ficou por minutos olhando para a foto, até que seus olhos ficaram cheios de lágrimas, um ódio surgiu de repente e sem querer ele espatifou o copo contra a parede. Mas, as lágrimas teimaram em cair.


****


Susan aparatou num beco sem saída a espera de William que não demoraria a chegar. Trouxe a capa para mais junto ao corpo e antes que pudesse se virar para a parede as suas costas, dois homens de capa aparataram ali.
-Boa Noite, Susan. – saudou William tirando a capa.
-Deu tudo certo. Essa hora Karen deve estar no Brasil, na casa do pai. – ela sorriu. – Se odiando por perder mais um namorado pra mim.
Susan gargalhou baixinho.
-Excelente! – revelando um sorriso cheio de dentes.
-É aí que se enganam. – disse o outro homem que se recostara na parede, ainda encapuzado. – Descobri coisas bombásticas.
-Espera o que para nos contar? – perguntou William.
O homem puxou o capuz que cobria seu rosto, revelando suas feições, ou seja, seus olhos castanhos cintilantes e cabelos castanhos.
-Carlos? – exclamou Susan surpresa. – Juntando-se as trevas? Achei que você seria a última pessoa no mundo a querer isto.
-É passado! – respondeu.
-Já se conhecem? – perguntou William intrigado.
-Infelizmente. – respondeu Carlos sério, encarando Susan com firmeza.
-Quem pode garantir que ELE não vai nos trair depois?
-Eu Susan. Carlos Müller é um velho amigo e sabe muita coisa sobre Karen, afinal de contas, eles já namoraram.
Susan parou de encarar Carlos.
-Bom, voltando ao assunto. O que dizia Carlos? – perguntou William.
-Tenho informantes e acabo de descobrir que Karen está grávida.
-O quê? – exclamou Susan surpresa. -Com certeza isso acaba com nossos planos. Mas, o que importa é que eles não estão mais juntos, não é mesmo?
-Por enquanto. É só o tempo de o Potter tomar alguma providência e reconquistá-la de novo. - respondeu Carlos.
-Bom... Susan... Quero que entre no Ministério e descubra alguma coisa. Carlos me mantenha informado. – disse William que até ali continuava pensativo. – Vejo vocês amanhã. - e aparatou.
-O que pensa que está fazendo? – perguntou Susan furiosa.
-Ajudando um amigo. Você pelo contrário, só quer ser melhor que Karen. Mas, nunca vai conseguir.
-Melhor? Eu já sou melhor que ela. – disse chegando mais perto dele. – Pois, conquistei você algum tempo atrás, quando namorava ela... E... Foi só o começo.
-Está enganada! – disse ele. – Você nunca ganhou meu coração. Foi só um caso... Que não me trouxe, nem prazer.
Susan se curvou e lhe roubou um beijo.
-É o que veremos. – respondeu limpando a boca cheia de batom.


N/A: Oiii
Eaí como andam? Bom...
O q acharam dessa capítulo...
Deve ter mta genti me odiando por separar eles (De novo)... Ta desculpem... Mas faz parte, né? Nem tudo dá certo... Por favor, comentem esse capítulo... Só assim vou saber se gostaram dele... Até a Próxima... Beijos =]

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