A Traição
Capítulo 7: A traição
-Na aula de hoje veremos as utilidades dessa pequena escama, em vários animais. – dizia Hagrid na ala da floresta.
Karen se encontrava próxima de Hermione e Pâmela. Harry a olhou e sorriu.
-A utilidade mais interessante é a rápida cura de ferimentos de animais. É claro que não são em todos, trouxe esse unicórnio machucado para lhes mostrar.
Hagrid passou a escama sobre o ferimento do unicórnio na pata esquerda. Rapidamente o ferimento cicatrizou.
-Viram isso? Quem pode me dizer quais são outros animais que podem ser curados com isso – levantando a escama.
Karen e Hermione levantaram a mão.
-Srta. Mitzel e Srta. Granger!
-Unicórnios, tronquilos... – respondeu Karen dando uma pausa para Hermione continuar.
- E em várias plantas, às vezes, podem ajudar em seus crescimentos. – continuou Hermione.
- Muito Bem! 10 pontos Corvinal e Grifinória. Agora quero que façam uma redação sobre escamas de sereianos, suas propriedades e onde eles podem ser utilizados.
- Maldito Gorducho! – disse Malfoy.
- O que disse? – perguntou Hagrid.
- Por que devemos fazer essa droga de redação se as duas Sangues Ruins já responderam?
Karen fez menção de responder com agressividade a Malfoy, mas Hermione a interviu.
- Menos 10 pontos para a Sonserina. Ah! Sinto-me bem melhor agora! - disse Hagrid sorrindo, Malfoy amarrou a cara.
O sinal tocou avisando que havia terminado as aulas da manhã.
-Até mais pessoal, não se esqueçam da redação.
- Assim que Hagrid devia falar com Malfoy sempre. - disse Hermione, enquanto subiam para o castelo.
- E se Malfoy tentar algo contra Hagrid por causa disso? - perguntou Rony sério.
- Acho que não! Porque se isso acontecer? Ele não é diretor da escola.
- Sabem como o pai dele é pelo querido filhinho dele!
- É nisso você tem razão!- disse Harry .- Podíamos ir visitá-lo hoje à noite, não acham?
- Isso mesmo, Harry! – disse Hermione.- Quer ir com a gente, meninas?
-Tudo Bem! – respondeu Karen e Pâmela, dando com os ombros.
****
Pelo finzinho da tarde, eles rumaram até a orla da floresta, onde se encontrava a cabana de Hagrid. Saiam fumaças circulares da chaminé. Pâmela não quis acompanha-los, pois tinha muitos deveres pendentes. Eles bateram na porta de Hagrid e ouviram alguns latidos de Canino. Depois de alguns segundos, a porta se abriu revelando Hagrid.
-Olá! Entrem, acabei de fazer um chá. – disse Hagrid.
Eles entram e sentaram à mesa de Hagrid, onde ele pousava quatro canecas enormes de chá e um prato de biscoitos.
- Então como estão? - perguntou ele.
- Acho que ótimos, tirando os deveres...Está tudo bem, não? – disse Harry.
- Isso é verdade! - concordaram os três.
- Desculpem ter que dar dever a vocês, mas...Sabem...Não queria que saíssem dizendo que não sou um bom professor. E bons professores sempre dão deveres, não é?
- Não se preocupe, profesor...- disse Karen sorrindo.
- Pode me chamar de Hagrid. – falou ele sorrindo bondosamente.
- Certo...Hagrid! Mas acho que deveria dar deveres às vezes, só para calar a boca do Malfoy, como hoje.
- Por falar nisso, Hagrid. Malfoy não se vingou de você?- falou Hermione.
- Claro que não. Malfoy não é mais criança, com certeza já entendeu que tenho mais autoridade nessa escola por ser seu professor.
- Apoiado! – disseram os quatros, que riram.
Eles passaram várias horas conversando na cabana. Quando começou a escurecer, eles resolveram voltar para o castelo.
- Eu levo você na Sala Comunal. – disse Harry para Karen, depois que ela se despediu de Rony e Hermione.
- São amigos há muito tempo, não são? – perguntou Karen.
- Quem? Hagrid? Sim, foi ele quem me disse quem eu era realmente, e nos tornamos amigos.
-Quem era realmente?
-Sim, foi ele quem me tirou da casa dos Dursley, meus tios, – acrescentou ele ao ver que a garota não entendera. - dizendo que eu era um bruxo. Nunca irei me esquecer, foi uma coisa muito boa, poder me livrar deles.
Eles fizeram silêncio por alguns segundos.
-Você se sente...Digamos...Infeliz por estar comigo? - perguntou Karen séria.
- Porque estaria infeliz? Karen eu te amo! Porque está perguntando isso?
- Hã? Nada! Boa Noite. -disse beijando-o. - A gente se vê amanhã.
- Boa Noite! Mas você não me respondeu...-sussurrou ele. Karen já murmurava algo à porta de entrada que aceitou suas palavras e deixou-a entrar.
****
No sábado haveria seu primeiro passeio a Hogsmeade. Harry e Karen resolveram tomar um sorvete e comprar alguns doces na Dedos de Mel.
- Onde fica a Casa dos Gritos? - perguntou Karen.
- Naquela direção! – disse apontando para uma espécie de estradinha de chão. - Vamos ir até lá?
Os dois rumaram até o cercado que cercava a Casa dos Gritos, de mãos dadas.
- Essa Casa é realmente mal assombrada? – perguntou Karen curiosa.
- Não exatamente! – respondeu ele sorrindo, ao chegar mais perto de Karen, que admirava a casa com curiosidade.
- Não acha melhor...irmos tomar uma cerveja amanteigada? - perguntou por fim.
-Tudo Bem! – respondeu desapontado, Karen riu.
No Três Vassouras encontraram Rony e Hermione em um beijo apaixonado.
- Acho melhor a gente não atrapalhar. – disse Karen se sentando em uma mesa, com uma caneca de cerveja amanteigada, numa das mãos. - Fico feliz pelos dois! – comentou tomando um gole da cerveja.
-Eu também! – disse ele. – O que acha de fazermos o mesmo?
-Tudo Bem! – disse chegando mais perto do garoto, beijando-o. - O que quiser dizer com “Não exatamente”, naquela hora? – perguntou desconfiada.
Harry sorriu malicioso.
-Harry!
-O que? – o garoto parecia estar em outro mundo. – Ah! Nada, esquece.
Karen o observava com um sorriso enviesado. Logo depois, ela o fitou bem no fundo dos olhos meio séria.
- Harry! – chamou ela, interrompendo ele de terminar sua cerveja amanteigada.
- O que é? – perguntou sério.
- Já teve outras namoradas antes de mim?
- Porque está perguntando isso? – perguntou desconfiado.
- Sei lá! – respondeu tomando um gole da cerveja. – Curiosidade!
- Bom...Eu apenas saí com uma garota aqui em Hogwarts. – disse lentamente.
- É mesmo? – disse com medo da resposta. – Quem?
- Cho Chang! – estava sério.
- Ah! – sabia que não devia ter perguntado isso, mas achava que Pâmela havia contado aquilo apenas para constrangê-la, porém estava enganada.
-Algum...problema? – perguntou desconfiando do silêncio repentino da garota.
-Não! – respondeu. –Erm...Saiu? Vocês não chegaram a namorar?
-Não! Ela se aborreceu comigo...Por bobagens! Ai terminou tudo. – respondeu, mas depois se arrependeu de ter respondido. Karen pensava alto, em algo que sabia ser sobre Cho. – Não tivemos mais nada, logo a vi com outro garoto, acho que me esqueceu. – completou.
“Que garota burra!” pensou ela.
- Sapo de chocolate? – ofereceu Harry, para mudar de assunto.
- Ah! Claro! – aceitou ela, dando uma mordida na cabeça do sapo.
- E você! Já namorou alguém?
Ela demorou um pouco para responder, tentava imaginar Cho Chang com Harry.
- Já! Carlos Müller! Namoramos durantes dois meses. Depois disso ele se mudou para os Estados Unidos. Nunca mais o vi.
Harry suspirou para disfarçar a guerra que fazia em seu cérebro. Não muito tempo depois, Harry e Karen rumaram, sozinhos, para o castelo, já que Rony e Hermione ainda estavam no maior clima. No meio do caminho, encontraram alguém não muito especial, Malfoy. Estava acompanhado de Clabbe, Goyle e Pâmela, que segurava seu braço.
-Mitzel e Potter! Finalmente encontrei vocês de novo num local mais civilizado. – falou Malfoy, Pâmela achou muito estranho o garoto dizer aquilo a eles.
-O que quer dizer, Malfoy? - perguntou Karen com ferocidade. – Não te dei o troco que merecia ou quer mais? – disse puxando a varinha.
-É disso mesmo que eu queria falar, Mitzel! Eu acho que não te dei o troco que VOCÊ merece! – puxando a varinha também. – Está saindo com o Potter, não? – olhando para as mãos de Harry que segurava a de Karen.
Harry olhou de Karen para Malfoy, que se entreolhavam com os olhos faiscando e Harry então também sacou a varinha.
-Isso não te interessa, Malfoy! – respondeu Harry.
-Karen o que está acontecendo? – perguntou Pâmela sem entender.
-Seu namoradinho foi azarado por mim e agora está agindo como criança. - respondeu Karen.
-Malfoy, que história é essa? – perguntou nervosa.
-Essa Sangue Ruim me azarou...Só preciso dar o troco. – respondeu Malfoy, debochando.
- Sangue Ruim, é? Então você odeia Sangues Ruins?
- Isso mesmo, Sangue Puro pra mim são os que têm mais valor! Não sei como Dumbledore traz esses sangues ruins pra cá, me dá nojo.
- É mesmo? – ironicamente. – Para seu governo, Malfoy. Karen e Harry são meus amigos e Karen é muito Sangue Puro que eu. Ela não é Sangue Ruim. Caso ainda tenha nojo de Sangues Ruins...Tudo termina aqui, Malfoy! Porque eu sou uma Sangue-Ruim, sabia que você é...ridículo?– disse se voltando para ir à direção ao castelo.
- Como assim? Espera! – disse Malfoy correndo atrás de Pâmela, com Clabbe e Goyle em seus calcanhares.
- Parece que Malfoy se deu mal, não? – disse Harry.
- Parece que sim! – disse Karen começando a subir para o castelo com Harry.- Coitada da Pâmela. Malfoy é muito idiota, bem que eu avisei a ela.
- O que pretende fazer agora? – perguntou Harry.
- Sei lá! Alguma dica? - Sorrindo.
- Sim! – disse a enlaçando na cintura, ficando alguns centímetros da boca dela.
- Ah é! – já sabendo a resposta. – Qual?
- Tenho uma Capa de Invisibilidade lá em cima, dá pra fazer muitas coisas embaixo dela.
- Harry! – censurou-o rindo.
- Eu só estava brincando. – Se defendeu sorrindo da expressão no rosto de Karen.
Karen sorriu e o beijou.
****
Quando a noite caiu Harry resolveu dar um passeio pelos gramados da escola para esperar Karen, que ainda jantava no Salão Principal. Até que avistou uma garota sentada no gramado, próxima ao lago, parecia estar chorando. Ele se aproximou mais para ver quem era um pouco cauteloso.
-Quem está ai? – chamou desconfiado.
Cho Chang virou o rosto, limpando as lágrimas.
-Oi...Harry! – disse ela forçando um sorriso.
-Aconteceu alguma coisa? – perguntou se sentando ao lado de Cho.
-Não, é que...Deixa pra lá!- disse séria. – Aproveitando que já está aqui, queria me desculpar, pelo que fiz aquele dia...Como me comportei, sabe?
-Sem problemas! – respondeu sério.
-Podíamos começar de onde paramos? – perguntou ela sorrindo.
Harry silenciou por alguns minutos. Não gostava mais de Cho. Ela chegou mais perto dele, cada vez mais e o beijou.
Nesse momento tudo saiu de foco, parecia que seu cérebro não funcionava mais. Karen chegou naquele momento, e sua voz não quis sair, não estava acreditando.
-Harry! – chamou fracamente.
-Karen? – respondeu surpreso.
Ela balançou a cabeça incrédula, mas voltou correndo para o castelo. Harry correu ao encontro de Karen.
- Karen espera!
Ela parou olhou para trás com os olhos cheios de lágrimas, ele a segurou pelo braço para ela não fugir. A garota se desvencilhou dele com força.
- Como você...Pôde? Seu cachorro, nunca mais olhe pra mim, Harry. O que pensa que eu sou? Se gosta dela, porque está comigo?
-Karen calma...foi só...um beijo! Além disso, foi ela quem me beijou!
- Hã? Eu vi Harry, não adianta mentir. Se foi ela quem te beijou, não interessa. Você estava gostando de beijá-la! – falou incrédula. – Seu...Pervertido! Como sou idiota! – batendo a mão da cabeça.- É claro que você gostava dela.
- Karen...Deixa-me explicar...
- PENSEI QUE GOSTASSE DE MIM! – gritava ela.- SEU MENTIROSO! COMO PÔDE?!
- Karen! Eu te amo!
- Ama? Cala boca, Harry! Eu não quero ver você nunca mais! Porque não me disse que gostava dela? Vê se da próxima vez não estrague a vida das pessoas como está estragando a minha.
- Está terminando comigo?
- Entenda isso como um sim! – respondeu dando um tapa na cara dele. Ela se virou e seguiu pelo corredor, se voltando para ele algum tempo, deparando com um Harry cobrindo o rosto com uma das mãos. A garota tinha a mão pesada. – Ah! Vê se da próxima vez tenha um pouco de inteligência e se quiser trair alguém a leva pra cama, pelo menos não pegarei você em flagrante, seu...Ah! – comentou irônica.
- Karen! – chamou ele, com a mão no rosto, a garota não olhou para trás.
Com tanta raiva ele chutou com força a parede, mas se arrependeu depois. Karen correu para o dormitório e se atirou em cima de sua cama, sem olhar se havia alguém no quarto. Pâmela olhou sem entender para Theury, depois para Karen que chorava no travesseiro, depois correu ao encontro da amiga para consolá-la.
- Karen o que foi?
- ME DEIXA EM PAZ! – gritou fechando o cortinado.
Pâmela olhou para Theury e deu com os ombros.
- Harry. – murmurou ela.
****
Os treinos de quadribol já haviam começado, Harry já havia escolhido perfeitamente o time da Grifinória, que a propósito estava se dando muito bem. Os treinos cada vez aumentavam, à medida que os primeiros jogos começavam. Karen conseguiu a posição de apanhadora na Corvinal, Cho Chang havia desistido da posição, um mês antes.
Rony na posição de goleiro da Grifinória jogava bem em todos os treinos que Harry havia o visto. Theury ganhou a posição de Artilheira da Corvinal e Pâmela, batedora. As partidas se aproximavam, e a primeira seria Corvinal X Sonserina. Harry apenas visualizava em sua cabeça, milhares e milhares de vezes, Karen dando um tapa em seu rosto e correndo pelo corredor escuro. Nunca pensou que fosse tão burro de perder a garota que gostava, para uma garota que nem ao menos falou com ele após aquela noite. Podia ter impedido aquele beijo, mas já era tarde de mais. Havia dias que não conseguia dormir, todas as vezes que tentava falar com ela, Pâmela dizia que era melhor deixá-la em paz. Karen nunca se sentiu tão mal em toda sua vida. Pensava em Harry, sem parar. Achava que ele nunca faria aquilo com ela, mas estava totalmente enganada. Na tarde de quinta, que tinham livre, Harry, Hermione e Rony foram para os gramados, já que o frio do inverno, os faria ficar no castelo durante muito tempo. Seus olhos correram pelo gramado cheio de estudantes, parando em um grupo de garotas da Corvinal que riam apenas uma garota se encontrava muito séria e com os pensamentos muito longe dali.
- Harry tenha coragem e vai falar com ela! – disse Hermione observando o amigo.
- Com certeza ela não vai querer falar comigo. – falou sério.
- Não custa tentar, cara! – Disse Rony.
Harry balançou a cabeça e seguiu em direção ao grupo de garotas. Karen percebeu que o garoto seguia naquela direção, então virou o rosto.
- Karen! Preciso falar com você! – disse decidido.
Karen não se mexeu, Pâmela entendeu.
- Ela não quer falar com você, Harry! – disse Pâmela decidida.
Harry não deu atenção e agarrou Karen pelo braço puxando ela para um canto afastado.
- Deixa de ser idiota, Harry! Não tenho nada para falar com você – disse Karen. – Vo-Você me...Magôo sabia? EU TAMBÉM TENHO SENTIMENTOS! – agora quase gritando.
-Karen eu te peço desculpas pelo que eu fiz...E-Eu sou realmente um idiota. Não pode me deixar agora!
-Desculpas? Desculpa não é o bastante, Harry. – disse muito séria.
-Eu sei que eu errei e que desculpas não vão ajudar em nada, mas... Tem que entender que eu não iria beijá-la foi ela que me...
-Ela não falou com você mais não é? – perguntou séria.
-O que quer disser com isso? – sem entender nada.
-Levou um pé na bunda e agora vem falar comigo. Sinceramente, você é um idiota! Ela tem namorado. Ela não queria ficar com você, Harry. Você realmente é patético!
-Olha aqui, Karen! Patético eu realmente sou em querer ainda falar com você...
-Está zangado porque estraguei seu clima? Mil desculpas, Harry! Eu não percebi. - disse irônica. – Afinal, quem me traiu foi você e não eu!
- Porque se transformou nessa garota ridícula, realmente não é a Karen que eu conheço.
- Obrigado pelo elogio! Uma única coisa eu tenho que te dizer, Harry! NUNCA CONHECI UM GAROTO TÃO IDIOTA E PATÉTICO EM TODA MINHA VIDA. Você realmente é um idiota por completo!
- Se me achava assim porque saiu comigo?
- Pensei que realmente gostasse de mim. O garoto perfeito que eu queria estava tão próximo, mas me enganei, eu conheci um idiota de primeira. Eu gostei de você desde a primeira vez que vi você e só agora você percebeu. Você é cego ou o que? Ah! Me esqueci, você é burro mesmo, pra perceber que com garotas você não é bom. – ela dizia ironicamente. - Pelo menos alguma coisa você sabe, jogar quadribol. Isso se ainda não caiu da vassoura alguma vez.
-Karen! Desculpe, Srta. Certinha, realmente me desculpe por não ser inteligente o bastante para não dar em cima de você antes. Mas eu gostei de você, desde a primeira vez que te conheci. Só achei que seria uma garota difícil, mas percebi que é uma garota fácil.
Karen não pensou duas vezes e lhe deu um tapa.
-Idiota, pervertido, como ouça falar de mim. Olha quem fala! Namoradinho de Cho Chang a garota mais p*** que já conheci, pena que a perdeu para o garoto mais bonito de Hogwarts, porque não teve coragem de chegar perto dela para convida-la para ir ao baile com você.
-Como descobriu isso?
-Tenho meus informantes, você é bem falado na Corvinal. Eu tenho nojo de você, Potter. Nojo! Por ser tão...ridículo. Agora se não se importa eu não quero falar mais com um monte de titica de hipogrifo como você!
Harry olhou pra ela, enquanto ela ia para o castelo.
****
Os dois pararam de se falar até de se olhar naquelas últimas semanas. Karen ainda se sentia idiota de ter falado tudo aquilo pra ele. Havia tocado justamente na ferida de Harry, ele sentia-se um burro por gostar de garotas como Cho ou Karen. Realmente errara com Cho, assim como errou com Karen. Sentia falta de Karen, de seus beijos, sua pele na dele e suas conversas. Sentia-se constrangido perto dela. Pensava que a garota havia o esquecido, mas pelo contrário, pensava nele a todo o momento, mas não davam o braço a torcer.
-Oi gente! – cumprimentou Karen ignorando Harry.
-Oi! – respondeu Rony e Hermione, Harry apenas a fitou por alguns segundos.
- Hermione! Posso falar com você um instante? – perguntou ela.
- Claro!
- Quero perguntar uma coisa que não devia!
- O que?
- Harry me... esqueceu?
- Não, ele sempre diz que não sente nada por você mais. Mas dá pra perceber que ele não te esqueceu. Deixem de ser cabeça dura, vocês se amam, não podem se ignorar.
- Não! Acho que... acabou mesmo!
- Ora Mitzel, feliz eu acho! Traída pelo Potter. O troco de estragar o meu namoro com Pâmela. - falou Malfoy atrás dela.
- Eu não estraguei o namoro de ninguém, você que é burro, e a chamou de Sangue-Ruim, ou melhor, a mim! – se voltando para Malfoy com raiva.
Malfoy a olhou com desdém, depois, como se estivesse despindo ela com os olhos. Voltou-se para Harry.
- Como é idiota, Potter! Trocou-a – apontando Karen que o observava com desagrado. - para levar um fora de outra garota. – ele balançava a cabeça.
Harry lhe lançou um olhar zangado.
-Cala essa sua boca, Malfoy se não quer levar um soco na cara.
Malfoy riu vitorioso por ter conseguido deixar Harry zangado.
-Saiba que já vi sua ex com outro garoto pelo corredor.
Harry olhou para Karen sem entender.
-Do que você está falando, Malfoy?
-Vi a Mitzel e o Barris no corredor, estavam tão juntos que não perceberam que quase toda a escola via a cena. Ah! E vejam só, quando ainda namorava você Potter. Vai dizer que nunca se perguntou o que Karen vazia na biblioteca durante o seu treino?
-Isso é verdade, Karen? – perguntou zangado, se voltando para a garota.
-Você não vai acreditar no Malfoy, vai? – respondeu, como se tudo fosse uma piada.
-Não sei se posso acreditar em você mais!
-Harry, eu nunca beijei o Barris. Como pode não acreditar em mim? Que bom que eu não estou mais com você, parece que só agora eu vejo quem é o verdadeiro Harry.
-Não se faça de vítima, garota. Se estava me traindo, porque saia comigo? Ainda por cima termina comigo, porque eu estava com a Cho. Não tem o direito de falar que te traí. Sua Vagabunda!
- PAREM COM ESSA GRITARIA E ENTREM. – gritou Snape, abrindo a porta.
Harry lançou um olhar rancoroso para Karen e entrou na sala. Karen ficou sem palavras. Nunca beijou Michael Barris, capitão do time da Corvinal, na vida.
Sentou o mais longe possível dele.
-Mitzel sente-se ao lado do Potter! – disse Snape, estava louco para que Harry e Karen continuassem a discutir e tivesse que dar detenção aos dois.
Karen obedeceu, sem vontade. Ele explicou a poção e sentou-se na sua mesa. Karen suspirou e sem olhar para os lados, começou a fazer sua poção. Cortava com uma faca folhas de nicodemo.
“Idiota! Pensa que eu sou o que? Fácil? Nunca senti tanto ódio de você, Harry! Porque tem que ser imbecil, eu te amo, poxa! Quero que você se exploda, Potter.” Pensava ela, cortando, sem prestar atenção, o nicodemo.
-Ai! – murmurou ela, havia cortado o dedo.
-Não quer ajuda, Mitzel? – perguntou ele ao seu lado irônico, se mordia de raiva.
-Não obrigado. Idiota! – murmurou ela. – ferula!
Uma atadura foi conjurada e Karen amarra em seu dedo que sangrava, não conhecia nenhum feitiço que pudesse cicatrizar o ferimento que fizera.
Quando a aula acabou, saiu o mais rápido possível dali. Correu para mesa da Corvinal para junto de sua irmã e Pâmela. Ligeiramente tensa, sentou-se e logo se serviu de coxa de galinha.
-O que aconteceu? – perguntou as duas.
-Malfoy inventou ao Harry que eu tinha beijado o Michael no corredor, quando eu ainda o namorava.
-Você o beijou ou não?- Perguntou sua irmã curiosa.
-Claro que não! Eu não o traí, foi ele que me traiu...Ai! Te odeio Harry.
N/A: Oi! E ai? Gostaram do cap? Bom, no começo eu já tinha pensado em separá-los, pode ser que agora a história comece de verdade. (Eu acho!) Eu não vou demorar muito para postar o próx. Cap. Não se preocupem!!!!!(Continuo me desculpando sobre os vários erros nos caps. É que eu não tenho um beta, entendem? Tenho que fazer tudo sozinha).
Bjs....
Comentem!!!!!!!!!!!!
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