Tudo pode acontecer



Capítulo 6: Tudo pode acontecer


Mesmo que Harry estivesse saindo com Karen, muitas garotas cochichavam entre si, quando eles passavam abraçados. Outras jogavam olhares cobiçosos para eles. Mesmo assim eles não davam atenção.
Na amanhã de sexta feira, Harry se dirigiu até a mesa da Corvinal, para falar com Karen, que esta, lia um livro muitíssimo grande e com muita atenção.
-Bom Dia, Karen! – disse dando um beijo na bochecha da garota, que percebeu a presença do garoto, dando-lhe um beijo. – Esse livro é tão interessante assim?
-É...pode-se dizer que sim! – respondeu sorrindo. – O que tem agora?
-Herbologia. – respondeu sem emoção. – Quem sabe a gente mata a aula que temos agora para ficarmos juntos?
-Nem pensar! Não podemos ficar matando aula, Harry. - respondeu censurando-o, mas depois sorriu. - Tenho Feitiços agora. A gente se vê mais tarde. – Disse beijando-o ao se levantar.
-Se comporta, viu?
-Tudo Bem! – gritou ela, quando saía pelo corredor entre a mesa da Lufa-Lufa.
Harry se dirigiu para Rony e Hermione na mesa da Grifinória para irem à estufa.
-Oi Karen! – disse uma garota sestanista da Corvinal, Pâmela Collins. Era sua amiga durante o pouco tempo que se encontrava na escola, dividiam o mesmo dormitório. A garota entrou na sala sentando-se ao lado dela, assim que o professor começava a explicar o feitiço à classe. Tinha os cabelos castanhos e lisos com algumas mechas loiras. – Como está?
- Ótima!– respondeu sorrindo, dando um abraço nela. - E você? Onde esteve nos últimos dias?
-Estou bem. Estive antecipando minhas férias. Tive que voltar correndo para Londres. Meu irmão nasceu. Mas não se importe comigo. – disse hesitante chegando mais perto da garota. – Fiquei sabendo que está saindo com Harry Potter! –a garota disse sorrindo. - Então como é ficar com o Potter? Ele beija bem?
Karen riu.
-É ótimo, não se preocupe comigo também. E sim, ele beija bem. – ainda risonha.
-Porque está rindo? Não era você que vivia perturbando meu sono, que Harry era lindo e isso e aquilo?
-Eu sei! – disse sorrindo.- Harry é tudo que eu pedi pra Deus. Ele é carinhoso e lindo, sabe? Estou realmente apaixonada. – disse sonhadora.
O Profº Flitwick pediu para as garotas pararem de conversa e começassem a praticar o feitiço, que na realidade era muito fácil na opinião de Karen. Conjurar pássaros. Várias pessoas na sala não conseguiam conjurar. Pâmela por exemplo.
-Você ainda não me disse de quem está afim! –Karen comentou para amiga aproveitando o estardalhaço da sala.
Pâmela olhou para os lados e lhe disse derrotada:
-Tudo bem! Ta vendo aquele grupinho ali? – perguntou apontando discretamente para um grupo de alunos da sonserina que tentavam fazer os feitiços em vão.
-Estou! - Karen olhou o grupo da qual a amiga falava. Estavam Malfoy, Clabbe, Goyle e mais dois alunos sonserinos que Karen não conhecia. - Não me diga que é o Goyle ou o Clabbe?
-Ficou maluca? – respondeu perplexa. – Até parece que não é da Corvinal.
-Me desculpa, só tava brincando. – disse rindo da cara da amiga que revirava os olhos.
-Então, já adivinhou quem é?
-Acho que sim. – dando uma olhada de novo no grupo. - Malfoy! Acertei?
Pâmela apenas balançou a cabeça apoiada nas mãos.
-Eu daria tudo para estar com ele – disse suspirando.
-Acho que você é que ta maluca! Avis!– disse conjurando mais pássaros. – Eles são da Sonserina, entendeu? Sonserinos não são amigos, principalmente Malfoy.
- Você diz isso por que já tem namorado. Malfoy é tudo que, alguém como eu, queria. Pena que ele tem namorada. – ainda com a cabeça apoiada pelas mãos.
A sineta tocou e as garotas foram para a aula de Herbologia. Enquanto desciam pela a escada de mármore Karen encontrou Harry.
-Como foi a aula? – perguntou ela.
-Boa. – disse beijando-a.
-Quero que conheça, Pâmela Collins minha amiga da Corvinal.
-Oi pessoal! – disse a garota apertando a mão de Rony, Hermione e Harry.
-Temos Herbologia agora. Até mais!


****


Logo na manhã seguinte, Harry, Karen e Pâmela foram até os gramados da escola, descansar um pouco, já que tinham a tarde livre. Assim como vários sestanistas, que conversavam animadamente ali perto. Pâmela não tirava os olhos do grupo de sonserinos. Assim como os garotos a olhavam com interesse.
- Perdeu algo lá, Pâmela? – perguntou Karen sorrindo.
-Não consigo evitar, está bem? – dando um leve empurrão na amiga.
-Malfoy? – perguntou Harry para a Karen.
Karen balançou a cabeça sorrindo. Harry fez uma careta.
-Quer dar um passeio? – perguntou ela.
-Claro! – respondeu ele já se levantando.
-Podem ir, eu vou ficar bem aqui! – disse Pâmela.
Pouco tempo depois de Harry e Karen saírem, Malfoy se aproximou de Pâmela.
-Se eu fosse você dizia a ela para não ficar com ele. – comentou Harry, enquanto caminhavam pelas margens do lago.
-Porque? – parecendo surpresa.
- O pai de Malfoy é um Comensal da Morte.
- O que? Vou contar a ela, mas duvido que me escute. Ela nunca me ouve.
Andaram em silêncio por alguns minutos. Harry segurou o braço de Karen, fazendo ela se virar para encará-lo.
-Karen...Já ti disse que é...muito importante pra mim? – perguntou ele.- Te amo!
-Eu também! Sabe...Nunca disse isso pra ninguém...Mas minha mãe sempre dizia, siga seu coração. Segui o meu, e hoje, estou aqui. Eu me apaixonei por você, Harry. – disse chegando mais perto dele, o beijando-o. – Vamos fazer um pacto? Vamos prometer que nunca iremos mentir ou magoar um ao outro?
-Claro! – disse sorrindo.- Aconteça o que acontecer...Não vamos nos separar. Porque eu te amo.- acariciando seu rosto.
Os dois se abraçaram fortemente.


****


Pâmela começou a sair com Malfoy, e este, se gabava por estar saindo com uma garota como Pâmela. Mesmo ela sabendo que o pai de Malfoy era um Comensal da Morte. Harry e Karen passavam boa parte do tempo apostando corridas com as vassouras. Eles sempre acabavam empatando. Os deveres de casa iam crescendo à medida que o mês ia acabando. Então a outra parte de tempo livre passavam na biblioteca estudando e fazendo os deveres.
-Pára Harry, aqui não! E se a Pince pega a gente? – dizia Karen.
Estavam em uma prateleira pegando alguns livros e Harry tentava beija-la, inutilmente, porque a garota fugia de uma prateleira a outra. Harry a agarrou e a segurou com força.
-Será que dá pra parar? – perguntou perplexa.
Harry a beijou.
-Satisfeito agora? –disse ajeitando as vestes.- Você é maluco mesmo!
-O quê tem roubar uns beijinhos de vez em quando? – disse se escorando na mesa para olhar um livro. Karen o observou com um sorriso enviesado, enquanto procurava mais livros.
- Quando começa o seu treino de quadribol? – perguntou a observando.
-Na semana que vem!- abrindo um livro, mas o fechou brutalmente para encará-lo com cara de cansada. - Não sei como darei conta dos deveres e dos treinos. Estou...Realmente cansada.
-Não precisa de treinos. É realmente muito boa no que faz. Acho que é a melhor apanhadora de Hogwarts.
-Quem me garante que você está falando isso de verdade? – desconfiada.
-Não confia em mim? – fingindo estar ofendido.- Claro que você é a melhor apanhadora de Hogwarts.
-Harry! Você é melhor apanhador que Hogwarts já viu, sei disso. Quando começa os seus treinos?
-Na semana que vem também.
-Primeiro treino como capitão... Como se sente?
-Normal...Acho que não é nenhum bicho de sete cabeças.
-Não queria jogar contra você. Devia ter ficado com um garoto da minha própria casa.- disse se virando para a prateleira, ficando de costas para Harry.
-Como é que é? Preferia ficar com outro garoto? – perguntou incrédulo.
-Pelo menos um que não fosse apaixonado por quadribol como eu.
-Apaixonada por quadribol? Pensei que fosse apaixonada por mim! - batendo de leve no peito.
-Olha quem fala...Você prefere sua Firebolt a mim!
-Deixa de ser boba, prefiro você a minha Firebolt. Mesmo que ela ainda seja fiel a mim.-disse sorrindo maliciosamente.
Karen se virou e fez cara de espanto e começou a rir acompanhada de Harry.
-Acho que devíamos parar de falar sobre quadribol, acabaríamos brigando de verdade. – ainda risonha. – Claro que eu sou mais você do que quadribol. Já você...Acho que prefere a Firebolt. – disse cruzando os braços.
- Claro que a Firebolt não é melhor que você.
Karen sorriu e o abraçou.
-Puxa! Está ficando tarde, preciso ir dormir.- disse consultando o relógio.- Boa Noite! – pegando suas coisas, indo beijá-lo.
-Boa Noite! – disse ele, quando ela se retirava.


****


Harry acordou pela manhã com uma luz forte em seu rosto, demorou a se acostumar com a luz. As cortinas de sua cama estavam abertas e a luz do sol batia com força na janela. Todos no dormitório ainda dormiam, Harry colocou seus óculos, se vestiu e desceu para o Salão Comunal, que àquela hora não tinha ninguém acordado, porque era sábado. Resolveu ficar por ali mesmo e esperar para tomar café. Sentou-se na poltrona próxima da janela e entrou em foco, alguém dando voltas em uma vassoura no campo de quadribol. Por um minuto pensou que fosse Karen, resolveu descer para verificar. Realmente era Karen. Quando percebeu a presença do garoto, ela desceu.
-O que faz aqui tão cedo? – perguntou ele.
-Resolvi dar uma volta. Tentei pegar num sono de novo, mas nada adiantou. Mas...-respondeu sorrindo.- Onde estão as boas maneiras? Bom Dia pra você também, Harry. - Karen o abraçou. -Pega a sua vassoura! Vamos dar uma volta! – disse ela.
-Tudo bem! – respondeu sorrindo.- Accio Firebolt!
A vassoura veio voando em sua direção, parando ao seu lado, pronta para ele monta-la.
-Vamos! Tente me pegar!- gritou Karen já no alto. – Sua vassoura é melhor que eu? Prove então.
Harry montou na vassoura e deu um impulso com os pés. O vento gélido da manhã passava em seu rosto. Karen parou no ar, a espera dele.
-Só estava brincando, ouviu bem?- ela riu.
-Ouvi!
-Gosta mesmo de quadribol, não é?– disse ela dando voltas, com Harry em seus calcanhares.
-Acho o melhor jogo de todos.
-O que fazia quando não tinha nada pra fazer?- perguntou parando, Harry também parou.
-Absolutamente nada. Às vezes jogávamos xadrez de bruxo, outras snap explosivo, fazemos os deveres.
Karen sorriu.
-Devíamos estar fazendo os deveres, realmente tenho vários. Vamos tomar café? – perguntou ela, descendo.


****


Durante o café da manhã, Harry se separou de Karen e foi para a mesa da Grifinória e Karen para da Corvinal. Pâmela e Theury se encontravam na mesa conversando.
-Onde você foi?-perguntou Theury.
-Estava dando uma voltinha de vassoura.-respondeu sorrindo ao se sentar.- Então o que falavam?
-Pâmela estava dizendo que vai a Hogsmeade com Malfoy.- respondeu Theury.
-Então ainda estão firmes? – perguntou Karen mordendo uma torrada.
-Claro que estamos! Malfoy é lindo. – disse suspirando.
-Mas o pai dele é um Comensal da Morte!
-Eu sei. Mas...Sei lá...Eu queria tanto ficar com ele e...
-É melhor parar por aí, ele vem vindo aí! – disse ela com a cabeça.
-Bom Dia! – disse ele para Pâmela. – Vem, vamos dar uma volta! – disse sem olhar para Karen.
-Até Mais, garotas! – disse ela sorrindo. Karen acenou.
-Parece que bebe. Depois não vem dizer que eu não avisei.- disse Karen observando a garota sair do salão com Malfoy.
-Deixa ela. Ela está feliz, não está? Não pode fazer nada. Além disso, quem é comensal é o PAI dele e não ele. -disse Theury.
Karen ainda observava os dois, desconfiada.
-Isso não vai dar certo. – murmurou ela.
-Karen, vem até aqui! – chamou Harry da mesa da Grifinória.
Karen correu até lá.
-O que houve?
-Queria que viesse tomar café aqui. Senta aí! – disse ele sorrindo.
-Alguma noticia interessante? - perguntou ela para Hermione que lia o Profeta Diário.
-Sim. Continua sumindo muitas pessoas. Parece que encontraram Igor Karkaroff, há algumas semanas, morto. A Marca Negra estava em cima do local onde o corpo se encontrava. -disse Hermione muito séria.- Isso ainda não acabou! – acrescentou.
-Isso é horrível.- disse Karen.- Deviam encontrar Voldemort - Rony fez uma careta.- o mais rápido possível.
-Esse é o problema. Vai ser muito difícil encontrá-lo. – disse Harry, Karen deitou a cabeça no seu ombro.
-Vamos andar por aí?-perguntou ele a Karen.
-Vamos.-sem emoção.
Rumaram até os gramados e se sentaram para contemplar o lago.
-Tenho medo, Harry! Não tenho notícias do meu pai faz um bom tempo e agora com todas essas mortes. Será que ele e minha avó estão bem? - perguntou ela séria.
-Não se preocupe, deve estar tudo sobre controle. – consolou ele. - Não se preocupe!
Karen deitou sua cabeça na perna de Harry.
- Você sempre me conforta. –disse ela, Harry acariciava seus cabelos.- Devia ter te conhecido há mais tempo.
Os dois sorriam.
-Porque não veio a Hogwarts nesses últimos anos?
-Meu pai achou que era um lugar muito longe para estudar. Por isso estudei naquela escola do Brasil, chamasse Academia de Magia Abracadabra. Era uma escola muito conhecida no Brasil.
-Moram perto de trouxas?
-Mais ou menos. Vivemos num povoado distante, é muito difícil trouxas passarem por lá. É como Hogwarts, eles passam por lá, muitos acham que é um terreno deserto por ter um murro muito alto. Ninguém nunca teve curiosidade de investigar o que tem atrás do murro. Muitos outros pensam que lá se encontra um cemitério.
-Sinistro!
-É mesmo! Mas é um bom lugar. É claro que é tudo lenda. Você sempre pergunta sobre mim...Onde você mora? Com certeza não é na casa dos Weasley.
-Não! Moro em Londres. – Karen sorriu. - Moro com meus tios desde que meus pais morreram.
-Eles são legais?
-Só quando não me deixam sem comer durantes dias. O resto pode se dizer favorável.
-Que horror! – disse incrédula.- Realmente eles não são legais.
-É! Sem falar no meu primo Duda.
-Que sorte a sua, não? – comentou rindo.
-É uma grande sorte. Pelo menos eu tenho você, não é? Isso sim é uma sorte.
Karen sorriu e olhou para Harry.
- Eu uma sorte pra você? Não é pra tanto, Harry!
- Tem uma coisa que você não me deu ainda.
- O que?
- Um beijo.
Karen sorriu e encostou seus lábios de leve nos de Harry, que este, a agarrou e aprofundou o beijo.
-A gente devia estar fazendo o dever.-disse se levantando.- Você vem?
-Depois! Eu te encontro na biblioteca. Pode ser?
-Ta certo! Eu te espero, então!- disse saindo.


****


-Karen dá um tempo!- dizia Pâmela.
Karen falava toda hora que seria um erro Pâmela ficar com Malfoy. No dormitório, onde apenas as duas estavam.
-Mas eu tenho razão! – dizia Karen.-Ou não tenho?
-Olha só, Karen! Digamos que eu também diga que é um erro você ficar com Harry.
-Porque? Ele não tem nada de errado.
-Então ele não te disse que tinha ou tem uma namorada em Hogwarts?
-O que quer disser?
-Harry saiu uma vez com Cho Chang. Não sei se eles têm alguma coisa ainda - acrescentou pelo olhar intrigante dela. - Acho que já terminaram, é claro, mas...Não sabemos se Harry ainda gosta dela, não é? Tudo pode acontecer!
-Isso não é motivo, Pâmela. Harry não gosta mais dela...Não é? – acrescentou insegura.
-Não sei! Você é que devia saber, não é mesmo? Agora vê se pára de encher e eu também paro de te incomodar com essa história, certo?- disse indo ao banheiro.
Karen se atirou na sua cama de roupa e tudo.
“Acho que Harry não gosta mais dela...Não, se não ele não estaria comigo...Será?” Pensou ela contemplando o dossel da cama.
-Karen! – chamou uma voz distante.
-Que?
-Em quem pensava? Em Harry? Francamente não de atenção a mim. Só disse isso para você parar de se meter na minha relação com o Malfoy. Eu nem sei se eles realmente saíam. – Karen continuava a contemplar o dossel.- Karen vai! Não estava falando sério.
-Claro! Eu sei, só...Só estava pensando. – respondeu forçando um sorriso. Pâmela lhe lançou um olhar de desconfiada, que esta, não pareceu perceber. - Acho que Harry não chegaria a isso. Ao ponto de ficar comigo gostando dela. E me meto no seu namoro porque não quero que sofra depois, já que o seu namorado é um...
-Karen! – a repreendeu.



N/A: ooi! Espero que tenham gostado. Na verdade essa personagem nova, a Pâmela Collins. Eu inspirei numa amiga minha, que é apaixonada por garotos loiros. Ela me disse que achava o Malfoy lindoooo. Ai, eu coloquei ela na história. Mesmo que ela não saiba que essa fic existe e que ela faz parte dela. Desculpem também a demora pra postar esse cap. É que eu andei um pouco ocupada e no momento que ficava livre, eu olhava os DVDs do Potter =P Bom é isso...
Vlw pelos coments...
Comentem bastanti...Vê se comentem, ta? Como eu vô saber se estão gostando da fic? Bjs!!!Até a próx.

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