O Beijo
Capítulo 8: O beijo
Durante toda aquela semana Harry passava maior parte do seu tempo fazendo os deveres. Karen não queria que ele se aproximasse dela, assim como ele não queria que ela se aproximasse dele. Os jogos de quadribol estavam chegando cada vez mais perto. Para o primeiro jogo, a atmosfera entre Corvinal e Sonserina, estava pegando fogo. Várias vezes Malfoy, tentou azarar Karen, mas como era boa em feitiço não verbais azarou Malfoy de vários tipos de coisas, não se importou para o que Pâmela ou alguns professor ia dizer.
No dia do jogo, o time da Corvinal entrou em campo decidido. Nos dois minutos de jogo Theury fez dois gols para Corvinal.
“E MAIS UM GOL DA CORVINAL! CORVINAL NA FRENTE NA SONSERINA POR CINQUENTA A TRINTA. – gritava o novo locutor Zacarias Smith. - A NOVA APANHADORA KAREN MITZEL, ACABA DE MERGULAHAR PARA PERTO DA BALIZA. DRACO FICA NA COLA DELA, ESTA DISPUTA ESTÁ ASIRRADA”.
Os alunos da Corvinal, Lufa-lufa e Grifinória gritavam. Já fazia quase vinte minutos de jogo e Karen saiu em direção às arquibancadas a toda velocidade, quando estava próxima, deu a volta. Malfoy voava muito rápido, que não conseguiu desviar e acabou batendo. Karen já seguia na direção que o pomo a levava, para perto da baliza da Corvinal.
“KAREN MITZEL ACABA DE SEGUIR O POMO. MALFOY BATEU NAS ARQUIBANCADAS E JÁ NÃO MAIS PELA POSE DO POMO.”
Um balaço passou de raspão por ela, mas continuou firme. Quando chegava mais perto ela esticou o braço para agarrar a minúscula bolinha dourada, até que ela a sentiu firme na sua mão, levantou o pomo pra cima, triunfante. Um balaço veio direto em sua direção e a pegou em cheio no seu peito. Karen caiu da vassoura.
“KAREN PEGOU O POMO DE OURO, CORVINAL VENCEU”.
Uivos de alegria saíram das arquibancadas. Corvinal ter vencido. Karen lá em baixo rolava no gramado de tanta dor. Theury e Pâmela, já desciam da vassoura acompanhada de Madame Hooch.
Madame Hooch xingou o batedor da Sonserina, Goyle, logo conjurou uma maca para levá-la até a ala hospitalar.
****
Karen chegou à enfermaria com muita dor.
- Theury! Lembra do bolinho da nossa Tia- avó Margô?
- Lembro! Mas não é hora de pensar nisso...
- Eu sei! Mas...Só pra você saber...Sabe a hora em que você jogou o bolinho em mim? – ela balançou a cabeça ainda encarando a irmã. - A dor é parecida. Não sinto meu estômago. Ai!
- Karen! Você não tem jeito. – disse sorrindo.
Madame Pomfrey deu a ela uma poção horrível, com gosto de grama. Karen teria que ficar por dois dias na ala hospitalar, tomando aquela poção horrível.
Hermione, Rony e Harry apareceram pela tarde para visitá-la. Karen não estava nem um pouco a fim de falar com Harry.
- Oi...Karen! – Disse Harry sem graça.
- Oi! –disse decidida.
- Como você esta se sentindo? – perguntou Hermione.
- Tudo bem! Foi um jogo marcado, é a última vez que quero jogar com a sonserina, eles são muito trapaceiros.
- Você fez um belo jogo! –disse Rony.
- Valeu! – sorriu. - Como vocês estão?
- Tudo bem! - respondeu Hermione pelos dois.
- Espero não perder nada nas aulas. - dizia triste fitando as mãos. Não queria encarar Harry.
- Se perder, eu anoto pra você, não se preocupe! – avisou Hermione sorrindo. - Bom, eu e o Rony já vamos, até mais!
- Nós já vamos? –perguntou Rony que levou um cutucão de Hermione. – Ah! É mesmo.
- Até Mais! – disse triste fitando as mãos ainda. – Como vai, Harry?
- Tudo bem...eu acho! – respondeu se sentando em uma poltrona perto da cama dela. – E você como está?
- Estava bem até agora! – disse com toda a calma.
- Quer perguntar pra mim se estou namorando, não é?
Karen havia visto Harry um tempo atrás abraçado com uma garota da Grifinória. Djéssica Klauser. Sentiu-se mal, mas se ele estivesse feliz, ela também estaria.
- Claro que não, Harry! A vida é sua não minha. Não quero que você tenha pena de mim.
- Eu não estou com pena de você! – disse com desdém.
- ÓTIMO! EU NÃO QUERO QUE TENHA PIEDADE DE MIM, HARRY! FIQUE COM QUEM VOCÊ QUISER. NÃO É PROBLEMA MEU! – disse quase gritando.
- QUER SABER? ACHO QUE TEM É CIÚME DE MIM! – disse também aumentando a voz.
- Eu não tenho ciúmes de você, já esqueci você há muito tempo. - devolveu séria. - Você...Está...Feliz?
Harry ficou em silêncio por longos segundos.
-Sabe que não! – fitando os sapatos.
- Harry! Encontrei você finalmente.
- Não vai atrás da sua namorada, Harry? – perguntou Karen irônica.
Djéssica ia entrando na enfermaria.
- Ah! Oi Mitzel! –disse abraçando Harry pelos ombros.- Como vai?
- Vou bem obrigado! – forçando um sorriso, ela não os encarava.
- Vamos Harry? – perguntou a garota.
- Eu...Já vou, me espera no Salão Principal!
- Ta certo! Até Mais!- acenando para Karen.
- Eu sei o que quer! Quer fazer ciúmes para ver se eu volto com você. Eu sentia algo por você, mas agora não sinto mais e não tenho nenhum pingo de ciúmes de você.
Harry ficou calado.
- O que eu tenho com a Djéssica não é problema seu mesmo! – fingiu não ter ouvido ela. - Eu gosto dela de verdade...
- Olha! Você acabou de falar que o que tem com ela não é problema meu, não é? Então você não me deve explicações sobre o que tem com aquela...
- Você dobre a língua quando fala da minha namorada, ouviu?
- Não! Eu falo dela quando quiser, espero nunca olhar pra sua cara, Potter! Espero que seja feliz ao lado dessa garota! Satisfeito?
- SIM! - Dizendo isso saiu da ala hospitalar fechando a porta ao passar.
- ÓTIMO ENTÃO! IDIOTA!- gritou se deitando na cama, fitando a porta.
****
Em Hogsmeade no sábado seguinte, Karen, Theury e Pâmela foram ao Três Vassouras tomar uma cerveja amanteigada.
- Olha só que gatinho! – disse Theury para Pâmela e Karen, sobre um garoto que lançava olhares para a mesa delas. Karen não deu atenção, odiava quando a irmã fazia isso.
- Fala sério! Ele é feio. Olha aquele que está sentado lá na ponta. – disse mostrando outro que usava vestes azuis, que realçavam seus olhos e seus cabelos pretos. Karen suspirou e ao olhar para a porta encontrou o olhar de Harry, desviando rapidamente, percebeu que estava com Rony, Hermione e sua namorada. Um garoto veio até a mesa delas e a cutucou.
- Oi! – cumprimentou o garoto de olhos e cabelos castanhos, já tinha o visto em Hogwarts, se bem se lembrava, era da Grifinória. Simas Finigan. – Aquele garoto – mostrando outro que também sabia ser Dino Thomas. - perguntou se não quer dar uma volta com ele.
Karen sem pensar duas vezes o observou, muito séria.
- Lógico que não! Desculpe mas...está falando com a garota errada.– disse ela lentamente.
Simas sorriu e voltou até a mesa.
- Até parece que você ia sair com ele. – dizia Pâmela.
Karen não lhe deu atenção e tomou um gole de sua cerveja amanteigada.
- Não querem dar uma volta? Os gatinhos devem estar por aí. – convidou Theury.
- Você tem razão. – respondeu Pâmela entusiasmada.
- Pra quem terminou com “o garoto perfeito” – disse sarcástica. – Você está bem acesa, não? – perguntou Karen.
- Karen! Valeu por me lembrar do inútil do Malfoy. Pensei que seria minha amiga e me ajudaria a esquecer desse traste.
-Desculpe! Não queria estragar seu clima feliz. – disse levantando-se.
Karen foi à frente e passou pela mesa de Harry cumprimentando-os. Enquanto passeavam, Karen perguntava a Deus porque foi aceitar um convite para passear com a irmã e a amiga. As duas só jogavam cantadas aos garotos que passavam. Tantas que Karen resolveu dar uma volta sozinha. O único lugar que parecia ser calmo era a Casa dos Gritos. Ela se sentou próxima ao cercado, admirando a casa.
“Como pode ser tão idiota? Se gosta do Harry não deveria estar aqui sozinha, enquanto ele está lá abraçado com a namorada. Daria tudo por um beijo dele agora!” pensou ela.
Ouviu alguns passos atrás. Quando se virou percebeu a presença de Michael Barris. O garoto era do 7º ano, tinha olhos e cabelos castanhos. Sua franja cobria uns centímetros dos seus olhos, o que o incomodava um pouco, então estava sempre empurrando a franja do rosto com os dedos. Era Capitão do time da Corvinal, no qual a acusaram injustamente de ter beijado.
-Sozinha? – perguntou sentando ao seu lado.
-Parece que sim! – sorriu. – e você? Não tinha namorada?
-Não! Eu nunca namorei uma garota em Hogwarts. – retribuindo o sorriso. – Acho que é porque nenhuma me atrai, como uma garota que eu estou afim.
-Então...ela estuda em Hogwarts? – se interessando pela conversa.
-Sim, ela entrou em Hogwarts este ano. Só que ela não percebeu e eu não tive coragem de contar a ela.
-Entrou este ano? – quem entrara naquele ano era ela e sua irmã. – Quem? Theury?
-Não! – respondeu sorrindo.
Karen o olhou, incrédula.
-Eu?
Ele balançou a cabeça. Ela ficou sem palavras.
-Não sei o que viu em mim!
-Você é legal, interessante, inteligente, gosta das mesmas coisas que eu e...É muito bonita.
-Obrigado! – corando levemente.
Michael chegou mais perto dela e a beijou. Karen suspirou profundamente, depois que ele a soltou.
-Desculpa Michael, mas...Eu...Acabei um relacionamento há pouco tempo...Eu ainda não o esqueci e...Não quero entrar em outra agora. – disse forçando um sorriso.
-Ah! O Potter, não é? Tudo bem...Mas continuamos a ser amigos?
-Claro! – respondeu sorrindo.
-Potter parece já estar em outra, não?
-Parece que sim! Mas é melhor assim...eu que...Terminei com ele. Tenho que arcar com as conseqüências. – forçando um sorriso.
Michael chegou mais perto dela e a beijou mais uma vez. Harry que escutava tudo escondido, observou a cena com uma expressão séria no rosto, fuzilando Michael com os olhos.
****
Os deveres estavam se acumulando demais. Karen resolveu então passar muito mais tempo na biblioteca. Enquanto andava pelo corredor para ir à biblioteca ela encontrou Harry com Djéssica beijavam-se, outra vez conversam e mais outra, em que desta vez, se encontrava sozinho encostado na parede, parecia refletir alguma coisa. Karen passou sem olhá-lo. Sentiu Harry parar seu olhar durante alguns minutos nela, mas ela não lhe deu atenção. Em vez de ir até a biblioteca correu para o seu dormitório. Entrou batendo com estrondo a porta. Ninguém estava lá, Karen e Theury deviam estar na biblioteca. Atirou os livros em cima da cama, e com violência tirou a varinha das vestes. Com muita raiva quebrou o vaso, onde estavam as flores que Harry lhe dera, com um feitiço. Sentou no chão encostando suas costas na cama, começou a chorar com o rosto escondido nas mãos.
Eu não quis dizer isso quando eu disse que
Eu não te amava tanto
Eu deveria ter te agarrado
Eu nunca deveria ter deixado você ir
Eu não sabia nada
Eu fui estúpida, eu fui tola
Eu estava mentindo pra mim mesma
Eu não poderia ter compreendido que
Eu não viveria sem o teu amor
Nunca me imaginei sentada
Aqui sozinha
Achando que eu não te conhecia
Você deve achar que eu não me conheço
Mas eu pensava que sabia de tudo
Eu nunca senti
“Pra quem você está mentindo? Sabe que ama ele!” Pensava ela ainda chorando.
O sentimento que eu estou sentindo
Agora que eu não ouço mais a sua voz
Nem sinto o seu toque, nem o beijo dos seus lábios
Porque eu não tenho escolha
Oh o que eu não daria
Pra te ter deitado ao meu lado
Exatamente aqui, porque, baby
“Eu te amo, Harry!”
Quando você se foi, eu perdi uma parte de mim
Ainda é tão difícil acreditar
Volte baby, por favor, porque
Nós pertencemos um ao outro
Em quem eu poderei me encostar
quando os tempos se tornarem difíceis?
Quem vai conversar comigo ao telefone
Até o sol aparecer?
Quem vai tomar seu lugar?
Não há ninguém capaz
Oh baby baby
Nós pertencemos um ao outro
Karen começou a jogar seus livros contra a parede. Sentia-se muito mal agora. Sentia isso havia dias, mas não havia colocado pra fora, não tinha admitido a si mesma.
Eu não consigo dormir à noite
Quando você está na minha cabeça
Bobby Womack está tocando no rádio
Cantando pra mim: “Se você pensa que está sozinho agora”
Espere um minuto, isso é tão profundo
Eu preciso mudar de estação
Então eu giro o dial, tentando dar uma parada
E então ouço Babyface
“Eu só penso em você” e está magoando meu coração
Eu estou tentando manter tudo nos conformes, mas eu estou me
Despedaçando
“Eu tenho que voltar com ele de qualquer jeito.” Pensava ela com raiva de si mesma.
Uma coruja branca, chamada Pluma, pousou no parapeito da janela. Karen percebeu e ainda chorando foi até ela.
-O que é? Porque está me olhando assim? – gritou para a coruja.
Ela piou baixinho, mostrando a perna esquerda onde se encontrava uma carta. Karen desenrolou-a e leu.
Queridas Karen e Theury!
Estou com muita saudade. Como estão? Já descobri o que tem que fazer exatamente, Karen! Não estou gostando nada disso, quando terminar você vai voltar logo para casa. Theury, você vai continuar estudando em Hogwarts. Mandarei uma carta quando estiver perto de você voltar, Karen.
Beijos.
Papai
Karen amassou com toda a força a carta e jogou na parede oposta, a coruja a observava, piando baixinho.
-Quer uma resposta? – perguntou com raiva, correu até uma mesa e pegou uma pena e um pergaminho e escreveu rápido.
Queridíssimo Pai
Desculpe-me, mas eu não quero
Karen parou e fechou os olhos.
-Não posso escrever isso. Harry está em outra agora. – fechou os olhos mais uma vez e lágrimas silenciosas rolaram de seus olhos. Olhou para a coruja. – Não vou mandar resposta agora. Quando mandar, eu despacho você, está bem?
A coruja piou grata e levantou vôo.
-Arg! – amassando mais um pergaminho. - Em outra? – falou incrédula, mas ainda chorando ela sentou na sua cama, fitando as mãos.
Quando você se foi eu perdi uma parte de mim
Ainda é tão difícil acreditar
Volte baby, por favor, porque
Nós pertencemos um ao outro
Em quem eu poderei me encostar
quando os tempos se tornarem difíceis?
Quem vai conversar comigo ao telefone
Até o sol aparecer?
Quem vai tomar seu lugar?
Não há ninguém capaz
Oh baby baby
Nós pertencemos um ao outro
****
Naquela mesma noite, Harry encontrava-se sentado na sala comunal da Grifinória conversando com Luna, Neville, Rony e Hermione.
-Acho que não precisamos mais disso. – dizia Harry. – O que aprenderam o ano passado ajudou muito, não precisam mais de mim.
-Tudo bem, já que o AD não vai mais se reunir. É melhor eu treinar sozinho, não? – disse Neville.
-Faça isso, Neville! – disse Hermione atrás do Profeta Diário.
-Neville! – chamou Luna, que lia O Pasquim.
Os dois levantaram a cabeça ao mesmo tempo, estavam lado a lado, ficando cara a cara. Harry os observava um pouco chateado, ainda lembrando dos tempos bons que passava com Karen. Harry forçou um sorriso, ao lembrar das cenas.
-Gosta dela ainda, não é? – perguntou Hermione que observava o amigo, parecia que lia seus pensamentos.
-É tão óbvio assim? – perguntou.
-É! Gostam um do outro, devem ficar juntos. Devia terminar com a Djéssica, afinal, você não gosta dela.
- Você tem razão! – ainda tristonho. – Mas... Não a nada para eu fazer. Karen está zangada comigo ainda.
- Pode ser que não está mais!
Ele levantando-se. Bateu a porta do dormitório com força. Nenhum garoto estava por lá, estavam todos no Salão Comunal agora. Jogou tudo que pode no chão, muito zangado.
“Se a ama porque não tenta ficar com ela de novo?” Pensava ele, fitando o chão com um livro na mão.
-Não posso deixar assim. -murmurou ele. - Eu a amo, preciso explicar isso a ela.
Harry deu a volta pelo dormitório pensativo, fitou a janela escura. No campo de quadribol ele viu duas pessoas se beijando.
“Não!” – Pensou incrédulo.- “Não pode ser quem estou pensando.”
-Karen? – ainda incrédulo.
Olhou com mais atenção, não havia dúvida. Correu até a porta abriu-a e saiu correndo empurrando todos que estavam na sua frente na sala comunal.
-O que deu nele? - perguntou Rony baixinho para Hermione, que esta deu com os ombros, curiosa.
Harry correu o mais rápido que pode, sua respiração se tornara ofegante de raiva e cansaço. Ao entrar no campo, estava abraçada com Barris. Parecia estar chorando, mas o garoto se aproveitava da situação e a dava alguns beijos. Harry olhou a cena, incrédulo, correu até o encontro deles e deu um soco com toda sua força, na cara de Barris que caiu no chão. Sua mão começou a doer muito, mas não deu importância.
- O QUE ESTÁ FAZENDO? –gritou ela.
Harry não lhe deu atenção e socou o garoto de novo, puxando a varinha das vestes, apontando para o coração dele.
-HARRY, PÁRA! – gritava Karen tentando parar Harry. Barris rolava no chão ensangüentado. –
-ELE ESTÁ SE APROVEITANDO DE VOCÊ! – gritou ele com raiva.
-NÃO! NÃO ESTÁ! – gritou ela, empurrando ele no chão. – ELE SÓ ESTAVA ME CONSOLANDO.
-Consolando? Está aproveitando da situação para te beijar. Sei que ele gosta de você. – levantou e segurou o braço de Karen.
Barris veio na sua direção e deu um soco em Harry, que cambaleou pra trás.
-PAREM OS DOIS! – gritou ela os separando – Parem! Deixem de ser criança. Vai para a ala hospitalar, Michael.
O garoto olhou feio para Harry e obedeceu a garota, saindo para o castelo.
-Como você é ridículo, Harry! Ele não estava se aproveitando de mim. Como sabe que ele gosta de mim? – perguntou zangada.
-Eu ouvi sua conversa com ele em Hogsmeade. – Karen fitava o chão.
-Anda ouvindo minhas conversas?
-NÃO! SÓ OUVI SEM QUERER AQUELE DIA! – gritou ele. – PORQUE ESTÁ ZANGADA? VOCÊ NÃO GOSTA DELE.
-QUEM DISSE? – respondeu ela gritando mais alto que ele. - SÓ PORQUE FIQUEI COM VOCÊ, NÃO QUER DIZER QUE EU NÃO GOSTE DELE!
-EU DUVIDO! – gritou agarrando ela pela cintura, estava a fim de fazer aquilo há dias. – Eu acredito em você agora. Sei que não o beijou quando estávamos juntos. Desculpe por chamá-la de... Bom, você sabe do que estou falando. - Os dois se fitaram por longos minutos. -Mesmo que não estamos juntos sei que me ama. - sussurrou ele, sem tirar os olhos dela. – Eu não esqueci você, Karen! O que acha que pensei quando a vi beijando outro garoto? Senti tanta raiva que... Pensei... Que tinha me esquecido de verdade agora. – disse ele, suas respirações se tornaram ofegantes. – Eu Te Amo!
-Não sei Harry! – começando a chorar. – Eu não sei se consegui te esquecer... Sempre quando te vejo com Djéssica eu... Fico com raiva, mas... Depois eu...
Karen passou sua mão pelo rosto de Harry. Harry a segurou com mais força e a beijou, sentia falta daqueles lábios quentes. A garota se deixou levar pelo beijo e enlaçou seus braços no pescoço dele. Ele aprofundava cada vez mais o beijo, mas a soltou de repente.
-Acho que você está tentando me usar. – gritou ele. - Primeiro você sempre diz que não me ama, mas depois diz que sim. Você só pensa em você mesma, Karen Mitzel. Nunca decide nada na sua vida. Eu não sei por que estou dizendo isso, mas... Quer saber? Eu amo a Djéssica, prefiro mil vezes ela. Volte a falar comigo, quando realmente me quiser. O que eu quero é que seja nunca mais. – se virou e começou a andar a passos largos para o castelo.
-Ótimo então! Tudo bem! Dá próxima vez não venha com papo furado pra mim, Potter! EU TE ODEIO! – gritou ela bufando de raiva.
****
Naquela noite Harry não queria dormir. Batia sua cabeça no travesseiro se castigando por que disse aquilo a ela. Ela já estava quase querendo voltar com ele, mas parecia ainda decidida a não querer ele de volta, claro, depois de tudo que ele falara, por que ela iria querer voltar com ele? Não conseguia explicar como estava afim dela, era a primeira garota que sentiu tanta vontade de ficar pra sempre ao seu lado. A garota mais perfeita pra ele. Já estava sentindo falta dos beijos dela. Queria agora sentir sua pele na dela e...
-HARRY! – chamou Rony, quase gritando.
-Que é? – perguntou zangado.
-Tem uma pessoa querendo falar com você! – disse Rony apontando para uma garota, que saia da escada do dormitório das garotas, no Salão Comunal da Grifinória, pela manhã.
Ela veio correndo em sua direção dando um beijo sem graça nele.
-Então, dormiu bem? – perguntou a garota sorridente.
-Não, digamos de passagem. – respondeu sem graça. – Vamos tomar café?
-Claro!
Harry desceu para tomar café com Djéssica agarrada em seu braço como chiclete.
-Será que dá pra você me largar? – perguntou mal humorado.
-Nossa! O que deu em você?
-Eu só quero um tempo está bem? – respondeu tentando o máximo que podia dizer que queria dar um fora nela.
- O que quer dizer?
- NÃO QUERO MAIS SAIR COM VOCÊ! – gritou ele, querendo que a escola inteira ouvisse. Fazendo questão de olhar para a mesa da Corvinal. Mas, Karen parecia não estar dando atenção, porque estava beijando Michael Barris. Harry não soube o que fazer, não ouviu os gritos estéricos de Djéssica, tudo que fez foi jogar um olhar fuzilante para a mesa da Corvinal e sair correndo para os jardins.
“Sabe muito bem que te amo!” Pensava ele. “Bela maneira de me esquecer, podia simplesmente ficar sozinha!” gritou por dentro, chutando uma pedra no lago. Sentou vendo a pedra afundar. “Não pode fazer isso comigo, droga! Você não sente nada por aquele garoto.” pensava indignado. “Ela pensa que vou desistir? Mas não vai ser tão fácil, não!”
N/A: Oi! E ai? Gostaram do cap? Da músicas que eu coloquei? Bom a primeira letra é a tradução de We Belong Together da Mariah Carey. Achei uma música tudo a vê com o que estava acontecendo. De repente eu coloco mais songs na fic, mas não é certo. Bom, espero terem gostado desse cap. Já estou preparando o Cap 13 já. Só que vai demorar um pouco para eu postar. Graças a Deus as idéias estão fluindo na minha cabeça. Prometo que logo postarei todos esses Caps...Vlw por todos os coments...Principalmente daqueles que estão sempre dando uma força para eu continuar com a fic...Comentem...PLEASE!!!!!!!!!!B-jão...
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