Mais Doses de Chá e Coragem




Olá! Agora já começamos a contagem regressiva para o término da fic e tenho aquela sensação boa de dever cumprido. Eu precisava deixar registrada a minha leitura das “entrelinhas” desses adoráveis bruxinhos. Por sinal, eles estão vivendo um momento especial. Ron finalmente terminou o namoro (ou melhor, Lilá desmanchou com ele) e Hermione começa a aceitar o rapaz do jeito que ele é, também com seus defeitos. Mas “no meio do caminho tinha uma pedra”... ou melhor, várias pedras, Comensais da Morte, assassinato e uma terrível guerra começando. Será que é possível viver um romance em tempos tão difíceis assim?


Boa leitura!


Morgana


P.S¹: Obrigada a todos que deixaram comentários até agora! Vocês talvez não imaginem o quanto são importantes... Para os que ainda estão em silêncio, peço gentilmente que vençam a timidez (ou seria falta de tempo?) e falem o que estão achando.
P.S²: Agradeço também aos que votaram na fic. Estamos há quatro dias entre as mais votadas da FeB! Mérito de vocês!
P.S³: Lumos, por onde anda você? Estou sentindo falta dos seus comentários! Sei da sua impaciência com a ‘lerdeza’ de Ron, mas espero que não tenha desistido da fic...


 


* * * * *


 


 


 


 


No momento que Ron comunicou a Harry e Hermione o fim do namoro com Lilá, a menina tentou agir com naturalidade, mas era impossível disfarçar a alegria que sentia. Chamou o amigo de covarde por não ter tomado a iniciativa, mas agora isso era o que menos importava. Ron estava livre daquele lourinha pegajosa, estava livre para ela.


À tarde, Hermione teve a chance de ficar a sós com Ron. Precisava saber o que se passava no coração do ruivo e se a sua intuição de que o rapaz gostava dela e esse sentimento havia motivado o fim do namoro com a loura tinha fundamento.


- O que você pensa em fazer agora que terminou o namoro?


- Como assim? Não vou fazer nada...


- Imaginei que fosse tomar coragem e se declarar para a menina de quem disse achar que gostava...


Ron estranhou aquele comentário da amiga. Será que Hermione desconfiava que ele gostava dela? Mesmo se queria a morena como namorada, não ia se precipitar e estragar tudo mais uma vez. Agora pretendia agir com calma e por isso preferiu sair pela tangente.


- Você não esquece isso, hein? Não daria certo namorar essa menina.


- Se você não tentar, como vai saber?


- Já fiz uma tentativa que não deu certo. Não quero errar de novo. Melhor ficar sozinho... Pelo menos por enquanto. Quem sabe daqui a algum tempo...


“Eu fui uma ingênua ao acreditar que Ron agora tomaria coragem e se declararia para mim. Lilá foi quem tomou a iniciativa. Será que ele nunca vai vencer essa insegurança?”, se questionou a menina, demorando a perceber que o rapaz a chamava pelo nome. Quando o olhou, ele a bombardeou com a inesperada pergunta:


- Mas por que você está insistindo nesse assunto?


- Por nada em especial. Nem devia ter perguntado. Esqueci que você não quer casar antes dos 30 anos. Por que namorar agora?


- Hermione, você sabe ser tão ácida quando quer... Deixa eu curtir um pouco a minha liberdade.


A menina ficou decepcionada ao ouvir Ron dizer que “queria curtir sua liberdade”. Parecia que ele demoraria ainda muito a amadurecer e não sabia se estava disposta a esperar ainda mais. Já ia encerrar aquela conversa, que em sua opinião não levaria a lugar algum, quando Ron perguntou à queima-roupa:


- Hermione? Tem uma coisa que ainda não entendo muito bem... Por que você me atacou com aqueles pássaros?


- Vou fazer como você e responder com uma pergunta. Preciso falar o por quê?


- Se estou perguntado é porque não consegui entender...


- Ah, Ron, você nem parece um bruxo. Não consegue entender o que está debaixo do seu nariz. Até um rapaz trouxa já teria percebido...


- Mione, o que está acontecendo?


- Vou indo, Ron. Tenho que passar na biblioteca. Até mais tarde!  - disse a menina decidida.


Hermione parecia chateada, mas, se Ron pudesse ver a expressão da amiga assim que virou as costas para ele, ficaria surpreso com seu semblante feliz. Nada estragaria o bom humor da menina. Ron terminara o namoro e Mione estava decidida a ir a fundo naquele sentimento que tinha pelo ruivo. Se o rapaz realmente gostava dela, o ajudaria a vencer a insegurança que já os tinha afastado por tanto tempo.


Ron ficou olhando a amiga se afastar intrigado. Pensou em ir atrás dela e insistir na pergunta até ela revelar o que tanto desejava ouvir e saber. A intuição do rapaz lhe dizia que o amor que tinha pela morena era correspondido. Somente agora começava a acreditar no que inconscientemente já sabia desde o quarto ano: existia um sentimento muito maior que a amizade entre os dois.


O rapaz precisava admitir que, na verdade, já não se tratava mais de uma simples intuição. Neste último ano, muitos acontecimentos concretos haviam mostrado que a menina não era indiferente a ele. Mas o medo, o grande medo de ser rejeitado, relegado a segundo plano, preterido a outro rapaz, o paralisava. Tinha ensaiado algumas vezes uma declaração de amor. Logo todas essas frases feitas lhe soavam ridículas e imaginava Hermione rindo em sua cara, falando que era patético e devia se colocar no lugar dele.


xxx


Estavam na véspera da última partida de quadribol, que definiria o vencedor daquele ano. Ron se sentia mais ansioso do que nunca, especialmente porque Harry devia cumprir uma suspensão com Snape e não participaria do jogo.


Hermione conhecia o amigo o suficiente para saber que, quando ele estava extremamente quieto, alguma coisa não ia bem. Encontrou o ruivo sentado sozinho, próximo à lareira, na sala comunal, e se aproximou dele.


Não sabia exatamente o que iria dizer, mas tentaria encontrar um modo de deixá-lo mais tranquilo e confiante. Foi quando lembrou do chá que a professora Minerva havia lhe oferecido na véspera de uma prova muito difícil no quinto ano e que tinha surtido ótimo efeito. Era uma espécie de calmante bruxo. Com essa lembrança e uma decisão, aproximou-se do amigo.


Ron atirava faíscas com a varinha que causavam pequenas explosões quando se encontravam com o fogo da lareira.


- O que está fazendo? – perguntou a menina espantada com aquela mágica que parecia perigosa.


- Nada. Apenas me distraindo um pouco... – respondeu, sem encarar a amiga, continuando a lançar faíscas.


- Para com isso, Ron. Eu quero conversar com você – disse com firmeza.


O rapaz abaixou a varinha e a olhou. Parecia magia. Mesmo se Hermione havia encarado aqueles olhos azuis tantas vezes, eles sempre a surpreendiam. Não conseguia ficar indiferente a aquele olhar.


- E então? Pode falar... – disse o ruivo displicente.


A menina perguntou se ele estava nervoso com o jogo e, mais uma vez falou que acreditava em seu potencial. “Você é um excelente goleiro. Só precisa ter mais fé em você mesmo”. Ron a olhava de um jeito muito sério. Mesmo correndo o risco do rapaz não aceitar, a morena o convidou a ir à sala da professora Minerva com ela. “Preciso saber mais sobre uma tarefa e não queria ir sozinha”. O ruivo concordou em acompanhá-la.


Caminharam alguns minutos em silêncio. O rapaz perdido nos muitos pensamentos. Percebia que a menina estava cada dia mais terna e atenciosa com ele. No dia anterior, havia finalmente reconhecido que Mione sentia ciúmes dele com Lilá. Seria ciúme de amiga? Mas jamais agira assim com Harry. Resolveu aproveitar para questionar um pouco mais a morena e tentar entender os seus sentimentos.


- Hermione? Por que você nunca aceitou o meu namoro com Lilá? Você encarou numa boa o namoro de Harry e Cho...


No mesmo instante, a menina sentiu o rosto queimar. Como Ron lhe fazia uma pergunta daquela? Aliás, o ruivo estava fazendo muitas perguntas desconcertantes nos últimos dias e Hermione entendia muito bem onde ele queria chegar. Mas tinha decidido que não declararia seu amor pelo amigo. Uma vez na vida o rapaz precisava tomar a iniciativa. Ao mesmo tempo, não podia mentir.


- Nós dois sabíamos que Harry estava interessado na Cho. Já você e Lilá... Foi algo inesperado. Mas já desmancharam, não é?  Para que voltar a esse assunto?


Chegaram à sala da professora e Ron disse à menina que a esperaria do lado de fora. “Não gosto de ir a um lugar sem ser convidado”, argumentou. Hermione entrou e, alguns segundos depois, Minerva apareceu à porta.


- Vamos entrar, sr. Weasley. Todos os alunos da Grifinória são bem-vindos à minha sala – afirmou a professora.


Ron estava visivelmente sem graça quando se sentou à mesa em frente à professora, ao lado de Hermione. Pior foi quando Minerva pediu a menina para ir à biblioteca buscar alguns livros para ela. “Vou acompanhá-la”, disse Ron, já se levantado.


- Espere, Weasley. Quero ter uma conversa com você - falou a professora com autoridade.


Mal a menina se retirou, Minerva perguntou como ele estava se sentindo para o jogo do dia seguinte. Foi inevitável intuir que Hermione tinha armado tudo aquilo. O rapaz começou dizendo que estava tudo bem, mas antes de completar o seu raciocínio, a professora falou:


- Sei que não é fácil, mas você precisa ser mais autoconfiante. Talvez não conheça suficientemente a história da sua família. Os Weasley têm muito poder e o respeito da comunidade bruxa. Desde sua chegada aqui na escola de magia, tenho percebido que possui grande potencial, mas ao mesmo tempo não acredita o suficiente em si mesmo.


Ron olhava para Minerva apreensivo. Sabia que Hermione tinha um bom relacionamento com ela, mas sempre a achara fechada demais e não se sentia à vontade conversando com a professora. Não estava gostando de ter sua família e suas atitudes analisadas. Ao mesmo tempo, jamais seria mal-educado. De fato havia aprendido a respeitar pessoas mais velhas e autoridades com os Weasley. Depois de encarar o rapaz alguns segundos em silêncio, McGonagall continuou:


- Penso que as conquistas que tem alcançado nos dois últimos anos, como ser monitor da Grifinória e participar do nosso time de quadribol, o levaram a superar um pouco essa insegurança. Até o namoro com a senhorita Brown foi importante, mesmo se vocês dois são como água e vinho. Mas acho que o senhor com essa experiência entendeu que o verdadeiro amor não se improvisa.


Agora já era demais! A professora Minerva queria se meter até na sua vida sentimental. Levantou decidido a ir embora. Hermione que voltasse para Grifinória sozinha. Aliás, a menina era independente demais para precisar da companhia dele.


- Professora, infelizmente não vou poder mais esperar por Hermione. Peço que a avise, por favor, que precisei ir – disse.


- Sente-se por mais um momento, Weasley. Ninguém sai da minha sala sem tomar um chá – falou, ficando de pé e dirigindo-se à pequena copa.


Ele estava impaciente. Não queria mais ficar sentado, mas obedeceu. Os minutos que se passaram pareciam uma eternidade. A professora voltou trazendo duas xícaras numa bandeja.


- Desculpe-me. Não pergunto aos visitantes que vêm a minha sala qual chá desejam, pois sei exatamente de qual eles precisam. O senhor, por exemplo, tem necessidade deste aqui, que vai ajudá-lo a ficar mais autoconfiante para o jogo de amanhã. Não é nenhuma substância proibida, pode ficar tranquilo. Eu jamais vou contra os regulamentos – apressou-se a esclarecer.


O ruivo agradeceu pelo chá. Não tinha o gosto muito diferente dos preparados pela mãe. Queria beber o chá o mais rápido possível e sair logo dali. Finalmente a professora decidiu que era hora de parar de falar e ouvir o rapaz.


- Então, jovem Weasley, o que tem a me dizer de tudo que lhe falei? – perguntou com o semblante suave, depois de dar mais um gole de chá.


- Agradeço por sua preocupação, professora. Tenho tentado ficar mais tranquilo e em muitos momentos consegui, mas nem sempre é fácil – respondeu o ruivo.


- Compreendo perfeitamente. Mas penso que está no caminho certo. Afinal, conquistar o amor de uma menina tão brilhante, inteligente e altruísta é um fato que não deve ser menosprezado.


- A senhora está falando da Lilá?! – perguntou o jovem um tanto assustado.


Professora Minerva franziu os olhos, surpresa com a aparente distração do rapaz, mas não precisou dizer mais nada. Naquele momento Hermione entrou na sala, pedindo licença.


- Chegou em boa hora, Granger. O jovem Weasley já estava preocupado. Agora podem voltar juntos para Grifinória – apressou-se a dizer, agradecendo os livros trazidos pela menina.


Depois que Ron e Mione se despediram da professora e já tinham alcançado o corredor da escola, o rapaz reclamou com a amiga. “O que você pretendia me deixando sozinho com a professora? Ela não parou de tagarelar um minuto. Falou da minha família, da minha atuação no quadribol e na monitoria e até do meu namoro com Lilá”, queixou-se o rapaz.


Hermione olhou para o ruivo sem esconder sua surpresa. Por que a professora Minerva havia falado logo da Lilá? “Eu só queria que você tomasse um dos chás que ela prepara. Uma vez eu estava muito ansiosa na véspera de uma prova e fez um ótimo efeito para mim”, contou a menina.


- Você devia ter me falado que queria me levar à sala da professora para tomar chá. Seria bem mais fácil. Podia ter ficado comigo também ao invés de me deixar sozinho com ela – disse o ruivo.


- Sabia que você tinha medo de aranhas, mas não de bruxas – falou a menina em tom divertido – Pelo menos o chá fez algum efeito? Você está mais calmo?


Com um sorriso, o rapaz fez questão de dizer que não tinha medo de bruxas. “Não mesmo? Às vezes acho que você fica apavorado comigo”, retrucou a menina. “Você é assustadora mesmo, mas já me acostumei”, rebateu, soltando uma gargalhada. “Bem, pelo menos acho que estou mais tranquilo sim”, concluiu o ruivo.


Quando entraram na torre da Grifinória, os dois se despediram e seguiram para os seus respectivos dormitórios. O rapaz, muito sonolento, queria apenas dormir e acordar no dia seguinte com disposição para defender todos os gols. Hermione, no entanto, já estava envolvida por muitos pensamentos e sabia que o sono demoraria a chegar.


Enquanto o menino em pouco tempo já estava roncando, Hermione mergulhava em lembranças e reflexões. Nos últimos tempos, vários gestos e palavras de Ron confirmavam ao seu coração que o rapaz não a queria mais apenas como amiga.


Lembrava da cena de ciúme protagonizada por Ron quando ela falou de Harry ao chegar à Toca, no período de férias; de como amarrara a cara depois de saber da sua ida ao baile com o McLaggen e, especialmente, do que admitira há poucos dias, mesmo se de forma indireta: o ruivo deixou de falar com ela por causa do beijo trocado entre a menina e Krum. “E Ron ainda fala do ‘instinto de proteção’ que existe entre os amigos”, pensava sorridente.


Mas eram os olhares do rapaz - intensos, assustados, provocadores, sedutores, apaixonados (pelo menos era assim que ela percebia) - que pareciam confirmar o amor do rapaz. No meio de tantas lembranças havia uma que guardava com mais carinho, as duas semanas que Ron havia se portado como um verdadeiro gentleman, logo depois dela tê-lo convidado para a Festa do Sluge, cercando-a de atenção e carinho. Como ela tinha sido feliz naqueles dias! Por que não podia ser sempre assim?


xxx


 


Para ouvir antes, durante ou depois de ler o capítulo: 


One And Only


http://irpra.la/m/1076928 


You've been on my mind,
I grow fonder every day,
Lose myself in time,
Just thinking of your face,
God only knows why it's taken me so
Long to let my doubts go,
You're the only one that I want...

I don't know why I'm scared,
I've been here before,
Every feeling, every word,
I've imagined it all,
You'll never know if you never try,
To forgive your past and simply be mine...

I dare you to let me be your,
Your one and only,
Promise I'm worth it,
To hold in your arms,
So come on and give me a chance,
To prove I am the one who can walk that mile,
Until the end starts...
(…)
 



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Comentários (10)

  • Gego

    Tenho certeza que vou.Ok, vou sair. Quando chegar em casa a noite, eu olho.;* 

    2012-05-07
  • Morgana Lisbeth

    Oi, meninas! Lily, eu também não sei se teria a paciência da Mione (rs). Mas a própria Rowling falou que Ron foi o último do trio a amadurecer... :) Gego, planejo postar um novo capítulo à noite. Está pronto e acho que ficou bem divertido. Espero que curta!    

    2012-05-07
  • Lily_Van_Phailaxies

    Rony eh um fofo, mas tem o dom de dizer as coisas erradas... Como assim aproveitar sua liberdade ruivinho??? Bora se amarrar com a Mione, forever!!! Sorte que Hermione já conhece o lerdinho fofo que ele eh, relmente após ele terminar com o desentupidor de pia, não tem como não ficar feliz =D Adele perfeito *.* Até o próximo capítulo

    2012-05-07
  • Gego

    Teremos capítulo hoje? *-*:* 

    2012-05-07
  • Morgana Lisbeth

    Bem-vinda de volta, Lumos! Estamos na reta final e fico feliz em ter sua companhia.

    2012-05-07
  • lumos weasley

    oi ressussitei dos mortos! rsrsrsrsrs.Desculpe não ter aparecido é que eu estava atolada em trabalhos e não consegui entrar, mas eu não desisti de fic isso nunca! Amo Ron e Mione e acho a sua fic Demais. E é claro amei a música também Adele é o máximo.Bjs e valeu por se lembrar de mim. 

    2012-05-06
  • Morgana Lisbeth

    Oi, Lulu! Obrigada por continuar comentando e acompanhando! Graças a vc e Gego, minhas leitoras fiéis, continuo motivada a atualizar a fic. Vou voltar a escrever as entrelinhas do livro 7... *.*

    2012-05-06
  • luluweasley

    Encantador *-* Não consegui evitar um sorriso lendo o que Minerva falou a Ron,e da reação dele,claro! Ah, dou a maior força para você continuar a escrever e começar a postar as entrelinhas do livro 7! musica perfeita. bjs

    2012-05-06
  • Morgana Lisbeth

    Gego, eu também amo Adele! Estava esperando o momento certo para sugerir essa música...:))

    2012-05-06
  • Gego

    *-*Perfeito. E a música é muito bonita. Lógico, é Adele. ;] 

    2012-05-06
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