Aprendendo



Tudo escuro. Onde estou!?. Harry abriu os olhos, sua vista estava turva, dificultando a visão completa ao seu redor. A cabeça latejava. Seu estomago doía.Estava escuro demais. Harry desejou, e no segundo seguinte, tudo estava claro. Como se alguém tivesse ligado as luzes. Logo percebeu que estava sem os óculos, mais isso não fazia mais diferença, pois enxergava perfeitamente. O cômodo estava vazio. As cortinas, balançavam ao soar do vento. A brisa, vinha fresca e ia ao encontro do rosto de Harry. A porta, única opção de saída se abriu.

A vampira, que salvara a vida de Harry entrava.

- Como você se sente? – perguntou Ângela.

Harry demorou a responder, estava impressionado com tanta beleza, então, finalmente disse.

- Eh... eu vou... vou bem! – gaguejou.

- Harry, espero que você não se arrependa de sua escolha. – suspirou ela.

- Escolha? – as lembranças vieram num amontoado de flashbacks, deixando-o um pouco tonto.

- Sim Harry... escolha... bem...

Ela largou um amontoado de roupas em cima da cama de Harry, todas pretas, reparou.

- È para você se trocar, sabe. - Harry olhou para as roupas que usava, sujas e rasgadas.

- Tem um banheiro ali se você quiser se trocar e tomar banho!

- Ah... Obrigado... – ele sorriu.

Ela saiu. Deixando Harry um tempo em transe. Ele balançou a cabeça e entrou no banheiro.

Harry apanhou as roupas e entrou no banheiro. Ligou o chuveiro. Tirou as roupas e entrou, a água morna, batia no seu peito, fazendo Harry esquentar-se. O garoto começou a pensar. Estava tudo se passando muito rápido... o que estava acontecendo!? Por que aquele ataque inesperado? Onde estaria Remus e os outros? Por que meu estomago dói tanto? Os pensamentos estavam circulando na cabeça de Harry.

Ele saiu do chuveiro se secou. Olhou-se em um espelho que tinha no banheiro para ver seu estado. Harry já não era aquele garoto magricela de onze anos. Esses anos de quadribol e suas aventuras o deixaram mais forte, seu tórax estava mais forte, não muito, mas já estava ficando definido, seu abdômen estava mais trabalhado e os músculos já começavam a ficar delimitados pelas “linhas”. Flexionou o braço e percebeu que seu bíceps estava maior. “ Nada mal” pensou. Dando uma piscadela para seu próprio reflexo saiu do banheiro e foi se vestir. Abriu a porta do quarto, dava para um corredor longo e recheado de portas. Caminhou até o final do corredor, abriu a porta que havia ali.

Estava meio escuro, mas dava para perceber. Havia uma mesa enorme, e Harry levou um tremendo susto ao ver mais de 50 vampiros ao redor dela, conversando. Eles pararam e olharam para Harry.

O mais rápido que pode, Harry fechou a porta e voltou para o quarto em que estava. Ao entrar, encontrou Ângela olhando pela janela.

- Ângela!?

- Ah Harry, que susto! Achei que você tinha fugido, ainda não é seguro sair sozinho.

Ela sorriu, seus olhos verdes vivos, chamavam ele. Queria aqueles olhos para ele. Ela mexia com ele. Apesar de se conhecerem a 1 dia, ela mexia com ele, de um modo que ele não sabia explicar, nunca havia sentindo isso, nem pela Cho.

- Ok, Harry, vamos sair essa noite em grupo, vamos nos alimentar, você deve estar fraco, e precisa de sangue. Seu estomago deve estar ardendo? Não?

Harry assentiu com a cabeça.

- Me siga, você vai conhecer alguns vampiros e depois sairemos para caçar, mandei uma carta para o Dumbledore, avisando que você está seguro! Espero que não ligue que eu tenha usado sua coruja, era o único jeito de avisa-los.

Harry balançou a cabeça afirmativamente e a seguiu.. Havia esquecido da ordem, mas acabaria voltando. Sempre voltava. Eles caminharam pelo corredor e entraram uma porta antes da sala em que Harry entrou sem querer.

A sala era grande, tinha uma lareira e varias poltronas, lembrava o salão comunal da grifinória, só que mais sombrio. Harry percebeu seis vampiros ao redor de uma mesa pequena, Ângela aproximou-se e chamou a atenção.

- Gabriel, Breno, Logan, Mael e Susan. – chamou a vampira. – Esse é o mais novo integrante do nosso grupo. Harry Potter.

Os vampiros olharam quase que ao mesmo tempo para o garoto que estava do lado de sua líder.

- O menino cicatriz? – Perguntou a garota de olhos negros de baixa estatura.

- Exatamente.

Harry ergueu o braço e acenou, encabulando-se. Todos estavam boquiabertos.

- Como você fez isso Ângela!? – indagou um vampiro negro acinzentado, bem alto.

- Não temos tempo para perguntas Mael. Temos que caçar, o pupilo deve estar faminto.

Harry achou engraçado. “Pupilo”? sem que percebesse, sorriu pelo canto do lábio.

- Okay vampiros!! Hoje precisamos de muito sangue. Vamos ter que procurar, boates, danceterias trouxas de preferência.

Os seis vampiros, obedientes, saltaram pela janela.

- É fácil Harry, apenas se concentre! – ela sorriu e saltou.

Harry olhou para os vampiros que aguardavam pacientes. Não deve ser difícil, pensou.

Saltou. O ar ricocheteava em seu rosto. Caiu como se fosse uma pluma no muro onde todos o aguardavam.

Ângela sorriu. Os oito vampiros, inclusive Harry acenderam seus olhos. E começaram a correr em uma velocidade descomunal.

Harry ia ao lado de Ângela. Precisava aprender a viver como vampiros.

- Ângela...

- Sim? – perguntou.

- Então como é... ser um vampiro? O que acontece ? Aquelas coisas que sempre escutamos falar sobre as imunidades e modo de matar são verdades?

- Bem Harry... É assim. Você agora, deve temer o sol. Principalmente nos primeiros dias. Nós podemos andar de dia, mas ficamos muito fracos e praticamente sem poderes, por isso a maioria não sai pela manhã. Água benta, coisa de história trouxa! Prata, é o único metal que você não consegue destruir. Nunca deixe que cortem sua cabeça! Você morre!! Estilo Highlander, sabe.- Disse divertida.

- Estaca no coração mata? Crucifixo? Alho?

-Estaca no coração nos coloca em transe, nós só acordamos quando tiram a estaca de nosso coração. Crucifixo, não mata, mas queima quando toca em nossa pele. Alho, só se estiverem tentando nos temperar!
Angela sorria. Como era linda! Pensava Harry.

Os vampiros aproximavam-se de uma danceteria trouxa, no centro de Londres.

- Vamos, entrem, comam e não deixem ser vistos! – ordenou a líder, depois voltou-se para Harry.

- Nós vamos para outro lugar.

Ele pensou. Como estava aceitando aquela vida noturna. Achava que seria difícil. Mas estava apenas começando.




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Na cozinha da ordem, todos caminhavam de um lado para o outro. Onde estava Harry?

O que havia acontecido? Quem fizera aquilo com o comensal? Havia tantas perguntas! Sr.Weasley conversava com Remus e o seu irmão mais novo, Romulus. Os jovens já haviam sido obrigados a subir para dormir, claro, depois de uma bela poção, pois do jeito que estavam não dormiriam nunca.Tonks e a Sra.Weasley, que estava abraçada ao filho, procuravam se manter calmas, mas pela noticia que acabaram de receber, não seria fácil.

- Droga! – Berrou Remus batendo a mão na mesa.

- Acalme-se Remus! – ordenou Romulus. – pode ser que Harry esteja a salvo.

- Ou pode ser que Harry esteja morto, ou sendo torturado! – ironizou Remus.

- Romulus tem certeza, temos que esperar! – falou Sr.Weasley.

- Como Arthur? James, Lily e Sirius nunca me perdoariam se algo acontecesse com Harry!!! - Falou Lupin

A campainha soou. A Mãe de Sirius começou a berrar. Tonks, Remus e a Molly correram para dar par a situação.

Depois de alguns incessantes minutos, Dumbledore e Snape apareceram na cozinha.

- Alguma noticia de Harry? – perguntou o Sr.Weasley.

- Sinto em dizer, mas não. – Respondeu, Dumbledore, sempre em seu tom calmo.

- Estamos com problemas!! E se acontecer algo a Harry! – começou novamente Remus. Ele sabia que a sua missão era cuidar de Harry por Sirius.

- Acalme-se pulguento! – praguejou Snape. – no mínimo Potter deve estar...

Snape foi interrompido por uma coruja que havia entrado pela janela aberta. Era Edwiges, que posou no ombro de Dumbledore e entregou a carta. A coruja com seus olhos âmbar, que brilhavam intensamente, olhava direto nos olhos de Dumbledore, como se estivesse transmitindo que seu dono estava bem. Ela piou e saiu voando.

Dumbledore abriu, seus olhos não paravam. Finalmente ele largou o papel e entregou a Remus. Que começou a ler em voz alta.




“Caro Dumbledore,




Não precisam se preocupar com Harry, ajudei-o quando estava sendo atacado. talvez eu não o devolva da mesma maneira em que vocês o largaram na rua dos alfeneiros, mas tenho certeza que melhor não estaria. É melhor conversarem isso com ele. Na manhã de Segunda, entregarei ele a vocês. Tenho certeza que ele gostaria de passar seu aniversário com vocês. Talvez alguns de vocês não se lembrem de mim, qualquer dúvida procurem Olho-tonto.

Ele terá respostas. Talvez confusas, mas tudo se encaixará mais para frente.




Atenciosamente

Ângela Drans.”





- Ângela Drans? – perguntou Tonks.

- Ow sim.... acho que já ouvi esse nome. Tenho certeza que Potter está seguro. Falando de certo modo. – Sorriu maldosamente Snape.

- Não gostei da parte em que “talvez eu não o devolva na mesma maneira.”

Apesar de todos estarem tensos, o clima havia melhorado, cem por cento.




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Harry e Ângela haviam escolhido as vitimas, um par de traficantes. Estavam drogados, vitimas fáceis, mas mesmo assim perigosos.

- Harry, eu quero que você faça o seguinte. Pule em cima do loiro, quebre seus pescoço e sugue todo o sangue necessário.

- E se eu não com...

Ângela colocou os dedos na boca de Harry.

- Apenas faça!

Eles pularam para a árvore seguinte, e assim sucessivamente até chegarem perto dos traficantes, estavam a sós. Harry, pensou, estava procurando a melhor maneira, ao mesmo tempo que Angela, saltaram em cima das duas vitimas.

- Ei mas o que?! – assustou-se o bandido em que Ângela acabava de matar.

- socorroo..... – Harry colocou as mãos no pescoço do traficante. Parou para pensar, o que eu estou fazendo? Matando um homem? Será que não tem outro jeito? Cheiro de Sangue fresco.... Eu não posso...

Não adiantava. O vampiro que habitava em Harry estava tomava seu corpo. O Harry antigo, que não matava uma mosca sem pedir desculpas, agora mata um homem, sem insistir,
Flexionou as mãos e então ouviu um *creck* e logo tudo estava acabado.
Harry sentia o cheiro de sangue, muito atraente, Ângela estava sugando o sangue de sua vitima. O Pupilo expôs os caninos e cravou no pescoço do assaltante. A cada golada de sangue, a dor em seus estomago acabava, não sentia remorso, pelo contrario, sentia muito prazer em fazer aquilo.
Harry não sabia que e o que o aguardava. Mas sabia que não seria fácil. Agora era um deles, e deveria aprender a viver na noite, para completar o que o destino havia lhe dado. “O que Dumbledore falará sobre isso? E Remus? Acho que só contarei a eles, é melhor esconder isso dos outros” pensou.

- Passou o incomodo no estômago? – Perguntou Angela.

- Hã,....sim, passou.

- Como se sente?

- É um pouco estranho, sabe, correr rápido, saltar incrivelmente alto, eu conseguia escutar o coração do cara batendo. E o que é melhor, posso enxergar sem meus óculos, pena que não deu um jeito no meu cabelo. – Falou Harry rindo.

- É, seus olhos sem os óculos são bem melhores. São bem sedutores. Seu cabelo é legal, deixa com um ar rebelde, bem sexy. Vai arrasar corações. – Disse Ângela divertidamente e com um sorriso maroto. Ele não respondeu nada, simplesmente não conseguia. Se não estivesse um tanto escuro, ela poderia Harry tão vermelho quanto um tomate. – Bem, vamos encontrar com os outros e voltar para a casa. Há!! Eu avisei para Dumbledore que você voltaria para eles segunda. Terça é seu aniversário, não é?

- É, é sim. Vamos voltar então. Nós voamos que nem em alguns filmes trouxas? – Perguntou Harry exitado.

- Desculpe decepciona-lo, mas não. Você gosta de voar não? Tem uma firebolt. Mas deixemos para conversar depois, vamos embora.

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