Presos no covil do inimigo
Capítulo 10: Presos no covil do inimigo
Draco abriu os olhos e viu que seu pai e uma figura encapuzada estavam em sua frente. Olhou a volta e percebeu que estava em um tipo de cela:
-Enervate! –Lúcio disse apontando para Gina e ela também acordou.
-Pra onde nos trouxe? –Draco perguntou a Lúcio.
-Para a minha mansão. –a pessoa encapuzada disse baixando o capuz.
Era uma mulher. Tinha longos cabelos negros espessos e brilhantes, grandes olhos negros que ainda mantinham o toque sombrio que Azcaban proporcionara. Estava mais bem cuidada do que a última vez que Gina a vira, mas ainda assim não havia como se confundir. Era Belatriz Lestrange:
-Você? –Gina perguntou revoltada olhando para Belatriz.
-Você a conhece Gina? –Draco perguntou.
-Tivemos um divertido encontro no ano passado, pena que não consegui matá-la. –Belatriz respondeu.
-Foi ela Draco! Ela matou o Sirius! Você não tem noção de quanto o Harry sofreu com isso?
-O meu primo estava pedindo pra morrer e, além disso, fico muito feliz que isso tenha feito Potter sofrer. Eu não esqueci aquela maldição cruciatus que ele lançou em mim, da próxima vez ele não me escapa.
-Sua vaca assassina! –Gina disse ameaçando pular em cima de Belatriz, mas Draco segurou-a.
-Lúcio, você não me disse que era o seu filho que estava namorando essa pobretona? Pois pra mim parece que ela é namorada do Potter, não a vi fazer outra coisa além de defender o Potter desde que acordou. –Belatriz provocou.
-Isso não tem nada a ver! Eu defendo o Harry, porque ele é meu amigo. Draco é meu namorado! –Gina respondeu com cada vez mais vontade de bater em Belatriz.
-Achei que tivesse educado melhor o seu filho, mas vejo que me enganei. É realmente um desperdício que ele não esteja do nosso lado.
-Eu não sei onde errei. Foi essa Weasley que o fez mudar de lado. Eu sempre o ensinei a ser o mais cruel possível...anos de trabalho jogados no lixo! –Lúcio disse.
-Parem de falar de mim como se eu não estivesse presente, porque eu estou. É problema meu o que eu faço da minha vida! Agora digam, por que nos trouxeram pra cá?
-Voldemort tem interesse em vê-los. –Belatriz respondeu.
-Mas por quê? –Gina perguntou.
-Saberão em seu devido tempo. –Lúcio disse indiferente –Enquanto isso, divirtam-se nas confortáveis instalações que a anfitriã oferece. –disse ironicamente saindo seguido por Belatriz.
***
Harry havia acabado de acordar e resolvera ir tomar café. Parou no Salão Comunal da Grifinória quando viu Rony e Hermione com cara de que não haviam pregado o olho:
-Bom dia. A noite foi tão boa assim para nenhum dos dois ter dormido? Essas olheiras não me deixam mentir.
Mione e Rony se entreolharam, não sabiam como contar a Harry:
-O que aconteceu? Vocês estão preocupados. Estão me escondendo algo?
-Nós escondendo algo? –Hermione perguntou.
-Não, é o Voldemort. –Harry disse sarcástico.
-Não teve graça, Harry. Você sabe que não gosto quando fala o nome de você-sabe-quem. –Rony reclamou.
-Então me contem. A Gina sabe? Cadê ela? Se ela souber, vou pedir que me conte.
-Harry... –Hermione começou.
-Fale de uma vez!
-Está bem. –Rony disse engolindo em seco –É que a Gina...ela foi digamos...raptada por Lúcio Malfoy.
-O quê? Já passou 1° de Abril, isso é uma brincadeira sem graça!
-É verdade Harry. –Hermione confirmou –Nós tentamos impedi-la de seguir o Draco, mas ela nos enfeitiçou e saiu correndo atrás dele...depois disso, nenhum dos dois voltaram. Ficamos esperando por muito tempo perto da entrada do castelo, como não voltaram, decidimos sair do castelo e procurar por eles. Mas nem assim adiantou, então resolvemos esperar a Gina aqui.
-Eu não acredito nisso...E se assassinarem ela? O Lúcio é um Comensal da Morte, aposto que todo esse tempo ele contou com a ajuda do filho.
-Eu odeio dizer isso cara, mas acho que discordo de você. –Rony disse –O Malfoy não queria que a Gina o seguisse, nós o ouvimos conversando com ela. Ele deve pelo menos se importar um pouco com ela.
-É Harry, ele disse que iria sozinho e não era para Gina o seguir.
-E a Gina tinha que ser tão teimosa? Agora não sabemos onde ela está e como está. –Harry disse desgostoso.
-Nós temos que fazer alguma coisa! –Rony disse com vigor.
-É. –Hermione concordou prontamente –Mas o quê? Se não temos pista alguma.
-Vamos falar com Dumbledore. Ele deve poder ajudar de alguma maneira. –Harry disse decidido e Rony e Hermione concordaram.
***
-O que vamos fazer Draco? Precisamos dar um jeito de escapar daqui. –Gina disse.
-Eu sei que temos que sair daqui, mas não sei como. As janelas têm grades e a porta é de ferro. Além de provavelmente ter alguém guardando por fora. –ele respondeu.
-Você pelo menos tem idéia de por que Voldemort quer nos ver?
-Não faço idéia, talvez queira que contemos os pontos fracos do Potter. Sei lá o que aquele maníaco assassino quer conosco? Só sei que não gosto nada disso.
-Muito menos eu. Será que ele quer nos matar?
-Bem, que ele quer nos matar eu não tenho dúvida. Só o fato de você ser uma Weasley te condena...
-Mas e você? O seu pai é comensal.
-Mas eu não quero nada com o lado das trevas e também tem o fato de que me apaixonei por você.
-Obrigado por ter me defendido do seu pai. –Gina disse e o beijou.
Draco encostou-a na parede:
-Disponha. –ele disse e continuou a beijá-la.
A porta abriu-se, mas eles nem perceberam:
-Parem com essa imoralidade! –Lúcio disse os interrompendo.
Draco soltou de Gina e virou-se para encarar seu pai:
-Você não tem o direito de querer vim dar lições de moral.
-O que eu não vou é ficar vendo o meu filho agarrando uma Weasley.
-Se você não quer ver, vá embora.
-Não me provoque Draco! Eu só não te coloco separado dela, porque eu recomendo que aproveite agora...garanto que o que virá depois não vai ser nada agradável. Hoje a noite haverá um jantar e Voldemort virá. Voltarei no fim da tarde trazendo as roupas que deverão vestir no jantar. Curtam os seus últimos deploráveis momentos juntos. –Lúcio disse e saiu batendo a porta.
-Draco, o que nós vamos fazer agora? Voldemort vai nos matar!
-Se vamos morrer mesmo...vamos seguir o conselho do meu pai. –Draco disse a encurralando na parede novamente.
-Eu não estou com cabeça pra isso. –ela disse se desviando de um beijo que ele tentou dar. –Só a idéia de que as minhas horas de vida estão contadas, me deixa apavorada.
Draco a abraçou:
-Também tenho medo de morrer, mas prefiro morrer a trair meus ideais.
-Eu também. Mas odeio pensar que não vou mais ouvir você dizendo que me ama, que não vou mais sentir os seus toques e beijos, não verei os seus olhos azuis brilharem quando me vêem. Sentirei falta dos seus comentários irônicos, até de como briga com o Rony. Isso me deixa tão angustiada, morrer agora que encontrei o verdadeiro amor.
Uma lágrima rolou dos olhos de Gina e Draco secou-a prontamente:
-Eu te amo. –ele disse sorrindo –E mesmo o fato de eu estar morto não irá mudar isso, nem o brilho dos meus olhos quando te olham, nem nada do que sou ou sinto. E quanto aos meus toques e beijos...pode sentí-los uma última vez. –ele disse arrebatando um beijo dela.
Desespero, amor e recordações, juntos fizeram com que se amassem como se fosse a última vez.
***
Harry, Rony e Hermione foram correndo em direção ao escritório de Dumbledore. Mas só quando chegaram na gárgula que dava acesso ao escritório do diretor, foi que Harry se tocou de que a senha poderia ter mudado:
-Torrão de batata. –Harry disse, mas a gárgula não se mexeu nem um milímetro. –Falem nomes de doces. –Harry pediu a Rony e Hermione.
-O quê? –Mione perguntou confusa.
-Apenas falem! –Harry pediu com mais urgência.
-Delícia gasosa, chicle de baba-bola, sapo de chocolate. –tentou Hermione.
-Feijõeszinhos de todos os sabores, drops de pêra, varinha de alcaçuz. –Foi a vez de Rony tentar.
-Sorvete de limão, caramelo, bombom explosivo. –Harry disse sem sucesso.
-Fio dental de menta, ratinho de sorvete.
-Pena de algodão-doce, sapo de creme de menta.
-Tablete de nugá. –Harry disse já impaciente e finalmente a gárgula ganhou vida e saltou de lado, dando passagem aos garotos. –Vamos logo!
Sem fazer a mínima cerimônia, Harry foi batendo com urgência na porta da sala de Dumbledore. Depois de um tempo o diretor disse:
-Acalme-se, já estou indo. –e alguns instantes depois, abriu a porta. –O que os senhores estão fazendo aqui logo de manhã –Dumbledore perguntou curioso –Desculpe-me a possível demora em atender a porta, eu acabei de chegar –explicou.
-Professor Dumbledore a Gina sumiu. –Harry disse sem rodeios.
-Sumiu como?
-Lúcio Malfoy a levou. –Rony e Hermione disseram juntos.
-Tenho conhecimento de que Lúcio viria buscar Draco ontem à noite para visitar a mãe que está doente, mas não disse nada sobre levar Gina Weasley junto. E mesmo que tivesse falado, Arthur ou Molly teriam que ter autorizado.
-Professor, eu e Hermione estávamos debaixo da capa da invisibilidade e assistimos uma conversa entre Draco e Gina. Ele mostrou a ela uma carta em que Lúcio dizia que queria que Draco levasse a Gina até Lúcio, mas ele disse que não queria que ela fosse e que ela não deveria segui-lo.
-Mas mesmo assim ela foi, não é? –os três garotos fizeram que sim com a cabeça –Ah, jovens apaixonados. Vocês tentaram detê-la, não.
-Mas é claro! –Rony respondeu.
-Mesmo assim ela nos enfeitiçou, pegou a capa da invisibilidade e saiu correndo atrás de Draco.
-O Sr. acha que Lúcio os levou para sua própria casa? –Harry perguntou.
-Não sei, vou usar a lareira para falar com a Mansão Malfoy. –Dumbledore disse pegando um pouco de pó-de-flu que estava em um recipiente perto da lareira.
-Mansão Malfoy. –ele disse jogando pó-de-flu e colocando apenas a cabeça dentro da lareira.
(Continua...)
Sorry, mas a continuação talvez demore um pouco...estou com um pouco de bloqueio sobre essa história.
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