Seja você mesmo



Capítulo 9: Seja você mesmo

Gina e Draco decidiram manter segredo da gravidez dela (pelo menos por enquanto), porque se isso caísse “na boca do povo”... e tentaram agir como se nada tivesse acontecido.
Depois de cerca de um mês foi que Rony tomou coragem e contou para Harry, ele ficou totalmente arrasado. Gina, a Gina que ele amava, irmã de seu melhor amigo, que fora sua namorada. Ela não só iria casar com Draco que era seu arquiinimigo, como também estava esperando um filho dele. Isso não parecia justo para ele. “Por quê ela tinha que se apaixonar pelo Malfoy?” era o que Harry mais pensava. Queria que Gina casasse consigo e estivesse grávida dele e não de Draco. Quanto tempo mais ele agüentaria ver Gina com Draco? “Será que eu vou conseguir algum dia amar alguém como eu amo a Gina?” Essa era uma ferida que só o tempo parecia ter a cura. Mas ele teria que aceitar que o seu amor, não era o seu amor. Gina nunca mais poderia ser o seu amor, ela era agora o amor de Draco Malfoy e ele seria forçado a aceitar essa dura realidade:
-Harry, você está bem? –Gina perguntou olhando preocupada para ele.
-Não, você sabe que não estou. –Harry respondeu numa voz de além-túmulo.
-Não faz assim Harry! Eu estou me sentindo culpada.
Depois de um tempo Harry falou:
-Você sabe que eu te amo Gina. Como eu poderia estar bem com toda essa situação.
-Harry tente entender...
-Entender o quê? Que eu vou ser obrigado a ver quem eu amo casada e com filhos do meu inimigo? Que eu nunca mais vou conseguir amar alguém como eu te amo?
-Me desculpe, Harry, mas você sabe que eu não posso corresponder o seu amor...O Draco não é mau, ele só é incompreendido...
-Não me venha falar dele. –Harry a cortou.
-Pra começar, se hoje eu estou aqui na sua frente é por causa do Draco. Se não fosse por ele eu estaria morta e você sabe disso. –Harry ficou em silêncio –Sinto não poder te ajudar, mas desejo que realmente você ache alguém que corresponda ao seu amor. –Gina disse se levantando de uma das poltronas do Salão Comunal da Grifinória e indo para o Salão Principal almoçar.
Quando Gina passou pelo retrato da Mulher-Gorda encontrou Draco a esperando. Eles se beijaram por alguns instantes e depois Gina disse:
-O Harry está muito mal.
-E eu com isso? –Draco perguntou fazendo pouco caso -Muito mal por quê? –Draco perguntou com pouco interesse ao ver o olhar de censura que Gina havia lhe lançado, mas com ciúmes por ela estar preocupada com Harry.
-Porque ele ainda me ama. Foi um choque quando o Rony contou que eu vou me casar com você e estou esperando um filho seu. Eu acho que ele pensou que a nossa relação fosse coisa de momento.
Draco deu um sorriso mau, conseguira seu intento de se vingar de Harry. No entanto não gostava nada que seu rival ainda amasse a sua namorada, por isso logo fechou a cara:
-Mas você me ama, não é? –ele perguntou inseguro.
-Oh! Draco Malfoy está com ciúmes?
-Você não respondeu a minha pergunta. -ele disse ficando mais sério.
Gina pegou o rosto de Draco e trouxe até si para beijá-lo:
-Não se preocupe, meu bobinho ciumento. É claro que eu te amo!
Ele sorriu aliviado:
-É que você esteve anos apaixonada pelo Potter...E se tiver uma recaída?
-Óbvio que não, eu amo você e apenas você.
-Eu também e preciso te mostrar algo...
-O quê?
Draco tirou uma carta do bolso, desdobrou-a e deu para que Gina lesse:
Draco,
Daqui a duas semanas eu irei te buscar para que você participe de uma reunião de Comensais. Esteja preparado.Vamos ter uma conversa muito séria...Se me conhece sabe que não fiquei nem um pouco satisfeito dessa sua aventura, rolo ou o que quer que seja com essa Weasley desprezível!!!
Lúcio Malfoy
-O que significa isso Draco? –Gina perguntou séria.
-O meu pai quer que eu me torne um Comensal da Morte, por isso quer que eu assista a essa reunião.
-Draco, você não vai ser um comensal! Isso é absolutamente horrível.
-É o que eu sempre quis para a minha vida: poder...
-Você acha justo sair matando pessoas inocentes?
-Se você me perguntasse há alguns meses, eu diria que a única vida que me importa é a minha própria.
-E agora?
-Você virou de cabeça pra baixo a base que eu tinha de mundo, me fez amolecer o coração que eu achava ser de pedra. Eu não quero mais ser um Comensal, mas é perigoso eu me opor ao meu pai. Ele já sabe do nosso namoro e não ficou nem um pouco feliz como você mesma pôde perceber.
-Mas...
-Não se preocupe, eu mudei. Agora sou eu mesmo. E quem eu sou é quem você conhece e confia. Só não espere que eu seja um santo ou me dê bem com a sangue...com a Granger, o heróizinho trágico e o patético escudeiro Weasley.
-Algumas coisas nunca mudam. –Gina disse balançando a cabeça de um lado a outro –E o que você vai fazer para evitar se tornar um Comensal da Morte?
-Ainda não sei, mas irei dar um jeito.
-Sério? –ela perguntou implorando.
-Eu prometo. –ele disse firmemente e deu-lhe um beijo.

Alguns dias depois.

Rony e Hermione haviam pedido certa noite para Harry o Mapa do Maroto e a capa da invisibilidade. Harry consentiu em emprestar, mas estava tão desligado e desanimado que os amigos achavam que ele não teria notado a diferença se tivessem pedido à ele que se atirasse no lago.
-Essa sala. –Rony disse à frente da porta de uma sala do segundo andar –Não tem ninguém rondando por aqui. –ele olhou no mapa uma segunda vez e então abriu a porta da sala.
Os dois entraram e Rony disse:
-Enfim sós. –e Hermione sorriu corando.
-Sós em que sentido? Nós não estamos sozinhos em Hogwarts, tem muitos alunos e os professores também...
Rony cortou-a com um beijo longo e profundo:
-Sabia que você fala demais? –ele perguntou.
-Não sou só eu que falo mais do que faço... –Hermione disse empurrando Rony até a mesa.
Eles trocaram de lugares e agora era Hermione quem estava de costas para a mesa. Rony levantou-a e fez com que ela ficasse sentada na mesa. Hermione, então enlaçou a cintura de Rony com suas pernas e continuou a beijá-lo.
Rony pegou o Mapa do Maroto em suas mãos para tirá-lo de cima da mesa (era iminente o perigo de ser amassado) e resolveu dar uma última checada...ao ver parou bruscamente o beijo que dava em Hermione:
-O que foi? Por que parou Rony? –ela perguntou.
-Olhe! –Rony disse passando o mapa para Hermione.
-Rápido! A capa da invisibilidade!
Os dois entraram embaixo da capa bem a tempo. A porta abriu-se e entraram por ela Draco e Gina:
-A gente precisa conversar e acho que esse é o lugar ideal. –Draco disse a ela.
-Tudo bem. Diga.
-Eu recebi outra carta. Na verdade um bilhete.–Draco disse entregando um papel nas mãos da garota.
Draco:
Irei te buscar hoje. Esteja ás 11h da noite nos portões de Hogwarts. O velho gagá já sabe. Eu disse que Narcisa estava doente e queria vê-lo. Traga a Weasley com você, eu quero conhecê-la pessoalmente...
Lúcio Malfoy
-Hoje? É daqui a meia hora. –Gina disse olhando em seu relógio.
-É. E eu não quero que vá até os portões de Hogwarts comigo.
-Mas Draco...por que não? O seu pai disse pra mim ir com você.
-É perigoso! Eu nunca me perdoaria se algo de mal te acontecesse. Entende? Não confio no que o meu pai possa querer fazer.
-Sim, mas eu posso usar a capa da invisibilidade do Harry.
-Potter deve estar dormindo e mesmo que tivesse acordado não concordaria em emprestá-la para tal finalidade.
-E quem disse que eu vou pedir? É urgente.
-Que feio! Gina Weasley afanando objetos de outras pessoas...nunca pensei que faria isso.
-É só pegar emprestado.
-Sem pedir? Dá na mesma que roubo.
-Não dá.
-Você quer perder tempo discutindo ou vai se despedir decentemente de mim?
-Você tem razão. –ela disse e eles começaram a se beijar.
Draco colocou Gina sentada na mesa e ela enlaçou suas pernas em volta da cintura dele. Continuaram se beijando, assim como Rony e Hermione faziam a pouco tempo atrás.
-Eu não acredito que estou assistindo a minha irmã fazendo com esse crápula o mesmo que fiz com você! Eu tenho que impedir isso!!! –Rony sussurrou tão vermelho de raiva que Hermione podia sentir o calor que emanava do corpo dele.
-Calma Rony! Não faça nenhuma besteira. –Hermione sussurrou de volta segurando-o pela gola da blusa.
Então Draco parou de beijar Gina e ela fez uma cara de desapontamento que o garoto notou:
-Eu adoraria continuar aqui com você, mas tenho que ir.
-Draco aconteça o que acontecer não se torne um Comensal da Morte. Por favor...Não deixe que façam de você uma coisa que não é. Seja você mesmo...por mim...por nosso filho.
-Por nós, nossa futura família. Eu vou fazer o impossível para que isso não aconteça, meu amor. –ele disse e os dois deram um último beijo.
-Te amo. Não se esqueça disso, Draco.
-Eu também, Gina. Eu também. –ele disse e saiu andando.
Gina ficou parada no meio da sala e deu um profundo suspiro:
-Que Merlin proteja o meu Draco. E a mim também, pois não vou ficar aqui parada. O verei partir.
Ela tinha dado poucos passos quando ouviu uma voz inconfundível:
-Aonde você pensa que vai, Virgínia Weasley? –era Rony que perguntava.
-Depois você vai me explicar essa súbita aparição sua e da Hermione, mas agora eu vou atrás do Draco!
-Eu a proíbo de dar mais um passo! –Rony falou com uma falsa e letal voz “calma”.
“E agora, o que é que eu faço para tirar o Rony do meu caminho? Ele está me fazendo perder tempo!” foi o primeiro pensamento que veio a sua mente.
-Rony se você não sair da minha frente por bem...vai sair por mal. –Gina disse sacando a varinha e apontando para Rony.
-Acalmem-se vocês dois! –Hermione pediu, mas nem Rony nem Gina pareciam sequer ter ouvido.
-Se até o Malfoy disse que não te queria lá fora. Caia na real Gina, você não vai atrás dele!!! É perigoso!–Rony gritou.
-VOU SIM!!! E quero ver quem é que vai me impedir de fazer isso! –ela gritou na mesma intensidade que o irmão.
-Eu vou te impedir. Você só sai dessa sala se for por cima do meu cadáver.
-Vocês estão nervosos, vamos conversar civilizadamente. –Mione disse para tentar acalmá-los.
Rony olhou para Mione e foi nesse instante de distração que Gina agiu:
-Petrificus totalus! –ela pronunciou com força e Rony caiu duro de costas no chão.
“Ela está descontrolada. Preciso pará-la”. Mione pensou.
-Foi você que pediu Rony. –ela disse se justificando.
-Estupefaça! –Hermione proferiu.
-Protego! –Gina se protegeu bem em tempo –Precisa fazer melhor que isso Mione. –Hermione ergueu a varinha para executar outro feitiço, mas Gina foi mais rápida –Impedimenta! –disse e a outra garota paralisou em meio a ação –Desculpe, mas foi preciso. –Gina explicou, pegou a capa da invisibilidade e sem mais demora saiu correndo coberta por ela.

***

Draco andava silenciosamente pelo terreno de Hogwarts. Quando estava chegando aos portões da escola, avistou seu pai:
-Ora, ora, Draco. Não achei que fosse me desobedecer. Achei que tinha sido bem claro quando disse que teria que trazer a garota Weasley junto com você.
Draco ficou indiferente e não respondeu:
-O que aconteceu? Ela não quis vir? Por que não usou o seu poder persuasivo? O charme Malfoy sempre funciona, aposto que aquela tola concordaria na hora. Ou será que você não contou a ela que eu queria conhecer de perto a pessoa que estragou o meu filho?
-Eu deixei que ela lesse os bilhetes que me enviou. Ela queria vir, mas eu não deixei que ela viesse. Não confio nas suas “boas intenções”...
-Está me desafiando? –Lúcio perguntou com os olhos semicerrados.
-E se eu estiver? –Draco perguntou sem fraquejar diante da intensidade do olhar de Lúcio.
-Aquela garota Weasley te fez uma lavagem cerebral? Porque se chegou a ponto de me desafiar para protegê-la...Onde está com a cabeça Draco? Proteger uma pobretona fracassada daquelas...Veja só até onde se rebaixou.
-Não fale assim da Gina. Vamos embora, pai. Fale o que tiver pra falar pra mim e não a meta nisso.
-Não vamos sair daqui enquanto eu não ver a Weasley na minha frente. Vá chamá-la agora mesmo, traga-a nem que seja arrastada Draco se não quiser sentir a minha ira.
-Eu não vou. –Draco respondeu decidido.
-Qual é, Draco? Eu não tenho todo o tempo do mundo. Eu prometo não fazer mal a ela. E depois você pode se divertir com outras garotas...É uma vergonha estar com aquela Weasley. Por que você não entra naquele maldito castelo e chama a desgraçada da Weasley de uma vez?!? –ele disse começando a realmente se irritar.
-Eu amo a Gina! Será que você ainda não entendeu isso?!? Nunca me perdoaria se você fizesse algo de ruim com ela, o que aposto que faria! Já disse que não confio em você.
-Amor, Draco? Não me faça rir. É impossível um Malfoy amar uma Weasley! Você está confundindo as coisas, ela apenas satisfaz os seus hormônios adolescentes. Não passa disso. Já disse pra chamar aquela vagabunda!!! O que está esperando?!?!?
Draco perdeu a cabeça ao ouvir Lúcio chamar Gina de vagabunda. Deu um soco no estômago dele com toda a força que conseguiu juntar naquele instante. Lúcio ficou sem ar por alguns momentos, mas logo se recuperou. Sacou a varinha e disse tomado de ira:
-Agora você me paga!!! Vou te ensinar a nunca mais se indispor comigo! Expelliarmus!!!
A varinha de Draco voou longe e ele foi arremessado por vários metros até bater as costas e a cabeça com tudo no tronco de uma árvore. Com o impacto ele deslizou e permaneceu sentado no chão de costas para o tronco. Lúcio apanhou a varinha de Draco do chão e andou até ele com um sorriso maléfico:
-E agora se arrepende de defender aquela Weasley patética?
-NUNCA!!! –Draco respondeu decidido apesar de ainda estar vendo estrelinhas por causa da batida.
-Ai,ai. –Lúcio disse como se estivesse se divertindo –Acho que fui mole demais com você, mas garanto que não esquecerá do que vou fazer agora. Cruc...
Lúcio começou a pronunciar o feitiço, mas Gina o cortou:
-PARE!!! Aqui estou Malfoy! Não machuque mais o Draco. –Gina, que tinha deixado a capa da invisibilidade atrás de uma árvore, disse se aproximando.
-Gina! Eu disse para não vir atrás de mim. –Draco falou enquanto a olhava seriamente.
-Seu pai teria te torturado se eu não estivesse aqui.
-Mas pelo menos você não estaria em perigo.
-Chega de babaquices. Accio varinha. –Lúcio disse apontando para Gina e a varinha dela saiu voando para as mãos dele –Chegou numa hora muito conveniente Srta. Weasley, eu estava fazendo Draco sofrer por ter te defendido. Mas nada melhor para fazê-lo sofrer do que vê-la sendo torturada... –Lúcio terminou com um riso perverso.
Draco levantou-se com dificuldade e postou-se na frente de Gina:
-Não pai! Por favor, não faça nada com ela. Pode fazer o que quiser comigo, mas deixe-a em paz.
Lúcio parou em frente a Draco e encarou-o friamente:
-Agora você baixa a crista e implora, não é? Por que defender tanto essa Weasley? Por que é tão importante pra você que eu não a torture? –Lúcio perguntou agarrando a gola das vestes do filho –Me responda!
-Porque eu a amo e porque ela está... –nesse ponto ele hesitou.
-O quê, Draco? –Lúcio exigiu saber com mais urgência.
-Grávida... –respondeu por fim.
-Muito conveniente pra ela, não? Querer dar o golpe do baú. –ele disse soltando bruscamente as vestes de Draco.
-Não é nada disso!!! Não é porque você é uma pessoa inescrupulosa que todos sejam. Eu não sou assim! Não estou interessada no dinheiro do Draco. –Gina falou encarando Lúcio com uma expressão de desagrado.
-Você estragou o meu filho, Weasley. Tem que pagar por isso. Draco saia da minha frente! –Lúcio ordenou.
-Agora que eu tenho opinião própria, uma opinião que vai contra a sua, você diz que fui influenciado. Na verdade, eu apenas percebi que há dois caminhos: o certo e o errado. Nem sempre é fácil seguir pelo caminho certo, mas é o que eu escolho. Não vou mais me tornar um Comensal da Morte, não vou mais agüentar que queira ditar a minha vida e não vou sair da sua frente!!! –Draco explodiu falando tudo que estava entalado na sua garganta.
-Se não quer sair por si próprio, eu o faço sair. –Lúcio disse e com um movimento amplo da varinha fez com que Draco fosse mais uma vez arremessado pra longe.
-Draco! –Gina gritou.
-Se eu fosse você Weasley, me preocuparia mais com a própria pele.
Quando Lúcio terminou de dizer isso Draco já vinha se aproximando novamente:
-Impedimenta –e Draco paralisou –Observe agora Draco o que eu faço com o seu...amor. –ele disse com desdém –Diga adeus ao seu filho.
Gina chutou Lúcio bem lá e ele caiu no chão com dor:
-Você me paga, Weasley sua piranha!
-Corra!!! –Draco ordenou a ela, ainda sob o efeito do feitiço.
-Mas e você? –Gina perguntou.
-Não importa. Salve-se! –ele exclamou com urgência.
A ruiva começou a correr, mas antes que desse dez passos, Lúcio Malfoy havia se recuperado e conjurou cordas que juntaram seus tornozelos e fizeram com que ela caísse de cara no chão (pelo menos ela ainda tinha as mãos livres e usou-as para amortecer a queda). Lúcio andou vagarosamente até ela:
-Ah, como a vingança é doce. Quietus. E Cruccio! –ele proferiu e dessa vez ela não teve como escapar.
Gina gritava com toda sua força, mas não saia som algum. Lúcio fora realmente muito ardiloso, fazendo aquele feitiço para silenciá-la. Se não o tivesse feito, os gritos de dor de Gina com certeza acordariam o castelo inteiro. Draco olhou para Gina impotente, ele não podia fazer nada e se amaldiçoava por isso. Seu pai já havia feito essa maldição nele. Uma vez apenas, mas ele nunca esqueceu. Nunca esqueceu como é sentir como se a pele estivesse encostada em brasas, sentir como se estivesse sendo rasgado de dentro pra fora. Nunca esqueceu a dor insuportável de sentir como se o crânio estivesse sendo rachado. Era um feitiço muito forte e por isso ele sabia que Gina perderia o seu filho. Esses pensamentos o fizeram desejar mais que tudo que ele pudesse se ver livre daquele feitiço de impedimento. A pedra que Draco sempre carregava no bolso (aquela que havia achado na caverna dos crupes), agora emitia uma luz branca. Ele tentou mexer-se novamente e dessa vez conseguiu. Não hesitou, a primeira coisa que fez foi se jogar em cima de Lúcio. Fez com que seu pai se desequilibrasse e caísse no chão, com isso o feitiço cessou e Gina parou de se debater e “gritar”.
Draco foi até Gina. Lúcio levantou-se e limpou suas vestes, então disse:
-Finite incantatem! –apontando para Gina e garota voltou a falar.
-Draco...me desculpe, eu perdi o nosso filho. –ela disse ofegante e com o corpo dolorido.
Draco abraçou-a:
-A culpa não é sua, meu amor. –disse amavelmente para Gina -É daquele monstro!!! –acrescentou com raiva olhando para Lúcio.
Lúcio bufou como se estivesse entediado:
-Agora já podemos ir.
-A gente não vai pra lugar nenhum com você, seu maníaco. –Gina disse.
-É mesmo? –ele perguntou indiferente.
-É. –Draco respondeu.
-Ótimo. Vocês querem ir pelo mais difícil...Estupefaça! Estupefaça! –Lúcio disse estuporando os dois.
Ele fez um feitiço para levitar o corpo dos dois até a carruagem na qual havia vindo. Depois de estarem todos dentro do veículo, Lúcio estalou os dedos e a carruagem começou a voar.

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