O feitiço dos Três Poderes.



A coisa ia de mal a pior. Harry se sentava entre eles, forçando a conversa e eles usavam Harry para responder.

-Diga a Rony que se ele não amadurecer de uma vez... – Mione dizia.

-Rony, Mione disse que... – Harry falava

-Diga a Hermione para não se meter onde não foi chamada.

Harry decidiu falar com Rony. Ele tentou com Mione, mas houve resultados catastróficos. (E por pouco não teve um olho roxo) Ela gritou com ele (E todo o salão comunal soube do problema) que não pensava em ir atrás de Rony para ver se ele amadurecia. (Algo que soou familiar a Harry) E depois, bastante afetada, lhe explicou que Rony dessa vez tentou se desculpar.

-Rony, por favor, já é hora de pararem com isso. – implorou Harry – É muito desagradável ver como não se falam mais. E Mione...

-Que se dane ela! – cortou Rony, incomodado ao ouvir o nome.

-Vamos, sei que sente falta dela.

-Mesmo se fosse, não importaria a ela.

-Sei que importa. Ela está mal sabia?

-Ah, que gênio. E eu estou perfeitamente bem, sabia Harry? – respondeu rony ironicamente – Não quero sabem mais nada de Hermione.

-Rony, você está morrendo de vontade de ir falar um pouco com ela! – exclamou Harry a ponto de perder a paciência.

-Me deixe em paz Harry! – essa discussão não tem sentido, ela não quer me ver e nem eu a ela. – lhe cortou Rony, dando um ponto final à discussão.

Abril chegou o canto dos pássaros, as flores abertas, climas mais agradáveis, e por conseqüência, o romance que pairava pelo ar.

Toda a turma estava “arranjada”: Harry com Gina, Dino com Padma, Simas com Parvati e incrivelmente, Neville com Lilá.

Os garotos estavam conversando na aula de Feitiços. Dino perguntou a Neville como havia conseguido que Lilá aceitasse namorar ele, sendo que ele era um idiota (Esse ultimo item ele não disse).

-Não, acho que não os direi. – respondeu este.

-Vamos Neville. – insistiu Simas.

-Eu a pedi que fosse ao baile comigo – disse Neville sorrindo – Nunca acreditei que aceitasse. E depois... – não pôde continuar a frase, ficaria muito envergonhado se soubessem que ela, tomando a iniciativa, o beijara.

Os garotos riram e continuaram a aula. O professor Flitwick não havia percebido que eles não prestavam atenção no Feitiço dos Três Poderes.

-Formem grupos de três pessoas – pediu Flitwick, lhes passando uns frascos enormes e transparentes – apontem a varinha para os frascos e pronunciem o seguinte feitiço: Triptium!

Da varinha do professor Flitwick saíram algumas faíscas, mas nada mais aconteceu. Os alunos se decepcionaram.

-Vamos garotos – disse o professor – por que acham que esse é chamado de Feitiço dos Três Poderes? Eu sozinho não posso, agora bem, se a Senhorita Granger e mais alguém me acompanhassem...

-Para que serve professor?

-Thomas, acho que você não estava prestando atenção, não é? – perguntou o professor.

-Na verdade não. Ninguém. – murmurou Simas.

-Eu disse no começo da aula – disse o professor, fechando os olhos – é um feitiço muito difícil, lembrem-se que esse ano tem os NOM’S e que deverão se esforçar mais do que nunca. Geralmente esse feitiço não se aprende antes do sétimo ano, mas o Professor Dumbledore acha que devem aprender nesse ano, devido aos acontecimentos recentes e...

-Ah, bem. Mas serve pra que? – interrompeu Dino.

O professor se sentou na cadeira, apoiou a cabeça nas mãos e se ouviu ele murmurar “Por que meu deus? Estes garotos... Estão na idade em que já não se presta mais atenção em nada”.

-Professor, o que temos que fazer? – perguntou Mione.

-Ah, sim! Se aproxime você e também o Potter.

Harry se levantouy da cadeira, estranhando que Flitwick o tivesse chamado. E foi até onde eles estavam.

-Agora garotos – disse o professor – apontem a varinha para o jarro. No três. Um... Dois... Três... – os três exclamaram ao mesmo tempo – Triptium!

O jarro se encheu com uma substancia estranha, entre liquida e gasosa, que se movia mudando de um tom veremlho dourado para um azul transparente e depois totalmente prateado. Flitwick se apressou para fechá-lo (e desfazer o feitiço) e depois se dirigiu a Dino.

-Se lhe interessa Thomas, pode trancar três poderes da natureza no frasco, como fizeram antes os Elfos Reais, que já não existem no mundo atual. Estes (Os elementos) são: Água, ar e fogo. Cada um dos três bruxos que realizarem o feitiço deverá eleger um dos elementos e poderão manejá-lo a vontade. É claro que devem ser bruxos bem treinados e um pouco poderosos. (pra não dizer muito) Do contrário, não lhe obedecerão (Os elementos) e escaparão antes que consigam os trancar no frasco.

Os alunos saíram da aula muito animados, todos comentavam a aula e interpretavam de maneira diferente as palavras do professor:

-Até onde chegará o controle sobre o elementto?

-Obviamente Rony, se referia a... Sabe, eu não sei. Pode ter muitas interpretações. – disse Mione pensativa.

-Mione, está se sentindo bem? Para que não saiba de algo... – Lhe disse Rony rindo. Para surpresa de Harry, Mione também riu.

-Hey, vocês não se falavam, o que aconteceu que eu não soube – disse ele “Voltaram a se falar e eu não soube de nada?”.

Rony apenas encolheu os ombros e Mione também o fez. Se entreolharam e riram de novo e continuaram conversando.

-O que serão os Elfos Reais? – perguntou Harry.

Hermione se sobresaltou e Harry imediatamante desejou não ter perguntado nada, pois esta exclamou horrorizada.

-MEU DEUS! ESTAMOS NO DIA TRÊS DE ABRIL E NÃO FIZ NADA SOBRE O F.A.L.E. Tenho que ir a biblioteca!

-Vamos Mione, - disse Harry – deixe pra lá esse rolo velho. É hora do almoço.

-O que? É claro que não! Como se você não soubesse que mais de cem elfos não tem condições dignas de trabalho. – disse ela saindo em direção a biblioteca, mas Rony a segurou pelo braço e disse calmamente:

-Eu mesmo irei te acompanhar até as cozinhas, mas, por favor, venha conosco almoçar, acalme-se um pouco e depois veremos certo?

Harry se surpreendeu. Essa era uma atitude totalmente nova em seu amigo. Há um ano, Rony provavelmente riria dela e há dois anos, ele possivelmente gritaria que não iria acompanhar (Mesmo que Mione não tivesse pedido) e a coisa terminaria em briga.

-Harry, vem ou não? – perguntou Mione.

-Ah, sim, já vou.

Depois de almoçar, foram até a cozinha, onde Mione tentou mais uma vez convencer os elfos de que eles deveriam ter os mesmos direitos dos bruxos. Duas vozinhas agudas vieram correndo de um extremo à outro da cozinha até eles: Eram Dobby e Winky.

-Harry Potter, senhor! – exclamou Dobby – Dobby esperou e esperou a Harry Potter, mas ele não vinha nunca... – terminou triste.

-Harry Potter! – exclamou Winky – enfim veio senhor! Deseja uma xícara de chá?

Mas Winky estava muito diferente do que eles viram no ultimo ano. Já não levava mais a roupa suja que tinha e estava totalmente sóbria. Quando Harry perguntou a Dobby o muotivo da mudança de Winky, este lhe respondeu em tom confidencial:

-Harry Potter não sabia? – perguntou abrindo os grande olhos dele – quando o ultimo membro da família que um elfo serve morre, ele deve esquecer completamente e buscar outra família. (Um elfo tem a obrigação de trabalhar, aconteça o que acontecer) Winky está assim desde o ultimo outono. Inclusive aceitou o salário que o professor Dumbledore – esse ultimo fato, ele contou num tom de voz tão baixo que Harry teve que chegar os ouvidos mais perto de Dobby para escutar.

-Que bom Winky! – exclamou Mione que havia ouvido.

-Obrigado senhorita. – respondeu amavelmente Winky – uma xícara de chá? – Hermione desistiu e aceitou o chá.

Nas manhãs segunites aconteciam muitas coisas. Mione lia atentamente o Profeta e os artigos eram cada vez mais macabros.

-O que dizem as manchetes de hoje? – Começou ela, comentando – Os dementadores atacaram uma casa onde viviam muitas bruxas que não gostam de você-sabe-quem. E lhes... Deram o beijo. Que terrível.

-Olhem esta noticia: Em mais um ataque de Comensais, morrem três aurores e um trouxa que passava por ali. Um trouxa? – ela disse no dia seguinte

-Nesta manhã – ela disse mais uma vez no dia seguinte – Num duelo entre aurores e comensais deixou cinco mortes e sete feridos, quatro deles sendo bruxos de origem trouxa. Os culpados fugiram.

Apesar de tudo, Hogwarts era um lugar tão seguro que tudo parecia se passar num mundo à parte. Até que numa manhã...

-Garotos, escutem isso: “Aparece a Marca Negra sobre a casa de Samuel e Elizabeth Finnigan? Oh, não”. – ela disse numa manhã.

Simas cuspiu sem querer parte de seu café sobre a mesa, arrancou a página das mãos de Mione e a olhou meio assombrado. Quando terminou de ler o artigo, ele subiu correndo ao quarto dos garotos.

-“Elizabeth Finnigan, trinta e seis anos, uma bruxa da sede irlandesa do Ministério da Magia e seu marido, Samuel Finnigan, um trouxa de trinta e sete anos; foram encontrados mortos nesta madrugada em sua casa; e no alto da casa se via a Marca Negra. As investigações do Ministério apontam que o crime foi cometido por causa que eles negaram dar informações dos planos do Ministério para a captura dos Comensais. Os Aurores estão no rastro dos assassinos.”.

-Pobre Simas! – exclamou Dino, se levantando da mesa e correndo atrás de Simas.

Simas não voltou para as aulas nesse dia e nem Dino, que estava acompanhando o amigo.

E não voltaram nos quatro dias seguintes. Na manhã do quarto dia quando ele voltou na hora do café da manhã, ninguém soube o que dier. Souberam por Dino que ele havia se ausentado para assistir ao funeral de seus pais.

No domingo, dia mais calmo; Harry recebeu uma coruja de Sirius no café da manhã.

Querido Harry,

Estão ocorrendo coisas muito desagradáveis ultimamente. Estou preocupado com sua segurança e de quem está próximo a você. Você poderá vir para as férias da Semana Santa? O ambiente estará mais calmo por aqui, o Vale é bem seguro e poderá descansar uns dias; eu mesmo irei te buscar. Responda-me.

Sirius.

P.S: Remus te mandou lembranças.

-Ao vale? Sirius quer que você vá para lá? – perguntou Mione.

-Disse que o ambiente estará mais calmo. E dou razão a ele. Acho que irei aceitar.

-Nós podemos ir também? – perguntou Rony, na esperança de viajar a um lugar mais tranqüilo.

-Rony; acho que o convite é só para Harry. – respondeu Mione.

-Vou lhe perguntar. Alguém aí está com uma pena? – Harry perguntou.

-Eu tenho uma aqui. – respondeu Hermione entregando uma pena a ele.

Sirius,

Tudo bem, eu irei. As férias começam nesse fim de semana. Não tive nenhum sonho estranho, nem problema de nenhum tipo. (Você me disse para te manter informado) Só as noticias que me preocupam, mas não parece ter nada contra eu.

Mande lembranças a Remus.

Harry.

P.S: Rony e Mione podem ir comigo?

Edwiges saiu voando com a carta amarrada em sua pata. Harry não teria nada o que fazer, se não fosse pela enorme quantidade de exercícios que os professores passaram, preparando-os para os NOM’S. Passaram a tarde na biblioteca, com Rony resmungando pelo excesso de trabalho:

-Acho que nunca em mia vida fiquei tanto tempo aqui... Exceto o ano passado, quando ajudamos Harry com a primeira prova. É chato demais.

-Rony, pare de se queixar – disse Mione desaparecendo diante de um enorme livro entitulado “História da Terra Média e seu legado, Tomo três, terceira era do mundo: A guerra Real” – custa muito se concentrar e estou buscando algo sobre os elfos.

-Você não se encheu ainda do fale? – perguntou Harry.

-Não, e não se chama fale. – respondeu Hermione – estou procurando algo sobre a raça dos Elfos Reais, da qual nos falatam Fleur e Flitwick.

Deram seis da tarde e Harry se levantou da mesa, exausto. A tarefa de transfiguração havia dado muito trabalho. (Explicar as dificuldades de transfigurar espécies híbridas em espécies extintas, três pergaminhos) Ele lembrou que havia combinado de ficar com Gina nessa hora e saiu do castelo em direção ao lago.

Ela foi correndo até ele quando lhe viu. Depois de lhe dar um beijo, lhe perguntou:

-Onde se meteu? Senti sua falta.

-Desculpe – sussurrou Harry em seu ouvido. – excesso de trabalho. Também senti sua falta.

Eles ficaram ali, por alguns momentos, abraçados, olhando o pôr do sol e literalmente nas nuvens, até que Rony chegou, interrompendo-os.

-Ei, já é hora do jantar, são sete horas – informou Rony, sacudindo o ombro de Gina. Esta se enfureceu muito com Rony e parecia disposta e espancar o irmão.

-Espera Gina... Eu falarei com Rony, já te alcanço. – a acalmou Harry. Harry encarou Rony, pedindo uma explicação, mas em vez disse, este comentou em tom de brincadeira:

-Cuida da minha irmã Harry. Olha quem está olhando vocês...

-O quê? Estava espiando a gente? – perguntou Harry, começando a se enfurecer.

-Não garoto, é brincadeira.

-Você tem uma relação muito curiosa com Gina. Fica como se não se importasse com ela, mas a superprotege.

Rony encolheu os ombros e comentou como quem não quer nada:

-Está frio... Vamos comer.

O resto da semana passou muito rápido. Um dia antes do começo daquelas férias, Sirius mandou resposta a carta que Harry havia enviado.

Harry:

Não tem problema nenhum que eles venham, mas, por favor, ninguém mais. Você já viu que a casa de Remus não é muito grande. Até amanha.

Sirius.

-Genial! – exclamou Rony – vamos fazer as malas gente!

-Conte-nos sobre o vale Harry! – pediu Mione – ouvi dizer que Hogsmeade era o único povoado da Grã-bretanha inteiramente não-trouxa, mas não parece que é assim.

-Bem... Acho que lá também vivem alguns trouxas com poderes mágicos, como pais de bruxos e outras coisas assim, mas não estou muito certa disso. – respondeu Gina.

-Gina, não te ensinaram a não se intrometer na conversa dos outros? – perguntou Rony incomodado.

-Bem, Mione perguntou. – respondeu Gina – Harry, posso ir com vocês?

-Acho que não meu amor – respondeu Harry com tristeza “Como pude esquecer da Gina? Ai que idiota que eu sou” pensou Harry – Sirius disse que ninguém mais poderia vir.

-Ah, bem, se ele disse... – Gina diz compreendendo.

No dia seguinte, na estação de Hogsmeade, todos esperavam o expresso com um só malão para os três. Gina veio correndo do castelo, para alcançar e se despedir de cada um deles. No final, logo depois de beijar Harry, lhe piscou um olho e disse:

-Alegre-se! Vai sair de férias, não ao funeral. E talvez me veja antes do que imagina.

Harry embarca no trem sem entender nada e Gina acena pra eles na estação e logo depois do trem sumir de vista, uma coruja chega entregando um bilhete para Gina:

Cara Gina:

Fiquei bastante surpreso diante de sua evolução no treino prático que tivemos na lareira, está melhorando muito, espero que nesse fim de semana, você possa vir aqui para um treino prático, além do mais, sei que quer vir, o dia se aproxima, boa sorte.

Canis Major.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.