A Volta ao Vale.



Eles jogaram Snap explosivo durante todo o trajeto. Sirius os esperava na estação King’ Cross e vinha sem Remus.

Os fez subir na plataforma sete e dois terços para poder falar tranqüilamente. Os trouxas da estação começavam a olhar para eles devido aos estranhos (para eles) objetos que levavam: Os três alunos com as vestes de Hogwarts, Sirius com uma com uma veste azul escura; e a gaiola de Edwiges e o malão.

-Olá garotos – cumprimentou assim que entraram na plataforma

-Olá Sirius.

-Como vão as coisas? Por aqui no Vale está tudo bem.

-Bem... Ultimamente as coisas estão muito agitadas.

-Harry, eu também leio o Profeta. Por isso quis que vissem. Mesmo que Hogwarts seja o lugar mais seguro do mundo, qualquer pessoa fica uma pilha de nervos quando acontecem essas coisas: Tem gente demais.

O trem estava vazio, exceto por eles. Foram conversando durante toda a viagem até que Rony ficou dormindo no assento, no lado de Mione.

-E o que você tem feito ultimamente? – perguntou Harry.

-Bem, eu me dediquei a ir procurar por Rabicho. Tive noticias dele há uns dois meses. O viram em Briston, mas não pude ir dessa vez. Não posso sair daqui muitas vezes consecutivas em pequenos intervalos de tempo.

-Sirius, queria pedir-lhe um favor – disse Harry, que teve uma idéia do nada.

-Claro. O que seria?

-Queria que me ensinasse a ser um animago. Pensei... Que é muito útil em certas ocasiões.

-Hmm... – disse ele olhando para o céu – deve chegar daqui a pouco...

-O que? – perguntou Harry surpreso.

-Nada, ah sim! Você pediu pra que eu o ensinasse a ser um animago! Claro que sim! Mas não é automático, talvez tenha tempo de te ensinar quando estivermos aqui.

Rony acordou quando, mais ou menos meia noite um apito longo e alto anunciou que o trem acabara de chegar na estação de Hummel.

-Bem garotos, vão indo – disse Sirius – já verão na minha opinião, Hummel é um povoado muito... Que diabos aconteceu aqui?

A estação em ruínas estava cheia de gente que tentava sair do povoado, que estava devastado. Era um espetáculo macabro ver como bruxos adultos aparatavam crianças e mulheres nas desesperadas tentativas de por-lhes no trem e fugir dessa loucura.

-Ah, não! Acho que atacaram o povoado... Mas não pode ser... Melhor irmos pra casa gente.

Saíram correndo da estação, Sirius disse que ficaria um pouco pra ver a situação, questão de segundos, pediu pra Harry os guiar.

Ele ficou e recebeu uma coruja pequena com uma breve carta:

Caro Sirius,

Recebi sua coruja e estarei indo para aí em breve. Amanhã irei partir, espero que nos encontremos logo, mal posso esperar.

Beauterfly.

-Então espero você. – disse pra si mesmo Sirius.

Sirius guardou a carta e logo alcançou Harry, que estava indo com Rony e Hermione pela estrada sem nome, na direção oposta do povoado. A casa estava vazia.

-E Remus? Onde está Remus? – perguntou Harry.

-Isso é um desastre! – exclamou Sirius – Nós iremos dormir e amanhã... Amanhã averiguaremos o que aconteceu aqui. E você Harry... Sei o quanto se parece com seus pais, pobre de você se eu souber que esteve fora sem minha permissão porque...

-Boa noite então! – cortou Harry.

-Boa noite – ele respondeu – Harry, você já conhece a casa. Leve Rony e Mione ao quarto.

Despediram-se da Sirius e Harry os levou, subindo as escadas aos quartos de lá de cima.

A casa de Remus e Sirius não era grande, mas não era pequena. Tinha quatro quartos no andar de cima: O de Remus, o de Sirius, um quarto de visitas com duas camas e um quarto menor do que o de visitas.

No andar de baixo tinha uma cozinha-sala de jantar; uma pequena sala de visitas, o lavabo e o banheiro. A casa era rodeada por um quintal grande um pouco mal cuidado. O rio Anduin passava próximo e se podia ouvir o murmuro da água correndo o rio.

-Bem, eu dormirei aqui – disse Hermione, apontando a cama montavel que havia no armário do quartinho.

-Não prefere dormir em uma cama de verdade? – sugeriu Rony – Eu poderia dormir nessa cama aí. Ou Harry.

-E ficar no mesmo quarto que um de vocês dois? Acho que não. Aqui está bom pra mim. – disse ela dando um ponto final na conversa.

-Tudo bem... – ele concordou.

Harry passou boa parte da noite em claro, pensando em todas as coisas que aconteceram nesse dia. Lembrou especialmente do que Gina lhe disse: “Talvez me veja antes do que imagine”. Ele disse para ela não vir, mesmo não sabendo que o Vale estava nesse estado. “Tomara que ela não venha com toda essa confusão” pensou Harry e foi dormir.

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