Cap 5(PI) - Madrugada



Fic: Presente de Natal

Capítulo Cinco – Dia de Natal
Parte I – Madrugada


Eu abri vagarosamente a porta, imaginando o que ia ver. Havia em minha mente uma vaga idéia sobre o que iríamos encontrar. Segundo o Mapa do Maroto, Lílian Evans, Tiago Potter e Sirius Black estavam ali. Mas... nenhuma outra indicação. Nada como idade ou coisa parecida.
Eu sabia exatamente com o que estava mexendo quando invoquei o feitiço. Mas... foi Harry quem escolheu. Na verdade ele escolheu metade de seu ‘presente de Natal’, e o feit... “Isso não é para ser pensado agora, Hermione Granger! Preste atenção no que está fazendo!”
Arrisquei olhar para dentro da sala. Só havia escuridão. Certo. Talvez o fato de no corredor haver luz e dentro da sala haver apenas um pouco de luar tenha contribuído em peso para que eu não estar enxergando nada. Eu entrei na sala, cautelosamente. Senti que Harry me seguiu, e depois Gina e Rony. Como eles não tropeçaram em Harry, que estava invisível, é um mistério. Os meus olhos já estavam se acostumando com menos luz, então eu conseguia ver os vultos dos três. Ninguém falou nada, e Gina fechou a porta. Percebi que Rony puxara a varinha. “O que ele vai fazer?”
Gina o seguiu, assim como os outros três. Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, ouvi uma voz de garota – mais do que provavelmente, a voz de Lílian – murmurar “Lumus”. Rony abaixou a varinha. Gina também acendeu a sua. E assim ficamos, até Tiago – deduzido pela frase, claro – abaixar sua própria varinha e dizer:
— Almofadinhas... falta você. – o garoto... Garoto? É tão esquisito pensar em Sirius como ‘garoto’... Mas ele abaixou a varinha, sendo ou não um garoto.
A sala já estava mais iluminada. Eu podia ver o rosto dos três. Era um tanto quanto difícil, mas eu podia vê-los. Pelo o que eu já vira em fotos, realmente eram eles. Lílian, extremamente ruiva, os olhos completamente iguais aos de Harry; Tiago, bem... bastante parecido com Harry, exceto pelos olhos, castanho-esverdeados e Sirius... eu convivi com o Sirius adulto. E detalhes, apenas, os diferenciavam. Não havia começos de rugas, e os olhos... eram mais vivos. Ele, decididamente, era mais feliz quando jovem.
— Merlin! – Rony exclamou abismado, dando um passo para trás ao olhar para Sirius. Eu o vi olhar para Lílian e depois cair sentado na cadeira mais próxima ao olhar para Tiago. – Mas... é igual... – balbuciou.
Virei-me para Gina, e pude perceber que ela e Lílian se encaravam. Senti, já que não podia vê-lo, que Harry olhava para mim. Uma lágrima solitária escorreu pelo meu rosto.
Alguns segundos se passaram e eu percebi que não era mais o foco de atenção de Harry. Ouvi a porta se abrir.
— Harry... – chamei. A porta manteve-se aberta, como se ele dissesse que estava ouvindo. – não foi por mal. – ele fechou a porta com força. Eu respirei fundo.
— F-foi você? – a voz de Rony chegou aos meus ouvidos. Percebi que Sirius levantou uma sobrancelha. Todos os olhares estavam em mim. Senti outra lágrima escorrer. Confirmei com a cabeça ao mesmo tempo em que secava a lágrima.
— Mi... – Gina começou a falar, mas eu a interrompi.
— Eu não imaginei. – outra lágrima escorreu. Eu não a sequei.
— Por que você está chorando? – Lílian perguntou, dando um passo em minha direção. Eu me assustei.
— N-nada. – eu a olhei. Depois olhei para Sirius e então para Tiago. Voltei-me para Rony. – Leve-os para a Torre. Acho que o seu dormitório serve por enquanto. – Joguei o mapa nas mãos de Gina e, sem pensar, sem raciocinar, me virei e saí correndo da sala.


o.o.o.o.o.o.o.o


— O que está acontecendo aqui? E quem são vocês? – eu ouvi alguém perguntar e me virei, procurando quem havia falado, ao mesmo tempo em que guardava o Mapa do Maroto no bolso interno do casaco.
Depois que Mione saiu, nós havíamos ficado em silêncio, até Sirius se pronunciar. Eu e Rony nos entreolhamos. Meu irmão ainda estava sentado na cadeira em que caíra, e não parecia capaz de voltar a falar. Então, eu fui nomeada porta-voz.
— Gina – respondi – e Rony Weasley.
— Hum... – Sirius voltou a falar. – Nós somos...
— Sirius Black, Tiago Potter e Lílian Evans.
Os três se entreolharam.
— Como... mas... – Tiago começou a falar. É estranho. Ele é muito parecido com o Harry. As mesmas feições, o mesmo cabelo, o mesmo nariz... é como ver o Harry, tendo trocado a cor dos olhos dele. Até óculos ele usa! Mais estranho ainda é chamá-lo de Tiago. Sirius, tudo bem, eu conheci, me foi apresentado. Lílian, bom, eu... sei lá, é estranho chamá-la de Lílian também. Mas é mais estranho chamar Tiago de Tiago. Talvez seja a semelhança dele com Harry.
— É uma longa história. – eu falei. Tiago... certo, achemos outro jeito de chamá-lo... quem sabe... Potter-pai. É. É menos esquisito. Mesmo ainda sendo esquisito. Voltando... Potter-pai bufou.
— Vocês sabem quem nós somos. Sabiam, de alguma maneira, onde estávamos... tanto que vieram até aqui. E nós não sabemos quem vocês são. E muito menos o porquê da reação de cada um de vocês quando nos viram.
— Eu...
— Aquela outra garota – ele apontou para a porta. – Saiu correndo, depois de dizer pro nada que não foi por mal... o quê, raios, não foi por mal? E... como vocês sabiam que nós estávamos aqui? COMO vocês sabem quem nós somos? Será, que por um acaso, você poderia nos explicar alguma coisa?
Eu cruzei os braços. Quem ele estava pensando que era pra falar desse jeito comigo?
— Primeiro: não seja grosso comigo – eu enumerei, irritada. – eu não fui grossa com você. Segundo: Aquela garota tem nome. Hermione Granger. E não é da sua conta, pelo menos não por enquanto, o que ela falou pra quem. E muito menos o significado. Terceiro: nós sabíamos que vocês estavam aqui. Sim, sabíamos. Como, espere e vai descobrir. Quarto: o fato é que nós sabemos quem vocês são. Esteja você feliz ou não com esse fato. Agora... será que você pode ser um Maroto bonzinho e vir com a gente?
Ele abriu a boca pra falar qualquer coisa, mas foi interrompido. Por uma gargalhada vinda de Sirius. Nós nos viramos pára ele. Potter-pai nada feliz.
— Sério, Pontas. Isso é muito engraçado! Você não consegue se dar bem com nenhuma ruiva! – ele riu e Lílian levantou uma sobrancelha. – Todas elas acabam com você! – Sirius riu mais um pouco.
— Dê mais uma risada, Almofadinhas, e você será um cachorro castrado. – Potter-pai falou venenoso. Sirius fez uma careta cômica de susto fingido, mas parou de rir.
— Certo, crianças. – Lílian falou. – Agora que vocês dois já terminaram com a brincadeira, que tal irmos logo com ela, hein?
— E de quebra receber algumas respostas. – eu comentei. Potter-pai me olhou avesso. – Relaxe, eu sou da paz! – levantei as mãos. – E eu nem vou levar vocês pra Sonserina. Eu até deixaria vocês irem na frente até a Torre, mas a Mulher-Gorda se assustaria ao vê-los.
— Como?
— Potter. Cale a sua maldita boca. – Lílian falou, num tom de voz calmo e controlado. Mas funcionou. Eu não me lembro de ter ouvido a voz dele até chegarmos à Torre. – Você é Grifinória, então?
— Claro. – eu sorri, no que fui retribuída. – Toda a minha família é Grifinória.
— Sorte sua. – Sirius resmungou. Eu preferi não comentar.
— Vamos, então. – eu falei, dirigindo-me até Rony, e o levantando pelo braço. Ele me olhou vago. – Rony... vamos. – ele não se mexeu. Eu suspirei cansada. Como se já não bastasse o Potter-pai querendo respostas que eu não tinha ou não sabia se podia falar, o Rony ainda empaca. – Rony! RONY! – eu o sacudi, e ele piscou duas vezes antes de perguntar:
— Quê?
— Vamos.
— Pra onde?
— Pra Torre, Rony, ou já esqueceu o que a Mione disse?
Ao escutar o som da palavra ‘Mione’, mãe irmão pareceu acordar de vez.
— Certo, então. Pra Torre. Vamos, vamos. – e saiu andando em direção a porta. Girou a maçaneta. – Vocês vão vir ou vão ficar aí?
Lílian, Sirius e Tiago – é, eu sei, mas Potter-pai... bom, a minha imaginação está um horror hoje – se entreolharam. Na verdade, Lílian e Tiago olharam para Sirius, e Sirius olhou para os dois. Eles parecem... se evitar.

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Deve ser piada. Não. Deve ser um sonho. É, é isso. É um sonho, e assim que eu me beliscar... AI. Doeu. É, eu estou acordado.
Mas tem que ser uma piada. Uma brincadeira. E não é uma brincadeira de bom gosto, pelo jeito.
Meus pais e Sirius! Vivos! Não que eu os queira mortos, não! Uma das coisas que eu sempre quis foram meus pais – e agora Sirius – vivos. Poder conviver com eles. Saber quem eles foram.
O que me incomoda é o fato de tê-los vivos, com a minha idade!
No que eu estava pensando ao desejar isso? Quer dizer... eu não desejei isso. Eu imaginei que seria bom tê-los de vivos, sim. Mas como adultos! Como pais! Não como... adolescentes!
E, aliás, no que Hermione esteve pensando? Por mais que ela não pudesse imaginar que eu fosse escolher isso... ela não devia ter feito, não devia! E logo Hermione, que sempre pensa em tudo, em todas as hipóteses, e em todas as conseqüências!
Acalme-se, Harry. A culpa não é de Hermione. Ela não tinha a obrigação de saber que eu ia pedir algo assim. Talvez ela tenha imaginado outra coisa...
O que acontece é que eu não consegui ficar ali... naquela sala. Com eles... vivos... adolescentes! Meus pais nem devem imaginar que um dia vão ficar juntos, casar, ter um filho... morrer... Eles nem sabem quem eu sou. Ou que EXISTO!!!
Acho que nessa época... ela ainda o odeia. E isso me preocupa. Contar pra Lílian Evans, que eu sou filho dela com Tiago Potter não vai agradá-la muito. Aliás, talvez dizer a ele que ele tem um filho, mesmo que com ela, seja, hum... deixa pra lá.
Quando eu saí da sala, eu apenas saí da sala. E fiquei ali. Claro que não em frente à porta. Do lado. E não demorou muito pra que Hermione passasse correndo por mim. Ela entrou na primeira sala aberta que achou, e está lá até agora. E eu? Bom, não estou mais sentado na frente da sala em que eles apareceram. Agora estou encostado ao lado da porta da sala em que Hermione entrou. Pra quê? Bom, eu também não sei.
Eu pude perceber que ela estava chorando. Mas eu não consigo entender... por que ela estaria chorando? Será que ela está pensando que... Não!


— Mione? – falei, empurrando a porta levemente.
— Ha-harry? – ouvi a voz dela. Terminei de abrir a porta e entrei, fechando-a, logo em seguida. A única coisa que fazia com que a sala não estivesse completamente escura, era a varinha de Hermione.
— Tudo bem com você? – perguntei, indo até o lado dela e sentando-me. Ela secou as lágrimas enquanto respondia.
— Tá, tá tudo bem. E... e você?
Percebi que a pergunta não era apenas por perguntar. Como eu previa.
— Eu não vou te dizer que estou bem... porque eu estaria mentindo. Mas, hum, na medida do possível...
— Você... não está bravo ou...
— Não. E eu não teria porque estar.
— Nem magoado ou coisa parecida?
— Mione, está tudo bem.
— Você tem certeza? Porque se você não quiser mais...
— Mione! – eu a interrompi. O que raios ela estava pensando? – Eu não quero nem imaginar o final dessa frase! Está tudo bem entre a gente.
— Mas... eu não devia ter me metido nessa história. Eu devia ter deixado tudo como estava. E se nós não conseguirmos mandá-los de volta... ou se....
— Está tudo bem. Nós vamos mandá-los de volta em segurança.
— Harry... você tem certeza de que está bem com essa situação? Quer dizer... eles são seus pais. E estão com a sua idade. Não sabem que um dia vão se casar... ou até mesmo que você existe...
— É... – eu suspirei. – eu já pensei nessa parte. Mas... no momento, eu estou, além de atônito, claro, indeciso.
— Indeciso?
— É, Mione, indeciso. – eu encostei-me à parede, e ela se virou para me ver melhor. – Eu não sei se fico feliz, preocupado, triste ou qualquer outra coisa parecida. Talvez isso possa ser bom, mas também pode ser ruim.
Houve silêncio. Hermione parecia escolher o que ia dizer, provavelmente estava seguindo a minha linha de raciocínio.
— Você está indeciso quanto ao que fazer em relação à estada deles aqui, porque se você se apegar a eles, mandá-los de volta seria como... matá-los outra vez. E se você se manter longe... você provavelmente se arrependerá. É isso?
— Exatamente. – um sorriso fraco pode ser encontrado no rosto de Hermione. Compreensivo, até. – E pensar que isso pode mudar o presente, digo... o nosso passado e presente, e o futuro deles, de qualquer maneira.
— Que acaba sendo o nosso passado. – ela concluiu. – Mas... - por que é que ela sempre tem um ‘mas...’ na cartola? – e se isso tiver acontecido antes? Se no passado... nosso passado... eles tiverem vindo pra cá? Evitá-los é que iria, provavelmente, mudar... o hoje. Você já pensou na possibilidade de ter sido você o cupido deles?
— Certo... – as coisas estavam começando a ficar mais complicadas do que eu inicialmente pensei que ficariam. – Mas como poderíamos saber se realmente já aconteceu? As pessoas que poderiam nos dizer o que aconteceu de verdade estão... mortas.
— Acho que sei quem pode nos responder. - ela falou, um sorriso misterioso no rosto.
— À essa hora? Quem? Dumbledore está fora do castelo. E eu duvido que a McGonagall vá se dignar a levantar para nos atender.
— Não. Não é nenhum deles.
— Lupin? Mas eu não faço idéia de onde ele possa estar.
— Harry, você está pensando muito por cima... – ela sorriu, superior. – Pense... em alguém que está aqui, mas que esteve com eles na mesma condição. E, é claro, alguém que não nos mataria por acordá-lo à uma hora da manhã. Nós não teremos nem que sair do castelo.
Alguém que está aqui e que esteve lá? E que não nos mataria? Sem sair do castelo? Eu olhei intrigado para Hermione, e ela parecia animada. Ahn... animação... eu sorri, compreendendo a quem ela se referia.
— Slughorn.


N/A: Nuss*

DesculpaaaaaaH

*envergonhada*

Mals gente.. tOh me sentindo péééééssima..

xP

eu esqci ke tinha postado a fic aki..

o_O

comparada ao FF.Net ela tah mtO atrasada

mas, pra compensar.. vOh colok kse todos os caps aki

Kem kiser ler ela ateh ond tah no FF.Net eh soh procurar a fic lah..

Á próposito, a fioc tah parada no momento..

xP eu sabia q nao devia etr lido a tradução não-oficial, massss..

enfIm..

tOh postando Aki..

Se puderem comentar.. nem q seja soH pra me flar q eu sou uma inuil por ter esqcido q postei aki..

Por favor..

x]~

BejOO'Z


§hofis_Potter

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