O Lamento da Famíla Wesley
Harry deixou o pergaminho cair no chão com o choque do que lera. Percy Wesley estava morto na casa do Ministro da Magia Rufo Screamgeor, e agora a Sra. Wesley estava aos prantos, era um fato conhecido por todos, Percy sempre foi encarado como o filho perfeito, há três anos atrás, então, Percy se recusará a acreditar nos pais quanto ao retorno de Voldemort e se empenhou em se unir ao ministério e ficar contra todos, até contra a própria família, desde então Harry nunca mais viu Percy unido pacificamente com a família, mas agora, ele estava morto, morto por um comensal da morte, a fúria de Harry estava crescendo mais uma vez.
O Sr. e a Sra. Wesley desabaram num choro que cortava o coração, a cena foi presenciada por todos na sala, Harry ainda em estado de choque olhou para Hagrid que fez sinal para ele, ambos saíram da sala e voltaram a cozinha, agora, todos os membros presentes da ordem estavam na sala consolando a os Wesley (Gui, Fred e Jorge aparataram até a Toca para cuidar de Rony e Gina).
- Era um bom garoto. O Percy. – Começou Hagrid com a voz trêmula de nervosismo. – Claro que era um jovem ambicioso, mais... Puxa Harry ninguém merece isso por maior a maldade que faça.
- Eu sei quem merece – Disse Harry fechando os punhos ao falar – É tudo culpa dele Hagrid... Voldemort... Ele é quem merecia esse sofrimento todo, veja todo o mau que ele fez.
- Já disse para não mencionar esse nome Harry. – Disse Hagrid com a voz zangada, sei que Dumb... – E parou no meio da frase, Harry ergueu os olhos para observar Hagrid, ainda não tinha visto o guarda-caças falar em Dumbledore desde o dia da morte do diretor, parecia evitar o assunto, depois disso Hagrid se levantou “Preciso dar algum apoio a Moly e Arthur” Disse se retirando da cozinha deixando Harry sozinho por fim.
Foi o pior aniversário que Harry já tinha tido em toda sua vida, até mesmo pior do que qualquer outro que lembrará ter tido na casa dos Dursley, eles ainda ficaram durante algum tempo na sede da ordem, a Sra. Wesley estava inconsolável, e o Sr. Wesley embora demonstrasse muita calma, estava tão aflito quando a esposa, depois de duas horas da noticia, Harry ficou feliz de ouvir que em cinco minutos estariam retornando a Toca.
Então depois de esperar tanto tempo eles estavam a postos a lareira da antiga mansão Black, Hagrid se encarregara de levar as coisas de Harry para a Toca, então quando estavam preparados, o Sr. Wesley apanhou do bolso um pequeno saco amarelo com um pó brilhante que Harry reconheceu como o Pó-de-flu.
- Você primeiro Harry – Disse o Sr. Wesley oferecendo uma pitada do pó a Harry que o jogou na lareira e entrou gritando: “A Toca” e sumiu nas chamas verdes esmeraldas.
Chegando até A Toca Harry viu Rony sentado ao lado de Gina (Mesmo com a morte de Percy o coração de Harry deu um grande salvo, não via Gina desde o enterro de Dumbledore em Hogwarts). E ao lado de Gina estava uma garota tamanha médio, de dentes graciosamente compridos e cabelos castanhos, Hermione Granges se encontrava a Toca e correu para abraçar Harry.
- Quando foi que você chegou? – Perguntou Harry.
- Há uma hora – Disse a garota pesarosa – Rony me mandou a coruja de Percy, Hermes, para avisar sobre o que tinha acontecido. – Nesse momento os pais de Percy irromperam das chamas, agora mais ainda eles abaixaram a voz.
- Hermione. – Começou Harry urgente. – Depois preciso que você e Rony me contem como tudo aconteceu – Disse Harry com uma nota de frieza na voz – Quero ficar por dentro de cada passo que Voldemort dê.
Hermione olhou Harry criticamente, então ele se afasta da garota, agora, mais do que nunca seu melhor amigo precisava do apoio de Harry, e alem disso, harry queria ficar um pouco distante de Gina que até então não se quer olhara para o garoto, Harry preferia assim.
Harry então olhou para Rony, o garoto não mudará muito desde a ultima vez que se viram Harry vou até Rony e sentou ao lado do amigo, Rony levantou a cabeça, estava com os olhos vermelhos e deprimidos de um jeito que Harry jamais vira antes, Harry e Rony se encararam por alguns segundos e depois Harry disse com a mesma voz pesarosa que Hermione.
- Sinto muito Rony – Disse Harry com sinceridade – De verdade.
- Ele me paga – Disse Rony com um tom vingativo na voz – Voldemort me paga.
Harry encarou Rony com mais intensidade, nunca vira o amigo usar o nome “Voldemort” antes, parece que as pessoas precisavam sentir na pele o horror do poder de Voldemort para usar o seu nome.
- O que você espera fazer? – Perguntou Harry astutamente – Eu sou o eleito, eu sou quem devo matá-lo, esqueceu?
- Faremos juntos. – Disse Rony firmemente. – Você, vai encontrar as outras Horcruxes e depois juntos vamos matar esse maldito. – Disse Rony sem conter o ódio na voz, Harry olhou encarou mais ainda Rony, por fim Rony falou:
- Como soube da morte do Percy? Eu não tinha mandado Pichi até você!
- Eu estava na sede da ordem – Esclareceu Harry e falou sobre o que os membros estavam discutindo Hermione logo se sentou perto dos dois para escutar, quando Harry terminou ambos estavam espantados.
- Acabar com a ordem? – Disse Rony, que pelo visto, estava querendo se distrair um pouco com outros assuntos. – Eles não podem fazer isso, Dumbledore se sacrificou para isso, simplesmente não podem.
- E você Harry? – Perguntou Hermione entrando na conversa. – Agora que não tem mais Hogwarts vai entrar para a ordem também?
- Pensei nisso durante algum tempo, mais prefiro não envolver mais ninguém nisso, também tenho pensado muito sobre o R.A.B. – Disse Harry que durante o dia todo ainda não pensara em quem seria R.A.B, porem ele não tinha muita cabeça para isso, por que agora Fred, Jorge e Gui começaram a chorar abraçando os país, os demais irmãos sempre tiveram uma certa implicância com Percy, mas Harry também sabia que eles sentiriam muito se alguma coisa acontecesse com o irmão.
- E o casamento do Gui? – Perguntou Harry procurando algo para falar. – Como vai ficar.
- Vamos cancelar, é claro. – Disse uma voz abafada a suas cosas, Gui acabara de se aproximar e sentar junto com o grupo. – Diante das circunstâncias não podemos nos casar agora.
- E onde esta Fleur? – Perguntou Rony olhando a volta – Ainda não a vi aqui.
- Ela teve que trabalhar essa noite – Disse Gui olhando para Harry agora – Fleur conseguiu um emprego no Ministério aqui na Inglaterra, como é estrangeira um bom cargo em Cooperação internacional em Magia, agora esta sempre contatando o ministro Francês para ajudar Rufo.
- Mas... – Disse Harry confuso – O ministério deve estar parado agora, pois afinal o Ministro foi atacado, e como ele esta? – Perguntou Harry na realidade sem muito interesse, Harry não havia gostado nem um pouco do sucessor de Cornélio Fudge.
- Eu não sei. – Disse Gui que também na parecia interessado se Rufo estava vivo ou não. – Eu acho que deve estar bem ou já teriam noticiado.
Então Gui levantou e foi se reunir aos pais e aos gêmeos Wesley, Harry então pensou pela primeira vez no ataque ao ministro. Por que os comensais da morte tentariam matar Rufo? Pelo o que Harry sabia, eles nunca matavam sem um motivo óbvio, e para seu espanto Rony estava pensando o mesmo, por que logo perguntou:
- Por que tentariam matar o Rufo? O que ele poderia ter feito para ser assassinado?
- Será que o alvo deles era mesmo o Ministro? – Perguntou Hermione que pelo visto estava pensando o mesmo. – Quero dizer, nunca ouvi falar que um comensal matou alguém por engano, pensem bem, talvez o alvo deles de fato tenha sido o Percy e estão pensando que o ministro tenha sido o alvo, pois Percy morreu na casa dele.
- E como um comensal da Morte conseguiu entrar na casa do Ministro da Magia – perguntou Rony ainda mais abobado. – O ministro deve ter uma guarda de aurores por toda a parte não é?
- Depois que os comensais entraram em Hogwarts, eles podem entrar em qualquer lugar - Disse Harry pondo um fim na conversa, nessa hora Gina entrou novamente na sala, parou um pouco e, pela primeira vez, o olhar de Harry encontrou o de Gina, e por alguns segundos eles se encararam e logo desviaram o olhar e Gina disse numa voz incrivelmente displicente:
- Tudo bem Harry?
- É. – Disse Harry sem jeito. – Apesar do acontecido, eu, sou eu estou bem.
Harry quase dizia que estaria melhor se tivesse Gina ainda ao seu lado, mas foi ele próprio que terminara o namoro com a garota, a ultima coisa que Harry queria e que Gina pagasse por ele.
-Estávamos pensando – Começou Hermione pra quebrar aquele silêncio horrível – Se realmente o ministro era o alvo do comensal da Morte, ou se era o... – Hermione teve dificuldade em terminar a frase – Percy – Disse por fim.
Mais uma vez o silêncio caiu sobre a sala, o silêncio era cortado apenas pelos soluços da família Wesley, com exceção da Sra. Wesley, todos choravam silenciosamente, nesse momento a porta se abriu e por elas entraram bruxos com vestes brancas, eles carregavam algo que lembrava uma maca, e de fato era uma maca branca que jazia um corpo vestido de vestes negras, cabelos vermelhos, agora não estavam menos vivos do que costumavam ser, estava sem seus óculos de aro de tartaruga e tinha uma expressão de choque no rosto, provavelmente foi um Avada Kedavra, isso pensou Harry, já vira os efeitos desse feitiço em duas vitimas, Cedrico Digory e Alvo Dumbledore.
Gui conjurou uma espécie de altar onde os bruxos depositaram a maca com o corpo de Percy lá, todos, inclusive Harry e Hermione se aproximaram para contemplar o corpo de Percy, as lagrimas nos olhos de Hermione logo começaram a rolar silenciosamente, a Sra. Wesley recomeçou a chorar, agora berrava mais do que nunca.
- Por que Arthur? – Lamentava a Sra. Wesley aos berros, que agora abraçava a mulher chorando tanto quanto ela. – Percy nem mesmo pertencia à ordem, por que o levaram.
- Harry olhava agora para o rosto sem expressão de Percy, e então sentiu que não suportaria ver mais e se afastou, chorando a morte de Percy pela primeira vez naquela noite, Harry sempre se considerou parte da família Wesley, ver Percy ali, imóvel, morto, para Harry, era como ver o seu irmão mais velho morto, Gina logo em seguida se afastou para se sentar ao lado de Harry, Hermione agora, chorava tanto quanto a Sra. Wesley, ela e Rony se abraçaram compartilhando o choro, Harry ao ver essa cena deu a sombra de um sorriso e enxugou as lagrimas do rosto.
- E então... – Começou Gina como se continuasse uma conversa já iniciada com harry. – Como foram as suas férias de verão?
- Nada de interessante. – Disse Harry agora lutando contra a força de abraçar e beijar Gina. – os Dursley queriam me proibir de sair da casa deles, então lembrei a eles que como um bruxo maior de idade poderia enfeitiçar a todos os caso não me deixassem ir.
- E você enfeitiçaria seus tios?
- Sim. – Disse Harry sem pensar duas vezes. - Não posso dizer que eles não mereciam isso mais... Se fosse realmente preciso eu os enfeitiçaria. – Harry teve uma agradável fantasia de Duda com voando como um balão que nem fez com a Tia Guida três anos atrás.
- E você? Como foram as férias? – Perguntou Harry ainda lutando contra vontade de agarrar Gina.
- Foram médias. – Começou Gina, Harry adivinhou o que vinha por ai – Os últimos acontecimentos do ano foram tristes, não houve N.O.M´s, Dumbledore morreu, você me deixou e agora meu irmão.... Morreu.
- Eu sinto muito mesmo. – Consolou Harry.
- Pelo o que? – Perguntou Gina ainda parecendo convincentemente displicente. – Pela morte do Percy ou pelo fim do nosso namoro.
E com um ultimo olhar solene, Gina levantou e foi se reunir a Lupin que tentava consolar o Sr e a Sra. Wesley.
Harry sabia que seria assim a conversa com Gina, por isso queria evitar a garota, e ela estava certa, apesar da decisão ter sido sua, ele lamentava profundamente o fim do namoro, mais sabia que lamentaria ainda mais se fosse Gina a próxima filha que a Sra. Wesley velasse ali.
Harry se reuniu novamente a Rony e Hermione, eles ainda estavam abraçados consolando um ao outro, então Harry foi mais perto de Percy, todos a volta choravam a morte de Percy, A Sra. Wesley continuava inconsolável. Harry então pegou a mão Percy, estava tão gelada que a soltou logo, nesse movimento a mão de Harry passou pelo bolso das vestes do defunto, e para sua curiosidade sentiu algo parecido com um pergaminho, por que um pergaminho enrolado estaria no bolso de Percy agora? Ele verificou se ninguém estava olhando, então rapidamente meteu a mão do bolso de Percy e se afastou.
O pergaminho não estava mais lacrado, Harry pensou por um tempo se devia ou não lê-lo, então decidiu ler, ele desenrolou o pergaminho e leu a mensagem escrita.
Percy Wesley.
Algo deu errado, você precisa achar a solução rápido.
Porem o resto do pergaminho estava rasgado e Harry achou estranho demais. Provavelmente alguém não queria que aquele pergaminho fosse lido, seria Percy? E o que tinha dado errado? Que solução Percy precisava achar rápido, Harry chamou Rony até um canto da sala e mostrou a mensagem incompleta ao amigo.
- Mas o que pode ter dado errado? – Indagou Rony. – Percy então realmente foi o alvo, quiseram matar ele, você vai mostrar isso ao meu pai.
- Não. – Disse Harry. – E nem para Hermione também, preciso procurar a outra metade do pergaminho.
- E onde você acha que esta? – Perguntou Rony ansioso.
- Tenho apenas um palpite, sabe onde o ministro da magia mora?
- Sim sei, papai me falou uma vez, é uma mansão em Godric´s Hollow, mas por que você quer saber.
- Preciso achar o resto desse pergaminho, Percy sabia alguma coisa, caso contrário não teria morrido, vou até Godric´s Hollow e ver o que consigo achar na casa de Rufo Scrimgear, vou agora mesmo.
- Eu vou com você. – Disse Rony decidido.
- Não, você vai ficar aqui, não vou querer que você se junte ao Percy. – Disse Harry alterando a voz.
- Lembra que foi o meu irmão que eles mataram Harry, não tente me fazer ficar aqui, vamos juntos descobrir quem matou o...
- E como vocês esperam ir sem mim? – Hermione chegou com uma cara de quem sabia o que estava acontecendo.
- Escutem aqui os dois. – Disse Harry irritado. – Não quero que morram como o Percy morreu, ele morreu por que sabia demais, não quero que aconteça de novo.
- Cala a boca Harry. – Disse Rony gritando – Já disse que eu vou e não vou impedir Hermione de ir se quiser também.
- Isso mesmo Harry, você não irá a lugar a lugar algum sem a gente. – Disse Hermione, a velha expressão decidida no rosto, Harry olhou ambos e falou.
- Ok, iremos todos nós, mas ficam avisados que será muito perigoso.
Então Harry olhou para Percy e em seguida para Gina que chorava junto com o pai, então encarou os amigos, ele se dirigiu até o porte e saiu da Toca, Rony e Hermione foram juntos.
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