A Mansão de Screemgeor
Porem ao chegar à porta, Harry pensou por um tempo, depois ele parecia ter decidido algo e então se virou para encarar Rony e Hermione:
- Vocês ficam aqui – Disse Harry por fim sem deixar os amigos falaram – Não quero que sejam os próximos a morrer, vocês ficam aqui e avisem aos outro o que fui fazer e digam sobre o pergaminho que encontrei com o Percy.
E sem deixar eles falarem Harry fechou a porta e seguiu sozinho, Harry iria para onde o Ministro da magia Rufo Screemgeor, e também o lugar onde seu pai e sua mãe moravam e foram enterrados, Harry tinha planos de visitar Godric´s Hallow a longo prazo.
Harry então percebeu que não tinha idéia de como chegaria a Godric´s Hallow, ele não poderia ir voando, pois como chegaria ali, então lê veio a solução teria de tentar aparatar, conseguira aparatar perfeitamente uma vez, quando precisou voltar a Hogsmeado como Dumbledore a alguns meses atrás.
- Mais ainda assim, como conseguiria aparatar até este lugar se nunca estivera em Godric´s Hallow antes? Então lhe veio uma idéia maluca, maluca demais para achar que daria certo, Harry sempre via em seus sonhos o quarto onde ele quando bebê fora atacado daria certo?
- Harry então concentrou sua mente naquele quarto que via em seus sonhos, e então se moveu girando o corpo e a sensação de estar sendo empurrado para dentro de uma mangueira de borracha estava aparatando para Godric´s Hallow.
Ao chegar a seu destino, Harry manteve os olhos fechados por alguns segundos, não sabia exatamente o que esperava ver, e então, finalmente abriu se surpreendeu com a visão.
O quarto que harry lembrava ver em seus sonhos estava completamente destruído, havia muita cinza pelos restos de chão, uma grossa poeira estava encapando o chão, Harry olhou tudo ao redor, uma pontada de tristeza atacou seu coração ao ver um berço totalmente queimado, ele se aproximou e olhou para o que sobrara da pequena cama que ele deitara há 17 anos atrás, Harry enxugou rápidos as lagrimas que começaram a rolar de seus olhos, quando de repente viu algo brilhar entre as cobertas de seu berço, então ele pegou, um porta-retrato de pescoço, o pequeno objeto redondo brilhava intensamente e Harry achou curioso, ninguém tinha conhecimento daquilo? E então ele abriu o porta-retrato e viu uma foto de seus pais, eles apontavam felizes e rindo, com um sorriso, Harry pendurou o porta retrato no pescoço, tinha algo mais importante para fazer ali, não era hora de passear pelo seu passado.
Harry deixou a casa dos pais sem nem olhar para trás, depois parou de repente identificando outro problema, como chegaria até a casa do Ministro da magia, ele estava perdido, quando ouviu um estalo as suas costas, Harry olhou a volta, depois de ficar um tempo examinando, harry concluiu que foi apenas algum carro, e então continuou caminhando, quando alguém falou as suas costas.
- Pensei que eu pelo menos poderia ter vindo, Harry. – Disse uma voz rouca e cansada.
Lupin estava parado a costa de Harry, o olhava com interesse, suas vestes ainda eram folgadas e surradas, uma expressão tão cansada quanto a voz olhava Harry com um pequeno sorriso.
- Como você soube que eu estaria nessa casa? – Perguntou Harry curioso.
- Bem... – Começou Lupin caminhando para perto de Harry. – Que outro lugar de Godric´s Hallow você teria visto nem que fosse de relance, mas um lugar suficientemente bom para aparatar? – Lupin parou para examinar Harry e então disse. – Não queria ficar com um intruso na tristeza dos Wesley, então, Hermione veio me contar sobre o pergaminho que você achou nas vestes de Percy e me contou aonde iria, achei precisaria de ajuda.
- Obrigado – Disse Harry feliz por ter companhia, não queria enfrentar os figurões do ministério sozinho.
- Bem. – Disse Lupin mais uma vez adivinhando situação. – Me parece que você não sabe aonde Screemgeor mora não é mesmo?
- Não. – Disse Harry e os dois caminharam juntos. – E suponho que você saiba onde fica não é?
- Sei sim. – Disse Lupin sem hesitar. – E mesmo que não soubesse, só precisamos achar uma casa com um grande número de pessoas e saberemos aonde ir, me conte como foram suas férias Harry.
- Inquietas. – Disse quase como um desabafo. – Fiquei pensando seriamente no que faria, eu já tinha planos de voltar a Hogwarts mesmo que ela abrisse.
- Lupin não pareceu surpreso à decisão de Harry, e então perguntou:
- E o que você pretendia fazer caso quando saísse da casa de seus tios então.
Harry não soube o que responder Dumbledore o alertará de não dizer a ninguém (A exceção de Rony e Hermione) Sobre os passado de Voldemort e nem sobre as Horcruxes que o garoto tinha de procurar, e Harry estava decidido a seguir aquela ordem, Lupin mais uma vez adivinhou e disse num sorriso calmo:
- Não perca seu tempo inventando mentiras Harry, sei que as ordens que tem Dumbledore é manter em segredo os seus passos, e cá entre nós, não iremos desrespeitar uma ordem do lendário Alvo Dumbledore.
- Lendário – Perguntou Harry.
- Você não soube? – Perguntou Lupin, agora surpreso. – Dumbledore recebeu esse titulo após a sua morte. – Lupin suspirou e então disse. – Depois de tudo o que fez pela comunidade bruxa, acha q podíamos ter esperado isso.
- Harry pensou por um tempo e então disse.
- Não consigo imaginar nenhum outro bruxo que mereça esse titulo só o bom e velho Dumbledore. – Concluiu Harry, carinhosamente.
Os dois caminharam o resto do trajeto calados, Harry apenas reparou nas casas de bruxo, pelo menos por fora elas não pareciam anormais, sempre agradou a Harry as peculiaridades das casas de bruxos, como a Toca. Passado algum tempo Harry quis saber algumas coisas depois dos acontecimentos em Hogwarts.
- E então, como ficou o Gui? – Quis saber Harry.
- É ficou melhor do que esperávamos. – Disse Lupin calmamente. – Gui ganhou certa paixão por carnes mal cozidas e reage de um modo estranho a lua cheia, mas não vira perigo para ninguém.
- Estranho como? – Perguntou Harry curioso.
- Bem... Ele fica muito tempo olhando a lua, se irrita fácil, mas nada violento nem nada, eu sabia que ele não viraria um lobisomem, mas, Moly e Arthur ainda têm preocupações.
- Bem, acho que todos temos não é? – confirmou Harry – E você ainda espionando os lobisomens?
- Na verdade não. – Disse Lupin triste. – Graybeck me viu lutando por Dumbledore na escola, imagino que ele deve ter informado a Voldemort, se depois disso eu voltasse até eles bem... Você entende não é me matariam na hora.
- Sei. E a ordem estava parada desde a morte do Dumbledore?
- Sim... Não tivemos escolha Harry, Dumbledore nos dizia o que dizer, e Snape espionava, agora que não temos mais nenhum deles ficamos sem saber como seguir, agora só Deus sabe como podemos seguir sem Dumbledore.
- Também não sei como seguiremos sei ele. – Disse Harry tão triste quanto Lupin, Harry procurou um assunto mais agradável para conversarem.
- E como vai você e Tonks? – Perguntou Harry.
- Ah... É, estamos indo bem, acho que sempre gostei dela, mas... As diferenças entre nós não me deixavam ver, estamos muito bem, e você? Como vai com relação a Gina?
Harry não soube como Lupin sabia, mas imaginou que alguém contara a ele.
- Não quero que Gina se machuque por minha causa, todos próximos a mim pagaram, meus pais, Cedrico, Sirius e Dumbledore, não quero mais que ninguém morra por minha causa.
- Fico me perguntando. – Disse Lupin pensativo. – O que fez Dumbledore paralisar você naquela torre, ele sabia que estava fraco pelo o que você falou não é?
- Sim estava. – Disse Harry, não conversava sobre a morte de Dumbledore desde a noite em que o mesmo morrera. – E era Draco Malfoy quem devia ter matado a Dumbledore, mas acho que Snape teve de terminar a missão de Malfoy, já que ele havia feito um voto perpétuo com a mãe de Malfoy então...
- Como disse Harry? – Perguntou Lupin agora totalmente surpreso com o que ouvira. – Você esta dizendo que Snape fez um...
- Voto perpétuo. – Confirmou Harry. – Espera ai... eu falei para você no natal não lembra?
- Se você tivesse mencionado algo tão sério como o Voto Perpétuo eu lembraria.
- Mas agora já sabemos que Snape era traidor não é mesmo? – Disse Harry com um tom zangado. – Que diferença faz agora o tal voto?
- Bem eu não sei... Olhe, chegamos, é aqui. – Disse Lupin apontando a um grande ajuntamento.
De fato, como dissera Lupin, o lugar tinha grande quantidade de gente, provavelmente bruxos civis querendo saber mais do ataque e da morte que ocorreu ali, e então pela primeira vez ocorreu a Harry um pensamento, como entraria na mansão do Ministro da Magia? Provavelmente depois do ataque ela estava em constante vigilância. Harry pensou por um tempo, e então lhe veio uma idéia terrível, porem tinha certeza que era a única chance de entrar na mansão sem ter de fazer nada ilegal e se complicar, Harry respirou fundo e virou para olhar Lupin.
- Farei algo que não pensei que eu faria. – Disse Harry seriamente. – Acho que todos acharam estranho, isso vai piorar as coisas para mim, mas o farei.
- Do que você esta falando Harry. – Perguntou Lupin preocupado.
- Aquilo que todos querem você vai entender, amanhã com certeza, pode voltar a Toca, diga a todos que estarei bem, por favor. – Disse Harry com um olhar decidido.
- Tudo bem, você sabe o que faz Harry, tenha cuidado e boa sorte.
- Obrigado.
E com um ultimo sorriso Lupin aparatou diante dos olhos de Harry, ele se voltou e encarou a multidão, Harry sabia que iria se odiar pelo o que iria fazer, mais mesmo assim tinha consciência de que era a única maneira.
Harry se aproximou da multidão, todos pareciam muito ansiosos por noticias, e pelo o que Harry viu, havia repórteres do Profeta diário também. (Seu estomago afundou), e sem hesitar, ele se aproximou.
- Olhem só, é Harry Potter. – Gritou uma bruxa idosa e todos olharam afoitos, Harry sentiu que iria pegar fogo, era diferente de colegas da escola, ele passou pelas pessoas que lhe abriram caminho, todas olhavam curiosas para a cicatriz de Harry, ele detestava isso, mas fazia parte do que iria fazer, ele aproximou da porta da mansão, onde dois aurores que Harry reconhecerá, como Quim Shackebolt e Dawlish, Harry os olhou e falou.
- Preciso que me deixem falar com o ministro da Magia Rufo Screemgeor. – Disse Harry ele pensou rápido e lhe veio uma idéia, então falou de modo que só eles podiam ouvir – São coisas que podem ajudar a ordem, por favor.
Dawlish encarou por um tempo, então ele e Shackebolt abriram as portas da mansão com um sorriso significativo, Harry também sorriu e quando passou disse “Dumbledore esta feliz com você”.
A mansão de Screemgeor de certo era bem diferente do que Harry pensará, nunca estivera numa mansão de bruxos antes, a mansão de Screemgeor tinha um tapete negro muito limpo com bordados de ouro aos lados, o piso de mármore branco brilhava impecável e a parede, também branca era enfeitada de quadros, Harry viu um quadro de alguns ex-ministros, entre eles o de Cornélio Fudge que foi destituído do cargo no ano passado, havia uma longa escadaria, dava para ver que a mansão era realmente longa, e então um som de passos apressados desciam as escadas.
Screemgeor e alguns outros figurões do ministério desciam as escadas, um deles Harry reconheceu, era Dolores Umbridge, que deu aula de defesa contra as artes das trevas há dois anos atrás, Harry sentiu uma grande raiva de vê-la ali, porem não tinha tempo de extravasar a sua raiva, seu olhar se fixou em Screemgeor, ele o viu, examinou Harry por um tempo e depois exclamou.
- Harry Potter. – Disse Screemgeor forçando um sorriso cordial de boas vindas, porem pouco convincente. – A que devo a honra da sua visita? – Ele olhou as pessoas a sua volta e falou: - Quero lhe apresentar a minha equipe, esta é a minha assistente pessoal Dolores Umbridge. – Ele apontou Umbridge que não sorriu para Harry.
- Já tive a infelicidade de conhecê-la. – Disse Harry antes que pudesse se refrear, o rosto de Umbridge ganhou um tom verde que a fez ficar mais uma vez parecida com um grande sapo, Harry a encarou sem medo, ele agora não tinha medo algum de Umbridge, ela então fez força para sorrir e disse num tom falsamente calmo:
- Ora senhor Potter, vamos esquecer o passado não é?
- Isso mesmo Harry. – Disse Screemgeor trivial. – Ainda mais a luz da recente tragédia que houve aqui. – Screemgeor parou de sorrir, e para a surpresa de Harry, viu que seu pesar era tão verdadeiro quando o ódio de Harry por Umbridge, Snape e Voldemort. – Percy Wesley era bom garoto Harry, tinha objetivo, o Percy, pena que uma mente tão brilhante tenha ido tão cedo não é mesmo, eu me encarregarei de dar a ele uma ordem de Merlin terceira classe, é o mínimo que posso fazer depois de seu feito.
Então pela primeira vez Harry sentiu alguma simpatia pelo homem que estava a sua frente, ele estava preparado para o que precisava ser feito.
- Bem senhor, estou aqui pela família de Percy, acho que alguns de seus pertences ficaram aqui não é mesmo?
- A... Sim... Sim Harry, é natural que Arthur os queira não é mesmo. Bem venha em geral são fotos que Percy tinha em meu gabinete pessoal da minha mansão, me acompanhe Harry, Umbridge, se nos der licença.
E então Harry acompanhou Screemgeor até o seu gabinete, diferente do resto da casa, gabinete era revestido com painéis de carvalho, um lugar bem amplo, com duas escrivaninhas, a de Percy estava com várias fotos, maioria do senhor e da senhor Wesley, outras dos irmãos, Fred, Jorge, Rony, Gui, Carlinhos, Gina e para sua surpresa, uma foto deles mesmos, uma foto tirada na copa de Quadribol a três anos atrás, Harry sentiu as lagrimas mais uma vez querendo rolar pelo seu rosto, e quando olhou para trás, se surpreendeu mais uma vez ao ver que Screemgeor enxugava com um lenço branco os olhos, e com uma voz abafada ele falou:
- Bem, estas são as coisas que ele deixou, apesar das brigas, ele... Ele sentia falta da família, ele apenas não quis acreditar no retorno de você-sabe-quem, é claro, nenhum de nós queria realmente acreditar, mas... – Screemgeor tentou tornar a voz mais firme. – Acho que agora temos que nos preparar Harry, Dumbledore se foi, e agora temos que contar com a sorte, mesmo tendo minhas desavenças com Dumbledore... Bem, eu o respeitava, era um grande bruxo.
Harry não esperava maior sinceridade vinda de Screemgeor, pelo visto tivera uma má impressão do ministro, por um momento ele quase esquecera do que fora fazer na mansão, Harry aproveitou que Screemgeor estava se lamentando baixinho, então conjurou uma caixa em cima da cadeira e começou a botar os pertences de Percy na caixa, Harry precisava achar aquele pergaminho o mais rápido possível, enquanto escutava as palavras de Screemgeor.
- Alguns amigos dele já vieram perguntar para onde levaram o corpo do garoto, sua namoradinha Penélope, um outro garoto chamado Lino Jordan, e uma recém contratada do Ministério, Fleur Delacor.
- Fleur Delacor esteve aqui – Perguntou Harry curioso. – Mas ela é noiva do irmão de Percy.
- Bem, ela disse que ainda não sabia que o corpo tinha sido levado, ela ficou sabendo de repente, ficou em estado de choque também é claro!
Harry se lembrou de Gui dizendo que Fleur esteve trabalhando no ministério, então deixou de pensar na garota, estava preocupado, pois não achava a outra metade do pergaminho em lugar algum, ele já havia limpado a mesa de Percy, mas nada do pergaminho.
- Então, - Disse por fim Screemgeor. – Acho que é tudo não é mesmo, tem mais uma coisa.
Ele tirou de dentro de uma gaveta um envelope oficial do ministério.
- Entregue a Arthur, diga que tem sete dias de licença, pelo luto da perda do filho, darei a ele essa licença, ok.
- Senhor. – Perguntou Harry agora com um tom de urgência. – Tem algo mais que Percy tenha deixado, tipo como uma mensagem ou algo do tipo?
- Mensagens? – Perguntou Screemgeor fazendo pouco caso. – Não, não que eu tenha visto claro. Ah... – Disse parecendo lembrar algo – Percy recebeu uma coruja, acho que foi meia hora antes da invasão, ele pareceu meio nervoso e rasgou o pergaminho, e o jogou no lixo.
Harry então sem se importar com nada foi até o lixo procurando o pergaminho, mas estava vazio, Harry achou estranho, provavelmente o comensal sabia da mensagem também e a levou antes que alguém mais pudesse ler.
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