Descobertas
CAPÍTULO 5 // DESCOBERTAS
- Hermione, precisamos conversar. - Falou Harry, a fisionomia séria.
- Sobre o quê, Harry? - Perguntou Hermione, enquanto deixavam Ron sozinho com Elia e Katie.
- Sobre uma coisa que aconteceu está madrugada.
- Diga? - Pediu ela.
- A minha capa da invisibilidade foi roubada.
- O quê?
- Isso mesmo. E quem quer que tenha roubado, ainda não a devolveu para meu malão.
- Quem será que fez isso? - Perguntou Hermione. Na verdade, a morena tinha uma hipótese bem interessante, que condizia em Gina Molly Weasley ter roubado a capa para concluir um passo de seu plano.
- Não faço idéia. Mas não é estranho? Quero dizer, a minha capa estava bem no meu malão, e do nada, ela some.
- Concordo. É realmente estranho.
- Você...Você pensou naquilo que te disse anteontem, à noite? - Perguntou Harry, hesitante.
Hermione tinha pensado, realmente falando. Gina não tinha aparecido para fraquejar em sua decisão. A ruiva andava estranhamente quieta, o que não era um bom sinal.
- Pensei sim, Harry. - Disse Hermione. Ela suspirou pesadamente. Mas viu algo que a fez regredir com sua opção. Gina estava sentada por trás de uma árvore, olhava descaradamente para Hermione, em busca de uma resposta, por meio dos olhos dela. Harry estava exatamente de costas para Gina. A sua frente, era possível ver, além dos alunos, somente Hermione.
- E a qual conclusão chegou? - Perguntou, ansioso.
- Que...Que...Que eu não amo você. - Respondeu rapidamente, tão rápido que Harry teve alguns problemas para compreender o que Hermione dissera.
- Não, quero dizer, não, não pode ser assim, não assim, eu... - Começou Harry, correndo os dedos pelo cabelo, visivelmente nervoso.
- Sinto muito Harry, mas... - Justificou Hermione.
- Não poderei deixá-la ir antes de me despedir. - Falou o moreno, os olhos marejados.
- Não vou. Saiba que...Que eu sempre serei sua amiga e te apoiarei. - Falou ela.
- Não assim...
Ele foi se aproximando mais, assemelhando-se à primeira vez em que ele a beijara. E foi o que ele fez. E assim correu. Um beijo doce, calmo, misturando as emoções das lágrimas e da felicidade de ter seus lábios unidos àqueles que sempre sonhou beijar novamente.
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- Olá, Ron. - Cumprimentou Katie.
- Olá, Buyrne. - Cumprimentou Ron, nervoso.
- Por favor, Ron, não me chame de Buyrne, pode me chamar de Katie mesmo, ou Catherine, se preferir.
- Ok, Katie. - Respondeu.
- Bom, Ron, me fale um pouco de você. - Pediu ela, entusiasmada.
- Sobre mim??? O que quer saber sobre mim??? - Perguntou, desconfiado.
- Oras, Ron, nada demais, já que não quer falar, falarei um pouco de mim, okay? - Perguntou, tentando manter uma conversa agradável.
- Tá. - Respondeu, indiferente.
A resposta de Ron deixou Katie um pouco decepcionada. Ela sempre pensou que Ron era um sujeito engraçado, divertido, amigável, interessante, além de bonito (coisa que ela tinha certeza). Mas o jeito dele era um pouco diferente do que ela imaginara dele, o observando com os amigos.
- Bem, eu tenho um irmão, Ryan. Ele não é bruxo. Sou nascida trouxa, sabe. Bem, Ryan estuda na universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sabe, minha família é de lá. Nasci em Miami, uma cidade bem legal da Flórida. Bem, e você? Tem irmãos? - Perguntou, demonstrando interesse.
- Seis. - Respondeu desanimado.
- Uau! Deve ser bem legal ter tantos irmãos, as reuniões familiares devem ser bem animadas. - Comentou, feliz.
- É um saco.
- Oh, puxa. Achei que era legal. - Justificou, surpresa com a grosseria do colega.
- Bem, você é de um outro país, ou sua família tem origem inglesa mesmo? - Perguntou, tentando manter "o fio" da conversa.
- Minha família não é inglesa. Viemos da Escócia. - Explicou, brincando com a grama.
- Bem, a gente se vê por aí. - Disse se levantando. Decidiu que não era mais tempo de manter conversa. Ron continuaria a ser grosseiro com ela, e não iria dar em nada mesmo.
- Tá. - Retrucou indiferente, olhando as moças da outra margem do lago.
Aquele ar indiferente e a "olhada" fatal que Ron lançou para as garotas da margem oposta feriram Katie como um punhal. Como alguém podia ser tão insensível?
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- E então, Katie? Conversou com o Weasley? - Perguntou Elia, interessada.
- Humpf. Tanto faz. - Respondeu nervosa, puxando uma coxa de galinha assada e a mordendo de uma vez só.
- Nossa, alguém não está legal hoje... - Comentou Amy, notando o jeito voraz que Katie devorava a coxa.
- Me faz um favor? Cala a boca. - Retrucou, mal-humorada.
Elia não entendeu o comportamento estranho da amiga. Ela sempre lhe narrava mais coisas do que para Amy ou Charlie. Mas dessa vez, a amiga permaneceu calada. Apenas comeu em silêncio, olhando de vez em quando para a mesa da Grifinória.
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- Hey, Ron, me responda uma coisa. - Pediu Hermione, fitando a mesa da Corvinal.
- Fala, Mione. - Respondeu o ruivo, enfiando um grande pedaço de torta de abóbora na boca.
- Mastigue primeiro. - Respondeu com o ar reprovador, observando o amigo tentar comer e falar, cuspindo um pouquinho de abóbora assada em Harry, que se manteve calado. Ele não protestou. Apenas passou levemente uma mão pelo ombro, na tentativa de tirar as migalhas que Ron cuspira nele. O ruivo finalmente engolira, mas sentiu como se um hipogrifo inteiro tivesse passado por sua garganta. Ele massageara a mesma, tentando aliviar a dor de engolir um pedaço tão grande inteiro.
- Hum? - Perguntou.
- Por acaso, você fez algo com aquele grupo de meninas populares da Corvinal? - Perguntou Hermione.
- Ahn...Acho que conversei com aquela Buyrne hoje. - Respondeu, desinteressado.
- Ela e aquela Harrington não param de olhar pra cá. - Comentou a garota.
- Deixe-as olharem. Olhar não tira pedaço. - Retrucou, fitando a sopa de batatas com interesse.
- Por favor, Ron! Algum motivo deve ter para a Buyrne olhar pra cá! - Insistiu.
- Eu já lhe disse, Mione, não aconteceu nada. E se não se importa, eu vou dormir. Boa-noite, Harry, Mione. - Retrucou.
Ron saiu, deixando apenas Harry e Hermione sozinhos no Salão Principal.
- Bem, e então, vamos subir? - Pigarreou Harry.
- Tudo bem, então. - Falou Hermione, tímida.
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- Katie, você está bem? - Elia perguntou, preocupada, para a amiga. Elas já haviam subido para a Sala Comunal da Corvinal, que ficava no sétimo andar. Mas Katie subira primeiro para o dormitório. Então Elia subira atrás dela. Preocupadas, Amy e Charlie subiram apressadas, atrás delas. Mal Elia perguntara e a porta se abriu bruscamente, batendo na parede paralela. Uma Amy preocupada e uma Charlie observando com curiosidade as duas sentadas na cama de Katie adentraram o quarto.
- Está havendo algum problema, Elia? Katie? - Perguntou Amy.
- Não, era o que eu estava perguntando para a Katie e ela reluta em responder. - Informou Elia.
- Ah, vamos lá Katie, conte-nos o que aconteceu quando você foi ver o Weasley! - Pediu Amy, ansiosa.
- O Weasley foi grosso com ela, e ainda por cima olhou descaradamente para aquelas metidas da Grifinória, acho que eram a Parvie Patil, a Lavender Brown e a Jane Honglorn.
Tanto Katie como Amy e Elia olharam assustadas para Charlotte. Como ela sabia disso?
- C-como você sabe? - Perguntou Katie, algumas lágrimas finas caindo, relutantes.
- Simples. Estive por perto, conversando com Michael Clarkson, da Sonserina. Quando Michael foi embora, avistei Katie e o Weasley pobretão, então, eu estava perto e vi como ele tratou a Katie. - Respondeu, dando de ombros.
- Eca Charlie! O Clarkson é um trasgo! - Exclamou Amy.
- Não seja hipócrita, Amy, você também o acha lindo. Mas vocês sabem que minha paixão é o Harry... - Disse Charlie, sorrindo levemente.
- Okay, já entendemos, Charlie. - Explicou Amy, fazendo uma careta.
- Mas, voltando ao assunto, Katie, o que você conversou com o Weasley? - Perguntou Elia, curiosa.
- Bem, eu tentei manter um assunto, e, resumidamente, ele foi frio e distante comigo. Falei um pouco sobre mim, ele apenas me respondeu com alguns "ahans" indiferentes. Depois vi que ele estava interessado naquela Brown e caí fora. - Comentou, enterrando o rosto no travesseiro.
- Ah, pára! Você vai ficar assim por culpa do Weasley pobretão??? - Reclamou Charlotte.
- Acho que você se sente somente atraída pelo Potter, porque o viu beijar a Granger hoje e não fez nada. Se realmente gostasse dele, saberia como estou sentindo! - Bradou, sentindo um ódio grande da amiga.
Charlie parou imediatamente. Deu as costas para as amigas, entrou no dossel da cama, trocou-se e dormiu, sonhando com Harry casando com Hermione na frente dela. Ela o chamava, e ele ria dela. Sentiu-se caindo num enorme buraco negro.
Acordou suada. Levantou-se, passou direto pela cama das amigas, já vestidas, e foi tomar seu banho.
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Gina estava "matando" aula para preparar a poção. Estava suada, cansada, e fazia três horas que estava naquele banheiro. Perdera uma hora apenas para fazer a água que futuramente seria a poção ferver. Fazia duas horas que estava adicionando fios da cauda de um unicórnio, pó de chifre de bicórnio e outras substânicas à poção. De acordo com o livro que roubara nas masmorras de Snape, a poção estava correta. Sua coloração estava praticamente idêntica à que o livro indicava. Mas ela escuta um barulho de passos e começa a se desesperar. O que faria??
Fechara imediatamente a portinha que selava o box que ela estava. Quase queimou o suéter, espremendo-se contra a poção. Para seu terror, viu um par de sapatos pretos e lustrosos, que ela sabia extamente a quem pertencia. Era Draco Malfoy.
Malfoy estava conversando com um colega da Sonserina, que ela reconheceu ser Sean Harris. Draco estava com a manga da veste levantada, e mostrava algo no braço esquerdo para Sean. Gina não conseguiu distinguir o que eles diziam, mas, pela fisionomia de Sean, ele concordava com Draco. Foi então que Gina viu um crânio negro, com uma língua em forma de cobra, a mesma remexia no ar, como se o crânio gritasse.
Sua surpresa fora tão grande que ela não conteve uma exclamação de surpresa. Para seu terror, viu os sapatos de Draco chegando perto da cabine em que ela e sua poção, já esquecida, estavam. Draco ergueu a mão, e puxou a tranca. Quando viu quem estava na cabine, deu um sorriso irônico:
- Ora, Ora, Weasley, mais uma vez em lugares inadequados? Tsc, tsc...Cuidado, Weasley, as coisas podem piorar pra você... - Começou.
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N/A: Mais um curtíssimo capítulo. Mas espero que este esteja maior que os anteriores. Bem, uma atenção muito grande foi dada à R/K, mas não os citarei muito nos próximos capítulos, então, fiz algo, tipo uma despedida.
Comentem!
Agradecimentos:
Dora Cardoso: Que bom que está curtindo a fic! E o capítulo novo está aí...Rsrsr!
Nathalia Rosa Potter: Fico feliz que tenha amado a fic, Nathalia! Seu comentário sempre será bem-vindo, okay?
"Well, I hope that you like of this chapter! It's not so good, but, this text is the only thing that I can write now. Okay?
Have a good carnival!
Sincerely,
C. K. Jones"
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