Segredos...



CAPÍTULO 4 - SEGREDOS

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Gina vagava pelas masmorras por quase uma eternidade. As masmorras, embora ela as conhecesse, provaram ser um verdadeiro labirinto. As masmorras não eram nem um pouco convidativas. As frias paredes de pedra apresentavam algumas rachaduras, o teto era imperceptível. Parecia que nem havia teto, apenas um grande buraco negro ao lado inverso. A cada passo que dava, Gina sentia mais frio. Puxou a capa para mais perto do corpo, na tentativa inútil de se aquecer.

As masmorras eram realmente labirintos. As portas pretas eram iguais, tinham o mesmo tamanho e a mesma maçaneta prateada, com o formato da cabeça de uma cobra. Gina sentia arrepios, não pelo frio e a umidade, mas pelo medo de ser apanhada ali a esta hora da noite.

A sombra de um vulto alto e irregular perpassou a porta que Gina pretendia adentrar. Assustada, a garota se afastou, e deu de cara com ninguém menos que Draco Malfoy.

- Ora, ora, Weasley pobretona, o que faz aqui? - Perguntou ele, inquisidor.
- Não é da sua conta. Sai do meu caminho, Malfoy. - Ordenou ela.
- Não manda em mim Weasley. E além do mais, estou na masmorra da minha Sala Comunal. A intrusa aqui é você, se não percebeu.
Gina correu. Conseguiu alcançar a porta procurada. Adentrou em uma sala escura. Revistou os bolsos a procura da varinha, e quando finalmente a achou, acendeu-a, deixando um fino feixe de luz a frente, procurando ver algo.
Chegou perto de algo que parecia uma estante, pelo tamanho e porte. Puxou a varinha para a frente dos olhos, tentando ver, e realmente acertara. Era uma estante, e nela continham os mais variados livros, desde feitiçoas avançados até Poções proibidas. Uma encardenação dourada chamou sua atenção. Puxou o volume e notou algo representado na capa que parecia um frasco dourado-claro, uma fina fumaça rosa-claro levantava da ponta do mesmo. Era isso! Devia ser esse o livro que continha a poção que ela precisaria.

Guardou o livro embaixo do braço, certificando-se de que o mesmo estava invisível, também. Rezou para que não encontrasse Filch, ou qualquer professor, até mesmo Hermione. Se a amiga soubesse, confiscaria o livro e ela teria de bolar outra coisa para roubar o livro novamente. Se da primeira vez não fora nem um pouco fácil, imagina da segunda!

Chegou na Torre Grifinória. Disse a senha, quase num sibilo, e correu para dentro da Sala Comunal. Subiu as escadas para o dormitório feminino e abrira a porta com cautela. Não poderia se dar ao luxo de acordar qualquer colega de quarto. As fofoqueiras poderiam acabar com a estadia de Gina em Hogwarts, fazendo com que a caçula Weasley estivesse no trem de volta dentro de 24 horas. O quarto estava envolto pela penumbra, mas ela conseguiu achar a própria cama.

Deitou-se, fechou o cortinado. Apanhou o livro, murmurou um simples feitiço para a desilusão do livro, e o guardou na mochila. Não perderia essa chance por nada. O que Gina não sabia era que ela mesma não tinha essa chance.

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Charlie acordara extremamente bem. Teria "seu" Harry de volta, e a qualquer custo. Agora ela precisava colocar seu plano em ação. Demoraria exatamente um mês, mas ela não se importava. "Por ele, esperaria até um milênio." Pensou.

Charlie era descendente de Sonserinos, mas por algum motivo, foi a primeira da família a sair da Sonserina, com exceção de uma prima de segundo grau. Mas, por descender de bruxos puro-sangues completamente orgulhosos do que são, sua casa possuía uma variedade incrível de artefatos proibidos. Ganhava até da casa de Malfoy. No caso, os bruxos do Ministério nunca conseguiram encontrar a casa, protegida por Magia Negra antiga. Nenhum familiar, parente, prima, sabia que Charlie tinha sequer se envolvido alguma vez com um Grifinório, ainda mais se aquele Grifinório fosse Harry Potter, que tinha levado à queda o maior mestre que a família dela servia.

Mas, por incrível que fosse, Charlotte nunca mencionara nada sobre sua família. E as outras três amigas de casa não se importavam com isso. Sequer sabiam que ela tinha família de origem Sonserina. E ela agradecia por nunca terem perguntado isso à ela.

Para conseguir os ingredientes da Poção Polissuco, que desejava preparar, ela não precisaria assaltar o estoque de Snape. Era só se comunicar com a família, que sua irmã, Morgana, traria tudo escondido, na calada da noite, de vassoura.

Ela estava tão perdida em seus devaneios que nem notou que Katie se aproximava. O olhar da loura estava embaçado, e Charlie não sabia porque.

- Katie? Algum problema? - Perguntou Charlie, preocupada.
- Não... - Respondeu num suspiro.
- Por que então, estás com uma expressão tão perdida? Diria eu apaixonada?
- Quem sabe... - Respondeu vagamente.
- Por quem? - Perguntou a outra, divertindo-se.
- Por um rapaz da Grifinória... - Retrucou Katie mal-humorada.
- Não é o Harry, né? - Perguntou hesitante.
- Claro que não! Pode deixar seu "Harryzinho" quetinho, é o amigo dele que me interessa...
- O ruivo?
- Isso...
Charlotte explodiu em risadas. As gargalhadas da ruiva ecoavam por todo o castelo, numa histeria exagerada.
- Do que está rindo?! - Perguntou Katie corando.
- Ron Weasley? Aquele pobretão da Grifinória? - Perguntou Charlie, algumas lágrimas de riso escapando pelos olhos.
- Ele não é pobretão! É um rapaz muito divertido...e...e, muito gentil, devo acrescentar. - Respondeu Katie incerta.
- Gentil? Quando Ronald Bilius Weasley for gentil, eu serei a Rainha da Inglaterra, devo acrescentar, também. - Respondeu Charlie, o tom zombeteiro.
- Ora, não seria difícil descobrir se você faz parte da Família Real, você nunca nos contou nada sobre sua vida em Fulhan e sua família, de repente você poderia ser... - Comentou displiscentemente Katie.
Charlotte cessou as risadas instantaneamente. Assumira uma fisionomia séria, e disse secamente:
- Não misturo as coisas. Minha vida em Fulhan é uma coisa, minha vida em Hogwarts é totalmente diferente. Não tenho nada a dizer sobre minha família. São normais como todos.
- Será, Charlie? Se fossem tão normais assim, você poderia pelo menos citar os nomes deles, ora! Você sabe, basicamente, tudo que eu, Elia e Amy fazemos nas férias, mas de você, nós não sabemos nada! - Falou com uma nota de mágoa na voz.
- Então tá! - Bradou nervosa - Tenho um pai, chamado George William Whittier, uma mãe, Susan Kathleen Whittier, e cinco irmãos, Morgana, Catherine, Jamie, Jason e Lucy! Satisfeita, agora???? - Indagou irritada. Saiu andando a passos fortes. Nunca lhe questionara isso. Mas que raios de coisa Katie queria com isso?

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Ron, Harry e Hermione vinham em direção aos jardins. Hoje era sábado! Excelente, teriam uma tarde inteira para aproveitar a brisa, o céu azul, observar as expressões da natureza, estudar (no caso de Hermione, que continuava a insistir para revisar a matéria, afinal, este ano era ano de NIEM's.), ler, conversar...

- Hermione? Pode nos dar um minuto, Ron?? - Perguntou Harry, puxando a amiga em sua direção, suavemente, pela mão direita.
- Claro... - Respondeu. Ron estava muito mais interessado em observar as garotas à outra margem do lago. Amy Whitehouse, Katie Buyrne, Charlie Whittier e Elia Harrington estavam olhando interessadamente para ele, inclusive a segunda (Katie). Ron não perdia tempo: corria os dedos pelos cabelos, tentando arrepiá-los, numa imitação perfeita de James Potter, mas ruiva.

- Hey Weasley! - Elia o chamou.
- Diga o que quer, Harrington. - Retrucou secamente.
- Hey, calma, Weasley, é a minha amiga Katie que quer falar com você, não eu! - Ergueu os ombros, em sinal de displiscência.
- A-a Katie? - Gaguejou.
- Sim, ela, por quê? - Perguntou Elia com indiferença.
- Por nada. - Disse corando.

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N/A: E aí? Ficou bom? Escrevi este rapidamente, porque tenho de ir a escola. Bem, pra quem não sabe, Fulhan é uma pequena cidade, localizada à oeste na Inglaterra, e cidade natal de Daniel Greshan Radcliffe (Harry Potter).
Bem, é isso, espero que tenham curtido, e comentem!
E lembrando...Charlotte e Charlie são a mesma pessoa! Charlie é nickname (apelido) de Charlotte...Okay?
Bem, esse capítulo ficou beeem R/K, mas eu precisava de um tempo pros dois! No próximo cap. vai ter bastante H/Hr, pra compensar esse, e vamos conferir a conversa dele com Mione...
Enjoy it!
Best Wishes,
Charlotte Kathleen Jones

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