..:: CAP VII ::...



 


Hermione entrou no carro com o marido. Ela permaneceu tensa durante todo o trajeto até o restaurante. O aviso que Harry lhe dera e principalmente a forma preocupada com que ele lhe disse fizeram com que ela ficasse temerosa. Mione levou novamente a mão até a varinha para se certificar que ela estaria à mão caso fosse necessário. Mark notou a apreensão da esposa e tomou-lhe a mão para acalmá-la. Impaciente Hermione se soltou dele.


- Amor, por que você está tão nervosa?


- Eu não sei. - respondeu Hermione


- Não se preocupe. Meus seguranças são muito bem treinados. Eles já passaram por diversas situações de risco e nunca falharam.


- É diferente agora.


- Diferente como?


- Quem está atrás de mim. Eu me sentiria mais segura com o Harry.


- Potter, Potter. Sempre ele. Ele derrotou Voldemort, mais isso não significa que ele é o melhor. – disse Mark – Ele já falhou com você!


- Harry nunca falhou comigo! – respondeu Hermione de pronto


- Ele permitiu que você fosse atacada. – disse Mark indignado


- Ele não estava lá!


- Pare de falar do Potter! – pediu o Ministro – Sempre que falamos dele acabamos brigando!


Hermione parou de falar e olhou pela janela com insulfilme. Lá fora caía uma fina garoa.


- Amor. – chamou Mark. Hermione voltou-se para ele.


- Eu quero lhe dar um presente.


Mark abriu um estojo com um delicado colar de esmeraldas.


- Posso? – ele perguntou


Mione tocou o colar de diamantes que usava. Ela se lembrou do que Harry disse “eu prefiro os diamantes”.


- Acho que prefiro ficar com esse mesmo. Usarei o colar em uma ocasião especial.


Mark concordou e voltou o estojo ao cofre da limusine.


Eles chegaram ao restaurante. A chuva agora caía continuamente e o motorista deu a volta no carro para segurar o guarda-chuva. Mark saiu primeiro, depois Hermione. Assim que ela pôs o pé na calçada sentiu uma sensação estranha, como um arrepio pela espinha. Olhou em volta, mas não viu nada que representasse ameaça. Eles seguiram até a marquise do restaurante e ali esperaram para checar a reserva. Hermione tinha a nítida sensação de estar sendo observada. Ela olhou novamente para os dois lados da rua. Havia duas mulheres caminhando pela calçada, um homem lendo jornal sentado no ponto de ônibus, um idoso de pé também esperando pelo coletivo e uma mulher esperando o semáforo abrir. Mione olhou para dentro dos carros. Ninguém suspeito. Um casal passou por ela, o homem esbarrou em seu braço sem querer. Eles entraram no restaurante. Mark havia reservado uma sala de jantar particular que ficava a direita do salão coletivo. Eles se sentaram à elegante mesa. O Metrie e um garçom vieram oferecer vinho e anotar os pedidos.


Hermione fingia ler o cardápio para disfarçar o nervosismo.


- O que você vai querer, querida?


- O que você pedir está bom.


O garçom se retirou e Mark estava lendo a carta de vinhos. Hermione notou o quão constrangedor era jantar com dois seguranças parados atrás de cada um deles, dois seguranças na porta e mais um corredor que levava ao banheiro. Quando eles entram várias pessoas interromperam o jantar para observar quem necessitava de tanta proteção, mas como o restaurante era trouxa eles não foram reconhecidos. Mark e Hermione conversaram durante alguns minutos sobre coisas triviais até a entrada ser servida. Comeram em um agradável silêncio e logo chegou o próximo prato. Um dos garçons se aproximou para colocar mais vinho na taça de Hermione e quanto ele se moveu seu paletó subiu um pouco revelando um símbolo em seu antebraço. Hermione o reconheceu de pronto, era o símbolo dos comensais da morte. Seu corpo tremeu. Ela tentou parecer o mais natural possível pra não chamar a atenção do comensal. Mione se levantou e foi em direção ao banheiro. Assim que entrou encostou-se na pia para controlar os nervos. Ela precisaria estar calma para se proteger. Provavelmente aconteceria um ataque. E logo agora Harry não estava lá para protegê-la. Hermione lavou o rosto e retocou a maquiagem. Então procurou pela varinha. Tomou um choque! A varinha não estava mais lá! Desesperada ela procurou novamente. Nada! Então ela se lembrou do homem que esbarrou com ela na entrada. Ele se aproveitou para roubar sua varinha! Hermione sentia-se trêmula. Sem sua varinha não teria como se defender. Ela respirou fundo e decidiu voltar para a mesa antes que alguém viesse procurá-la. Não queria levantar suspeita.


Assim que saiu do banheiro ela ouviu tiros no salão. Abaixou-se instantaneamente assim como os outros a sua volta. Os tiros pareciam ser de metralhadora e estouravam os vidros do estabelecimento. Os seguranças de Mark ficaram alerta com suas varinhas em punho. Dois dos seguranças tentaram impedir a entrada dos homens no salão. Um segurança se aproximou de Mark e pediu que ele se abaixasse. Mark ignorou o pedido e fez um feitiço de proteção para evitar os tiros, o tempo que levou para executar o feitiço o fez distrair-se de Hermione. No meio do tumulto o comensal disfarçado de garçom veio na direção dela. Hermione percebendo a aproximação dele tentou fugir mais não havia para onde. O homem empunhava a varinha e apontava diretamente para ela. De repente, mais dois homens empunhando varinhas invadiram a sala rompendo o feitiço de proteção de Mark. A entrada dos homens fez com que o comensal se distraísse e Hermione aproveitou a oportunidade para tentar esgueirar-se até a porta. O homem avançou novamente sobre ela e lançou um feitiço paralisante que passou a um milímetro de atingi-la. Mark duelava com um dos homens. O segurança fora nocauteado e estava jogado no chão. Hermione então sentiu alguém agarrá-la por trás. Ela se debateu tentando se soltar e então ouviu a voz familiar a suas costas.


- Mione, sou eu. – disse Harry antes de azarar o Comensal.


Hermione não conseguia descrever o alívio que sentiu em estar nos braços de Harry. Ela o abraçou fortemente.


- Vamos! – disse Harry.


Harry abraçou-a pelos ombros e a guiou abaixada até a porta. Eles entraram no salão. Vários seguranças e aurores do ministério duelavam com comensais por todos os lados. Pessoas, provavelmente trouxas, estavam caídas vítimas de tiros ou feitiços. Harry olhou para a porta, mais alguns comensais entravam por lá. Um dos comensais avançou para eles, mas Harry o deteve com um feitiço. Olhando rapidamente para o ambiente Harry a guiou para a porta da cozinha.


- Deve haver uma saída por trás! – ele disse para Hermione enquanto acertava mais um homem.


Eles tentaram alcançar a porta, mas foram interrompidos por dois outros homens. Harry colocou Hermione atrás de si e azarou um deles, mas o feitiço desviou. O Comensal o atacou, mas ele desviou. Preocupado com Hermione ele lançou um feitiço fortíssimo que fez o salão iluminar-se por uma luz azul. Harry rapidamente segurou a mão de Hermione e eles seguiram pela porta da cozinha. Lá tiveram de enfrentar dois falsos cozinheiros que foram rapidamente abatidos. Eles correrem em meio a alimentos e utensílios que infestavam o chão e logo alcançaram a porta de saída. A porta dava em um beco escuro e com enormes caçambas de lixo. Ainda chovia. Sem pensar duas vezes Harry segurou a mão de Hermione e eles apartaram.


 


*****************


 


Eles chegaram à sala de um apartamento. Harry acendeu a luz.


- Onde estamos? – perguntou Hermione


- Na minha casa. - respondeu Harry


Harry virou-se para ela e finalmente eles puderam relaxar. Hermione notou o quanto o terno dele estava encharcado. Ele deveria estar do lado de fora do restaurante esperando na chuva.


- Harry! Tire esse paletó antes que você pegue um resfriado.


- Como você consegue pensar em resfriado? – disse Harry surpreso - Vem aqui. – ele pediu estendendo a mão para ela.


Hermione foi até ele. Harry a envolveu em um abraço apertado.


- Eu fiquei tão preocupado com você! – disse Harry ainda junto dela.


Hermione apenas permaneceu muda, com a cabeça apoiada no peito dele. Alguns instantes depois eles se separam. Harry tirou o paletó e colocou-o em cima da mesa com tampo de vidro. Sua camisa por baixo também estava encharcada. Hermione passou a mão pelos cabelos a essa altura o coque já desmanchara e varias mechas pendiam desajeitadas ao lado de seu rosto. Ela mirou-se no espelho sobre o aparador.


- Eu estou horrível – ela comentou.


Harry se colocou atrás dela e fitou a imagem no espelho.


- Você está linda Hermione. Você sempre foi linda.


Eles ficaram em silêncio olhando para seus reflexos no espelho. Hermione virou levemente a cabeça e encontrou os olhos de Harry. Eles olharam por uns instantes então Harry abaixou a cabeça e a beijou. Hermione sentiu o leve contato com os lábios dele e fechou os olhos. Harry segurou a cintura dela fazendo-a se virar de frente para ele. Ela levou a mão à nuca dele puxando-o para mais perto. O beijo passou de um simples caricia ao total arrebatamento em questão de segundos. Finalmente quando a necessidade de respirar se fez presente eles interromperam o beijo.


Eles se olharam de certa forma surpresos. Os olhos nublados pelo desejo. Então Harry virou de costas e caminhou para uma distância segura. Hermione sentia-se trêmula e apoiou-se no aparador. 


- Se você quiser, o banheiro fica no quarto. Acho que você deveria tomar um banho e tentar relaxar. – disse Harry


- Nós vamos ficar aqui? – perguntou Hermione


- Por hoje sim. É mais seguro.


- Então acho que eu vou tomar um banho. – Disse Hermione


- Tem toalha no armário do banheiro – disse Harry enquanto Hermione seguia pelo corredor até o quarto.


Hermione abriu a porta e se deparou com um quarto de tamanho razoável, com uma cama de casal no centro. A decoração era em preto e marfim. Ela fechou a porta e respirou fundo. Precisaria ficar um bom tempo sozinha para por seus pensamentos em ordem. Mione entrou no banheiro e encontrou tudo o que precisaria. Despiu-se e entrou no chuveiro deixando que a água massageasse seus músculos tensos.


Harry permaneceu na sala por mais um tempo então tirou a gravata e colocou-a junto com o paletó e levou ambos para a área de serviço. Ele abriu os botões da camisa e a tirou deixando-a junto com as outras roupas. Entrou na cozinha e começou a fazer café. Harry apoiou-se na pia e respirou fundo. Como ele pode beijá-la? Foi completamente errado e impulsivo! Mas ele tinha de admitir a si mesmo que desejava isso desde que a viu novamente. Ele passou a mão pelos cabelos desalinhados e suspirou.


Harry se virou para pegar o pó de café no armário quando viu Hermione parada à porta da cozinha. Ela trajava uma de suas camisetas que mal lhe chegava ao meio das cochas.


- Eu tomei a liberdade de pegar a camiseta emprestada, espero que não se importe – ela disse


- De jeito nenhum – respondeu Harry – Café?


- Obrigada.  – Hermione agradeceu assim que ele colocou a xícara de café em sua mão.


Ela apoiou-se na mesa da copa e olhou pra Harry que também pegou uma xícara e estava apoiado na pia na frente dela.


- Harry, como você sabia do ataque?


- Eu não sabia.


 - Então...como? Como...?  - perguntou ela confusa


- Mione, eu tenho quase certeza que alguém dentro a casa está passando informações para quem quer que esteja planejando esses ataques. Eu não te deixarei sozinha nem por um segundo! – ele disse


- Você sabe quem é?


- Não. Não faço a menor idéia.


Hermione sorriu.


- Obrigada.


- Pelo o que?


- Por salvar minha vida. De novo.


- É o meu trabalho.


- Mas mesmo assim. Você foi dispensado. Não precisava estar lá.


- Eu já disse. Não vou te deixar sozinha. Nunca. – Harry disse sério


Hermione sorriu e bebeu um gole do café.


- Isso seria constrangedor... – ela disse sorrindo


- O que?


Hermione o fitou com um olhar inocente e provocante.


- Use a imaginação. Você acabou de dizer que não me deixaria sozinha...


Harry sorriu.


- Eu estava falando sério! – disse Harry fingindo estar bravo.


- Eu também. – disse Hermione fingindo-se de desentendida.


Harry apoiou a caneca na pia e deu um passo para frente ficando a poucos centímetros de Hermione. Ele de inclinou levemente e perguntou perto de seu ouvido algo que ela não compreendeu.


Hermione sentia o hálito quente em contato com a pele. A proximidade de Harry a impedia de raciocinar direito.


- Hum?


Harry beijou-lhe levemente a curva do pescoço. Hermione inclinou a cabeça levemente. Ele voltou a beijá-la.  Harry, então, beijou-lhe na boca. Hermione correspondeu ardentemente ao beijo. Ele a abraçou unindo seus corpos em um beijo ardente, cheio de desejo e paixão.  Abruptamente Harry interrompeu o beijo e se afastou seguindo para a porta.


- Vou tomar banho – ele disse


Hermione, atônita, continuou encostada à mesa vendo-o se afastar. Assim que se recuperou Hermione lavou as xícaras e os aparatos para fazer o café e foi para a sala. Sentou-se em um canto do sofá e ligou a televisão. Usando o controle passou por diversos canais, mas não encontrou algo que realmente lhe interessasse. Parou em um filme antigo que já passara diversas vezes. Algum tempo depois Harry apareceu na sala. Ele sentou-se na outra extremidade do sofá e olhava a televisão com desinteresse. Ele olhou para ela, então voltou os olhos para o aparelho. Hermione já vira aquele filme várias vezes, mas desta vez não lhe parecia interessante. Ela olhou para Harry, ele também parecia entediado. Hermione se aproximou dele e apoiou a cabeça em seu ombro. Harry a abraçou.


- Harry?


- Sim?


- Hoje...lá...eles eram...


- Comensais.


- Será que isso tem alguma coisa a ver comigo? Quero dizer... Será que tudo isso era por minha causa? – perguntou Hermione


Harry não respondeu.


- Quem...Por que eu?


- Eu não sei. Mas vou descobrir. – respondeu Harry sério


- Você acha que tem algo a ver com o Mark?


- Acho que não, Mione.


 Eles ficaram em silêncio, Harry brincava distraidamente com uma mecha do cabelo dela. O filme acabou mas nenhum dos dois estava prestando atenção. Cada um estava perdido nos próprios pensamentos.


Harry olhava distraidamente para a parede e se lembrou de alguns anos atrás.


 


***************** Flash Back************************


 


Rony e Hermione haviam tomado a decisão de se separar duas semanas atrás. Hermione estava abatida desde a separação. Harry sempre passava pela casa dela depois da escola de aurores para animá-la. Naquela tarde, ele foi até lá, como sempre. Ele já tinha a chave e para não incomodá-la raramente tocava a campainha. Hermione estava de pijama no sofá.


- Mione, você não pode continuar assim!


 Ela o fitou e voltou a olhar para a TV.


- Mi, você...


- Cala a boca e vem aqui! – pediu Hermione


Harry se aproximou dela rindo.


- Não seja malcriada! Se você não pedir por favor eu não vou.


- Harry! – ela disse divertida


- Harry o que?


- Por favor, senhor Potter, venha até aqui.


 Harry se aproximou mais e sentou-se ao lado dela.


- Assim é bem melhor. – ele disse antes de beijá-la suavemente nos lábios.


- O que você está vendo? – perguntou Harry se acomodando no sofá.


- Nada. – respondeu Hermione deitando-se no colo dele.


Eles ficaram em silencio por um tempo. Então Harry a puxou delicadamente e a beijou. Eles perderam a noção do tempo que ficaram ali. Algum tempo depois Harry se levantou, Hermione protestou um pouco e segurou sua mão fazendo-o sentar-se novamente no sofá. Eles e beijaram novamente e Harry voltou a ficar de pé.


- Está com fome?


- Muita!


Harry foi até a cozinha e abriu a geladeira. Olhou desanimado para o eletro doméstico praticamente vazio. Hermione o seguiu até a cozinha. Assim que ela entrou Harry questionou-a:


- Há quanto tempo você não faz compras?


- Não sei. – ela respondeu sentando-se em uma das cadeiras.


- Acho que eu vou pedir alguma coisa. – disse Harry indo até o telefone.


Depois de alguns minutos ele voltou para perto dela.


- Vem cá. – ele pediu.


Hermione se levantou e abraçou Harry. Eles ficaram em silêncio por um tempo. Mione perguntou ainda abraçada à ele:


- Você acha isso errado?       


- Isso o que? – perguntou Harry


- Nós. Você acha errado?


- Não.


- Mas faz menos de duas semanas que eu e Rony decidimos nos separar, oficialmente eu e ele ainda somos casados e...


Harry segurou o rosto dela com as mãos.


- Me diz uma coisa. Você ainda o ama?


Hermione olhou seriamente para Harry e demorou um pouco para responder, mas disse por fim:


- Não. Eu não o amo mais.


- Então nós não estamos fazendo nada errado.


Uma lágrima solitária correu pelo rosto dela antes que ela o beijasse. Então a campainha soou.


 


************ Fim do Flash Back **************    


 


Hermione fitou Harry que parecia perdido em seus pensamentos.


- Harry?  - ela chamou


Harry olhou para ela, seis anos se passaram o lugar não era o mesmo, mas eles estavam praticamente na mesma situação de ano atrás, com uma diferença, agora Harry não era comprometido. Hermione estava novamente casada e de novo eles acabaram por ceder aos impulsos.


- Mione. Eu acho que...


-Shhh – ela colocou o dedo indicador sobre os lábios dele.


- Não diz nada. – ela disse antes de beijá-lo. Harry esqueceu-se por completo do quão errado era o que estavam fazendo. Novamente eles perderam a noção do tempo, era como se os seis anos que se passaram não significassem nada, eles continuavam se amando tão ou mais do que no passado. Harry interrompeu o beijo.


- Mione. Isso é loucura. Você já sabe como isso vai acabar...


- Não. Eu não me importo.


- Mas...


- Harry se você teve motivos para me abandonar seis anos atrás esses motivos ficaram no passado. Eu não quero saber e nada eu só quero ficar com você!


- Mas você precisa saber que...


- Não, Harry! Eu não quero saber. 


- Mas e seu marido?


- Eu e Mark... Nunca foi real. Ele acha que está casado com uma mulher que não existe. Ele me trata como uma pessoa que eu não sou!


Harry olhou para o relógio, já passava da uma da manhã e o dia seguinte seria cheio.


- Você não quer ir dormir? – ele perguntou


- Não estou com sono... Mas se você quiser pode ir.


- Eu vou dormir na sala. - disse Harry


- Ok.


Hermione se levantou e seguiu para o quarto dele. Abriu a porta e sentou-se na cama. Ela observou com mais calma os objetos sobre a cômoda. Uma foto lhe chamou atenção, ela pegou o porta-retrato com a foto dos Potter. Assim que ela levantou o objeto a foto que estava por trás caiu. Hermione sentiu os olhos marejaram ao ver uma foto que eles haviam tirado juntos há quase seis anos atrás. Ela cuidadosamente recolocou a foto por trás da outra e voltou-se para a cama. A cama estava arrumada há algum tempo e não tinha travesseiro. Ela voltou à sala. Harry estava virado para parede, mas não estava dormindo.


- Harry? - Ela chamou


Harry se virou para ela.


- Sim.


- Hã...você pode me dizer onde estão os travesseiros?


Harry ficou de pé e foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e tirou dois travesseiros e os ajeitou sobre a cama. Hermione deitou-se e se cobriu. Harry foi até a porta então se voltou para ela e perguntou:


- Posso apagar a luz?


- Não vai me desejar boa noite?


 Harry se aproximou novamente à cama e beijou-lhe demoradamente na face.


- Boa noite, Mione.  – ele se levantou e seguia novamente para a porta quando Hermione voltou a chamá-lo.


- Harry!


Ele se virou novamente.


- Lembra do que você me disse na cozinha? – perguntou Hermione


- O que?  -perguntou Harry confuso.


- Você disse que não me deixaria sozinha nem por um segundo. – disse Hermione sorrindo - E não está cumprindo sua promessa.


Harry sorriu.


- Acho que você não corre riscos por hoje.


- Mas você disse...


- Então o que a senhora propõe? – perguntou Harry sorrindo


- Eu acho essa cama tão grande. – ela disse


Harry deu um passo para frente.


- Acho que ainda não entendi aonde a senhora quer chegar. – disse Harry fingindo.


- Eu estou lhe pedindo para dormir comigo.


- Uma proposta tentadora, mas acho que prefiro o sofá. - ele disse brincando.


Hermione ficou de pé e caminhou lentamente até ele. Harry permaneceu imóvel. Hermione se aproximou e enlaçou o pescoço dele beijando levemente seus lábios.


- Tem certeza? – ela perguntou

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.