Confusão
Tiago estava muito preocupado quando a Madame Pomfrey permitiu sua entrada na enfermaria para visitar visitá-la.
-Ela está bem, Sr Potter!- anunciou tranqüilizando o rapaz, que se debruçou sobre a cama da irmã, dando-lhe um beijo na testa e afastando os cabelos que caiam sobre seus olhos- Ela está apenas dormndo.
-Que bom!!!-suspirou aliviado, puxando uma cadeira e sentando ao lado da cama- Eu não seise poderia suportar se acontecesse alguma coisa com minha irmã!!! Mas, o que foi que aconteceu exatamente com ela?
Madame Pomfrey ficou agitada por um momento e respondeu
-Foi uma brincadeira irresponsável e de muito mal gosto... Alguém deu para sua irmã uma poção da confusão. Como o senhor já deve saber, esse tipo de poção é preparada exclusivamente para uma única pessoa...
-Sim, eu sei, estudei isso em uma aula de poções...
-Das duas, uma ocorreu: Ou deram a poção propositalmente, ou deram a poção por engano. Ela acabou bebendo a poção destinada a outra pessoa.
-Mas, que deu essa poção para ela?
-Não faço idéia, Sr Potter!
-Aposto que foi aquele maldito Ranhoso!!!- concluiu Tiago cerrando os dentes com fúria, já imaginando o que faria para pegá-lo
-Ranhoso?- perguntou a enfermeira intrigada- Não faço ideia do que seja isso, mas creio que o Sr deva lembrar de agradecer seu colega de classe Severo Snape, pois ele a troxe imediatamente à enfermaria depois de ter prestado os primeiros socorros.
-O Snape?- Repetiu parecendo profundamente decepcionado: Nunca pensou que um dia agradeceria a ele por algo.
-Sm, mas isso ainda não é tudo...
-OK! O que importa é que ela está bem, não é?
-Não exatamente, Sr Potter!- corrigiu a enfermeira- Na realidade, alguns efeitos colaterais irão aparecer quando ela acordar...
-Efeitos colaterais? Que efeitos colaterais?
-Bem, também não sei lhe dizer...- respondeu Madame Pomfrey sem jeito, se aproximando da garota e tomando seu pulso- Os efeitos também variam de acordo com cada poção...
-E quanto tempo vão durar esses efeitos?
-Já expliquei que varia de poção para poção, assim como os efeitos, o tempo dos efeitos também pode variar...
Jenny se mexeu na cama e sussurrou algo difícil de entender. Tiago se aproximou, apurando os ouvidos, pois tinha a impressão de tê-la escutado sussurrar "Snape". Mas a garota ainda não dera sinal de quando iria acordar, e dormia tão profundamente...
(...)
Snape não conseguia dormir, pensando e tentando entender o que havia acontecido naquela tarde.
"-Será que ela está bem?" Se perguntou deitado em sua cama no dormitório
masculino da Sonserina, olhando fixamente para o teto
"Como será que ela está?"
Snape mudou de posição, virando-se na cama. Aquela garota Potter!!! Por que não conseguia deixar de pensar nela? Tentava dormir, mas não conseguia. Mudava de posição uma, duas, três vezes, levantava e andava pelo quarto, tornava a deitar mas sem sucesso nenhum em dormir.
Sentia mesmo uma vontade louca de vê-la, ter noticias suas, saber como ela estava...
De repente imaginou-se sem ela e sentiu uma dor aguda no peito...
Na aula passada, ele a ficou observando, enquanto misturava os ingredientes na caldeirão. Descobriu que ela tinha uma mania: De vez em quando, mordia o lábio inferior... Um gesto quase imperceptivel, mas ele acabou reparando. Lembrou também que ela gostava de colocar os cabelos para trás, ora prendendo, ora soltando...
Reparara tanto nela. Nos movimentos das mãos, nos olhos claros e expressivos, na maneira de cruzar e descruzar as pernas...
Raios!! Não conseguia deixar de pensar em seu sorriso... Gostava tanto de estar com ela, sentia-se feliz apenas com sua companhia. Isso não estrava certo! se iria usá-la para atingir o Potter, não poderia se apegar, não poderia gostar, não poderia se apaixon...
De repente a verdade invadiu seu corpo e penetrou em sua mente, o que o fez levantar em sobressalto: O fato de não conseguir deixar de pensar nela, de querer sua companhia, de sentir a sua falta era simplesmente po que... Por que,,, estava apaixonado pela Potter!!!
Como é que foi deixar isso acomtecer? Sempre a detestou, assim como sempre detestou o seu irmão... E ela com certeza não retribuiria esse sentimento...
Snape decidiu que iria tirar essa história a limpo. Saiu do sormitório com cuidado, para não acordar Lúcio, Rabastan Lestrange e Antonio Dolov, seus companheiros de quarto. Atravessou a passagem que dava acesso aos corredores. Com cautela, foi caminhando atentamente para não ser encontrado por nenhum monitor ou prifessor, afina era proibido perambular peos corredores da escola durante a noite.
Chegou a enfermaria e percebeu que as luzes ainda estavam acesas. Ou a Madame Pomfrey ainda estava trabalhando ou Jeniffer já estaria acordada. Entrou olhando para os lados para ver se alguém estava por lá, mas constatou que não havia ninguém . Nem mesmo Jeniffer. Se aproximou da cama vazia e bagunçada onde a garota deveria estar deitada.
Snape passou a mão nos lençóis brancos com as pontas dos dedos, pensando na pele da Potter.
-Severo...- chamou uma voz feminina vino de suas costas. Virou-se e viu Jenny parada de braços cruzados, sem parecer nem um pouco surpresa em vê-lo, como se já o esperasse.
-Potter... eu...- tentou se explicar, mas a garota agitou a mão com um gesto impaciente, pedindo silêncio e o obtendo.
-Eu sabia que você viria me visitar!- sussurrou com sensualidade, olhando fixamente para os olhos de Snape, que se assustou com essa atitude, mas assustou-se mais ainda quando a agrota se aproximou e o empurrou para a cama.
-P... Potter... o quê...
-Shhh...- a garota levou os dedos finos aos lábios do sonserino, fazendo com que silenciasse. Em seguida, deitou por cima do corpo do rapaz e encostou a cabeça em seu peito, ouvindo o coração dele palpitar com velocidade. Ele tremeu de nervosismo e tentou empurrá-la, mas ela resistiu.
-Está nervoso?
Snape não respondeu. Não sabia o que dizer, ou o que fazer naquele momento.
De repente, Jenny desatou a rir. Ria desembestadamente, sem controle. Olhava para o rapaz esperando que ele risse também, mas ele parecia não encontrar motivo nenhum para risadas e acabou de usar o feitiço abaffiato para não ter de acordar ninguém.
-Puxa, Severo, você devia ter visto sua cara!- comentava enxugando as lágrimas de riso que agora escorriam de seus olhos e sentando-se aprumada na cama- Parecia até que iria desmaiar...
Snape, tomado por uma mistura de raiva, alivio, embaraço, despontamento, não conseguiu responder, apenas a olhava intrigado e incrédulo, mas a garota parecia não se importar.
-Sabe, faz tempo que queria fazer isso com você, para quebrar o gelo entre a gente...- anunciou esperando que ele compartilhasse de sua aninação.
-Quebrar o gelo? Você é uma louca, isso sim!!!- retorquiu zangado
-Louca, não! Digamos que estou me sentindo bem mais leve e livre, entende?- replicou agora empurrando Snape para fora de sua cama, quase derrubando-o
-Agora, cai fora, que eu tô com sono!!!
-O quê?
-Você ficou surdo? cai fora que eu tô dormindo, Severo, seu danadinho: Isso é hora de visitar uma garota indefesa no quarto?
-O quê? Perdeu o juízo!!!
-Não perdí nada, mas vou acabar perdendo o sono com você aqui!!!
Snape sentiu-se ridicularmente aparvalhado: A garota, de certa forma, lhe colocou em uma situação costrangedora.
-Severo, não sei se eu já lhe disse isso, mas sabia que você não é tão chato o quanto eu imaginava!!!- comentou a garota deixando Snape encabulado e ainda mais nervoso.
-Você com certeza está louca, garota!!!- e deu as costas aturdido e, antes de atravessar a porta escutou:
-Boa noite!
(...)
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