Encontros Inesperados



No momento em que avistou Draco Malfoy, Harry teve a sensação de que tudo ficou vermelho à sua volta. A única coisa que lhe vinha à mente era pular sobre aquele loiro aguado e bater tanto, mas tanto, que certamente o outro iria passar o resto da vida no St. Mungus, o hospital bruxo.

Mas, como sempre, Hermione antecipou-se e segurou Harry pelo braço antes que ele avançasse no sonserino.

Ficaram ali, procurando se esquivar das vistas de Draco, que parecia muito assustado e abatido. O ar de desafio e deboche, que sempre existiram em seu semblante, tinha desaparecido. Nem de longe lembrava aquele garoto rico, mimado e arrogante, que tantos problemas havia causado a eles, em Hogwarts. O garoto se dirigiu ao restaurante, sem notar a presença dos quatro amigos.

- Me larga Hermione, eu quero ir até á dar uma “palavrinha” com aquele cretino. – disse Harry.

- Deixa de ser idiota, Harry! – retrucou a menina, rispidamente. – Primeiro, se você atacar o Draco ele vai te reconhecer e todos vão saber que estamos aqui. Segundo, temos que descobrir por que ele está aqui. Talvez esteja a serviço de Voldemort e seria interessante averiguar.

Apesar da raiva que estava sentindo, Harry tinha que concordar que Hermione estava certa. Contudo, a vontade de quebrar a cara do Malfoy era tamanha que nem isso servia de consolo. – Tem razão, Mione. – disse entredentes.

- Vamos agir de forma consciente e sem truculência. – continuou a menina – Além disso, nossa missão não é pegar Malfoy e sim achar Mundungo, não podemos desviar o nosso foco. De qualquer maneira, podemos seguir Malfoy e tentar descobrir o que ele está fazendo aqui. Acho que conversar com os funcionários do hotel pode ajudar, pois eles podem nos dar informações preciosas sobre Malfoy e, principalmente, sobre Mundungo.

- Mais uma vez, você tem razão, Mione! – retrucou Harry, emburrado. – Mas eu bem que queria acertar a cara deste maldito com minha vassoura de quadribol. Mas, e se ele não voltar mais? Não seria melhor ir atrás dele?

- Sinceramente Harry, ele não estava com cara de quem estava indo embora. De qualquer maneira.... – a menina parou para pensar, por um momento. - Esperem um minuto.... – Hermione encarou os três garotos com um sorrisinho maroto e dirigiu-se ao balcão da recepção.

Harry e os outros dois ficaram observando atentamente a garota, que fazia biquinho e cara de choro, parecendo um tanto quanto estúpida, enquanto conversava baixinho com o recepcionista que parecia penalizado com o que Hermione estava dizendo.

Depois de, aproximadamente, uns cinco minutos, a garota retornou ao lugar onde estavam sentados, com um olhar maroto.

- O que você andou aprontando Mione? – perguntou Rony, desconfiado.

- Nada. Só fui investigar um pouco sobre a permanência de Draco no hotel. Afinal, uma ex-namorada rejeitada que pretende reconquistar seu grande amor é sempre digna de pena e todos estão dispostos a ajudá-la. – Hermione continuou fazendo cara de choro, pois o recepcionista continuava encarando a menina com ar de pesar.

- E ele acreditou em você? – indagou Rony, mais uma vez. – E a gente, o que você disse a ele sobre nós?

- Ora, que vocês são meus irmãos e vieram me ajudar a reconquistar meu grande amor! – Mione deu um risinho.

- Seus irmãos? Mas..... Você não acha perigoso Mione? Quer dizer, nós estamos atraindo as atenções dele. O cara pode pensar que vamos arrumar confusão e avisar Draco sobre nossa presença. – perguntou Harry.

- Não se preocupe Harry. Eu disse a ele que Draco tinha me colocado em “apuros” e que queríamos ajeitar as coisas de forma a salvar a honra da família. – Hermione se segurava para não cair na gargalhada, assim como Rony e Harry.

- E focê, descobriu alguma coisa, Mione? – perguntou Victor, o único que não ria da situação.

- Bom, descobri que ele tem reserva até o próximo final de semana e que não veio se encontrar com nenhuma garota. Na verdade, quando eu ameacei começar a chorar pela possibilidade dele ter me trocado por outra, Charles me disse que o Sr. Malfoy está aqui a negócios. – Mione encarou os amigos, orgulhosa da informação conseguida.

- Que negócios serão esses? – perguntou Rony

- Bom, não entrei nesses detalhes. Mas amanhã vou perguntar novamente ao meu amigo Charles sobre os passos do Sr. Draco Malfoy. – retrucou a menina.

- Então é melhor irmos dormir para começarmos a nossa busca amanhã cedo. – Harry levantou-se e dirigiu-se para as escadas.

Os outros o seguiram. Ao chegarem à porta do quarto de Hermione, o búlgaro, sob olhares arregalados de Rony, puxou a menina pelo braço.

- Mioni, tenha cuidado! – disse Victor, encarando a menina e demonstrando preocupação na voz – Não saia sozinha do quarto e, se estiver com medo, é só gritar. Não esqueça de invocar o feitiço da impenetrabilidade para que ninguém possa entrar e nem aparatar em seu quarto.

- Pode me chamar se tiver qualquer problema e a qualquer hora também Mione. – disse Rony, elevando o tom de voz, e encarando Victor Krum desafiadoramente – Se escutar qualquer coisa suspeita, basta gritar, que chego em um segundo.

A menina suspirou profundamente antes de responder, desanimada. – Não se preocupem meninos, agradeço a ajuda, mas sei cuidar de mim. Boa noite. – entrou e trancou a porta.

Os três garotos também entraram em seu quarto, muito quietos e compenetrados. Assim que fecharam a porta, Harry encarou os outros dois e disse, de forma muito firme: - Olhem aqui vocês dois, parem de ficar disputando a atenção da Mione desta maneira! Não percebem que a estão estressando? Daqui a pouco ela vai surtar e não vai querer mais saber de nenhum dos dois. Até em um quarto, sozinha, ela quis ficar...

Rony e Victor encaravam Harry boquiabertos. Pareciam dois paspalhos.

- Olha, vamos fazer um trato: vocês param de se comportar como dois idiotas, deixam de ficar disputando a atenção dela, pelo menos enquanto estivermos nesse lugar, até que consigamos cumprir nossa missão aqui. O que acham? – perguntou Harry.

Victor encarou Harry , e disse: - Tudo bem Potter. Não fou mais incomodar Mioni. Mas que fique bem claro que jamais fou desistir dela. Depois que tudo isso terminar tenho a intenção de pedir para que ela seja minha namorada. – Krum voltou seu olhar para Rony enquanto dizia essa última frase.

Os dois se encaravam seriamente e Rony ficava cada vez mais vermelho. Harry ficou com medo de que uma briga fosse iniciada. Para sua surpresa, Rony respondeu, de forma muito tranqüila: - Eu também não vou mais incomodá-la Harry. Prometo!! Vou concentrar minhas energias em cumprir nossa missão. Até lá, acho melhor fazermos um tratado de paz, Krum. – e ofereceu sua mão para o outro.

Apesar de desconfiado com a aparente passividade de Rony, Krum correspondeu ao aperto de mão, dizendo: - Concordo, qualquer que seja nossa missão... – retrucou o búlgaro, encaminhando-se para o banheiro, enquanto Rony se enfiava debaixo das cobertas, com roupa e tudo.

Harry, que olhava de Krum para Rony e vice-versa achando que teria que separar uma briga, ficou perplexo, achando tudo muito surreal....

****


Ao acordar, no dia seguinte, Harry notou que Victor não estava mais no quarto. Rony, entretanto, dormia profundamente, ainda com as roupas que vestia no dia anterior.

O garoto levantou-se, trocou de roupa e desceu para o restaurante, a fim de tomar o café da manhã. Encontrou Hermione e Victor em uma mesa afastada, com o livro das horcruxes aberto sobre a mesa. O búlgaro falava baixinho, enquanto a menina anotava, ferozmente, o que o búlgaro lhe ditava.

Harry aproximou-se, mas os outros dois estavam tão compenetrados no que faziam que nem notaram sua chegada.

- Bom dia! – Harry disse, de supetão, assuntando-os.

- Bom dia Harry! Nem ouvi você chegar. – respondeu a menina, sorrindo.

- Pom Dia Potter. – disse Krum.

Harry sentou-se à mesa e disse: - Vocês não acham imprudente fazer isso aqui, às vistas de todo mundo? – e olhou ao redor, percebendo que o salão estava cheio de bruxos ricamente vestidos, mas notadamente arrogantes e pretensiosos. Ninguém, contudo, prestou atenção neles.

- A principio eu achava isso também. Mas, desde que nos sentamos aqui ninguém sequer nos dignou um olhar. Então, começamos a trabalhar. Acho que esses panacas são tão arrogantes que não querem saber de ninguém mais.

- Mioni tem razão Potter! Ninguém reparou em nossa presença até o momento. – disse Victor.

- E descobriram alguma coisa? – indagou o garoto.

- Ainda nada de relevante. – respondeu a garota. – Até agora o autor somente fez uma introdução sobre as artes das trevas. Mas usa termos tão rebuscados que o próprio Victor teve dificuldades em entender.

- É ferdade Potter! Esse maluco escreve de um jeito muito esquisito.... – Victor parecia emburrado.

- Mas não podemos desanimar. – disse Mione, animada – Com a ajuda de Victor acredito que podermos terminar de traduzir o livro em, no máximo, uma semana.

- Puxa, é bastante tempo né? – disse Rony, que chegava subitamente, assustando-os.

- Bom dia para você também Rony! – disse Mione, de forma divertida.

- Bom dia para todos. – respondeu Rony, muito educadamente.

- Bom dia Rony. – falou Harry.

- Pom dia Weasley. – retrucou Victor, de forma muito polida.

Harry percebeu que Hermione espantou-se com a amabilidade entre Rony e Victor, mas não disse nada e voltou sua atenção ao livro.

Harry e Rony sentarem-se à mesa, e começaram a tomar seu café da manhã, enquanto os outros dois continuavam seu trabalho de tradução.

- Er... Dormiu bem Mione? – perguntou Rony, de forma casual.

- Dormi sim. – respondeu Mione, levantando os olhos do livro, aparentemente surpresa com a pergunta – Obrigada por perguntar Rony.

- Como está a tradução? – questionou o ruivo, novamente.

- Vai indo, devagar demais para o meu gosto. – respondeu a menina – O Victor tem encontrado expressões muito curiosas e difi.... – Hermione parou de falar abruptamente, enquanto fixava os olhos na porta de entrada do restaurante.

- Veja Harry, Draco está aqui. – disse a menina, apontando para o sonserino.

O menino voltou seus olhos para o loiro que entrava no salão. Por um segundo, seus olhares se cruzaram e Harry teve medo de que Malfoy o tivesse reconhecido. Mas percebeu que seu receio era infundado pois o loiro parecia não estar prestando atenção nele, e em nada ao seu redor, diga-se de passagem, pois sua expressão era tão vazia que lembrava muito um condenado à morte, em seus últimos minutos de vida.

- O que será que ele tem? – perguntou Rony – Tá com uma cara esquisita!!!....

- Não tenho idéia Rony. Mas ele não parece estar muito feliz. – argumentou Mione, observando Draco atentamente.

- Ele está mesmo muito esquisito. Eu sempre imaginei que, ao se tornar um comensal da morte, Malfoy ficaria mais insuportavelmente arrogante do que já era. – conjecturou Harry, olhando para o sonserino pelo canto do olho – Mas ele não me parece nadinha feliz!!!! A arrogância e desprezo que existiam nos seus modos parecem que foram embora. Isso é muito estranho....

- Concordo com focê Potter. – foi a vez de Victor manifestar sua opinião – Esse aí sempre desprezou todos aqueles que não tem sangue-puro, é pretensioso, além de ser um dissimulado.

- Ele é tudo isso sim, vocês tem razão, além disso, disse e fez muitas coisas que nos prejudicaram enquanto estivemos em Hogwarts. Mas nada disso teria a menor importância para mim. Eu poderia ter ignorado tudo. Poderia tê-lo perdoado. Mas depois do que ele fez, quero dizer, depois de ter ajudado o maldito do Snape a assassinar o Professor Dumbledore... Jamais o perdoarei. Ele há de pagar, nem que eu tenha que fazer isso com minhas próprias mãos. – desabafou Harry, encarando Draco, que não tinha a menor consciência de que estava a alguns metros de Harry Potter, seu maior inimigo.

- Entendo o que está sentido Harry. Mas não esqueça do que Mione disse ontem. Precisamos saber o que ele está fazendo aqui, o que está tramando. Não adianta nada arrebentarmos a cara do Malfoy neste momento. Será mais divertido quando terminarmos de destruir as horc....ai!!!! – Rony parou de falar ao ser chutado por Harry – desculpe!!!! Mas será mais divertido quando tivermos derrotado Voldemort... Aí esse crápula não terá a quem recorrer e poderemos socá-lo à vontade....

- Vamos deixar os instintos sanguinários de lado, meninos. – falou Mione, enquanto fechava os livros – Temos que tentar encontrar Mundungo. Vamos fazer o seguinte: eu e Victor vamos seguir Draco, já que podemos resistir bravamente à tentação de matá-lo com as próprias mãos, enquanto você e Rony tentam encontrar Mundungo, Harry.

- Eu também posso conter minha fúria assassina contra ele Mione. – retrucou Rony – Mas acho que você tem razão, é melhor não arriscar.

- Concordo com o Rony. Também posso me controlar. De qualquer maneira, é um bom plano. Vamos colocá-lo em prática agora mesmo.

****

Assim que Draco Malfoy se levantou da mesa e encaminhou-se para fora do restaurante do hotel, Hermione e Victor partiram em seu encalço, deixando Harry e Rony com a difícil missão de encontrar Mundungo, tarefa essa que se assemelhava a encontrar uma agulha em um palheiro.

Não tinham a menor idéia por onde começar. O venerável Sr. Fletcher, por ser um escroque de marca maior, era hábil na arte de se esconder.

Os garotos não sabiam se Mundungo tinha conhecimento sobre o que havia no saco que havia roubado da mansão dos Black. Tinham quase certeza de que ele não sabia que carregava um pedaço da alma de Voldemort de forma tão displicente e, pior, iria negociá-la por um preço muito menor do que realmente valia!!!!

Enquanto se dirigiam ao saguão do hotel, os dois amigos discutiam sobre o que deveriam fazer para tentar encontrar Mundungo, mas não chegaram a nenhuma conclusão. Ficaram ali sentados, cada qual com seus próprios pensamentos, tentando encontrar uma saída.

- Harry, - disse Rony, levantando-se abruptamente – tive uma idéia. Venha comigo...

Harry assustou-se, e acabou levantando-se num pulo, correndo atrás de Rony que já partia em direção ao balcão da portaria.

- Olá... er... Charles, não é? – falou Rony, baixinho, ao recepcionista que tinha conversado com Hermione na noite anterior.

- Pois não, em que posso ajudá-lo, senhor? – perguntou sorrindo o rapaz claro, de cabelos dourados e aparência austera e bondosa, que não combinava nadinha com os bruxos que freqüentavam o hotel Merlin e menos ainda com aqueles que perambulavam pelas ruas daquele bairro asqueroso.

- Meu nome é Ron... er... Robert – corrigiu o ex-ruivo, a tempo – e você conversou com a minha irmã ontem. Ela estava atrás de Draco Malfoy, seu ex-namorado. – E esse aqui é Ha... Hamilton, meu irmão caçula. – Rony apontou para Harry, que fez cara de santo, sorrindo de forma inocente para o recepcionista.

- Minha irmã me contou como você foi gentil lhe dando informações sobre aquele crápula que a desonrou.... – prosseguiu Rony.

- Oh, sim, meu senhor! Muito triste o que aconteceu com a senhorita Anne! – Harry olhou para Rony, que parecia a ponto de cair na gargalhada – Lamento tanto. A pobrezinha está sofrendo muito, não é mesmo? Eu a vi sair daqui, atrás do Sr. Malfoy com, quero crer, seu irmão mais velho, um jovem de barba longa.

- É isso mesmo Charles. – Harry entrou na conversa – Nossa irmã cismou que o Malfoy tem outra e queria sair atrás dele imediatamente. Quer descobrir quem é a próxima tonta que ele está enganando. Nosso irmão mais velho foi com ela para evitar um escândalo. Sabe como são as garotas, não é mesmo?

- Entendo perfeitamente Senhor. – e parecia que entendia mesmo pois deu um sorrisinho bem malicioso para os dois amigos. – Mas, em que posso ajudá-los?

- Bem. – disse Rony baixinho, em tom conspiratório – Você viu o estado em que a nossa maninha se encontra. Gostaríamos de fazer alguma coisa e, como não podemos socar o Malfoy pois ela nunca nos perdoaria, queremos comprar-lhe um presente bem bonito, para tentar animá-la, sabe?

- Entendo perfeitamente senhor. – respondeu, mais uma vez, o solícito Charles – Mas não estou entendendo, senhor, como posso auxiliá-lo nessa questão.

- Olha Charles, nós sabemos que aqui em Dust Wizard podemos encontrar toda a sorte de artigos raros e exóticos, como poções proibidas, peças de colecionadores, jóias.... – continuou Rony, e Harry, que percebeu um vislumbre de entendimento na expressão do recepcionista, compreendeu a intenção do amigo com aquela lengalenga toda. – E gostaríamos de comprar um mimo para ela. Quem sabe isso ajuda a coitadinha a sair de sua depressão profunda....

- Mas senhor, eu não conheço nada sobre essas transações! – Charles retomou sua postura austera tentando se esquivar do assunto.

- Ora ora Charles... Não estou pedindo para que você me venda tais artigos... Só quero que você me indique alguém com quem eu possa conversar e negociar. – Rony piscou para o rapaz.

- Aliás – intrometeu-se Harry – eu ouvi dizer que tem um tal de Mundungo Fletcher que consegue objetos maravilhosos para a gente.

- Que engraçado o senhor falar nele! – retrucou o recepcionista, encarando Harry.

- Engraçado por quê Charles? – questionou Rony.

- Porque o Sr. Malfoy também me perguntou sobre esse cavalheiro!

Harry e Rony se entreolharam espantados. Então Draco também estava atrás de Mundungo!!!

- Ah é? Que coincidência não é mesmo? – disse casualmente Rony. – Mas, então quer dizer que é fácil encontrar Mundungo por aqui?

- Bem... Ele vinha com maior freqüência antigamente. Tinha sempre muita gente atrás dele pois ele.. er... comercializava peças de grande qualidade. Ultimamente não o temos visto muito por aqui. Acho que são os tempos difíceis que estamos vivendo...

- Você o viu ultimamente? – Harry perguntou ansioso.

- Não. De fato não o tenho visto com freqüência. Mas tenho a impressão de que ele está por aparecer pois, ao que me consta, o Sr. Malfoy veio especialmente para se encontrar com ele.

- Puxa! Que bom para a gente, não, Har... Hamilton! – Rony disse o suposto nome por entre os dentre já que Harry acabara de pisar em seu pé para evitar que o amigo o chamasse pelo nome verdadeiro.

- Bom, então só nos resta esperar por ele. Precisamos encontrar uma coisa bem bonita para nossa irmãzinha querida!!!!! – disse Harry – Muito obrigado Charles. – e arrastou o amigo, que mancava por causa do pisão em seu pé, de volta para os sofás da recepção.

***

- Não estou gostando nada disso Harry. – disse Rony, ao se sentarem.

- Nem eu. Por que será que Malfoy está atrás de Mundungo, Rony? – questionou Harry ao amigo.

- Será que ele sabe que Mundungo tem você-sabe-o-quê?

- Não sei. Mas acho que sim, né? Que outro motivo teria o Malfoy para procurar Mundungo? Por Merlin!!!! – exaltou-se Harry – Na verdade, quem está atrás de Mundungo é o próprio Voldemort, Rony. Ele deve saber que Mundungo está com o medalhão de Salazar Slytherin...

- Será? – perguntou Rony, desconfiado.

- Tenho quase certeza Rony. Malfoy trabalha para Voldemort. Deve estar aqui por ordens dele, para tentar recuperar o medalhão. Estou até com pena de Mundungo! – complementou Harry.

- É mesmo. Não vai sobrar nenhum pedacinho dele para contar a história. Malfoy vai trucidá-lo após pegar o medalhão. – Rony disse, com cara de assustado.

- Temos que encontrá-lo antes do Malfoy!! E precisamos avisar Hermione e Krum para que não desgrudem um minuto dele. Se for preciso usar a força para impedir esse encontro, que seja. – Harry desabafou.

- Que tal se sairmos atrás de Mione e Krum? Acho que poderíamos ajudá-los a vigiar os passos daquele animal. – sugeriu Rony.

- Não sei não Rony... – conjeturou Harry – Acho melhor darmos umas voltas por aí e tentar achar o próprio Mundungo.

- Tudo bem. É melhor mesmo sairmos daqui por algumas horas. Já estou ficando entediado com toda essa riqueza. – Rony olhou ao redor e fez cara de muxoxo.

- Então vamos. – disse Harry e os dois amigos encaminharam-se para a porta de saída do hotel.

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