Adivinha Quem Vem Para Almoçar
Harry subitamente se viu em seu quarto, na hospedaria do Caldeirão Furado, sendo observado por uma Hermione absolutamente perplexa, que olhava dele para Rony e vice-versa, dizendo de forma incoerente: - Vocês? Quando? Como? Por que?
- Consegui! Aparatei. – Rony dava pulos de alegria. – Veja se minha sobrancelha está inteira! – e correu na direção à amiga que, ainda boquiaberta, passou a examinar o rosto do ex-ruivo.
- Esta tudo no devido lugar Rony. – e, dando um profundo suspiro, iniciou mais um de seus sermões. – Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo? O que fizeram é ilegal e vocês sabem disso. Isso é uma irresponsabilidade que pode compromete-los no futuro, quando tentarem obter a licença para aparatação.
- Não começa Hermione. – contra-argumentou Rony. - Para te dizer a verdade, nem sei se vamos ter futuro. Tivemos que aparatar ou Olho-Tonto nunca nos deixaria sair da casa. Foi por pouco que ele não nos azarou. Ainda bem que Harry foi mais rápido e o estupefez, antes que ele tivesse tempo de atingi-lo.
- Como assim? Quer dizer que você etupefez o professor? Ah Harry, não devia ter feito isso. Estamos nos tornando delinqüentes juvenis. Daqui a pouco nossas fotos estarão no Profeta Diário com a palavra “Procurados” por baixo. – disse a menina, aflita.
- Também não é para tanto né Mione. – retrucou Rony. – Você mesma já atacou um professor. Aposto que isso você faz questão de não lembrar! E de qualquer maneira, estamos sendo procurados mesmo, então não faz nenhuma diferença!
Hermione voltou-se para Rony, encarando-o furiosamente: - E posso saber onde o senhor estava que não impediu que Harry fizesse uma bobagem dessas?
- Eu só estava sendo quase sufocado pelo Olho-Tonto Moody, Mione. Só por esse pequeno detalhe é que não pude ajudar o Harry. Sem falar nos gêmeos, que estavam imobilizados e permaneceram assim, pois não conseguimos solta-los antes de aparatar de volta! – Rony respondeu, irônico.
- Olho-Tonto vai ficar bem Mione. Não se preocupe. De qualquer forma, apesar dos tropeços, consegui falar com Monstro e ele me deu umas informações bem interessantes. – acrescentou Harry.
- Puxa, tinha até me esquecido do motivo de vocês irem até a sede da Ordem. Então vamos Harry, conte tudo o que conseguiu arrancar do Monstro. – disse a menina, ansiosa.
- Mal posso esperar. – e começou a falar.
***
- Uau. – disse Rony, assim que Harry terminou de narrar sua conversa com Monstro. – Isso é meio irônico não? Quer dizer, Gina esteve com um pedaço da alma de Voldemort nas mãos e nem se deu conta disso? E agora, por conta da mania de limpeza da mamãe, o tal camafeu está desaparecido e pior, com o Mundungo.
- Pois é. Isso é uma droga não? Definitivamente a sorte não está a nosso favor. Todo o tempo a horcrux de Voldemort estava próxima e não sabíamos. Agora ela foi levada por um vigarista da pior categoria que deve estar tentando vendê-la por alguns míseros galeões, sem ter a menor idéia de que tem nas mãos um dos objetos mais importantes de todos os tempos! – Harry parecia muito chateado.
- Tem uma coisa que eu não entendo Harry. – disse Hermione, que estive muito pensativa. – Por que Regulus resolveu se juntar à Voldemort se não tinha vontade, nem coragem para isso? Me parece pouco natural que ele tivesse aceitado uma coisa que decididamente não queria só para agradar a mãe.
- Eu me fiz essa mesma pergunta Mione. – afirmou Harry. – Até agora não consegui entender. Pensei que talvez você pudesse me ajudar.
- Infelizmente não poderei ajuda-lo nesse assunto, Harry. Somente Regulus poderia nos dizer os motivos que o levaram a unir-se à Voldemort. Também me intriga o fato de Regulus ser tão ligado a Sirius e, de repente, dar-lhe as costas. Sei lá, se ele não compactuava com as idéias da Sra. Black, e parece que não, é no mínimo estranho que tenha se voltado contra o irmão, que pensava da mesma forma que ele.
- Você tem razão Mione, acho que nunca saberemos o que realmente aconteceu. O único que sabe das razões disso tudo é Voldemort e eu duvido que ele sacie nossa curiosidade.
Rony, que até então somente acompanhava a conversa, sem participar dela, suspirou profundamente, fazendo Harry e Hermione encara-lo. – O que foi Rony. – perguntou Mione.
- Eu acho admirável vocês tentarem fazer um mapeamento da cabeça do Regulus e dos motivos que o levaram a se juntar a Voldemort, mas temos problemas mais práticos para nos preocupar. – disse, desanimado. – Vocês não acham que deveríamos sair em busca de Mundungo e tentar recuperar o medalhão?
- Mas como faremos isso Rony? – questionou Harry. – Você por acaso tem alguma idéia de onde podemos encontrá-lo?
- Estive pensando. Acho que teremos, mais uma vez, que recorrer aos gêmeos. Não sei se vocês se lembram, mas Fred e Jorge andaram metidos com Mundungo, na mesma época em que ele estava conosco na sede da Ordem, no início de nosso quinto ano em Hogwarts. Acredito que eles são os únicos que podem nos dar uma pista de onde ele se esconde. – argumentou Rony, de forma firme.
- Tem razão. – Hermione balançava a cabeça de forma afirmativa. - Devemos recorrer aos gêmeos novamente. – Hermione o encarava, orgulhosamente. – Puxa Rony, estou orgulhosa de você.
Rony avermelhou e estufou o peito. – Alguém tem que pensar de forma prática por aqui né? – disse o garoto, altivamente.
- Deixa de ser convencido né. – Harry falou, divertido. – Só por que teve uma boa idéia não quer dizer que agora você é nosso articulador oficial de planos.
- Mas vocês não disseram que os gêmeos estavam imobilizados? – perguntou Mione.
- Sim. Mas eles não ficarão assim por muito tempo, né Mione. É óbvio que o feitiço será desfeito. Somente teremos que contatá-los novamente. O problema é que, provavelmente, eles estarão sendo vigiados e, se chegarmos a um quilômetro de distância deles, vão nos apanhar e trancar numa masmorra para sempre. – continuou Rony.
- É verdade Rony. – disse Hermione. – E Olho-Tonto já conhece o disfarce de vocês. Acho que eu poderia tentar encontrar os gêmeos e procurar saber onde achamos o Mundungo.
- Mas não é muito perigoso, deixar Mione ir sozinha Harry? – disse Rony, aflito.
- Por favor Rony. – retrucou Mione. – Eu sei me cuidar, né? E acho que consigo ir sozinha até a loja dos gêmeos e perguntar a eles onde podemos encontrar Mundungo.
- Mas e se pegaram você? Vão tomar todas as precauções para que você não tenha como escapar e ainda vão te usar de isca para nos apanhar. – disse Rony.
- Estou um pouco diferente com meus novos cabelos ruivos e lisos. Coloco umas roupas diferentes e uns óculos, e garanto que ninguém vai me reconhecer. Não acha Harry?
- Sim. Acho que essa missão deve ficar com Hermione, Rony. – falou decididamente o garoto. – E depois, a Mione só tem que ir até a loja, comprar algumas bugigangas e se esgueirar para o escritório e conversar com Fred e Jorge. Não é tão perigoso e arriscado.
- Como não? – retrucou Rony, nervoso. – E se alguém a reconhecer, principalmente os Comensais da Morte. Vão capturá-la e tortura-la e podem até mata-la! Definitivamente não podemos permitir Harry!
Rindo, Harry respondeu: - Não exagera Rony. Não vai acontecer nada disso. Não aconteceu nada conosco até agora. Também não acredito que irá acontecer com Mione. E depois, ela só vai até as Gemialidades Weasley para conversar com os Gêmeos. É um lugar público, ninguém vai ter coragem de atacá-la na frente do Beco Diagonal inteiro. E se a Ordem realmente estiver seguindo os gêmeos, qualquer ataque de Voldemort será facilmente repelido, pois o nosso lado estará nas proximidades. De qualquer forma, ela poderá usar minha capa de invisibilidade. Isso com certeza a protegerá.
- Não estou exagerando Harry. Só estou tentando proteger a Mione. Não quero que nada de mal aconteça a ela. – disse o ruivo, com voz baixa e olhando de esguelha para a amiga.
Hermione aproximou-se de Rony e, para espanto deste, tascou-lhe um beijo estalado na bochecha. – Obrigada pela preocupação Rony. Fico até comovida. Mas não vai me acontecer nada não. Amanhã vou até a loja conversar com Fred e Jorge.
***
Harry acordou tarde no dia seguinte. As emoções, e confusões, do dia anterior tinham derrubado o garoto de tal maneira que este não conseguiu levantar da cama antes da uma hora da tarde.
Sentou-se na beirada de sua cama e reparou que Rony roncava a plenos pulmões, mas não havia o menor sinal de Hermione. – Ela deve ter ido realizar a missão de conversar com Fred e Jorge. Tomara que dê tudo certo. – pensou o garoto. – De qualquer maneira, Mione é esperta, vai descobrir tudo o que for necessário e até um pouco a mais, se puder.
O menino levantou-se e olhou pela janela. O dia estava nebuloso e a chuva ameaçava começar a qualquer momento. Descobriu que estava morrendo de fome. Decidiu, então, que iria tomar um banho e acordaria Rony para que pudesse descer e almoçar, já que, provavelmente, o café da manhã já havia sido recolhido há muito tempo.
Desfrutou do banho por meia hora. Sentia que precisava relaxar, afinal, os últimos dias tinham sido muito tensos e emocionantes. No bom e no mal sentido: tinha descoberto muitas coisas novas a respeito dos pais e até dos avós. Também tinha feito Rony confessar que estava apaixonado por Hermione e quase conseguira arrancar isso dela também. Tinham descoberto quem era R.A.B. e, o mais importante, sabia alguma coisa sobre uma das horcruxes. Todavia, também descobrira que Severo Snape freqüentava sua casa, até compartilhava da mesa de seu pai, e que o desgraçado era apaixonado por sua mãe, que o acolheu e o tratou com carinho, o que, para o garoto, fazia com que a traição cometida pelo ex-professor de poções, ao contar sobre a profecia a Voldemort, fosse pior do que o assassinato do Professor Dumbledore, cometido por Snape; também soubera que a horcruxe, que estivera tão próxima a eles, agora estava nas mãos de um vigarista bruxo.
Todos esses pensamentos passavam pela cabeça do garoto, quando escutou batidas à porta do quarto. Como estava de toalhas, gritou para que Rony atendesse. Não sabia ao certo se o amigo escutara seus berros, já que dormia profundamente no momento em que Harry fechou a porta do banheiro.
Preocupado pelo fato de estarem batendo à porta – ninguém sabia que estavam ali, além de Hermione, e esta tinha a chave - e pelo fato de não escutar qualquer tipo de barulho, o menino vestiu suas roupas rapidamente para verificar o que estava acontecendo.
Qual não foi sua surpresa ao observar que Rony, de pijamas e com a cara inchada de tanto dormir, estava estático, com a mão sobre a maçaneta da porta aberta, encarando perplexo, e deprimido, o visitante, que se encontrava no corredor, com a mesma cara mal-humorada com a qual Harry o havia conhecido, e com um ramalhete de flores em uma das mãos. Era ninguém menos que Victor Krum.
***
- Pom Dia Harry Potter. Como fai focê? – disse o búlgaro, numa tentativa, vã, de parecer simpático e ignorando Rony completamente.
- Er... Bom dia Victor. Eu vou bem, e você? – respondeu Harry, observando o comportamento de Rony, que permanecia imóvel encarando as flores que Victor trazia nas mãos.
- A Hermione não está? Recebi a carta dela e fim imediatamente. – e mostrou a folha de papel, de devia ser a carta que a amiga enviou ao apanhador da seleção búlgara, no dia anterior.
- Aprendeu a falar o nome dela direito é? Mas ela mandou a carta ontem, tarde da noite. Não daria tempo para você receber a carta, arrumar as coisas e aparecer aqui, ainda de manhã, tão cedo. – intrometeu-se Rony, na conversa.
- Na verdade Rony. São duas horas da tarde. – disse Harry.
- Mesmo assim, ainda é cedo para ele aparecer por aqui tão rapidamente. E cadê a Mione?
- É? Cadê ela? – perguntou Victor, olhando com uma cara de poucos amigos para Rony.
- Não sei Victor. Acredito que ela tenha saído para resolver um assunto que estava pendente. – respondeu Harry, olhando significantemente para Rony.
- E focê sabe se ela fai demorrar? – perguntou o brutamontes búlgaro.
- Acho que não. Er... Você quer nos esperar lá embaixo para almoçarmos? – falou Harry, que percebeu que Rony virou-se para encara-lo, muito contrariado.
- Certo. Vou descer e tentar encontrar um quarrto parra mim. Espero focês lá embaixo então. – Victor encarou Rony uma última vez e virou as costas aos dois amigos.
Assim que fechou a porta Rony falou, ironicamente: - O meu dia não poderia começar melhor! Primeiro sou acordado por um trator praticamente botando a porta abaixo, depois percebo que o trator em questão é o insuportável do Victor Krum, com um ramalhetes de flores para Mione, e agora vou ser obrigado a almoçar olhando para a cara dele? Obrigado Harry por contribuir para que eu tivesse o melhor começo de dia da minha vida!
- Puxa Rony, me desculpe, só estava tentando ser simpático com ele. Afinal de contas, ele está aqui para nos ajudar.
- Não. Ele está aqui por causa da Mione. Se ela não tivesse escrito a ele, este cretino não teria vindo. – Rony disse, com a voz baixa.
- Mas você sabe que ela só escreveu a ele pois é o único que pode nos ajudar com a tradução do livro, não sabe? Foi somente por esse motivo. – Harry tentou animar o amigo.
- Claro que eu sei Harry. Mas é que ele está aqui, perto dela, novamente. Você sabe como me sinto em relação à ela. Eu já te disse, não?
- É claro que eu sei e já te disse o que acho que você tem que fazer. Mas você se recusa, então não venha reclamar depois. De qualquer maneira, acho que você tem que dar um pouco de crédito a Mione, Rony. Ela já cansou de dizer que é somente amiga dele.
- Eu não confio é nesse brutamontes. Eu sei que Mione não é mentirosa.
- Então, assunto encerrado. Vamos descer e almoçar com nosso amigo búlgaro. Estou morrendo de fome, e você?
- Pra te falar a verdade, perdi completamente o apetite. – respondeu laconicamente Ronald Weasley.
***
Assim que desceram para o restaurante do Caldeirão Furado, avistaram Victor Krum sentado em uma das mesas, rodeado de freqüentadores do local, que esperavam conseguir um autografo do astro.
Rony, que já estava enraivecido, fechou ainda mais a cara, e começou a olhar o cardápio, como forma de evitar a paparicação explícita para cima de Krum. De repente, o apanhador da seleção búlgara levantou-se da mesa e andou em direção à mesa dos rapazes, ignorando completamente os fãs, que o encaravam indignados, pela descortesia.
- Onde está Hermione? – perguntou Krum novamente.
- Ela já deve estar chegando Krum. Ela saiu para fazer uma pesquisa. – respondeu Harry, um tanto quanto assustado com a expressão furiosa no rosto do bruxo.
- Sozinha? – seu olhar ia de Harry a Rony, que o encarava de volta e estava a ponto de explodir.
- Sim. Sozinha.
- Com Focê-Sabe-Quem atrás de você? – Krum encarou Harry – Pensei que focê se importava com ela Potter.
- É claro que nos importamos com ela. – respondeu raivosamente Rony, levantando-se subitamente da cadeira. – Mais do que você pensa.
- Pois não me parrece. Acho muito bonito focês dois dormindo uma hora dessas enquanto ela está por aí, sozinha, correndo perigo. Me digam onde ela está. Fou atrás dela. – Krum também se levantou e passou a encarar Rony. Como os dois eram praticamente da mesma altura, Harry sentia-se um anão junto deles.
- E por que você acha que pode proteger melhor Hermione do que a gente, hein? – esbravejou Rony, pronto para a agressão física.
- É meio óbvio não acha? Por que eu gosto dela. E muito. Diferente de vocês dois, que somente estão preocupados com focês mesmos. – gritou Krum, de volta.
Nesse momento, escutaram a porta abrindo e perceberam que Hermione observava, parada, e pálida, a cena constrangedora.
- Mione. – gritaram juntos Krum e Rony. Só que, enquanto Krum corria ao seu encontro, abraçando-a, Rony tentava ajeitar um vinco imaginário em sua calça, mais carrancudo que nunca.
- Olá Victor. Que bom que você chegou. – disse a menina, retribuindo o abraço, mas lançando olhares furtivos a Rony, que parecia não querer presenciar a cena, pois permanecia com a cabeça baixa, agora ajeitando o cinto.
- Está tudo bem com focê? – perguntou Krum, finalmente soltando a garota e observando-a atentamente, para averiguar se não faltava nenhum pedaço.
- Estou ótima. Tudo certo. – respondeu.
- Focê pintou seus cabelos de vermelho! Ficou linda. Mais, quero dizer. – Krum corou levemente,
- Obrigada Victor. Humm, bom dia para vocês meninos. – Mione dirigiu-se a Harry e Rony.
- Bom dia Mione. – respondeu Harry.
- Dia. – Rony também respondeu.
- Tudo certo? Conseguiu alguma coisa? – Harry quis saber.
- Consegui. Mas depois conversamos. – a menina puxou Victor pelo braço, em direção à mesa. – Vocês já almoçaram? Estou faminta.
- Ainda não. Íamos começar agorra. Que pom que focê chegou. Podemos almoçar juntos. – Krum olhava para Mione com os olhos brilhando.
- Claro. Será ótimo!
Harry notou que a amiga tentava parecer descontraída, mas, no fundo, estava muito constrangida. Rony permanecia quieto, evitando olhar para Krum.
- Você veio rápido Victor. Escrevi a carta ontem à noite e você já está aqui! – falou a garota.
- Assim que recebi sua carrta, fim correndo. Você disse que precisafa de minha ajuda. O que tenho que fazer?
- Lembra daquele livro que pegamos na biblioteca de Durmstrang?
- Aquele com a capa prreta, que falafa sobre as tais horcruxes? – perguntou Victor, com a voz normal, o que fez com que os três amigos se arrepiassem.
- Sim. Mas fale baixo Victor, é um assunto muito delicado e não queremos que ninguém fique sabendo. – disse, baixinho, a menina. Rony deu um risinho irônico, o que fez com que Victor o olhasse, carancudo.
- Me desculpe Hermioni. Mas o que tenho que fazer para ajuda-la?
- Preciso que você me ajude a traduzi-lo. Tentei com os dicionários normais, mas não consegui. Pensei que talvez você pudesse me ajudar, já que é búlgaro e conhece o idioma.
- Clarro. Sem prroblemas. Fico feliz em poder ajuda-la. Querro dizer, ajudar fôces. – Victor virou-se para os outros dois, como se somente neste instante tivesse lembrado que os outros existiam.
- Obrigado Krum. – respondeu Harry. – Precisamos muito saber o que diz aquele livro.
- Eu gostarria muito de saber o que focês pretendem. – o búlgaro encarou os três amigos, desconfiado. – Mas sei que fôces não fão me contar. Hermioni já me disse que não podem. Tudo bem. Fou procurar ajuda-los da maneira que puder pois sei que o que quer foces estejam fazendo, é para o bem de toda a comunidade bruxa, já que tenho certeza que tudo tem a fer com a destruição de Fosse-Sabe-Quem. Contem comigo.
- Obrigado pela compreensão Krum, e pela ajuda. Tenha certeza que você está contribuindo muito para todo o mundo mágico. – completou Harry.
***
Depois do almoço, durante o qual Rony mal tocou no prato de comida e permaneceu calado, enquanto Harry. Victor e Mione conversavam animadamente, os três amigos subiram para o quarto, a fim de falar sobre a “missão” executada pela menina.
- E então Mione? Conseguiu alguma informação sobre Mundungo? – perguntou Harry.
- Bom, conversei com Jorge e Fred. Aliás, eles me pediram para parabenizar Roniquinho pela bem sucedida fuga de ontem à noite. Eles estão orgulhosos de você e disseram que agora sim você pode ser considerado um Weasley de verdade! – a menina falou, divertida.
Rony, que até então estava amuado e deprimido, deu um sorriso contido e pareceu descontrair-se. – Pelo menos eu tenho a aprovação de alguém.
- E tinha que ser fazendo alguma coisa ilegal. – riu Harry. – Só assim mesmo para Fred e Jorge manifestarem aprovação.
- Pois eu não estou achando a menor graça nisso. Vocês não deveriam ter aparatado sem permissão, nem estupefeito Olho-Tonto. Podem se complicar no futuro. – retrucou Mione.
- Bom. Não estamos aqui para discutir nossas ações ilegais. Conte-nos o que conseguiu Mione. – disse Harry.
- Certo. Eles ficaram um pouco relutantes em me passar informações, pois tenho certeza que andaram efetuando transações ilícitas juntamente com Mundungo. Mas eu disse que não estava atrás das falcatruas deles e sim que precisava muito encontrar um objeto que, presumivelmente, estaria com Mundungo pois este tinha roubado da residência dos Black. – prosseguiu a menina.
- Mas eles te disseram onde podemos encontrá-lo? – Rony perguntou.
- Eles me disseram que é muito provável que Mundungo esteja escondido em Dust Wizard´s. – respondeu a menina, sem manifestar qualquer reconhecimento.
- Dust Wizard? – gritou Rony, apavorado.
Harry não entendeu a aflição de Rony, afinal, nunca tinha ouvido falar deste lugar. – Qual o problema Rony?
- Isso está ficando cada vez mais complicado. Só vou lhe dizer o seguinte: se você acha que a Travessa do Tranco é barra pesada é por que não conhece Dust Wizard´s. É sinistro. – disse o garoto.
- Por que Rony? È um lugar tão ruim assim? – questionou Mione.
- Ruim? Não, para ficar ruim precisa melhorar muito! – respondeu o ex-ruivo.
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