(Re)Encontros Inesperados
Nota da ficwritter: Como prometido finalmente acção DG! Este foi um dos capítulos que até agora me deu mais gozo fazer, espero que sintam o mesmo ao lê-lo!E POR FAVOR deixem uym comentário é rápido, não custa nada e faz uma ficwritter muito feliz !Bjinhux, Nocas R. Lupin
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Capítulo IV
(Re)Encontros Inesperados
- Todos a bordo? – Perguntou jovialmente Mr. Weasley.
- Não…Ainda falta o Fred…- respondeu Molly Weasley com um suspiro reprovador. Colocou a cabeça para fora da janela. – FRED! Já estamos atrasados, se não te despachas, vais a pé!
O velho Ford Anglia dos Weasley, aumentado com um passe de mágica, ia bem recheado, com George, Ginny, Ron, Hermione, Harry e Sirius, que queria acompanhar o afilhado até à Plantaforma 93/4, no banco de trás. Todos conversavam animadamente excepto Ginny, que tentava visualizar o quarto mentalmente, pois tinha a irritante sensação de que se tinha esquecido de alguma coisa…
- Já sei! – exclamou então a ruiva, ao aperceber-se do que se tinha esquecido. – Desculpem, mas esqueci-me de uma coisa lá em cima…
- Oh Ginny… - Suspirou a mãe, ao olhar para o relógio do carro. Já faltavam só 10 minutos para a hora de partida do Expresso de Hogwarts e além disso, Ginny estava mesmo no centro do banco, entalada entre os outros. – E é mesmo importante?
- Sim, mãe, muito importante…Mas eu despacho-me, prometo!
Depois de obrigar George e Hermione a sair para a deixarem passar, a rapariga correu para casa, quase chocando à porta com Fred.
- Mas o que é que deu à Ginny? – Perguntou o rapaz, entrando no carro e sentando-se ao lado do irmão gémeo.
- Esqueceu-se de uma coisa qualquer… – Explicou Sirius. Depois, pôs a mão paternalmente sobre o ombro do sobrinho. – E tu Harry, tens a certeza de que levas tudo?
- Yá, acho que sim! – Exclamou o rapaz, sorrindo. Estava radiante com a perspectiva de voltar a Hogwarts e ainda mais pela companhia do padrinho. – O Lupin também não era para se vir despedir de nós?
- Ah…É que ele tinha umas…coisas para fazer hoje… - respondeu Sirius, sorrindo misteriosamente. – Mas não te preocupes, não há-de demorar muito até o veres novamente…
- Ah sim? Porquê? – Perguntou o afilhado, curioso.
Mas o padrinho não respondeu, porque entretanto, a porta do carro abriu-se violentamente e Ginny entrou, afogueada.
- Já…podemos….humf, ir… - só então reparou, com um sorriso de satisfação, que se tinha acomodado ao lado de Harry.
- Têm a certeza de que não se esqueceram de mais nada? – Perguntou Mrs. Weasley, num tom que não incitava ninguém a dizer que sim, enquanto Mr. Weasley punha finalmente o carro em andamento. Ginny levou a mão ao pescoço e sentiu por debaixo da roupa o volume arredondado do pingente em forma de meia-lua lua, congratulando-se interiormente por se ter lembrado a tempo que o tinha deixado na gaveta do tocador. Ao olhar para o lado, sentiu um arrepio morno ao sentir o volume do braço de Harry juntinho ao seu. Estavam tão próximos! Por um segundo teve o arrebatador desejo de deitar a cabeça no ombro do seu príncipe, mas conseguiu reprimir a tempo aquela atrevida vontade.
- Ah… - suspirou então Mrs. Weasley, cortando abruptamente o silêncio. – Mais um ano que começa…
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- E já sabes Draco, faças o que fizeres, lembra-te sempre que não és um qualquer - és um Malfoy… - disse Lucuis Malfoy, com os agressivos olhos azuis muito claros pousados nos do filho. Ele e Narcissa, que estava no momento um pouco afastada, a conversar com uma amiga, tinham vindo acompanhá-lo até ao Expresso de Hogwarts. Draco, fixous os olhos do pai e acenou com a cabeça:
- Não se preocupe pai. Eu não me esqueço.
- Assim espero. Ah, e já sabes… – Lucius baixou um pouco a voz e aproximou-se mais do filho. – Embora eu esteja sempre de olho, vai-me comunicando como vão as coisas em Hogwarts, sobre o Dumbledore e, é claro… sobre o Harry Potter!
- Eu… - Draco baixou o olhar, “como se eu fosse não o teu filho mas apenas um reles informador!”. – Eu vou fazer o que puder, pai.
- Isso mesmo! – Sorriu maliciosamente o pai, passando-lhe a mão sobre os cabelos. – És um verdadeiro Malfoy!
- Bem, se calhar o melhor é ir andando…O expresso está quase a partir… - Draco, já enojado com a conversa, despediu-se do pai.
Aproximou-se então da mãe para se despedir dela também.
- Mãe, eu vou já andando…
- Ah, espera Draco! Dás-me um bocadinho, por favor, Isabella? – Narcissa afastou-se com o filho e entregou-lhe sorrateiramente um estojo de veludo cinzento. – Esqueceste-te disto no bolso das calças que usaste ontem, Draco! Por favor, toma bem conta dele, não o percas!
- Está bem, mãe. - Draco guardou o estojo rapidamente no primeiro bolso da mala que viu. A mãe olhou-o emocionada e abraçou-o com força. – Tem cuidado contigo, meu querido! Sabes como as coisas andam complicadas e pouco seguras…Vai dando notícias, por favor!
- Não se preocupe, mãe. Eu sei tomar conta de mim. E vou-a pondo ao corrente de tudo, prometo! – Draco sorriu, confiante e limpou uma lágrima que começava a descer pela bela face de Narcissa.
- Obrigada, filho. Agora é melhor ires. Espero que tenhas uma boa viagem! Adoro-te meu querido!
- Eu também mãe. – sussurou Draco, sentindo-se ainda muito pequenino e frágil.
E Narcissa ficou a ver o filho entrar para o comboio, com o coração pesado e uma lágrima no canto do olho.
Enquanto isso, um bando de vozes agitadas e alegres tinha feito Lucius olhar para trás. Este sorriu então com desprezo e malícia, como um felino que vê a presa a aproximar-se. – Olha quem lá vem…O Arthur Weasley e a filharada…
O rumor da conversa e os sorrisos desapareceram então da face dos Weasleys quando depararam com o Malfoy.
- Bons dias, Arthur! – começou Lucius, com um sorriso viperino. – Vejo que vieste acompanhar a tua…numerosa prole ao comboio…E olhando para eles, também vejo que ainda não foste promovido…
- Bom dia, Malfoy… - rosnou Arthur, fulminando-o com o olhar. – E eu vejo que continuas com o teu…sarcástico humor em alta…E deves ter razões para isso…
Mr. Weasley, com os olhos a fervilharem de ódio, aproximou-se mais do homem louro, que o fitava com um brilho venenoso no olhar. Houve então um breve momento de eterno e electrizante silêncio, a expressão do ódio e das cruciais diferenças entre as duas famílias. O cão negro que acompanhava os Weasleys rosnava baixinho, furioso.
- Deves ter boas razões para isso… - repetiu Arthur Weasley, num sussurro enfurecido. – Pelos vistos o teu Lorde está mais vivo do que nunca!
- Arthur, chega! - rugiu Mrs. Weasley, puxando o marido para trás. – Vamos meninos, já estamos atrasados! Boa-tarde, Sr. Malfoy.
Os Weasley continuaram então o seu caminho, embora Arthur estivesse continuamente a virar-se para trás, fitando Lucius, e todos caminhassem em silêncio, numa expressão da unânime aversão em relação aos Malfoy.
- Aquele Malfoy devia era ir para… - começou Fred.
- FRED! – exclamou Mrs. Weasley, com um tom de “nem-te-atrevas-a-dizer-o-resto”.
- Para Azkaban, mãe, para Azkaban! – concluiu George, piscando o olho ao gémeo. – Era isso que o Fred ia dizer!
Uma gargalhada geral quebrou então o clima tenso que aquele encontro provocara. Mas outro momento difícil se aproximava…
- Bem, cá estamos… - Mr. Weasley sorriu. – Chegou o momento as despedidas…
Enquanto os Weasley se abraçavam, Harry baixou-se e fez algumas festas na cabeça do cão negro.
– Sirius, vou sentir muito a tua falta… - quase só movia os lábios com medo que alguém olhasse e desconfiasse pelo facto de ele estas a falar com um cão. – Eu vou escrevendo a contar tudo, ok? E tem cuidado contigo, ouviste? Não te metas em apuros só para ver se estou bem…
- Vamos então? – perguntou Hermione.
- Sim! – Harry fez uma última festa a Sirius e riu ao ver que este lhe piscava discretamente o olho.
Os quatro irmãos Weasley, Hermione e Harry entraram então no comboio, acenando ainda aos familiares.
- Vamos lá para o fundo, se calhar…
- Sim é melhor…Estamos mais à vontade…
Atravessavam o corredor do expresso quando de repente Harry viu algo que fez o seu coração palpitar com mais força – Cho, que entrava para uma carruagem. Um sorriso, que não passou despercebido a Ginny, iluminou a face do rapaz.
- É a Cho! CHO!
A rapariga voltou-se e sorriu também ao ver Harry.
- Harry! Olá! Que boa surpresa! – Cho largou as malas no compartimento e correu a abraçar os amigos. – Morri de saudades vossas!
Ginny só desejava que um buraco se abrisse no chão para que ela pudesse desaparecer dali e fugir à visão daquele quadro insuportável: o sorriso parvo de Harry e Cho ao olharem-se, Cho a abraçar o seu Harry, Harry a babar-se ao ouvir Cho dizer que tinha “morrido de saudades”…Sentiu a face começar a fervilhar e as lágrimas a bulirem nos seus olhos, mas manteve a pose e cumprimentou Cho com toda a naturalidade que conseguiu. Piscava os olhos repetidamente e apertava as mãos com força para impedir o pranto enquanto os outros conversavam com a sua rival. Não conseguia entender…O que é que aquela palerma tinha mais do que ela? Durante o Verão, enquanto tinha tido o Harry só para si, tinha acreditado nos seus sonhos, tinha a certeza de que era correspondida, que ia ficar com Harry mais tarde ou mais cedo…Ele tinha sido tão simpático, tão querido para ela…
- Anda Ginny! – Hermione, compreensiva, pegou-lhe na mão, incitando-a a entrar com eles na cabine. Mas Ginny soltou a mão da amiga:
- Não Hermione… - Ginny olhava para o chão. O que ela menos queria era assistir durante toda a viagem aos sorrisinhos estúpidos de Harry e Cho. Mas também sabia que ao recusar-se a entrar no compartimento estava a assumir-se como covarde.
- Anda lá, Ginny! – insistiu Hermione. – Não ligues…Já sabes que eles são só…
- Amigos? Ah sim, nota-se! – ironizou a ruiva com os olhos brilhantes. - Mas não te preocupes, eu estou bem, eu é que fui ingénua e estúpida em acreditar que… - uma lágrima conseguira por fim quebrar a barreira imposta por Ginny.
- Oh Ginny… - Hermione abraçou-a. Estava numa situação complicada. Adorava Ginny mas era também a melhor amiga de Harry, tinha que respeitar os sentimentos de ambos. – Não queres mesmo ficar connosco?
- Não, obrigada pela preocupação, Hermione. Vou ver se encontro a Amy, a Liz e os outros…Até já…
E Ginny pegou nas malas e percorreu o corredor do comboio quase sem ver para onde ia, de tão desvairada que estava. “Começo bem o dia, aconteceu-me o pior que podia acontecer!”. Só queria encontrar um sítio para estar sozinha e descarregar as lágrimas que sentia não poder prender por muito mais tempo.
Abriu então um compartimento e tentou ver se estava livre. Mas, nesse exacto momento, o expresso começou a trabalhar e, com o solavanco da ignição, ela, que não estava à espera, foi projectada para dentro da cabine. Por sorte, sentiu-se aterrar a salvo nos braços de alguém – de um rapaz. Durante alguns momentos, Ginny, ainda meio abananada da queda, deixou-se estar nos braços do seu “salvador”; estranhamente, sentiu-se confortável, calma quente e segura, com a face encostada ao seu peito.
- Hmmm…Obrigada! – Ginny, algo embaraçada, levantou finalmente o olhar para ver a quem tinha caído nos braços. Os olhos arregalaram-se-lhe de espanto e ela corou ainda mais “Não, não pode ser!”. – Ma…Malfoy!
“Oh não! Podia ter caído nos braços de qualquer rapaz de Hogwarts…menos nos do Draco Malfoy!”.
- Bem, Weasley, mas que entrada…inesperada! Eu diria mesmo, bruta, grosseira! – Troçou o louro, ainda abraçado à rapariga. – Realmente, uma entrada mesmo à Weasley!
Agora a cara de Ginny quase não se conseguia distinguir dos cabelos, “Ginny, para a próxima não fales antes do tempo! Afinal, isto é que é o pior que te podia acontecer! Aterrar nos braços do Malfoy, que horror!”.
- Malfoy, eu…eu… - Balbuciou Ginny, apercebendo-se de que ainda estava nos braços do rapaz que mais detestava em Hogwarts. Malfoy também deve ter notado o mesmo, porque a largou de seguida. Ginny, envergonhada e desejosa de sair dali, começou a explicar-se rapidamente. – Malfoy, desculpa ter invadido a tua cabine mas é que…eu estava à procura de umas amigas minhas e entretanto…o comboio começou a andar e…
- Weasley, não é preciso disfarçares - eu percebo perfeitamente que sempre tenhas desejado estar nos meus braços! - Troçou Draco. – Mas podias tê-lo feito duma forma mais…sei lámais soft, mais delicada!
- Olha Malfoy, apanhas-me em péssimo dia, não estou mesmo com paciência para te aturar, por isso, olha, tchau! – Ginny pegou nas malas que também tinham resvalado para dentro do compartimento e virou costas. Mas ao sair parou e voltou-se para trás. – Bem, tu não mereces, mas só por educação agradeço-te Malfoy…por me teres apanhado...
- Obrigada não, Weasley, ficas-me a dever esta! – Draco olhava-a maliciosamente. – Ah, e se eu tivesse reparado que eras tu a entrar-me pela cabine adentro, a esta hora estavas com uma linda nódoa no nariz, condizente com o teu cabelo!
- Malfoy, faz uma obra de caridade ao Mundo atirando-te da janela do comboio, ‘tá? Fui!
E Ginny fechou a porta do compartimento com força. O rapaz ficou alguns instantes a olhar para a mesma, atordoado pelas mudanças que se tinham operado na rapariga. Além da firmeza, maturidade e frieza de carácter com que soubera responder-lhe e deixá-lo quase sem palavras, estava muito mais bonita e cuidada: estava mais alta e deixara de ser uma “tábua de passar a ferro”, os cabelos ruivos, que antes sempre usara pela altura do ombro caíam-lhe agora pelas costas e os olhos castanhos tinham um brilho diferente…Se não fosse uma Weasley até a poderia considerar atraente. Mas ela era uma Weasley. E ele adorava implicar com ela, vê-la corar de fúria, sempre em defesa do seu “querido Potter”!
- Posso?
Draco, que estava imerso nos seus pensamentos, viu entrar no compartimento uma rapariga loura, de feições angulosas e olhos de um azul e frio.
- Artemisa? Sim, entra!
A rapariga sorriu e puxou uma mala para dentro da cabine. Era uma Slytherin do 7.º ano, cujos pais eram muito amigos dos Malfoy.
- Importas-te que te faça companhia?
- Claro que não, instala-te à tua vontade! – Draco, acordando finalmente do transe em que o encontro com a ruiva o deixara, ajudou-a a arrumar a mala e sentou-se ao seu lado. A rapariga começou a falar com ele mas ele não prestou muita atenção, aquele encontro inesperado com a Weasley não lhe saía da cabeça.
- …Não achas? – perguntou subitamente Artemisa.
- O quê? Ah, sim, sim, tens razão…
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Entretanto, Ginny tinha-se encostado a uma parede do corredor, para se “recompor” daquele encontro inesperado com o Malfoy. “Raios, porque é que estas coisas só me acontecem a mim! Ah, como eu odeio aquele Malfoy!”.Sentia a cara a ferver, tal como o colar que trazia, mas ela, furiosa como estava, deveu tudo à irritação e à vergonha. Estava a tentar arranjar alguma formacruel para se vingar de Draco quando ouviu o seu nome vindo de um compartimento próximo:
- Ginny, estamos aqui!
A ruiva aproximou-se e viu que era Amy, uma das suas melhores amigas, que a chamava.
- Amy! Que boa surpresa! – E correu para a cabine, abraçando depois a amiga com força. – Ah, Amy, que saudades!
- Olá cenourinha! – disse uma voz atrás de Amy. Ginny sorriu ao aperceber-se de quem era.
- Liz, também cá estás? Que bom! – e abraçou-a também. – Que coincidência feliz, estava mesmo à vossa procura!
- Pois, e eu vi uma cabeleirinha avermelhada no corredor e vi logo que só podias ser tu! – Riu Amy. – Mas…então e o Harry e os outros? Pensávamos que estavas com eles…
- Pois, pelo conteúdo das cartas que mandaste parecia que ia tudo de vento em popa! – Liz piscou-lhe o olho cumplicemente.
- Pois…dizes bem, ia tudo de vento em popa…Até que ele cruzou o olhar com aquela Chang… - contou Ginny, num tom desapontado.
- O quê? Conta lá isso…
A ruiva sentou-se no meio das amiga, olhou para ambas - Amy era uma Gryffindor do seu ano, de cabelos louros-escuros ondulados e olhos castanhos-escuros. Era a mais divertida e “doida” do grupo; a prima dela, Liz, era por seu lado uma Ravenclaw do 7.º ano, de cabelos escuros e lisos e uns olhos amendoados e pestanudos de umverde acastanhado mas muito translúcido, queembora fosse mais velha do que as amigas, gostava muito de estar com elas: era muito divertida mas mais calma do que a prima. Do grupo fazia ainda parte Kathlyn,uma colega de Liz nos Ravenclaw.Ginny começou então a contar o que se tinha passado momentos atrás.
- Mas tu devias ter ficado com eles, palerma! – exclamou Amy quando a outra acabou de contar.
- E para quê? Para ver os olharzinhos e os sorrisinhos estúpidosque os dois iam trocando pelo caminho? Desculpa, Amy, mas eu ainda não virei masoquista! – suspirou Ginny.
- Ok, mas ao menos marcavas território! – Explicou a amiga, com um ar experiente. Asoutras desataram a rir. – E mostravas a tua força de carácter, que eras superior a tudo aquilo, ora! Assim a fugires do Harry como é que o vais conquistar?
- Oh, mas eu não fujo dele…Só não suporto aquela Chang! Ela é uma oferecida, sempre a atirar-se a ele e ele…ele parece que até gosta!
- É por isso que não te deves deixar abater! Tens que lutar por quilo que queres, que neste caso é o Harry! – Amy abraçou-a.
- É, Ginny. Só tu podes batalhar pelo teu sonho, por isso acredita em ti! – Acrescentou Liz. Não gostava muito de se pronunciar quanto a esta questão, porque tanto era amiga de Ginny como de Cho.
- Eu sei meninas, obrigada pelo apoio! Sim, eu vou lutar pelo Harry! – Prometeu Ginny. – Bem, mas com tudo isto, quase que me esqueci da outra cena horrorosa que me aconteceu hoje…
- Outra cena horrorosa? Conta!
- Bem, nem vão acreditar, enquanto andava à procura de vocês, quando já achava que nada de pior me ia acontecer, abri a porta de uma cabine e nesse momento o comboio começou a andar...Como não estavaà espera, fui projectada para dentro do compartimento e…caí nos braços de um rapaz!
- Uau, que romântico! – Exclamou Liz. – E quem era? Alguém “comestível”?
- Não vaõ acreditar! Nada mais, nada menos do que nos braços de Draco Malfoy! – revelou Ginny.
- Não! Que mau!
- A sério?
- Infelizmente sim, a sério, e não foi mau, foi péssimo! Imaginem, eu preparada par agradecer ao simpático rapaz e dou de caras com aquele anormal!
- E ele, como é que reagiu? – Perguntou Liz.
- Reagiu da única forma que sabe – troçando, humilhando-me! Bem, acreditem, eu estava quase a rebentar de vergonha e de fúria! Não sabia se tinha mais vontade de fugir dali ou de apertar o pescoço ao Malfoy! – Vociferou Ginny. Com o olhar injectado de raiva.
- E então o que é que decidiste? – Perguntou Amy.
- Hum? Decidi sobre o quê?– balbuciou Ginny, não compreendendo o que a amiga perguntava.
- O que é que havia de ser? Fugiste a sete pés ou estrangulaste o Malfoy?
- Ahaha! Por muito que me apetecesse estrangular aquele palerma, decidi sair dali o mais rápido possível, porque era um bocado aborrecido e macabro encontrarem um aluno estrangulado no comboio, além de que não tenho muita vontade de passar as próximas férias em Azkaban!
E houve uma explosão de gargalhadas no compartimento.
- Estou a ver que já estás mais animada, ainda bem! – Liz passou o braço à volta dos ombros da amiga.
- Sim, mas é graças a vocês…Ao vosso lado é impossível estar triste! – Sorriu Ginny. –Mas agora é a vossa vez de me contaram as novidades de férias! Há algum passarinho novo na janela?
- Na minha não, até parece que espalhei repelente no parapeito! – comentou Liz, fazendo as amigas rir.
- Ah, tu é que não lhes deves querer abrir as vidraças! – retorquiu Amy. – Devias ter visto a forma como o Dave olhou para ela quando entrámos no comboio!
- Oh… - balbuciou Liz, corando ligeiramente. – Imaginação tua. Além disso, somos só amigos.
David Ryan era um Ravenclaw do 7.º ano, tal como Liz e sempre nutrira por ela um carinho especial, que ela tentava ignorar.
- Sim, só amigos, sei...Mas ele até é bem giro! Tu é que és bem exigente! – notou Amy.
- Talvez tenhas razão, eu não sonho com um rapaz, sonho com um verdadeiro deus! Alguém lindo, doce, culto, romântico,… - Enumerou Liz com um ar sonhador.
-Hello, terra chama Liz! Minha amiga, acho que modelos desses já não se encontram em stock por aqui! – gracejou Ginny.
- Quem sabe? Já conheci alguém que parecia encaixar-se nesse perfil…
- Quem? – perguntou logo Amy. Mas não chegou a satisfazer a sua curiosidades, porque nesse instante a porta do compartimentou abriu-se, atraindo a atenção das três amigas.
- Colin? Entra, que saudades!
As raparigas levantaram-se logo para cumprimentar o amigo. Colin Mcrevay já não era o rapazinho chato e inconveniente que seguia todos os passos do seu ídolo – Harry Potter. Embora continuasse a idolatrá-lo, já não o perseguia com a sua máquina, e era agora um amigo simpático e divertido.
- Ufa! Estava a ver que não encontrava ninguém conhecido! – contou o rapaz, arrumando as malas. – Então, como foram as vossas férias?
Mataram as saudades e conversaram durante horas sobre os mais variados temas – entre risadas e olhares compreensivos, brincadeiras e promessas de segredo, das férias aos projectos para o novo ano. E uma única pergunta se mantinha no ar: Quem seria o novo professor de Defesa Contra as Artes Negras?
- Bem, vendo todas as aves raras que já tivemos acho que o próximo vai ser o Filch ou o Ludo Bagman! – ironizou Colin.
- Yá, nisso tens razão, já tivemos de tudo… - concordou Amy. – Um lunático que dividia o corpo com o Voldemort, uma estrela egocêntrica e aldrabona, um assassino que se fazia passar por outra pessoa e o ano passado aquela coisa nojenta da Umbridge! O único que se safa é o Lupin, que era um professor cinco estrelas, mas foi despedido!
- Pois é… O Lupin era mesmo espectacular! E nunca se chegou a saber bem porque é que foi despedido…! - acrescentou Colin.
- Acho que foi por ter ajudado o Sirius Black a entrar em Hogwarts, não foi? – indagou Amy. – Mas isso não era razão para o despedirem, já que depois se provou que o Black afinal estava do nosso lado…
- Oh, infelizmente ainda quase ninguém acredita nisso! – exclamou Colin.
Durante esta troca de ideias entre Colin e Amy, Ginny e Liz permaneceram caladas, mas por diferentes motivos: Ginny, porque sabia da verdade – Lupin tinha sido despedido por se ter descoberto que era um lobisomem, mas só um grupo restrito de pessoas é que sabia - , Liz, por uma razão mais profunda – secretamente, sempre tinha tido uma paixoneta pelo professor e tinha sofrido bastante quando este fora despedido.
- Era tão bom que ele voltasse… - pensou sem querer em voz alta a Ravenclaw.
- Ele quem? – perguntou logo Amy, de olhos arregalados.
- Hum? – Liz apercebeu-se então que já tinha falado demais. – Ahhh…o professor Lupin!
- Yá! Isso era excelente! Mas é difícil, como ele foi despedido… - conjecturou Colin.
- Pois…Então quem poderá ser o novo professor? – Perguntou Ginny.
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- Quem será o novo professor de Defesa Contra as Artes Negras? – Indagava Ron nesse preciso momento, algumas cabines mais longe.
- Não faço ideia… - Respondeu Cho. – Já tivemos tantos e tão diferentes!
- Mas é melhor que seja um bom professor. – afirmou Harry, subitamente sério. – Nos tempos que correm, sabermos defender-nos éextremamenteimportante!
- Tens razão. Agora todo o cuidado é pouco…Tens sentido algo de estranho ultimamente Harry? Pensas que...ele está perto?
- Não sei, Hermione. O Voldemort é completamente imprevisível e esse é um dos seus maiores trunfos. Mas quanto a sentir yá, nos últimos tempos a minha cicatriz não me dá descanso…
- Vai ser um ano complicado...- suspirou Cho. – Tenho medo do que possa acontecer…especialmente a ti Harry!
O rapaz passou-lhe o braço sobre o ombro carinhosamente.
- Não te preocupes, Cho. Aconteça o que acontecer eu estarei preparado.
E todos no compartimento tremeram devido ao tom sério e soturno de Harry.
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Entretanto, o Comboio finalmente chegou ao seu destino. Ao sentirem o abrandar da velocidade, todos os passageiros se prepararam para sair. Ginny, Amy, Liz e Colin foram dos primeiros a sair. Porém, quando chegaram cá fora, Liz começou a remexer nas malas e resmungou um “Oh não!”.
- O que foi, Liz? – Perguntou Colin.
- Opa…Esqueci-me da mala dos livros no comboio! Tenho que lá voltar…
- Nós vamos contigo! – prontificou-se Amy.
- Ah…Acho que é melhor não! – exclamou de repente Ginny, olhando para a porta do Expresso.
- Porquê? – interrogou Amy.
- O Malfoy está a acabar de sair e não quero mesmo cruzar-me com ele outra vez hoje!
- Aha, percebo, ficaste traumatizada com o encontro imediato de há bocado! Não se preocupem eu vou lá sozinha, volto num instante! Esperem aqui por mim, eu deixo estas malas convosco. – E Liz desapareceu entre a multidão que saía do comboio. Chegando ao compartimento onde tinham viajado, viu logo a mala de que se tinha esquecido: estava sobre as redes superiores do compartimento, nada acessível de ser alcançada. A rapariga tentou chegar-lhe com a mão, mas foi em vão. “Mas que estupidez, para alguma coisa serve ser feiticeira! É só pegar na varinha e…”, mas não acabou o raciocínio, pois de repente lembrou-se de que a tinha deixado noutra mala, que agora estava lá fora. “Oh não, não acredito! Agora o que é que eu faço?”. E tentou outra vez chegar à mala, pondo-se em bicos de pés. Quando estava prestes a desistir foi surpreendida por uma voz provinda da porta da cabine:
- Precisa de ajuda?
Por um segundo Liz não se moveu, de costas para a porta. “Parece-me que reconheço esta voz, mas não, não pode ser…”
- Será que posso ajudar? – Repetiu a voz. Só então Liz se virou e arregalou os olhos ao aperceber-se de que os seus ouvidos não a tinham enganado.
- P-profesor…Lupin! É mesmo o senhor!
O homem que estava à porta do compartimento sorriu. Era alto, magro, de cabelos castanhos levemente grisalhos e barba curta. Os seus olhos, castanhos eram profundos e doces, tal como o seu sorriso. Era uma figura bastante atraente, embora tivesse um ar um pouco cansado e melancólico. Deu alguns passos em direcção a Liz, que se apercebeu envergonhadamente que ainda estava com a boca escancarada e os olhos esbugalhados de espanto.
- Sim, receio que seja mesmo eu! – aumentou o sorriso e apertou a mão a Liz, que ainda o olhava atordoada. - Percebo que seja uma surpresa ver-me aqui…E se não me engano, a menina é…
Liz susteve a respiração por um instante: “Será que ele ainda se lembra de mim?”.
- …Hmmm, penso que é dos Ravenclaw…a…Elizabeth! Perdoe-me se estiver em erro.
- Não, é isso mesmo… - balbuciou a rapariga. Ainda não acreditava que Remus Lupin, a pessoa que ela mais desejaria voltar a ver, estava ali, à sua frente, a conversar com ela! De tão atordoada que estava, nem conseguia pensar bem no que dizer. – Hmm…E o que faz aqui, professor?
- Bem, isto era para ser um segredo guardado a sete chaves até à hora de recepção dos alunos no castelo, mas não vale a pena esconder por mais tempo…
- Professor… - interrompeu Liz, com a voz brilhante de esperança e ansiedade. – Vai…voltar?
- Se queres dizer se vou voltar para Hogwarts e ser outra vez professor de Defesa Contra As Artes Negras… - Lupin fez uma pequena pausa para aumentar o suspense. – Se era isso que querias dizer, sim, vou voltar!
- Oh! Mas que…que maravilha! – exclamou a rapariga, em êxtase, mal podendo acreditar no que ouvira. Discretamente, pisou um pé com o outro para se certificar de que não estava a sonhar. E, quase inconscientemente, aproximou-se (de)mais do professor, sorrindo por todos os poros. Lupin olhava-a, feliz e surpreendido por uma reacção tão intensa e, de repente, começaram os dois a rir à gargalhada.
- Remus, estás aqui? – perguntou então uma voz feminina vinda da porta do compartimento, que os fez parar de rir. Lupin virou-se para a porta e Liz olhou por cima do ombro do professor para a figura que o chamara. Tratava-se de uma jovem e muito bela mulher, de formas perfeitas, cabelos dourados ondulados, olhos azuispestanudos e um sorriso bonito. Vinha muito elegante, com um vestido azul-escuro pelo joelho. A primeira ideia que veio à cabeça da Ravenclaw fez-lhe cair o coração aos pés: seria a namorada do professor?
- Ah, sim, estava a passar por aqui e vi que esta simpática jovem precisava de ajuda. – explicou Lupin à desconhecida. – Bem, já agora posso fazer as apresentações, Liz, esta é Harlene Melpomene. Harlene, esta é a Elizabeth, uma das alunas mais brilhantes de Hogwarts!
Arlene avançou sorrindo para cumprimentar Liz, que ainda estava estática e encarava a mulher com desconfiança.
- Olá! Muito prazer!
- O prazer é todo meu, sou a Liz Dohreyme. – apresentou-se a rapariga, obviamente sem prazer nenhum. “Ela é muito bonita, ai, será que eles têm alguma coisa?”
-Liz, a Harlene vai ser a nova professora de História da Magia. – Declarou Lupin.
- Ah sim? – Perguntou a rapariga, agora com mais interesse. – Quer dizer que o professor Binns…?
- Sim, finalmente o professor Binns se reformou! E, verdade seja dita, já era bem altura dele ceder o lugar a outra pessoa, ele já lá está há séculos! - sorriu o professor de DCAT.
- É verdade! Tenho a certeza de que as aulas vão ser muito mais interessantes agora. – atalhou Liz, tentando ser simpática.
- Ah, obrigada pela confiança! Espero poder corresponder às expectativas! – sorriu Harlene.
- Claro que vais! – Apoiou Lupin, pondo-lhe a mão no ombro. – Sabes, Liz, a Harlene está cheia de ideias para revolucionar Hogwarts!
- Ah sim? Que bom. – Liz tinha agora quase a certeza absoluta de que eles andavam juntos. E admirou-se ao ver o quanto aquela possibilidade a chocava e entristecia.
- Bem, mas vale mais irmos andando, não? – perguntou Arlene, olhando para o relógio de pulso. – Senão queremos atravessar o lago a nado!
- Pois, é verdade! Ah, e já e esquecia da tua mala, Liz! Accio! – E o professor trouxe a mala rapidamente para as mãos da Ravenclaw. – Agora já podemos ir!
Quando se dirigiam para a porta do comboiochocaram com outras três pessoas que estavam agora a entrar no expresso.
- Liz, com mil doxys, demoraste! - exclamou Colin. - Já vínhamos em missão de salvamento! Onde é que tu…
O rapaz perdeu a fala quando viu quem acompanhava a amiga. E foiGinny quem verbalizou a exclamação que ele susteve.
- Professor Lupin…o senhor aqui?
Remus Lupin estacou em frente do grupo, com um ar ligeiramente comprometido como se tivesse sido apanhado a fazer algo que não devia. Porém, recuperou logo a calma com um sorriso.
- É, pode parecer surpreendente mas voltei!
- Ah, mas voltou mesmo no sentido literal? Quero dizer, vai mesmo voltar a ser nosso professor ou veio só fazer uma visitinha? – perguntou Amy, com a sua desenvoltura habitual
- Primeira hipótese. – confirmou Lupin sorrindo. – Bem e pelos vistos este vai ser o segredo mais público da história; mas não há problema nenhum, o professor Dumbledore só queria que não comentasse com muita gente antes de estar tudo combinado…
O professor interrompeu a frase ao ver que todos olhavam para a mulher que o seguia com curiosidade.
- E já agora, esta é a professora Harlene Melpomene, que vais substituir o professor Binns.
Arlene cumprimentou os jovens que ficaram ainda mais contentes ao saber que não tinham que aturar mais o professor de História da Magia. Entretanto, uma cabeça enorme e cabeluda espreitou pela porta do comboio.
- Desculp’ interromper, mas vale mais irmos andando, senão nã ‘panhamos a cer’mónia de recepção!
- Oh, olá Hagrid! – saudou Lupin. – Tens toda a razão, vale mais ir andando. Vamos?
E o grupo seguiu animadamente o gigante até ao barco que os transportaria até Hogwarts.
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P.S. - Bem, este capítulo ficou enooorme mas espero que tenham gostado! E pleaaaaaaaase deixem o vosso comentário, é muito importante para mim, eu responderei a todos com muito carinho! Um grande beijinho! Nocas***
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